3 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: dificuldades universais, problemas enfrentados pelos adolescentes | 2 Comentários »
O importante jornal japonês Yomiuri, cuja tiragem diária supera aos 10 milhões de exemplares, continua publicando sua série de artigos sobre a educação e o papel dos professores denominados de saúde, que cuidam tanto dos problemas físicos como psicológicos, pois no Japão não existe a função do orientador educacional. Os chocantes relatos de uma professora, Kyoko Uzawa, de uma escola do secundário pré-universitário público (japanese high school) da província de Chiba, mostram que os problemas dos estudantes são idênticos aos dos países de menor nível econômico e cultural. Nas salas destas professoras de saúde, os estudantes estão dando seus sinais de SOS, segundo ela.
A professora Uzawa relata o caso de uma aluna que faltou alguns dias de aulas, e que passava horas na companhia do seu namorado, na residência dele. Apareceu um dia na sua sala, e ela perguntou à aluna porque não gostava de voltar à sua casa. Depois de certa hesitação, ela informou que tinha medo de seu pai, que eventualmente ele tinha abusado fisicamente dela. Informando o diretor da escola, ela foi encaminhada para um centro local de consulta às crianças que sofriam de abusos.
Alunos da escola secundária de Kitoshima. Não é onde a professora Kyoko Uzawa trabalha
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3 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: AcelrMittal, Baosteel, mudanças no cenário mundial, Nippon Steel/Sumitomo, Posco
O jornal econômico japonês Nikkei informa que, apesar da ligeira redução do ritmo de crescimento da economia mundial, as gigantes siderurgias mundiais estão preparando seus planos de expansão. As japonesas Nippon Steel/Sumitomo Metal estão prosseguindo na sua fusão para outubro de 2012 com vistas à acirrada competição internacional. Poderá ampliar suas produções associadas com outros grupos no Brasil. As demais empresas japonesas, como a JFE e a Kobe Steel, estão aguardando para se posicionar nestes novos cenários.
A maior empresa siderúrgica do mundo, a AcelorMittal, de origem indiana, investirá US$ 2,2 bilhões para produzir mais minérios no Canadá, e efetuará uma aliança com a G Steel da Tailândia, ficando com 49,9% dela. Está se preparando para abastecer a Europa e o Sudeste Asiático. Seus projetos no Brasil estão em expansão.
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2 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: as produções relacionadas com a cana de açúcar, dificuldades, os problemas da laranja, perplexidade da opinião pública
A opinião pública brasileira fica perplexa com a inundação de notícias sobre as ampliações da produção de cana e da laranja no Brasil, ao mesmo tempo em que é informada das dificuldades enfrentadas por estes setores da agroindústria nacional para o abastecimento adequado do mercado. Para uma tentativa da compreensão destas dificuldades, vamos tecer considerações para uma avaliação mais isenta numa terminologia acessível aos leigos. São corretas as informações que muitos grupos internacionais passaram a participar da agroindústria da cana, visando a produção de etanol, considerado um combustível não poluente, produzido com eficiência neste país. No entanto, muitos destes investimentos ocorreram com a aquisição do controle de empresas já existentes, e a ampliação de sua produção só poderá ocorrer com o correr do tempo.
De outro lado, da produção de cana, parte pode ser destinada à produção de açúcar, e quando os seus preços internacionais estão favoráveis, como atualmente, restringe-se a produção de etanol, que é basicamente de dois tipos: o misturado na gasolina e o que é consumido isoladamente. Como a safra brasileira concentra-se num período do ano, existe uma grande dificuldade que exige a sua estocagem para o período de entressafra, o que implica em custos financeiros, que tanto os produtores como os misturadores de combustíveis e seus distribuidores não desejam arcar. Como ainda não se trata de um produto amplamente comercializado no mercado mundial, com muitos produtores e consumidores, existem dificuldades para a sua exportação no período de safra, como a sua importação nos períodos de relativa carência.
Plantações de laranjas e cana de açúcar no Brasil
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1 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: apartamentos, imobiliárias, instalações domésticas, revistas de decoração | 14 Comentários »
Um interessante artigo foi publicado no jornal japonês Asahi informando que a nova classe média chinesa está se interessando por tipos de apartamentos utilizados pelos japoneses que, mesmo tendo um espaço total de cerca de 80 metros quadrados, contam com todas as facilidades para acomodar melhor uma família que ocupa hoje um apartamento do tipo chinês de 100 metros quadrados, com confortos adicionais. Cita o caso de uma família chinesa que adquiriu um por cerca de US$ 300 mil, tendo uma renda anual de cerca de US$ 45 mil. Eles contam agora com uma toilet inclusive para banhos de imersão do tipo “furô”, além de um sistema de aquecimento no andar, que não era usual nos apartamentos chineses.
Além das imobiliárias japonesas como a Daiwa House, Marubeni, Sumitomo e Mitsui Fudosan, as empresas chinesas estão instalando conjuntos em diversas cidades. Eles já vêm com a decoração pronta, diferindo das chinesas que são entregues somente com as paredes e pisos que precisam receber acabamentos. Muitos chineses só utilizam o chuveiro, e os novos apartamentos contam com uma entrada onde os sapatos são depositados fora. A empresa chinesa Jingdou Heshi instalou lojas em Beijing, Tianjin, Shenyang, Wuhan e Xangai vendendo salas como as japonesas, com grande sucesso, inclusive com mesas retratáveis operadas por controle remoto no cento das mesmas, que podem ser utilizadas como salas de tatami, pisos utilizados sem calçados.
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1 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Política | Tags: Monsoon, o Oceano Índico, Robert Kaplan fotógrafo de 11 livros, seus depoimentos
A importante revista Foreign Policy publica um ensaio sobre “Monsoon” (Monções), o novo livro de Robert Kaplan, um consagrado profissional, fotógrafo e analista, e uma entrevista sua concedida a Benjamin Pauker. Segundo Kaplan, o Oceano Índico será em breve o novo centro do comércio, da energia e da política mundial. A região estratégica não seria mais nem o Atlântico nem o Pacífico, mas a Eurásia, que tem como grande desafio a ascensão da China.
Kaplan registra o lento declínio da influência Ocidental na região, e explora as ambições e rivalidades dos países do Oceano Índico, principalmente da China e da Índia, nesta área que envolve da África à Austrália. Ele aborda como a guerra no Afeganistão ajuda a China, a doutrina do caminho asiático da Índia e as alternâncias civis e militares do Paquistão. Segundo ele, os conceitos que foram elaborados durante a Guerra Fria ficaram ultrapassados, havendo uma nova realidade que vai do Cabo Horn na África, passando pelo Estreito de Málaga e Indonésia, até chegar ao Mar do Japão. O Oceano Índico liga o Oriente Médio com a ascendente China, abrangendo todo o arco da energia mundial. O artigo é uma coincidência com o assunto abordado neste site sobre a “Preocupante Evolução das Tensões Asiáticas”, ainda ontem.
USS Carl Vinson, porta aviões dos USA que fica no Oceano Índico
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31 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: depois de Paris, uma escala mundial de cidades, uma pesquisa internacional
Segundo o jornal japonês Nikkei, o Instituto de Estratégias Urbanas efetuou um levantamento internacional elaborando uma escala de cidades considerando um raio de cinco quilômetros e de 10 quilômetros, onde Tóquio aparece em segundo lugar, depois de Paris. Enquanto a capital japonesa é considerada a globalmente mais competitiva, ela é muito distante dos aeroportos internacionais.
Este Instituto já vem efetuando levantamentos desde 2008, mas agora só considerou o centro das cidades, considerando 20 fatores como determinantes para seu poder competitivo. Entre eles, o número de grandes empresas e de estações de trens. Paris conseguiu o primeiro lugar pelo número de escolas internacionais, teatros e salas de concerto, e hotéis de cinco estrelas.
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31 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: aproveitando as dificuldades, foco na onda verde, objetivo do conjunto de empresas | 10 Comentários »
O jornal econômico Nikkei publicou um artigo informando que um grupo de empresas japonesas anunciou que o foco de seus negócios está na onda verde. Ele pretende construir cidades limpas, inteligentes, utilizando tecnologias sofisticadas voltadas à preservação do meio ambiente. Estas cidades amigas da ecologia utilizarão redes inteligentes e outras tecnologias para o uso eficiente da energia, reduzindo os impactos ambientais das comunidades de residências.
Fazem parte deste grupo de empresas a Panasonic, a Nippon Steel e a Toyota, entre outras. A Panasonic construirá um conjunto de mil casas numa área onde se localizava uma de suas unidades industriais. A Nippon Steel e a Toyota também iniciaram projetos para construir cidades inteligentes, amigas do meio ambiente, em cooperação com outras empresas e industriais.
Smart Town da Panasonic e oito outras empresas em Fujisawa, na Prefeitura de Kanagawa
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30 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: alternativas para a governabilidade, origens dos problemas, soluções possíveis | 2 Comentários »
Muitos se queixam que o Brasil apresenta problemas graves de governabilidade, mas poucas análises são efetuadas sobre algumas de suas causas, que são muitas. Somos um país com grande extensão territorial, diversas regiões com acentuadas diferenças, uma história relativamente recente e uma cultura política ainda não consolidada. Copiamos a federação dos Estados Unidos, ainda que sejamos um país unitário sem estados consolidados nos seus interesses comuns, mesmo que houvesse algumas aspirações de independência regional no início da nossa república.
As diferenças regionais são acentuadas e conseguimos manter um país único, ainda que nossos vizinhos tenham se fragmentado em diversos países de origem espanhola. Do ponto de vista econômico, deveria ser uma vantagem, algo como um mercado comum. Mas não fomos capazes de consolidar um forte interesse único, havendo sempre aspirações por tratamentos diferenciados. Criamos um sistema tributário que é típico de um estado unitário, com base num tributo de valor adicionado, que agora está sendo utilizado como uma espécie de barreiras alfandegárias.
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30 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: aumento da presença militar chinesa, concessões no Paquistão, protestos vietnamitas
Enquanto o custo das manutenções das forças de segurança norte-americanas na Ásia está se elevando, notadamente na manutenção das rotas de transporte de importantes matérias-primas, veiculam-se notícias sobre o estabelecimento de bases navais chinesas no Paquistão. Ao mesmo tempo, o Viêt Nam News lança o seu protesto pela quebra de sua soberania do seu mar territorial, quando navios chineses interromperam cabos de embarcações da PetroVietnam que efetuavam estudos de prospecções na plataforma continental daquele país.
O conflito de interesses dos Estados Unidos e seus aliados na Ásia com a China emergente, que tem uma necessidade de maciços abastecimentos de matérias-primas, principalmente energéticos, tornam as rotas marítimas dos mares que cercam a Ásia áreas estratégicas de grande importância como zonas de elevado risco.
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30 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: aumento dos idosos, fenômeno universal, poupanças privadas, previdência social | 6 Comentários »
A Folha de S.Paulo publica hoje com destaque notícias que os idosos brasileiros não se preparam para a aposentadoria, num artigo do jornalista Paulo Muzzolin. Informa em outra matéria de Érica Fraga que, apesar da falta de planejamento, só 17% deles se mostram preocupados com a situação, baseado numa pesquisa da HSBC em muitos países, percentual que se iguala com o da China. Isto mesmo que a previdência social seja insuficiente para manter o mesmo padrão de vida dos aposentados, fazendo com que um terço deles continue trabalhando de uma forma qualquer, recebendo alguma remuneração.
O que vem acontecendo em todo o mundo é que a previdência social é insuficiente para manter o padrão de vida dos aposentados. Assim, nos países com o Japão, a população em idade útil poupa uma parcela do que ganha para atender suas necessidades futuras, contando com um patrimônio para tanto. Noutros, os investimentos são feitos em previdências privadas, para assegurar uma aposentadoria complementar.
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