2 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: influencia dos câmbios, investidores enfrentam perdas, mudanças, notícias dos jornais japoneses
Todos sabem que as taxas de poupanças na Ásia são elevadas e exercem um papel importante no financiamento mundial. Os chineses contam com elevadas poupanças transformadas em suas astronômicas reservas internacionais, mas elas são do governo e suas organizações estatais, algumas de empresas privadas, mas não são das famílias. No caso japonês, sempre as poupanças familiares foram importantes, além dos recursos que ficam nos fundos de pensões e nas empresas. Com a cultura moldada nos seus períodos de dificuldades, os japoneses têm a consciência que necessitam de reservas para sustentar os longos períodos de suas idades avançadas, com riscos de elevados custos de saúde.
Estas poupanças eram aplicadas no mercado acionário local e outras no exterior, pois os juros internos são insignificantes, mas nem sempre levaram em conta os riscos cambiais. Individualmente, mas muitos por intermédio de fundos das instituições financeiras, eles procuraram onde havia possibilidades de ganhos elevados, sem serem adequadamente alertados sobre os seus riscos. No mercado internacional, chegou-se a denominar muitos destes investidores como “Mrs. Watanabe”, algo como a velhinha de Taubaté que se tornou popular no Brasil. Quando o mundo passa por dificuldades como as atuais, uma parte substancial destes investidores acaba arcando com prejuízos.
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2 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análise do IEDI, aplausos, críticas e sugestões, Plano Brasil Maior
Diferente das entidades sindicais patronais de cúpula que vive das contribuições sindicais que equivalem aos impostos como a CNI – Confederação Nacional da Indústria, o IEDI – Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial é sustentado pelas contribuições espontâneas dos seus membros, que são as grandes indústrias privadas brasileiras. Sua análise do recente Plano Brasil Maior, que apresenta um esboço da nova política industrial, é de elevado interesse, pois reconhece os esforços efetuados pelo governo, suas insuficiências e apresenta sugestões para os passos seguintes.
Apresenta um resumo suscinto, seguido de uma análise até curta, pois tanto os empresários como as autoridades que devem tomar conhecimento do seu conteúdo são pessoas práticas e ocupadas. Mas aplaude, no seu resumo, o reconhecimento do governo da importância de continuidade das atividades industriais, adotando medidas fiscais no momento de extrema dificuldade para o setor. O Plano inova na desoneração da folha de pagamentos e restitui até 3% das exportações pelos tributos não recuperados, além de completar a remoção de tributos federais sobre os investimentos. O IEDI atribui o maior mérito ao reconhecimento que a indústria é um setor vital e a política industrial deve ser construída de forma permanente, ainda que o atual Plano não seja suficiente para estimular os investimentos e promover a exportação de produtos industriais.
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2 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Stephen S. Roach, Project Syndicate, redução do crescimento chinês, tende a ser suave
A maioria dos analistas admite que no atual mundo globalizado que passa por uma crise, e a economia como a chinesa passou a ocupar uma posição de destaque, mais que a norte-americana ou a europeia que continuam patinando. O que acontece na China acaba afetando a todos os países. Num artigo divulgado pelo Project Syndicate, Stephen S. Roach, professor da Universidade de Yale, presidente não executivo da Morgan Stanley na Ásia e especialista na China, explica por que acredita que aquela economia terá uma redução de crescimento de forma gradual e não rápida.
Todos desejam que a China cresça mais devagar, pois estava substituindo rapidamente as produções e empregos de outros países, mas todos temem uma redução muito drástica, pois também são seus fornecedores. Já há sinais evidentes da redução do seu ritmo de crescimento, mas o que acontece hoje é diferente, segundo o autor, do que ocorreu em 2008 com a paralisação quase instantânea do sistema financeiro internacional. Para sair da crise, a China investiu maciçamente utilizando seus bancos, bem como fazendo investimentos imobiliários.
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30 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: coluna da Claudia Safatle no Valor Econômico de hoje, posição do Banco Central do Brasil, revisão das avaliações do mercado brasileiro
Com a competência de sempre, a colunista do jornal Valor Econômico Claudia Safatle comenta um contato que teve com um observador que gere um fundo de hedge avaliado em US$ 45 bilhões em Nova Iorque. Ele informa que o Banco Central do Brasil e o Banco de Israel estão certos por terem antecipados as quedas dos seus juros internos diante do quadro complicado em que se encontra a economia mundial. A avaliação teria sido obtida na última reunião do FMI que se efetuou depois da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Como é do conhecimento de muitos, o Banco Central do Brasil, que baixou em 0,5% a taxa Selic na sua última reunião, diante da antecipação da magnitude das dificuldades que seriam enfrentadas pela economia mundial, sofreu duras críticas de muitos analistas do sistema bancário que temiam o recrudescimento da inflação. O presidente do Banco Central explicou depois que estava se preparando para uma forte desaceleração da economia mundial que reduziriam as pressões inflacionárias, como realmente aconteceu, mostrando que os profissionais ligados ao sistema bancário só observam o que aconteceu no passado, sem nenhuma capacidade de antecipar o que virá pela frente.
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30 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: mecanismos de preço, redução do consumo, utilização de substitutos | 6 Comentários »
Mesmo com o controle imposto pelos chineses para a exportação de terras raras, grandes consumidores como a Toyota Motors e a General Eletric tomaram medidas que estão provocando a violenta queda de preço de algumas delas, conforme informa a Bloomberg. Os mecanismos de preços provam o seu funcionamento nestes e outros casos, a sua elevação acaba derrubando a sua demanda pelas descobertas de alternativas, como peças de automóveis ou de equipamentos elétricos.
Quando o preço de algum produto, mesmo essencial como a energia elétrica, eleva-se, acabam sendo desenvolvidos esforços para o seu menor consumo, sendo um mecanismo eficaz de defesa dos consumidores, ainda que isto demande um pouco de tempo. Os equipamentos elétricos estão sendo fabricados para que seus consumos sejam os menores possíveis, além de estimular fontes alternativas de energia, muitos deles renováveis e não poluentes.
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30 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, Turismo | Tags: criação de frutos do mar, gastronomia franco-nipônica e brasileira, Ilha Grande na Angra dos Reis – Rio de Janeiro, lugar histórico, Shin Koike
Shin Koike, consagrado chef do restaurante Aizomê que apresenta uma esmerada cozinha japonesa contemporânea em São Paulo, que conta com grande prestígio merecido da crítica e do público. Ele comanda um original programa turístico, cultural e gastronômico na famosa Ilha Grande, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, para um número limitado de participantes. O evento conta com o apoio do “Do Cultural”, de Jô Takahashi, e informações detalhadas estão disponíveis no info@[email protected] ou pelo telefone 11-5574-0045, que podem ser utilizados para as reservas.
Muitos devem saber que esta paradisíaca Ilha Grande tem um passado rico em eventos históricos, além de contar com sua excepcional beleza. Teve dois presídios desde a época do Império que permitiram a preservação de sua exuberante natureza. Entre outras figuras políticas famosas, lá ficou preso Graciliano Ramos que escreveu “Memórias do Cárcere”.
Dista cerca de 100 quilômetros da Ilha Anchieta, onde membros do Shindo Renmei ficaram retidos, e tudo indica que sua beleza natural foi conservada intacta pela existência dos presídios cujas ruínas são também motivos de atração dos turistas. Informa-se que muitos descendentes de japoneses viveram nesta região da pesca da sardinha e produção do chamado “dashí”, que é seco, para a produção de molhos para o “missogiru”, a sopa de missô, principalmente quando ainda não se dispunha de produtos melhores importados. Alguns dos seus descendentes se tornaram proprietário das muitas pousadas existentes na Ilha.
Chef Shin Koike,que preparará pratos da cozinha contemporânea japonesa na Ilha Grande
Todos sabem que este litoral brasileiro ganhou um forte impulso com a construção da rodovia Rio-Santos que serpenteia por áreas onde as montanhas chegam ao mar, mantendo parte da Mata Atlântica, formando mil baías onde a viagem por elas já é um passeio imperdível, um colírio para os olhos, recebendo a agradável brisa marítima e o ar puro que não pode ser mais sentido nas grandes metrópoles.
Os participantes podem chegar facilmente a Angra dos Reis, cujas usinas nucleares são seguras, havendo conduções especiais preparadas para tanto, bem como acomodações adequadas na pousada Nautilius. Passeios de barco poderão ser efetuados ao redor da Ilha Grande ou pela Angra de rara beleza. Está prevista uma visita à criação de peixes beijupirá e de vieiras mantida pelos proprietários da pousada a ser utilizada.
Na parte gastronômica, está sendo preparado um almoço à sombra dos coqueiros, com grelhados e receitas com inspirações asiáticas que já dá água na boca. No jantar, será servido um bufê francês numa embarcação de nome Flutuante (nem todos sabem que Shin Koike, que trabalhava num restaurante francês em Tóquio, tem experiência que o qualifica para uma fusion competente na sua arte). Alguns dos seus famosos pratos da contemporânea cozinha japonesa serão oferecidos, com frescas matérias-primas locais, dentro do paradisíaco ambiente desta conhecida Ilha tropical. Um programa único numa ambientação rara.
Certamente, o evento será inesquecível para todos os participantes, uma oportunidade fora de série para usufruir o que melhor se pode dispor nas proximidades de São Paulo e Rio de Janeiro, em Angra dos Reis, equiparável ao que existe de mais alto nível em todo o mundo, com um toque de convivência estreita com interessantes participantes numa ambientação incomparável.
29 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cartões e outras técnicas mais avançadas, o céu é o limite, os avanços eletrônicos do sistema bancário | 6 Comentários »
O sistema financeiro brasileiro costumava estar na vanguarda mundial das inovações no que se refere ao uso da tecnologia da informática e das comunicações. Mas, como o conjunto todo necessita estar avançando juntos, tudo indica que, segundo o suplemento especial do Valor Econômico, os meios eletrônicos de pagamento parece estar absorvendo o que já está em uso no Japão há algum tempo. Possivelmente, porque o sistema bancário já obtinha ótimos resultados com os elevados juros e as pesadas tarifas cobradas, que não levaram seus profissionais a acompanhar o que já estava ocorrendo no resto do mundo.
Tudo indica que o sistema bancário brasileiro, como em muitos países, também controla as empresas que operam os cartões, a moeda plástica. Agora procura dominar todos os meios eletrônicos de pagamento e não visa atender as conveniências dos clientes, mas os seus próprios. Observei no Japão que um chip inteligente incluído na carteira de identidade permite o pagamento do sistema metropolitano, dos pedágios, como serve também para exercer as funções das moedas plásticas de crédito ou de débito, e pelos móbiles todas as operações bancárias podem ser efetuadas, por estarem sendo associadas aos tais chips.
Chip de novos blackberry poderá agir como carteira de identidade e cartão de crédito e débito
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28 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dados da Sobeet, empresas brasileiras no exterior, suplemento do Valor Econômico
Existe no Brasil uma organização chamada SOBEET – Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica que vem publicando com o jornal Valor Econômico um suplemento sobre as multinacionais brasileiras nos últimos quatro anos. Além dos dados estatísticos sobre esta presença das empresas brasileiras no exterior, informações preciosas sobre as mesmas são publicadas para conhecimento de todos. Informa-se que, em 2008, 23% das empresas brasileiras atuavam no exterior, e os dados atuais indicam que chegaram a 33,6%. Cinco delas chegaram a um patrimônio superior a US$ 10 bilhões cada, ou seja, a Vale, a Petrobras, a Ambev, a Votorantim Cimentos e a Gerdau, mas ainda são poucas comparadas mesmo com os países emergentes.
Segundo os levantamentos, estas empresas buscam o mercado externo pela competitividade internacional, redução da dependência do mercado interno, busca da economia de escala, demanda mundial, estabelecimento de plataformas de exportação, acompanhar os concorrentes no exterior, entre outros motivos.
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28 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: avaliações mais profundas, importante artigo publicado no The Wall Street Journal, o desemprego, o problema das vantagens comparativas | 2 Comentários »
O jornal econômico norte-americano The Wall Street Journal publicou um importante artigo de autoria de Justin Lahart sobre os estragos que as importações dos produtos chineses pelos Estados Unidos estão provocando na sua economia, como também está sendo reclamado por muitos outros países. Ele se refere a um estudo de um grupo de economistas sobre o intercâmbio comercial entre os dois países que já foi apresentado numa reunião, mas ainda não está publicado na sua versão final. Existe uma controvérsia entre economistas sobre as vantagens deste intercâmbio e suas inconveniências.
O artigo refere-se às preocupações de economistas que a importação de muitos produtos baratos da China está eliminando empregos nos Estados Unidos, como também ocorre em outros países como o Brasil. As novas pesquisas efetuadas mostram que os estragos são mais profundos do que os supostos, dado o desemprego que vem se constituindo num grave problema na economia norte-americana, dificultando a sua recuperação.
David Autor, Gordon Hansone David Dorn
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27 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: economia de combustível, notícia no Nikkei, novos carros híbridos da Toyota
Um artigo publicado hoje no jornal econômico Nikkei informa que os novos carros híbridos que a Toyota deve lançar em janeiro próximo devem ser os mais econômicos no consumo de combustíveis entre os híbridos que utilizam gasolina e eletricidade. O chamado The Aqua deve viajar 40 quilômetros com um litro de gasolina pelos testes efetuados, mostrando o padrão que está se tornando uma tendência atual.
O novo híbrido usa o mesmo padrão do popular híbrido Prius, reduzindo os custos do seu desenvolvimento. Sendo um modelo mais compacto, The Aqua deve superar o Prius que consumia um litro de gasolina por 32 quilômetros. O seu preço deve ficar em torno de US$ 22.000,00, cerca de US$ 4.000,00 mais barato que o seu antecessor.
Toyota visa atender os jovens e as mulheres com o seu novo modelo híbrido, segundo a notícia. Está pensando inicialmente no mercado japonês e logo depois o dos Estados Unidos.
A competição por automóveis eficientes do ponto de vista do consumo de combustíveis está acirrada no Japão, envolvendo a Honda com a versão híbrida do subcompacto Fit, a Mazda com o novo Demio subcompacto com gasolina, e a Daihatsu do grupo Toyota com o seu miniveículo Mira e:S, movido a gasolina que alcança 30 quilômetros por litro, segundo o jornal Nikkei.