Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Hibisco Utilizado Como Substituto do Umeboshi

13 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: adaptações dos imigrantes japoneses, hibisco como substituto do umeboshi, matéria no suplemento Paladar do Estadão

Os competentes editores do suplemento Paladar do jornal O Estado de S.Paulo procuram sempre matérias interessantes para seus artigos. Os imigrantes japoneses não podiam importar o umeboshi, uma conserva de um tipo especial de ameixa, normalmente bastante azedo e salgado com grandes variedades de qualidade, durante o período anterior e durante a Segunda Guerra Mundial. Utilizaram o hibisco, vinagrisco ou hibisqueira, principalmente o seu fruto como substituto, que era utilizado com o arroz branco, muitas vezes regado com chá verde. Era uma espécie de canja muito recomendada para os que estavam com resfriado ou gripe, com o que se dispunha no meio rural.

Muitas adaptações desta natureza foram efetuadas. Existia uma conserva chamada narazuke, que utilizava um tipo especial de legume, transformado em conserva com o missô e o sakekasu, ou seja, o resto do arroz fermentado para a produção do sakê. Como não se dispunha deste legume, os imigrantes utilizavam casca de melancia ou de melão, que proporcionavam efeitos semelhantes. Atualmente, o chef Shin Koike vem utilizando uma conserva produzida do chuchu curtido com um molho que utiliza a cachaça, que está fazendo um sucesso, inclusive com os expatriados japoneses.

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Flor e fruto Hibisco

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Plantas Medicinais no New York Botanical Garden de Bronx

13 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: biblioteca rara, exposição imperdível sobre plantas medicinais, exposições nos seus ambientes controlados, muitos produtos da biodiversidade brasileira

Os que desejarem conhecer sobre plantas medicinais em todo o mundo, especialmente da biodiversidade brasileira, devem visitar o The New York Botanical Garden, que fica em Bronx, podendo se chegar a menos de 30 minutos do Grand Central Terminal de Nova Iorque, que fica no Manhattan, utilizando um trem. Ele apresenta até 8 de setembro próximo uma rica exposição onde as plantas podem ser observadas nas grandes estufas, inclusive reproduzindo o clima tropical da Amazônia brasileira. Muitas das plantas que são do nosso cotidiano, nos vasos e nos jardins mais simples, contam com princípios ativos que são utilizados para medicamentos e cosméticos, ajudando a preservar o meio ambiente e proporcionar atividades rentáveis para os que vivem da exploração racional das florestas. Muitas informações estão disponíveis no seu site: www.nybg.org/, tanto sobre as suas pesquisas como uma biblioteca fabulosa que contém preciosidades sobre as plantas e seus aproveitamentos medicinais deste da Idade Média, em várias partes do mundo. Os dados sobre a Europa são mais ricos, sentindo-se a insuficiência das informações sobre a Ásia, notadamente sobre a medicina chinesa que utiliza muito dos medicamentos fitoterápicos, que exigem seus cuidados.

O Brasil deveria aprender um pouco sobre o que se faz naquela instituição, pois apesar dos esforços que estão sendo feitos por algumas instituições tradicionais de pesquisas da Amazônia, ainda o aproveitamento da biodiversidade brasileira é limitada, contando com um enorme potencial. No passado, infelizmente, muitas das plantas brasileiras foram contrabandeadas para o exterior, inclusive por cientistas e missionários, o que exige grande cuidado da parte das autoridades brasileiras. Mas hoje os controles são mais rigorosos, ainda que acabem implicando em algumas burocracias que não favorecem as pesquisas, e elas podem ser promovidas em conjunto com instituições de elevado respeito internacionais.

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IHI Anuncia a Intenção de Adquirir 25% do Atlântico Sul

13 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo publicado no Nikkei anuncia a operação, Atlântico Sul é comandado pela Camargo Correa com participação da Queiroz Galvão, IHI comanda outras empresas japonesas | 2 Comentários »

Depois de longas negociações, a IHI – antiga Ishikawajima Harima, tradicional estaleiro japonês que detinha o controle total da Ishibrás – Ishikawajima do Brasil, o maior estaleiro que estava instalado no passado no Rio de Janeiro, anuncia que junto com outras empresas japonesas adquirirá 25% das ações do Estaleiro Atlântico Sul. Este estaleiro brasileiro está localizado em Recife, no porto de Suape, controlado pela Camargo Correa e com participação da Queiroz Galvão. A notícia foi publicada no jornal econômico japonês Nikkei, na edição de 13 de junho. Ela virá associada com a JGC que tem experiência na liquidificação do gás e a Japan Marine United que decorre de um desmembramento da IHI, que trabalha com o transporte marítimo. Sabe-se que a IHI, além de embarcações, hoje produz equipamentos pesados de diversos tipos, e no passado contava com uma unidade para tanto no Estado do Rio de Janeiro.

Esta operação dotará o Estaleiro Atlântico Sul com as tecnologias que não dispunha e que não permitiram a produção das volumosas encomendas da Petrobras, cujas entregas estavam atrasadas, obrigando que muitas embarcações fossem transferidas para importações do exterior. Pelo que se sabe no mercado, a operação foi coordenada pela Mitsui que é a general trading japonesa mais ativa no Brasil, ainda que não disponha de tecnologia de estaleiros, mas é uma hábil empresa na montagem destas operações. Segundo a notícia, o Brasil continua desenvolvendo seus campos de petróleo localizados no mar, como outras fontes de energia como o gás, que no momento está sendo queimado nas plataformas.

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Manifestações de Insatisfações Sem Organização Política

12 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: acontecimentos na Turquia, fracasso dos partidos políticos, manifestações em São Paulo e Rio de Janeiro, primavera árabe, regimes com poucos diálogos | 4 Comentários »

Qualquer motivo, como a elevação das tarifas de transportes, acaba desencadeando manifestações populares violentas, como está se observando em São Paulo e no Rio de Janeiro, que começam a se organizar na forma de Passe Livre. As insatisfações populares generalizadas não conseguem ser captadas pelas organizações políticas que gozam hoje de baixa credibilidade, tendendo a tornar estas manifestações anárquicas. Aproveitam as situações onde as autoridades contam com menos disposição de diálogos com as massas, com reações policiais também violentas, como também se observa na Turquia, onde Taksin virou um campo de batalha. Imita-se o que ocorreu na chamada primavera árabe em vários países. E a mídia, principalmente eletrônica, espalha as imagens que proporcionam oportunidades para uma evidência imediata, mesmo momentânea daqueles que desejam aparecer.

Não parece ser preciso ser especialista em ciências políticas, sociólogos ou antropologistas para diagnosticar esta situação que ainda não é clara. A credibilidade das autoridades, quer seja do Executivo, do Legislativo e até do Judiciário, parece baixa. Os jovens que não se manifestavam por muito tempo acabam encontrando espaços para expressarem seus desejos de participação, ainda que inicialmente de forma quase anárquica, aproveitando a ampla gama de insatisfações, sem que haja propostas organizadas. A classe política está evidenciando o seu fracasso, sendo incapaz de organizar um sistema onde estas massas de insatisfeitos tenham uma forma de se expressar de forma democrática.

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Manifestações em São Paulo e  Rio de Janeiro contra aumento das passagens, e Taksin, na Turquia

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As Constantes Mudanças nas Condições Para o Trem Bala

12 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Valor Econômico, informações de Bernardo Figueiredo, nova mudança nas condições para o edital de concorrência

O governo brasileiro insiste na construção do trem bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, ainda que as condições não sejam as ideais para este tipo de trem, cujas tecnologias vêm melhorando ao longo dos últimos anos, exigindo muitas mudanças nas condições estabelecidas no edital. Anuncia-se agora que as propostas para a operação por 40 anos e a tecnologia a ser utilizada devem ser entregues até 13 de agosto próximo, com a União reduzindo o lance inicial para atrair os investidores. Segundo os estudos da EPL – Empresa de Planejamento e Logística, informa-se que o mínimo por trem quilômetro de R$ 70,31 deve ser reduzido para R$ 65,00, procurando proporcionar uma TIR – Taxa Interna de Retorno de 7,2% ao ano, segundo a informação do presidente Bernardo Figueiredo ao Valor Econômico.

O Brasil é um país extenso, com uma população ocupando um amplo território, com concentrações urbanas dispersas, que não pode contar com elevada intensidade de tráfego em curtas distâncias. Dos diversos tipos de trens rápidos existentes no mundo, informa-se que somente dois trechos apresentam resultados econômicos: de Tóquio a Osaka, que conta com diversas cidades intermediárias de porte; de Paris a Lion, também numa região amplamente ocupada. Todas as demais são deficitárias, mesmo na Europa que conta com um território limitado e grande intensidade demográfica, o que também ocorre na China e em Taiwan. Sem uma massa significativa de potenciais passageiros, um trem de alta velocidade dificilmente contará com uma razoável viabilidade econômica.

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Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento Logístico

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Ajustando Comportamentos Brasileiros

12 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: ajustamentos brasileiros, comportamentos nas economias desenvolvidas, o problema dos empregados domésticos

Diante da história brasileira que remonta aos períodos coloniais e da escravidão, as mudanças que estão ocorrendo recentemente no problema dos empregados ou empregadas domésticos mostram que há necessidades de mudanças radicais nesta cultura. Herdamos uma cultura consolidada ao longo de séculos que abusava do uso de empregados ou empregadas domésticos com baixos custos, fazendo com que os chamados patrões deixassem a maioria dos encargos domésticos com eles ou elas, quer seja com base num acerto mensal, semanal ou diário. Observando o que predomina nos países desenvolvidos da Europa, nos Estados Unidos ou países asiáticos como o Japão, onde tais empregados não estão disponíveis, nota-se que muitos destes encargos eram divididos pelos membros da família, pois o custo de contar com auxiliares era extremamente elevado, havendo facilidades para a execução de parte destas tarefas. É evidente que famílias muito ricas contam com empregados domésticos, mas em número hoje restritos.

Por exemplo, em muitos países os serviços de lavagens das roupas são executados em máquinas de lavar coletivas de um condomínio, ou em empresas de terceiros, inclusive com a sua secagem elétrica. Cada membro da família cuida da limpeza do seu quarto, e os serviços relacionados com as refeições domésticas costumam ser partilhados, sendo natural que crianças ou homens cuidem da preparação da mesa, ou da limpeza posterior às refeições. Há muitos casos de arranjos diferenciados, onde os homens cuidam até dos cuidados relacionados com os bebês, quando as mães necessitam de tempo, inclusive para trabalhos externos, principalmente entre os mais jovens. No Brasil, parece que se consolidou a cultura que estes trabalhos braçais deveriam ser inicialmente dos escravos, depois dos empregados, enquanto os patrões deveriam cuidar dos relacionamentos com seus amigos, do ócio e da cultura.

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Continuam os Problemas Com a Exploração do Xisto

12 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a poluição provocada pela exploração do xisto, ações judiciais nos Estados Unidos, complexidade dos problemas

Ainda que os Estados Unidos venham liderando a exploração do gás e do petróleo com a fragmentação do xisto visando a sua independência energética, muitos problemas de sustentabilidade estão se multiplicando, começando a inundar os tribunais com ações jurídicas. Uma longa matéria publicada no site da Bloomberg pelos jornalistas Jim Efstathiou Jr., Andrew Harris e Sophia Pearson mencionam variados casos em que os prejudicados estão ingressando nos tribunais demandando contra a gigantesca Chevron e unidades da Williams Companies e da WPX Energy, que podem resultar em pesadas indenizações por variadas causas, nos mais diversos locais. Os norte-americanos pretendem superar a produção da Arábia Saudita com estes petróleos e gás, que provocam grandes injeções de produtos químicos para o fracionamento das pedras de xisto, para a liberação dos dois elementos desejados.

Os moradores do Condado de Fayette, na Pensilvânia, afirmam que a fragmentação do xisto, que é provocada com a injeção de água e produtos químicos, causou o vazamento do metano e de água poluída, afetando a criação de gado Black Angus longamente criado por um vizinho do empreendimento energético, bem como outros danos que estão afetando a população que conta com propriedades rurais na proximidade. Como são sabidos, nos Estados Unidos os proprietários das terras possuem direitos sobre o subsolo, com diferença com o Brasil, onde as jazidas do subsolo são do Estado, que podem conceder os direitos de exploração para o setor privado. O que está se alegando nas ações é que os direitos dos vizinhos estão sendo afetados pelos produtores de energia.

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Olympio da Silva e Sá e a Comunidade Nikkei no Brasil

11 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: grande amigo da comunidade Nikkei, passamento do jornalista Olympio da Silva e Sá, presidente da Federação de Beisebol por muitos anos

Olympio da Silva e Sá era um importante jornalista esportivo quando a Gazeta Esportiva ainda era um órgão da imprensa de grande destaque. Ele faleceu aos 97 anos em São Paulo, no último sábado. Ele foi presidente da Federação de Beisebol, ainda quando se chamava Federação Paulista de Base-Ball e Softball, entre 1947 a 1965, e este esporte era praticado praticamente só pelos membros da comunidade nikkei, hoje integrada com todos os brasileiros de muitas origens. Tinha uma grande importância e coordenava a famosa Corrida de São Silvestre, que marcava em São Paulo a passagem do ano, pois era praticada na noite de 31 de dezembro. Foi quem conseguiu construir o estádio do Bom Retiro, quando antes este esporte era praticado inicialmente na Baixada do Sudan, no final da rua Conde Sarzedas, onde se concentrava inicialmente a comunidade nikkei, no bairro da Liberdade, na Capital paulista.

Depois, o beisebol passou a ser praticado em alguns estádios pertencentes a clubes que tinham neste esporte a sua base, inclusive em torneios que reuniam representantes de diversas regiões paulistas e paranaenses, onde estavam concentrados os imigrantes japoneses no interior brasileiro. Poucos importantes brasileiros ainda se relacionavam com os nikkeis, e Olympio da Silva e Sá honrava com sua prestigiosa presença todos os que estavam ligados a este esporte, que serviria de ponte com todos os brasileiros. Conseguiu atender uma grande aspiração dos beisebolistas que era contar com um estádio oficial para a sua prática.

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Olympio da Silva e Sá /  Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

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Comportamento do The Economist Com o Brasil

10 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: imprensa livre, insistências críticas sobre o governo Dilma Rousseff, mas engajada, os mais capacitados para análises internacionais

Os democratas de todo o mundo aceitam que um dos sustentáculos deste sistema político é a imprensa livre, ainda que algumas críticas de seus órgãos sejam sistemáticas em decorrência de suas posições ideológicas. Os assinantes do The Economist ficam capacitados a terem acesso pela internet dias antes de sua distribuição, e estando no exterior, diante de dois artigos críticos com relação ao Brasil, um exame mais cuidadoso do texto publicado foi considerado conveniente para a formação de um conceito mais justo sobre elas. Depois de suas leituras, parece que existem espaços para apontar algumas distorções que muitos admitem nesta importante revista de repercussão mundial. Acaba-se reconhecendo que pretende que suas recomendações deveriam ser aceitas por todos, com o espírito do humor inglês característico.

Sente-se um rancor injustificado da revista com relação aos que não partilham de suas posições ideológicas, como muitos dos leitores do The Economist admitem. Mas, parece que contemplar com dois artigos o atual comportamento do governo brasileiro, parece um exagero, ainda que algumas das suas críticas sejam aceitáveis. É notória a admiração da revista ao elegante governo de Fernando Henrique Cardoso, contrastando com as críticas ao Luiz Inácio Lula da Silva, de humilde origem operária católica, e as à Dilma Rousseff que participou de ações guerrilheiras contra o regime autoritário, uma tecnocrata que conta com uma equipe modesta e numerosa de ministros. As capas da revistam mostram suas contrariedades, que não se resumem somente ao Brasil como as que já postamos relacionadas com a eliminação da pobreza absoluta, e também a atual que mostra o encontro de Barack Obama e Xi Jinping. Elas necessitam ser encaradas com humor, que não corresponde à elegância inglesa.

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Efeitos da Economia Sobre os Dirigentes Políticos

10 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a pesquisa de opinião da Datafolha, as diferenças dos impactos sobre os diversos segmentos da população, comparação com outros países, o tempo até as eleições

Todos os políticos sabem que a situação econômica, principalmente como ela impacta sobre a população nos seus diferentes segmentos, é fundamental para os seus prestígios, ainda que muitas justificativas possam ser apresentadas sobre suas causas. Nenhum país pode afirmar hoje que sua situação econômica seria a desejável, pois a economia globalizada afeta a todos, mais profundamente em alguns países, menos severamente em outros. A pesquisa efetuada regularmente sobre a opinião da população brasileira, considerada pelos especialistas como das mais confiáveis, mostra que a popularidade de Dilma Rousseff sofreu neste princípio de junho a primeira queda significativa, ainda que se mantenha elevada e invejável quando comparada com de outros dirigentes em muitos países mundo afora. Decorreria da queda do otimismo da população, a elevação das preocupações com a inflação e a impressão que o desemprego vai aumentar, como divulgado pela matéria de capa deste domingo, 9 de junho, pela Folha de S.Paulo. Estes dados deverão ser explorados nas suas repercussões nos próximos dias no Brasil, alimentando as esperanças dos oposicionistas e preocupando os situacionistas.

Ainda que o governo tenha se mostrado sensível à piora recente do quadro econômico, procurando estimular alguns investimentos, acelerar as licitações de concessões na infraestrutura, o fato concreto é que o quadro geral é percebido como de piora. E as críticas que vinham sendo feitas de gestões deficientes, além de interesses contrariados em diversos segmentos, estão encontrando farto espaço na mídia que acaba influenciando a população. Mesmo com um ligeiro arrefecimento da pressão inflacionária, e algumas notícias positivas em determinados setores, muitos entendem que seus resultados deverão demorar, não seriam suficientes para sustentar a economia e haveria uma falta de um quadro mais claro no seu conjunto.

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Presidente Dilma Rousseff

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