Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Brasil Participação de Feira de Orgânicos no Japão

21 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: Biofach no Japão, mercado promissor, produtos orgânicos

O mercado de produtos orgânicos se encontra em grande expansão tanto no Brasil como no exterior. Mais de 70 produtores brasileiros se organizaram no chamado projeto Organics Brasil para participar de feiras internacionais, apresentando produtos cosméticos, açúcar e aguardentes de cana, como no Biofach que se realiza nesta semana em Tóquio. O mercado asiático aparenta ser promissor para estes tipos de produtos.

Os cosméticos já são conhecidos no Japão, principalmente os que utilizam matérias-primas amazônicas, que possuem uma boa imagem naquele mercado. Outros produtos, como confecções de algodão também parecem promissores. Como os produtores brasileiros ainda são de dimensão limitada, procuram se associar de forma a participar destas feiras internacionais, que sempre apresentam custos consideráveis, além de exigirem um mínimo de experiência.

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Mulheres na Associação dos Países do Sudeste Asiático

20 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: na política, no comando das empresas, papel das mulheres na economia

Muitos continuam pensando que as mulheres desempenham um papel secundário na Ásia, quando já conquistaram posições avançadas tanto na política, economia como nas empresas. Ainda assim, continuam lutando como na recente reunião da APEC – Associação dos Países do Sudeste Asiático – Women Leaders Networking, realizada em Tokyo, como noticiado no Japan Times.

Países como a Índia, as Filipinas e a Nova Zelândia tiveram primeiras-ministras, e continuam contando com muitas representantes femininas nos seus legislativos. Ainda assim, acham que continua havendo uma parede para a igualdade com os homens, tanto na política como na economia.

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NBER Oficializa o Fim da Recessão dos Estados Unidos

20 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: análises cuidadosas, fim oficial da recessão, o emprego ainda não cresce, uma das mais longas

A imprensa econômica noticia com satisfação, em muitos lugares do mundo, o novo relatório do NBER – National Bureau of Economic Research, uma organização não governamental que faz uma cuidadosa e complexa análise dos processos de recessão nos Estados Unidos. Utilizando dados definitivos que demoram a ser publicados, este organismo anuncia que a recessão que começou em dezembro de 2007 terminou oficialmente em junho de 2009, tendo sido uma das mais longas observadas depois da Segunda Guerra Mundial.

Ainda assim, o emprego ainda não voltou aos níveis anteriores naquela economia, devendo demorar bastante para que isto ocorra, e qualquer queda nos próximos meses será uma nova recessão, não se ligando à anterior.

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Adaptações em Andamento na Economia Globalizada

20 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: adaptações na economia globalizada, chineses e coreanos, mudanças no Japão

Ainda que o mundo continue dividido em países e blocos, a economia globalizada vai provocando mudanças que não conseguem ser contidas pelas regras protecionistas, provocando até a migração de trabalhadores. Todos buscam se adaptar às novas regras, procurando produzir e trabalhar onde as condições se revelam mais adequadas, tanto para o aproveitamento do mercado local como visando exportações.

Um artigo extenso publicado no suplemento do The New York Times na Folha de S.Paulo relata num texto escrito pela jornalista Rachel Donadio que os chineses estão alterando o conceito de “Made in Italy”. Prato, na região toscana da Itália, era uma área onde se produzia bens de luxo, confecções de elevada qualidade. Hoje, imigrantes legais e ilegais de chineses contam com cerca de 3.000 empresas na região, fabricando bens mais baratos, tanto para o mercado interno como exportando.

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A Economia e a Política

19 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: a imprensa brasileira, influência da economia na política em todo o mundo, tendências eleitorais

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil Todos sabem que os resultados eleitorais são importantes para as atividades econômicas em qualquer país do mundo, desenvolvido ou emergente. E o caso brasileiro não foge à regra. O que vem sendo constatado pelos analistas políticos mais credenciados é que, reciprocamente, a situação econômica acaba influenciando de forma decisiva os resultados eleitorais, como se comprova novamente até o momento, salvo fatos considerados muito graves pela maioria dos eleitores.

Especialistas em ciência política, com boa formação internacional e não engajados em atividades partidárias, analisando muitos casos no Brasil e no exterior, antecipavam há muitos meses que numa economia com crescimento acentuado os candidatos da situação teriam grande chance de obter resultados eleitorais favoráveis, não só para eleições majoritárias como proporcionais.

Muitos duvidavam da capacidade de transferência de prestígio político de um líder do governo que apresenta índices surpreendentes de aprovação popular para um seu candidato. Os estudos sensatos mostram que o contrário seria uma exceção gritante até na história político-eleitoral no Brasil.

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Aumento de Tensões entre a China e o Japão

19 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: apreensão de um navio, disputas territoriais, sanções comerciais

É sempre difícil interpretar as dificuldades enfrentadas por qualquer pessoa, instituição, povo ou país sem estar na situação e no contexto em que eles se encontram. Os problemas recíprocos de relacionamento entre a China e o Japão são de décadas, ou mesmo de séculos, e toda a longa história de etnias diferentes acumulam dificuldades que acabam aflorando a cada novo episódio.

Há uma longa disputa territorial, envolvendo ilhas e domínios dos mares que compartilham. A guerra entre a China e o Japão no começo do século passado bem como a Segunda Guerra Mundial deixaram problemas de difícil superação. Mais recentemente, um navio chinês de pesca e a sua tripulação acabaram sendo apreendidos pelas autoridades japonesas em águas pretendidas por ambos os países. Desenvolve-se uma campanha de uma empresa chinesa, a Baojian, de cosméticos e vitaminas, que cancelou a viagem de 10 mil seus funcionários ao Japão informando que criarão alternativas dentro da China no futuro próximo, do tipo “boicotem o Japão”.

Mapa do mar da China e do Japão

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Lojas de Departamento do Japão Atraem Turistas Estrangeiros

18 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: chineses na mira, facilidades para os turistas, inovações nas lojas de departamento | 2 Comentários »

As lojas de departamento do Japão, lá conhecidas como “depaato”, eram estabelecimentos de grande prestígio para os consumidores japoneses. Com a atual crise, e a invasão de milhões de turistas, principalmente chineses, estão se adaptando para a nova realidade. Promovem publicidades nas grandes cidades chinesas como Xangai, oferecendo vantagens especiais, como descontos pelo uso de cupons ou de cartão de crédito chinês da UnionPay, que chegam a 10% do valor de uma compra mínima de 5.000 ienes.

Estas lojas passam a ter atendentes falando mandarim, e serviços para tax free para estes turistas estrangeiros. Até em caixas eletrônicos, utilizando os cartões de créditos chineses da UnionPay, uma estatal da China, pode se sacar notas de iene japonês. E são as lojas mais conhecidas, como Takashimaya, Mitsukoshi, Isetan e outras consideradas de elevado prestígio. A Associação destas lojas reportou ao jornal Nikkei que suas vendas em agosto, neste ano, cresceram 16,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Loja de departamento

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Empresas Japonesas Investindo no Futebol

18 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: audiências mundiais, futebol como veículo para publicidade, jogadores brasileiros na mira

Este site tem insistido que o futebol, conhecido em inglês e em muitas partes do mundo como soccer, é o esporte que mais atrai o público em todo o universo, tornando se um importante veículo de comunicação para as empresas que desejam colocar os seus produtos no mercado. O jornal econômico japonês Nikkei noticia que a Panasonic está interessada em patrocinar o jogador brasileiro Neymar, considerado por muitos como um novo Pelé.

As empresas japonesas estão perdendo para os coreanos como a Samsung e a Kia o patrocínio de equipes europeias cujos jogos são transmitidos por todo o mundo pela televisão. Reagindo a esta situação, noticia-se que novos torneios poderão ser patrocinados por empresas japonesas, como já faz a Toyota.

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Brasil Pensando Grande Com Realismo

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: Brasil tem todas as condições, pensando grande e a longo prazo

Acompanhando as lamentáveis atuais discussões eleitorais, fica-se com a impressão que os que pretendem serem nossos líderes ainda não adquiriram a consciência que o Brasil tem todas as condições para ser uma potência mundial. Todos admiram o desenvolvimento recente da China, da Índia, de toda a Ásia que há algumas décadas eram tidas como países e regiões problemáticos, cheios de limitações que não tínhamos no Brasil. Continuamos agimos como complexados, incapazes de superar as naturais dificuldades que temos.

Contamos com uma população altamente miscigenada, de muitas etnias e culturas, trabalhadora, com uma dimensão apreciável. Temos os recursos naturais invejáveis, impar no mundo. Somos pacíficos, não temos conflitos internos ou externos, religiosos ou de qualquer outra natureza. Já mostramos que podemos crescer mais de dez por cento ao ano economicamente, por longos períodos. Mantemos um intercâmbio com todos os países do mundo, de forma equilibrada. Melhoramos a nossa distribuição de renda, regional e entre pessoas. Temos poupanças e financiamentos externos.

mapa_brasil Bandeira do Brasil

Importamos e geramos tecnologias, como no setor agroindustrial e alguns setores de ponta. Temos um sistema financeiro sem problemas. Somos capazes de preservar o meio ambiente que temos, contribuindo mundialmente para evitar o aquecimento global. Temos um complexo industrial com participação equilibrada de capitais e tecnologias estrangeiras de variadas origens, com potenciais para um desenvolvimento mais acelerado. Temos uma infraestrutura que pode ser melhorada sem maiores problemas. Temos um sistema de pesquisas avançadas que podem ser melhoradas.

Conquistamos um sistema democrático, com os defeitos que existem em qualquer sociedade humana. Temos um sistema judiciário razoável, que sempre poderia ser melhor. Como todos os demais serviços que prestamos aos brasileiros e estrangeiros que aqui vivem. Seria muito monótono viver num país sem problemas, pois muitos se suicidariam de tédio.

O que nos falta no momento? Um pouco de ambição, um sonho que podemos ser melhores. Que podemos resolver os problemas que todas as sociedades emergentes possuem. De compreender que desenvolver é gerar problemas a serem resolvidos e superados continuamente. Que é um processo de constantes conquistas, que nada existe de insuperável. Formas pelas quais vamos conquistá-los podem existir muitas, e é sobre elas que temos que discutir. Qual o caminho que preferimos?

Somos um povo admirado porque temos capacidade de trabalho e ao mesmo tempo viver com alegria. Vamos transformar o que temos em bens que vão proporcionar melhores condições de vida para todos, não só brasileiros como para a humanidade.

Utopia? Quem não tem sonhos, objetivos elevados, nada vai conquistar. Se nos compararmos com os asiáticos, com os europeus, com os norte-americanos, com os vizinhos sul-americanos ou os africanos, mesmo sem nenhum ufanismo podemos facilmente constatar que temos todas as condições necessárias para alcançar um futuro melhor.

Quem conheceu parte deste mundo e observou as dificuldades que existem em qualquer país constata facilmente que as nossas são superáveis, com um mínimo de diretrizes que sejam traçados. E estejam certos que vão galvanizar as forças desta nação que estão preparadas para travar as batalhas necessárias para conquistar melhores condições, superando eventuais limitações.

Que as lideranças tenham a coragem de empunhar as bandeiras para o desenvolvimento econômico, político, social e cultural. Ou serão atropeladas pelas hordas ansiosas que estão preparadas para estas conquistas.


Elogios no Exterior Que Podem Complicar

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: Le Monde, suplementos especiais sobre o Brasil, The Economist

O Brasil tem sido objeto de suplementos e edições especiais, como o que acaba de ser publicado pelo Le Monde francês. E artigos do The Economist inglês, importantes veículos de influência internacional que constatam a atual boa situação do país, com algumas ressalvas. Tudo isto pode massagear o ego dos brasileiros, mas também ajuda a provocar um perigoso “boom” de ingressos de recursos de moedas estrangeiras, de curto prazo e voláteis, que acabam valorizando exageradamente o real, entre outros inconvenientes.

As economias emergentes como a China e a Índia estão em moda, e a do Brasil é entendida como o que pode, nas próximas décadas, apresentar crescimentos que foram modestos até o momento, mas já atinge a mais de 7% neste ano. Com a estabilidade política, abundância de recursos naturais, mesmo com seus muitos problemas, apresenta uma perspectiva brilhante para o futuro.

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Ilustração do especial do jornal Le Monde, sobre o Brasil. Foto: RFI

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