28 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo mais consultado no The Wall Street Journal em 2012, escrito por Pamela Druckerman que escreveu o livro Bringing Up Bebe, sobre educação de bebês
Pamela Druckerman é uma norte-americana casada com um inglês e vive na França. Ela escreveu um livro sobre a educação dos bebês, e o seu artigo no The Wall Street Jornal tornou-se o mais consultado em 2012. O mesmo, em inglês, pode ser acessado pelo: http://online.wsj.com/article/SB10001424052970204740904577196931457473816.html#articleTabs=article. O seu título é “Por que os pais franceses são superiores”, referindo-se às suas experiências, que começaram quando foram tirar umas férias na França, onde residem.
Ela relata que, enquanto ela enfrentava dificuldades para controlar o seu filho que fazia uma bagunça na mesa, notou num restaurante que os filhos dos franceses estavam sentados comportadamente. Os pais franceses parecem mais rigorosos na educação dos seus filhos, impondo com mais autoridade regras de comportamento, como alimentação somente em horas determinadas, clara definição dos tempos destinados aos adultos e as brincadeiras com as crianças, não ficando correndo atrás delas. Com as pesquisas mais sistemáticas, foi observando casos concretos que fazem parte do seu livro “Bringing Up Bebe”, decorrentes de suas experiências e discussões com especialistas.
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28 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do The Guardian, complexo com diversas finalidades, projeto do Vale da Música
Ainda que a música chinesa tenha influenciada a do extremo oriente, não se conhece nada do que tenha se tornado um sucesso mundial. Jonathan Kaiman, do The Guardian, escreve de Beijing informando que o governo daquele país pretende consolidar perto daquela capital um centro que não seria somente para a música, como para a gravação, fabricação de instrumentos, escolas de música, e até hotéis de cinco estrelas gastando o equivalente a 2,3 bilhões de libras. O artigo é crítico, mas seria interessante observar também da visão chinesa.
O fato concreto é que os chineses que aperfeiçoaram seus ouvidos ao longo de milênios estão se destacando na música clássica, ganhando concursos importantes em todo o mundo, inclusive no Brasil, notadamente em piano. Eles são importadores de volumosos trabalhos do resto do mundo, havendo produções em Hong Kong e na Índia voltadas somente para atendimento deste mercado, inclusive de filmes de cinema. Parece natural que comecem por utilizar este mercado interno, para terem pretensões internacionais.
Foto: Corbis, publicado no The Guardian
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28 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: bolsa cultura, esperança de melhoras qualitativas, osesp, preferências diferenciadas, show internacionais, variedades teatrais
Mesmo sem se socorrer das rotineiras retrospectivas, parece evidente que as atividades culturas vieram se elevando nos últimos anos no Brasil. As preferências do público são diferenciadas, como devem ser, mas todos notam o aumento de apresentações teatrais, ainda que na maioria de curtas temporadas, mostrando que o público não consolidou o hábito de frequentá-las, ou a qualidade de algumas não permitem longas permanências em cartaz. Muitos espetáculos ainda estão ligados aos considerados mais conhecidos pelas participações nas televisões, que continuam sendo os principais atrativos, mesmo que as chamadas novelas não agradem a todos, principalmente aos mais exigentes, mas é uma realidade.
Os que apreciam a música clássica observam que se multiplicaram as orquestras em todo o país, ainda que as mais expressivas como a OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo contem com local próprio para a sua apresentação com a Sala São Paulo, que sofre com a deterioração dos seus arredores. As presenças de estrelas internacionais vêm mantendo um profícuo intercâmbio, ainda que os patrocínios pareçam estar se reduzindo, e as vaidades pessoais sempre prejudiquem atividades artísticas. Mas muitas outras orquestras lutam para se firmar, nas mais variadas regiões do país, devendo merecer estímulos.
A maestrina Marin Alsop regendo a Osesp
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27 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: muitos novos capitalistas chineses descendem dos líderes companheiros de Mao Tsetung, os relacionamentos com as estatais chinesas, toda a sorte de irregularidades e privilégios
Um grande grupo de jornalistas da Bloomberg publicou um longo artigo denunciando que descendentes dos chamados “Oito Imortais”, que apoiaram Deng Xiaoping após a morte de Mao Tsetung na abertura da China para a economia de mercado, contaram com inúmeros privilégios que lhes permitiram acumular grandes fortunas. A íntegra do artigo pode ser acessada, em inglês, no: http://www.bloomberg.com/news/2012-12-26/immortals-beget-china-capitalism-from-citic-to-godfather-of-golf.html. A Bloomberg alega que muitos dos mencionados não responderam as questões que lhes foram formuladas por e-mail, mas deve-se levar em conta que esta instituição está proibida de operar em toda a China, só o fazendo em Hong Kong.
Estas acusações são bastante comuns em diversos países que passaram por períodos autoritários, com destaque para a Rússia, e seria conveniente entender que a China na sua milenar histórica somente contou com cerca de 50 anos de comunismo, ainda que o problema de corrupção seja antigo. Tendo trabalhado em torno de 1985 na China, foi possível constatar que a maioria dos chineses persegue os lucros milenarmente, desde a época da Rota da Seda, sendo bons comerciantes, tendo um forte espírito que poderia ser chamado de capitalista de aproveitamento das oportunidades que se apresentavam. Não há duvidas que as conexões dos grupos estrangeiros com as autoridades eram importantes, num país em que o governo chinês controlava tudo o que poderia ser relevante. A própria formação dos grandes grupos econômicos nos Estados Unidos, ou no Reino Unido, passaram por períodos que hoje poderiam ser considerados de privilégios, se não do exercício de poderes monopolísticos, que procuram ser coibidos agora. O próprio sistema financeiro internacional, mesmo atualmente depois de 2008, recebeu uma assistência governamental em volume inusitado, ação criticada por outros segmentos da economia.
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26 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: legenda em português, produzido pelo FT, robótica na ajuda aos seres humanos, vídeo no site do Valor Econômico
Um interessante vídeo está sendo divulgado no site do Valor Econômico mostrando que a Toyota está se empenhando na produção de robôs para atividades que vão além das linhas de montagens de automóveis. O vídeo produzido pela FT em Nagoya, no Japão, mostra que os mesmos ajudam pacientes que têm dificuldades motoras a efetuar seus movimentos. Com o aumento de idosos com problemas entre os japoneses, a Toyota está caminhando no sentido de ajudar nos tratamentos médicos, além de exercer atividades que seriam dos chamados helpers, mas que tendo suas próprias personalidades teriam dificuldades de atender permanentemente as vontades dos pacientes.
Estes vídeos podem ser acessados diretamente entrando no site do Valor Econômico que é http://www.valor.com.br/ , e poderá ser localizado facilmente no setor que trata dos mesmos. Como algumas falas estão em japonês, há legendas em inglês, e o jornal tornou disponível também o conjunto todo em português, dando o devido crédito para FT.
Outras informações de variadas fontes informam que muitos robôs já estão sendo utilizados em cirurgias, com grande precisão e cuidado, mas o seu emprego necessita de aprovação das autoridades de cada país, como os medicamentos.
Tudo indica que os robôs não terão necessidade de possuírem formas humanoides, como costuma aparecer em diversos meios de comunicação, mas podem ser apresentados nestas formas para se tornarem mais amigáveis para os pacientes que possuem poucos contatos humanos.
Evidentemente, além dos problemas meramente físicos, muitos pacientes necessitam de calor humano, e como a carência de recursos humanos para tanto estão ficando cruciais, o Japão vem autorizando estrangeiros que tenham capacidade de se comunicar no idioma japonês, com destaque para filipinos e indonésios.
Os diversos desafios que estão sendo apresentados por um número cada vez maior de idosos em todo o mundo que, infelizmente, demandam mais serviços médicos e correlatos, acabam estimulando outros setores da atividade econômica a produzirem equipamentos adequados para tanto, utilizando o que já se conhece nos setores industriais.
26 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Hubert Védrine no Foreign Policy, dificuldades na percepção das mudanças, reprodução em português no O Estado de S.Paulo, resquícios do colonialismo | 1 Comentário »
Ainda que as mudanças que estão se processando no mundo sejam lentas é difícil compreender como Hubert Védrine, que foi nada menos que chanceler na França, que publicou um artigo no Foreign Policy reproduzido em português no O Estado de S.Paulo, tenha tamanha dificuldade no seu entendimento. Ele parece continuar a viver num mundo centrado na Europa, aliada com os Estados Unidos, que continuaria comandando o mundo, cabendo aos demais somente um papel secundário. O título do artigo resume o seu pensamento: “Ocidente não tem nada a temer, além do próprio medo”.
Ninguém pode negar que os Estados Unidos ainda possuem um papel fundamental no mundo, e que herdou esta posição da Europa, como ficou comprovado na Segunda Guerra Mundial. A Europa ainda que tenha acumulado um patrimônio importante, principalmente do ponto de vista cultural, parece arrogar-se em continuar como a metrópole do resto do mundo colonial. Ainda que tenham conseguido a sua posição ao longo de alguns séculos, parece que não seria tão difícil admitir que o mundo conte também com a Ásia, a América Latina, a África e todo o Pacífico, que vai recuperando e impondo a sua importância econômica e política.
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26 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a história da Tríplice Aliança, as tendências nacionalistas, dificuldades que enfrentam no Mercosul, o que motivou o artigo histórico do The Economist sobre o Paraguai
Para tentar entender um pouco o artigo publicado no The Economist sobre a guerra sem fim do Paraguai, seria interessante se colocar no ponto de vista dos dirigentes daquele país, que faz parte do Mercosul. Os outros países da América do Sul entenderam que a deposição recente do presidente Fernando Lugo, um bispo católico que chegou a poder eleitoralmente derrotando o forte Partido Colorado que domina o país por muito tempo, foi efetuado num processo rápido e foi considerado na realidade um golpe sobre quem ficou conhecido como o “pai dos pobres”. Ainda que Lugo tenha reconhecido dois filhos das quatro mulheres que alegavam ter relações quando ainda deveria ser celibatário, a acusação final sobre ele foi de corrupção.
Um dos diplomatas paraguaios que discutia com os demais representantes dos outros países sobre a suspensão do Paraguai do Mercosul, que se estendia para a OEA – Organização dos Estados Americanos, referiu-se à Tríplice Aliança. Ela foi formada pelo Brasil, Argentina e Uruguai no século XIX para sufocar Solano Lopes e seus soldados, no que é considerado até hoje um dos maiores massacres da história. Thomas Whigham, da Universidade de Geórgia, estima que foram mortos 60% da população do Paraguai e 90% dos seus homens. Também do lado brasileiro, que era a principal força da Tríplice Aliança, os custos foram elevados, ainda que lembrados como grandes marcos militares do Brasil, consagrando Duque de Caxias e o Almirante Visconde de Tamandaré, diante das poucas guerras externas das quais participaram forças brasileiras.
Ilustrações da Guerra do Paraguai e da Batalha do Riachuelo
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26 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: novas posições com o amadurecimento, superando o pessimismo com realismo, tempos de renascimento
Não parece muito construtivo ficar aprofundando o estado psicológico depressivo diante da dura realidade com que muitos têm que enfrentar novas situações. A Folha de S.Paulo, na minha modesta opinião, contribui pouco com o seu conjunto de contos escritos por quatro autores a seu pedido, juntados na sua seção Ilustrada com o título “Noite infeliz”, tratando da solidão, angústia e fragilidade, que certamente existem para muitos. Mas, para muitos outros, o Natal é um tempo de renascimento, reflexões que procuram encontrar novos caminhos a serem perseguidos, principalmente por aqueles que já atingiram a idade madura e suas limitações, de forma mais pragmática possível.
Ninguém está propondo ilusões ou a fuga da realidade, mas mesmo admitindo a fragmentação da família, a solidão de muitos, toda a fragilidade que os seres humanos possuem, parece vão se encontrando novas formas de sobreviver com a acumulação da experiência. Muitos dedicam mais tempo para si mesmo, preenchendo as lacunas que ficaram nas suas leituras, possibilidades de se dedicar aos trabalhos comunitários, novos encargos com seus netos que nem sempre podem receber dos seus pais biológicos todas as atenções que necessitam.
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26 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aumento de academias, exercícios nos parques, outras preocupações, uso da bicicleta
Ainda que os dados estatísticos disponíveis mostrem que a obesidade está aumentando entre os brasileiros, os mesmos mostram que ainda estão abaixo dos encontrados nos países chamados desenvolvidos. De outro lado, constata-se facilmente que os exercícios físicos que estão sendo praticados pela população local aumentam sensivelmente, pelo que se comprova pela multiplicação recente das academias de ginástica em todos os recantos das grandes cidades como São Paulo, além dos que são exercidos nos parques públicos que estão se multiplicando. Os praticantes de ciclismo, mesmo ainda contar com toda a infraestrutura desejável está se multiplicando.
Nota-se que estas atividades, além de prazerosas, estão incentivando mais relacionamentos pessoais, estimulando os praticantes. Os médicos informam que estes exercícios liberam no cérebro substâncias que ajudam a manter as pessoas mais otimistas, auxiliando também no aspecto psicológico, notadamente para os idosos que tendem a enfrentar dificuldades que podem induzi-los à depressão.
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24 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: mudanças no Newsweek, o nosso site, redução das notícias, técnicas do The Economist | 2 Comentários »
Diante da redução das notícias econômicas e políticas durante as festas do final do ano, observa-se que muitos veículos de comunicação social reduzem também as suas atividades, num período em que muitos enfrentam dificuldades para a sua continuidade normal. Como muitas outras revistas, até o tradicional Newsweek interrompe sua publicação impressa, passando a funcionar eletronicamente a partir do próximo ano. O The Economist publica num número o correspondente a duas semanas, utilizando a técnica de fornecer profundas análises históricas para assuntos da atualidade, que exigem uma leitura mais demorada, por se tratar de temas culturais.
Por exemplo, num dos seus artigos trata do conceito do “Inferno”, que vem desde a antiguidade, tratado pelos mais variados filósofos, não se restringindo aos de tradição judaica ou cristão, mas também de hindus, muçulmanos e budistas, indo até os antigos egípcios. Trata também das comemorações do Mardi Gras, que apesar de se concentrar em Nova Orleans nos Estados Unidos, mistura influências afro-americanas como de nativos daquele país, que escaparam da escravidão.
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