10 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Política | Tags: cálculos contestados, cobrança de royalties sobre a mineração, dificuldades desde a privatização
Muitos jornais noticiaram estes problemas entre o governo e a Vale, mas a Folha de S.Paulo dedicou uma página para tratar do assunto com ênfase, utilizando fotos e gráficos. O DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão do Ministério de Minas e Energia cobra da Vale uma dívida de R$ 3,9 bilhões relacionados com as diferenças de cálculos dos royalties, que no Brasil é chamado de CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, sobre as extrações feitas no Estado do Pará e em Minas Gerais.
A Vale era uma empresa estatal que foi privatizada, mas conta com importantes participações de órgãos vinculados ao governo, como fundos de pensões, além de financiamentos de entidades oficiais. O seu atual presidente, Roger Agnelli, foi indicado pelo Bradesco, um dos seus principais acionistas. Já se noticiou que ele seria substituído, pois o governo entende que os minérios brasileiros devem ser processados mais no país, adicionando valor, o que está sendo programado para o futuro com a instalação de usinas siderurgias comandadas pela Vale.
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9 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: Financial Times; Wall Street Journal, Folha de S.Paulo; Nikkei; Reuters; Korea JoongAng
Notícias sobre notícias 8 mar 11
Financial Times – Incidentes militares entre a China e o Japão
Wall Street Journal – Planejamento urbano na Índia
Wall Street Journal e outros jornais internacionais – Novo embaixador norte-americano na China – postado
Notícias das notícias 9 mar 11
Folha de S.Paulo – Problemas de Direito com a Vale – postando
Nikkei – Sobre a Mori Building – postado
Nikkei – Bento
Korea JoongAng – Espionagem
Korea JoongAng – Problemas de tradução – postando
Reuters – Preço da bebida chinesa Moutai
8 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: importância do cargo, importância do relacionamento sino-americano para o mundo, novo embaixador deve ser indicado
Muitos jornais internacionais estão dando como certa a indicação de Gary Locke, o atual secretário do Comércio do governo norte-americano, um sino-americano, ex-governador por duas vezes do Estado de Washington, como embaixador na China. Este posto é estratégico para as boas relações entre os dois países, crucial para o mundo, e o embaixador removido parece que tinha pretensões de disputar a presidência dos Estados Unidos, tomando atitudes que dificultavam o relacionamento diplomático entre as duas maiores potências do mundo atual.
Todos sabem que os Estados Unidos pressionam a China para uma valorização do seu câmbio que estaria provocando um sensível desequilíbrio no comércio mundial, ao que as autoridades chinesas respondem com uma atitude cautelosa, alegando que o país, apesar de ter se tornado a segunda economia do mundo, tem um nível de renda per capita muito baixo. E que uma valorização do yuan provocaria muitos problemas para as empresas estrangeiras de todo o mundo que se instalaram na China, utilizando-a como base para exportação de manufaturados que utilizam muita mão-de-obra local, cujos custos começam a subir.
Gary Locke, provável embaixador dos Estados Unidos na China
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8 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: alguns que foram postados como artigos, amostra para os que desejarem, diversas fontes, outros não foram pelas nossas limitações
Dentro dos aperfeiçoamentos que estamos efetuando no site, desejamos colocar à disposição dos visitantes uma informação mais rápida sobre as notícias que utilizamos para postar nossos artigos, bem como indicações daqueles que não conseguimos postar dadas as nossas limitações atuais.
Os internautas que desejarem recebê-los nos seus celulares com a urgência possível, solicitamos o favor de nos fornecerem seus números diretamente pelo email: [email protected]. Os mesmos serão utilizados exclusivamente para esta finalidade, como uma primeira tentativa experimental.
Postamos, a seguir, alguns relacionados aos primeiros dias deste mês de março de 2011. No entanto, pode haver certa confusão sobre as datas, pois a Ásia está horas a frente do Brasil, podendo apresentar um dia de antecipação.
Obrigado.
Paulo Yokota
Notícias sobre notícias 1º mar 11
Japan Times – Meiji Jingu – postado
Financial Times – Aeroportos na China – postado
UOL – Pesquisas sobre idosos – postado
Notícias sobre notícias 2 mar 11
Nikkei – Salários na China – postado
New York Times – Shows na China
Financial Times – Bebidas chinesas
Financial Times – Construções na China
Reuter – Armamentos na China
Financial Times – Empresas japonesas compram brasileiras
New York Times – China reequilibra a economia
Notícias sobre notícias 3 mar 11
Wall Street Journal – Scooter elétrico da Toyota
Financial Times – Mercado imobiliário na China
Financial Times – Expectativa de vida dos chineses
Financial Times – Venda de títulos da Mongólia
Reuters – Investimentos militares chineses deixam vizinhos nervosos
Financial Times – Investimentos japoneses na infraestrutura do Vietnã
Financial Times – Interiorização do desenvolvimento chinês
Financial Times – Repressão policial na China
Financial Times – Investimentos chineses pelo mundo
Reuters – Relações chinesas com árabes se aprofundam
The Economist – Vários artigos de grande interesse (parcialmente postado)
Notícas sobre notícias 4 mar 11
Folha de S.Paulo – Turismo na Índia – postado
Valor Econômico – Nióbio brasileiro na Ásia – postado
Bloomberg News – Milionários chineses na política – postado
New York Times – Aumento dos gastos militares chineses
Reuter – Aumento dos orçamentos militares chineses
Notícias sobre notícias 5 mar 11
Financial Times – Riscos políticos
Financial Times – Guia Michelin de Gastronomia
Financial Times – Próximos lideres chineses
Financial Times – Aumento da influência dos empresários chineses na política – postado com base na informação do Bloomberg News
Nikkei – Aumento do tamanho das unidades rurais no Japão
New York Times – Fluxo de estudantes americanos para a China
Huffington Post – Trem rápido
Notícias de notícias 7 mar 11
China Daily – Perspectivas otimistas dos empresários chineses
Financial Times – Brasil controla investimentos estrangeiros em terras rurais
Financial Times – Controle de empresas estrangeiras em atividades rurais
8 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: aperfeiçoamentos, disposições legais já existentes, preocupações brasileiras | 2 Comentários »
Os recursos naturais de um país, incluindo entre eles as terras cultiváveis, constituem um patrimônio de uma nação, e é natural que o seu uso pelas empresas estrangeiras seja controladas, ficando impedido de governos de outros países ou suas agências possuam a sua propriedade. A questão volta a se tornar sensível no Brasil diante de informações que a China teria interesse na sua aquisição para garantir o seu abastecimento, como tem ocorrido na África. Aos governos estrangeiros e suas agências só se limitam as propriedades de embaixadas e consulados, onde existe uma convenção internacional de extraterritoriedade, e a legislação destes países vigora plenamente naquela área limitada.
O assunto volta a ser noticiado, inclusive na imprensa internacional, pois o ministro da Agricultura Wagner Rossi concedeu uma entrevista sobre o assunto ao Financial Times que publicou dois artigos sobre o assunto, tanto de terras rurais como de empresas estrangeiras atuando em atividades agropecuárias no Brasil.
Ministro da Agriocultura Wagner Rossi
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8 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: analises do The Economist, novas multinacionais de países emergentes, outras considerações | 2 Comentários »
A revista The Economist publica um artigo sobre as novas empresas multinacionais que aparecem no mundo com origem nos países emergentes, mostrando que elas já chamam atenção, tendo características próprias. Segundo o artigo, muitas destas empresas, inclusive brasileiras, reproduzem o que as tradicionais faziam pelo mundo, outras apresentam novidades, mas parece que não cabe uma divisão tão simples, pois elas se expandem por variadas razões, próprias de cada uma delas e suas circunstâncias.
O artigo cita explicitamente algumas da Índia, como a Infosys Technologies e Tata Group, do Brasil, como a Embraer e a Votorantim, da África do Sul, como a MTN de telefones celulares, como o Grupo Slim e Alfa do México, como outras de Hong Kong, Migros da antiga União Sovietica, Koe da Turquia, mas a lista real é interminável. A revista informa que elas estão sendo estudadas pela Harvard Business School assim como a Boston Consulting. The Economist comete o equivoco de supor que elas decorrem, predominantemente, de estímulos oficiais, estando condenadas ao desaparecimento.
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8 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: estratégia da exportação, pesquisas indispensáveis, recursos que demandam, tratamentos fiscais
Muitos são os problemas relacionados com a exploração do pré-sal e o jornal Valor Econômico vêm abordando alguns deles com a profundidade possível. Dada a distância do litoral e a profundidade em que se encontram as reservas localizadas de petróleo e gás, o jornal informou que novas tecnologias terão que ser desenvolvidas, para instalar um complexo submerso, pois as atuais plataformas não seriam suficientes para o volume da produção esperada. Para tanto, a Petrobras está estimulando empresas estrangeiras a estabelecerem centros de pesquisa no Fundão, formando algo parecido com o Vale do Silício, junto a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Os problemas ambientais exigem que o Ibama monte uma estrutura para estudar os assuntos relacionados com as licenças que devem ser concedidas, bem como todas as precauções a serem tomadas para eventuais acidentes, como noticia aquele jornal. A produção do pré-sal deverá ser destinada ao mercado internacional, e o jornal informa que os Estados Unidos veem com simpatia a possibilidade de contar com produções nas Américas, dependendo menos do Oriente Médio. Os problemas de redução dos poluentes preocupam a todos e os decorrentes da exploração do pré-sal exigem avanços adicionais.
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4 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: comparações com os Estados Unidos, contrastes, distribuição de riquezas na China, indicação da Bloomberg News
A Bloomberg News publicou um interessante artigo onde enfatiza o contraste chinês na distribuição de riqueza, comparando inclusive com os Estados Unidos. O artigo chama a atenção para o fato de que o premiê chinês Wen Jiabao abrirá a reunião anual do Congresso Nacional do Povo pedindo que a diferença na distribuição da riqueza da China é um desafio a ser enfrentado, quando encontrará com alguns dos seus bilionários que fazem parte deste Congresso.
Segundo o Hurun Report, o chinês mais rico é Zong Qinghou, presidente do Hangzhou Wahaha Group, o terceiro fabricante de refrigerantes no país, cujo patrimônio é estimado em US$ 12 bilhões. Ele é membro do Partido Comunista Chinês e membro do Congresso. A Bloomberg News ironiza que os milionários chineses no seu Congresso são mais ricos que os do Congresso norte-americano.
Zong Qinghou é o homem mais rico da china (Foto: David Barboza, do New York Times)
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4 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: Índia e suas atrações, informações da Folha de S.Paulo no seu suplemento de turismo, os demais aspectos econômicos
O competente jornalista Raul Juste Lopes, enviado especial da Folha de S.Paulo, publicou, no seu suplemento de turismo de 3 de março último, uma série de informações sobre a Índia e sobre o turismo que pode ser efetuado por aquele país, que apresenta uma série de atrações exóticas. Mas também fala da favela de Mombai, que mostra os dois lados da Índia atual, que acabou se tornando famosa com um filme amplamente divulgado por todo o mundo.
A disparidade entre os milionários hindus e a grande massa de seus pobres sempre foi destacada, e o contraste fica mais gritante com o recente desenvolvimento acelerado da Índia. Há 30 anos, a sua economia vem registrando um crescimento médio de 6% ao ano, com uma flutuação relativamente baixa. Certamente, a sua classe média cresceu bastante, estimando-se que cerca de 400 milhões de hindus podem ter o seu imóvel, adquirir um carro e dispor do conforto de todos os eletrodomésticos que desejam. Mas a distribuição de renda tende a piorar nos períodos de rápido desenvolvimento, pois os mais capazes acabam se beneficiando mais rapidamente dos frutos do crescimento.
Taj Mahal, uma das oito maravilhas do mundo, é um dos maiores atrativos da Índia
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1 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: maior estabilidade nos regimes democráticos, situações diversas nos muitos países
Este site vem insistindo que generalizações de observações localizadas são sempre perigosas. Os muitos países do mundo árabe possuem histórias, economias, tradições culturais e estágios de administração política que os diferenciam, não se podendo afirmar que o que acontece em determinada localidade tenderá a estender-se a outras de forma previsível. O que parece comum é que os recentes meios de comunicação eletrônica, como a internet e redes de relacionamento, se generalizaram, fazendo com que controles tradicionais de muitas autoridades tenham um efeito limitado.
Aqueles países que vieram flexibilizando seus regimes políticos nos últimos anos, atendendo parte das aspirações populares, tendem a contar com maiores possibilidades de se adaptar aos novos tempos. A melhoria geral do padrão de renda leva naturalmente às aspirações por maior liberdade política, mesmo que a distribuição da renda seja razoável. Partes de suas populações tiveram oportunidade de estudar no exterior e conhecer regimes democráticos, mesmo que eles também apresentem seus defeitos.
Na maioria dos países árabes, as tradições tribais continuam fortes havendo diferenças étnicas sensíveis, como entre os sunitas e xiitas, e sensíveis problemas religiosos. Mesmo dentro dos muçulmanos existem comportamentos mais radicais até os mais tolerantes, não se restringindo somente aos árabes, como a Indonésia e a Malásia.
Nem sempre se compreende que diferentes sociedades podem ter organizações sociais e políticas que os distinguem. O mundo atual parece ter considerado que os tipos de democracias decorrentes das revoluções francesa e norte-americana apresentam melhores possibilidades de conciliar a eficiência econômica com as naturais aspirações de liberdade dos seres humanos, ainda que não sejam perfeitas.
Com a aceleração do processo de globalização, parece que existe uma tendência para uma evolução dos sistemas políticos em direção a estes que são considerados mais aceitáveis no mundo atual. Mesmo na Ásia, observa-se que países como a Índia, o Japão e a Coreia caminharam neste sentido, como outros países do sudeste asiático parecem evoluir na mesma direção.
A China vem adotando mudanças e ninguém pode dizer que o regime que vigorava durante Mao Zedong, principalmente durante a Revolução Cultural, seja a mesma dos dias atuais, notadamente no seu aspecto econômico. Mas continua com um regime de partido único, considerado autoritário, com suas forças de segurança fortemente controlada pelo Partido Comunista Chinês. Há uma grande possibilidade das novas classes de abastados e o grande contingente da classe média aspirar por maiores liberdades políticas. Suas autoridades acompanham com atenção os acontecimentos no mundo árabe, e mesmo a repressão aos dissidentes não permite o completo controle dos meios eletrônicos de comunicação, principalmente pela internet.
A grande dúvida é se regimes como da Arábia Saudita, onde o rei continua contando com prestígio popular poderá se sustentar, com as medidas de atendimento popular que vem adotando. Como consta de um relatório especial elaborado pela Reuters, o complexo sistema de manutenção dos seus milhares de príncipes e princesas, além de ser custoso, acaba gerando muitas insatisfações. Dada a sua importância no abastecimento mundial de petróleo, muitos começam a considerar alternativas para depender menos dos seus fornecimentos, por via das dúvidas.
Estes complexos processos políticos, sociais e econômicos todos sabem como começam, mas ninguém sabe exatamente como acabam. Parece que estamos vivendo um momento de inflexão na história da humanidade.