Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Melhoria da Visão e seus Benefícios

14 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Educação, Notícias, Saúde | Tags: artigo do The Economist sobre casos na China, outras experiências com custos mínimos, reciclagens

O site do The Economist informa que numa pesquisa efetuada com 20 mil crianças do meio rural chinês constatou-se que 24% delas apresentavam deficiência em um dos olhos e 16% em ambos os olhos, prejudicando os seus aproveitamentos nas escolas. O acesso aos óculos era limitado pelos seus custos como pelas resistências dos seus pais. Os economistas Paul Glewwe, Albert Park e Meng Zhao descreveram num recente artigo, segundo aquela revista, que oferecer a estas crianças óculos gratuitamente promovia o desenvolvimento com as melhorias dos seus rendimentos nas escolas. Eles fizeram pesquisas custeadas pelo governo na Província de Gansu, em trinta e sete cidades, no oeste chinês, metade com o fornecimento gratuito de óculos e metade sem estas providências. Os alunos que receberam os óculos tiveram o ganho equivalente a 0,9 ano de escolaridade.

Também fizeram testes sobre os ganhos em termos de custo benefício, e observaram que os que receberam os óculos gratuitamente tiveram um ganho de 128 yuan por ano, quando diplomados em escolas intermediárias. Todas estas pesquisas foram efetuadas com rigor científico, tendo como elemento de comparação amostras onde os óculos não eram oferecidos. Mesmo sem esta preocupação acadêmica, estão sendo observados benefícios que demonstram as vantagens de providenciar uma adequada visão às crianças, em variados locais.

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Fóruns Estadão Brasil 2018 Sobre Educação

25 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Educação, Notícias | Tags: educação que vem do berço, fórum e apresentação de grande oportunidade, qualidade das considerações, suplemento do Estadão sobre Educação

O suplemento apresentado pelo jornal O Estado de S.Paulo surpreende pela sua oportunidade e qualidade, uma exceção na atual imprensa. Deve contribuir para a reflexão de todos quantos se preocupam com a atual qualidade da educação no Brasil, ainda que muitos esforços de melhorias públicas como privadas já venham sendo efetuadas isoladamente. O ponto mais relevante, na nossa modesta opinião, foi apresentado pelo psicólogo Ricardo Primi que afirmou que “O ideal seria criar uma escola atrelada ao pré-natal e pós-natal. Há necessidade de trabalhar com os pais antes que a criança entre na escola”. Segundo um dos artigos que relata sobre o primeiro painel que mostrou que o ensino começa em casa: “Criar uma espécie de ‘escola para pais’ foi uma das sugestões que mais repercutiu entre os especialistas. De acordo com os debatedores, “a criança precisa chegar preparada para o ensino público, com condições emocionais e habilidades, que sirvam de alavanca para o desempenho escolar”.

Temos insistido neste site que a educação das crianças começa pela imitação dos exemplos dados pelos pais. Ainda que num artigo de Bárbara Bretanha e Valéria França se faça uma comparação entre a situação de um professor coreano e de um brasileiro, parece que caberiam maiores comparações internacionais, notadamente com os países asiáticos que vêm conseguindo resultados mais expressivos, que têm origem nos ensinamentos de Confúcio que determinaram uma alta prioridade para a educação. Sem que toda a sociedade esteja voltada neste sentido, não serão medidas isoladas ou algumas orientações políticas que poderão resultar em mudanças significativas no Brasil. A percepção brasileira da importância da educação já começou, principalmente na população, mas existem muitos esforços que ainda precisam ser efetuados.

KazuEst

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A Luta Pela Educação no Paquistão

8 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Educação, Notícias | Tags: as duras lutas pela educação, caso publicado no Japan News, dificuldades maiores que as brasileiras, notícia da Associated Press

 

Por: Paulo Yokota Seção: Educação, Editoriais e Notícias Tags:

Mesmo aqueles que conhecem as lutas mais duras nas regiões remotas do Brasil, acabam ficando impressionados como as travadas no Paquistão pela Humaira Bachal, que insiste em ensinar crianças apesar de lutar contra as tradições pelas quais as mulheres devem se casar cedo para produzir filhos e não estudar. Constatando que pessoas morriam nos seus arredores porque não eram capazes de ler a validade de um remédio ou seus parentes não tinham capacidade de encaminhar uma mulher em trabalho de parto para um hospital, ela vem se empenhando desde a adolescência ao ensino. Depois de lutas heroicas, até contra o seu pai que a agredia e a sua mãe porque permitia que ela, escondida, frequentasse uma escola secundária, hoje dirige o Dream Model Street School que conta com 1.200 meninos e meninas estudando nos arredores de Karachi, no Paquistão. Ela só obteve a autorização do seu pai para continuar os estudos por ter aceitado casar com a pessoa determinada por ele.

Nos confins do Amazonas, no Brasil, tive que lamentar porque nos casebres construídos no meio da mata para atender os filhos dos colonos era uma professora a pessoa que mal sabia escrever o seu nome, cuidando das crianças que aprendiam o mínimo da vida brincando. O sonho de que em escolas primárias espalhadas pelo Brasil contar-se hoje com professoras formadas em cursos normais ainda está longe de ser atingido em muitos lugares do país. Lamentável realidade, que não é conhecida dos que moram nos grandes centros urbanos, e que ainda se repetem nas regiões mais pobres deste Brasil, inclusive no meio rural. Mas não se conta com discriminações contras às mulheres que ainda perduram em alguns outros países, inclusive asiáticos.

Pakistan School From Scratch

Humaira Bachal ensina crianças em sua Fundação

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Importância da Educação no Brasil

25 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Educação, Notícias | Tags: deficiências apontadas, ensino técnico, muitos cursos pós-graduados oferecidos, o conceito de educação geral

Apesar de haver quase uma unanimidade no Brasil de hoje que a educação é a chave para a melhoria do país, ainda não se consegue apontar os caminhos objetivos para a sua melhoria, ainda que quantitativamente esteja se avançando, imaginando-se que isto já seria um bom começo. As deficiências básicas dos recursos humanos brasileiros são constatadas pela incapacidade de pensar de muitos, até nas coisas mais simples. As operações básicas de aritmética só conseguem ser feitas com os usos dos calculadores eletrônicos. As redações parecem estar piorando com a disseminação da internet e das redes sociais que utilizam formas sintéticas de comunicação. Os conhecimentos elementares de física e química parecem deficientes quando comparados com outros jovens do mundo. Sem falar nas limitações das formações humanísticas.

Muitas reivindicações nas manifestações públicas mostram que para muitos basta desejar, sem levar em considerações sobre as limitações dos recursos disponíveis ou a necessidade de se produzir antes de se distribuir e consumir, sendo imperativo se poupar uma parte para que haja um aumento da eficiência na produção no futuro. Os bens que deveriam ser utilizados para atender as demandas de melhores transportes são simplesmente destruídos, como se houvesse uma mágica que permitisse a sua multiplicação do nada. Parece generalizada a consciência de muitos direitos e do dever do Estado de providenciá-los, não se conseguindo incutir que só se pode distribuir o que o governo arrecadou de outros. Não se consegue transmitir que a natureza no Brasil é dadivosa, e que se plantando tudo dá, mas que é preciso plantar…

KazuEdu

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80 Anos da Universidade de São Paulo

24 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Educação, Notícias | Tags: 80 anos de sua fundação, o papel da Missão Francesa, os problemas atuais, suplemento especial de O Estado de S.Paulo

Os paulistas até exageram no seu orgulho de contarem com a Universidade de São Paulo, sustentada com recursos do Estado, considerada ainda a melhor da América Latina, que foi organizada em 25 de janeiro de 1934 com a significativa ajuda da Missão Francesa, com contribuições inestimáveis de professores como Claude Lévi-Strauss, Fernand Braudel e Roger Bastide, entre muitos outros. Já existiam faculdades isoladas em São Paulo como a de Direito, Medicina e outros, e elas foram agrupadas na Universidade de São Paulo, que passou a contar com novas como a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, e cujo campus se tornou uma realidade na década dos sessenta do século passado. Muitos terão interpretações diferentes, como é normal numa Universidade, mas uma das marcas mais forte foi o Humanismo que herdou da tradição europeia e francesa.

Depois da Segunda Guerra Mundial, passou a receber uma forte influência das universidades norte-americanas, que levaram a uma tendência de especialização, até exagerada em alguns setores. Com seu Conselho Universitário onde predominam os hoje professores titulares com carreiras consolidadas ao longo do tempo, parece exagerada a preocupação com as vantagens da aposentadoria, que não proporciona a concentração de suas atividades nas pesquisas, principalmente as básicas, indispensáveis para a geração das inovações para a sociedade brasileira, mesmo com todos os méritos que possam ser creditados para os seus componentes. O jornal O Estado de S.Paulo publica um suplemento especial para os 80 anos da USP.

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