12 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: adaptações, artigo do Simon Kuper do Financial Times, base na experiência de Jürgen Klinsmann e Joachim Löw
Mesmo com o admirável nível atingido pela seleção alemã nesta Copa do Mundo, principalmente na partida com os brasileiros, não parece que o seu modelo seja o único possível para o sucesso, pois sempre existe a possibilidade de associar-se o futebol arte dos sul-americanos com o vigoroso e veloz apresentado pelos germânicos. Não se nota a arrogância do artigo na seleção da Alemanha. A matéria foi escrita por Simon Kuper do Financial Times, reproduzido em português no site da Folha de S.Paulo, e baseia-se nos contatos do jornalista com o técnico Jürgen Klismann, que começou a longa caminhada para que os alemães chegassem a impor a acachapante derrota à seleção brasileira. Ele comanda hoje a equipe dos Estados Unidos, bem como o seu sucessor, Joachim Löu, atual técnico da seleção germânica, muito contribuíram para a mudança do futebol alemão. O artigo lista recomendações para o Brasil, com vistas a Copa de 2018 na Rússia.
As recomendações começam com a necessidade de aproveitar-se a crise atual do futebol brasileiro para promover as mudanças necessárias. Segue-se a de não mirar no passado, mas procurar o futuro, bem como não procurar o destaque individual, mas o futebol coletivo, baseado no sistema. Os alemães destacam a precisão dos passes e não a importância do drible criativo. Recomendam aprender com os atualmente melhores europeus, concluindo por contar com um técnico europeu, como o Pep Guardiola, recomendado pelo Ronaldo, o Fenômeno, para a seleção brasileira. O Brasil deveria procurar ser o campeão e não figurar entre os melhores. Haveria necessidade de tempo para as mudanças necessárias e não se acredita que o Brasil disponha de um comando do seu futebol, como o que se conseguiu na Alemanha.
Simon Kuper, do Financial Times
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10 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: entrevista da comissão técnica da seleção brasileira, só a família Scolari não é suficiente, todos sabem o que aconteceu
Tentando analisar com a maior isenção possível, a entrevista coletiva concedida pela comissão técnica da seleção brasileira de futebol, sob o comando do técnico Felipe Scolari, deixa se a nu a falta de qualificação desta equipe dirigente que fracassou totalmente. O Brasil é pentacampeão mundial e continuará sendo o país do futebol e disputar o terceiro lugar com a Holanda não é uma coisa aceitável e o objetivo deveria ser alcançar o topo disputando em casa. No programa da Sport TV, tanto o capitão Carlos Alberto Torres como os demais participantes da mesma deixaram claro que o Brasil deveria almejar o campeonato, como todas as seleções que já foram campeãs e não procurar figurar simplesmente entre as quatro melhores classificadas. Também os comentários de muitos jogadores alemães admitem que o Brasil deva continuar a disputar o topo nos próximos anos. Ainda que possa se admitir que Felipão tenha a capacidade de formar uma família de bons jogadores e a experiência acumulada na Europa deveria ajudar a seleção, o seu pronunciamento na entrevista expõe toda a sua lamentável limitação que deixou a população brasileira com o extremo sentimento de frustração.
Afirmar que ele não sabe o que aconteceu, inclusive o apagão, é extremamente lamentável, pois foi sua a decisão de estabelecer um esquema ofensivo, sem contar com um meio do campo o melhor possível, com os jogadores brasileiros disponíveis no momento, diante de um adversário reconhecidamente veloz e competente no contra-ataque. O seu papel fundamental era entender o que estava acontecendo e introduzir mudanças que pudessem alterar o quadro. A partida entre a Argentina e a Holanda, outras semifinalistas, deixou claro que cuidar da defesa era uma prioridade, para minimizar os riscos do que aconteceu na partida com a Alemanha. Sua exagerada arrogância e teimosia são coisas ultrapassadas e, mesmo no futebol arte dos latino-americanos, há que se incorporar no mínimo a organização de uma equipe como as europeias.
Entrevista coletiva concedida pela comissão técnica brasileira depois da derrota contra a Alemanha
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9 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias | Tags: boa indicação de washoku barato em Quioto, curiosidades da culinária ainu em Tóquio, um país de muitas alternativas
Certamente, o Japão é um dos países onde se dispõe de muitas alternativas para gastronomias diferenciadas, com custos para todos os bolsos. Para quem visita Quioto, que é uma cidade obrigatória para qualquer turista estrangeiro e que não gostaria de gastar muito, há uma interessante sugestão para um washoku simples, mas de qualidade, a culinária japonesa que é considerada um patrimônio da humanidade reconhecida pela UNESCO. A indicação é do jornalista e escritor irlandês J.J. O’Donughue, que escreve para o The Japan Times e é um bom conhecedor do que se dispõe no Japão. Fica na proximidade da estação ferroviária, no 11º andar do edifício Kyoto Isetan, com explicações corretas em inglês, sempre útil para quem não tem um domínio completo do idioma japonês, num estabelecimento de nome Aoi-jaya. Todos sabem que nem sempre as explicações em inglês por parte dos japoneses costumam ser satisfatórias, quando neste até eventuais consumidores com alergias estavam alertados adequadamente. Os restaurantes japoneses costumam ser especializados em determinados tipos de cozinha, o que não é o caso deste.
Como um almoço completo, existem diversos tipos de conjuntos que compreendem no mínimo o sashimi, tempura, algum tipo de arroz (ele experimentou um takigomi-gohan, um arroz temperado), soba e tsukemono (legumes em conserva), sendo que a especialidade da casa seria um bushi Seiro, um prato de broto de bambu no vapor, tudo muito tipicamente japonês. Estas refeições completas têm o nome de flores
Aoi-jaya: traditional Japanese cuisine without the traditional price tag
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9 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: lições da dura derrota brasileira, o programa dos capitães campeões no Sport TV, o que deve ser aprendido nos momentos de tristeza
É evidente que, como brasileiro, diante da humilhante derrota histórica do futebol brasileiro frente à seleção alemã na semifinal da Copa do Mundo no Brasil por sete a um, além da tristeza que nos toma, há que se tirarem lições para o futuro. Diante das nossas falhas como das qualidades dos germânicos, considerando as opiniões de personalidades com longas experiências neste esporte. O primeiro aspecto que parece importante é que o futebol é um esporte de conjunto, não se podendo depender somente de alguns astros excepcionais, ainda que eles também possam prestar suas valiosas colaborações. O longo preparo de mais de seis anos da atual seleção alemã, o seu destaque acaba sendo o jogo de conjunto, onde os componentes da equipe jogam sabendo onde estão os seus companheiros nos rápidos ataques como nas suas defesas, onde o meio do campo desempenha um papel importante.
Como em todas as disputas, há que se estudar profundamente todas as nossas qualidades, como os pontos forte e fracos das equipes adversárias, para se estabelecer a estratégia e a tática das partidas. Eventuais desfalques, como pelas contusões e suspensões, fazem parte do jogo, havendo que se convocar os jogadores para as seleções considerando as possibilidades de suas substituições, procurando esquecer o que já aconteceu, lamentavelmente. O meio do campo é de extrema importância para a organização da atuação da equipe, tanto na defesas como no ataque. Os abalizados comentários efetuados pelos experientes capitães campeões mundiais no programa da Sport TV, Carlos Alberto, do Brasil de 1970, Lothar Matthäus, da Alemanha de 1990, Fabio Cannavaro, da Itália de 2006, e Daniel Passarella, da Argentina de 1975, que também possuem experiências como técnicos e conhecem o futebol de diversos países, podem auxiliar na compreensão do que vem acontecendo.
Lothar Matthäus, Carlos Alberto, Daniel Passarella e Fabio Cannavaro
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9 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: aproveitamento dos resíduos, artigo no The Gardian, toilets sem uso de água ou energia, usos urbanos
A jornalista Virginia Gardiner vem trabalhando há anos no seu projeto de chegar a um uso em escala de sua toilet sem o uso de água ou energia. Está recebendo subsídio da Fundação Gates para conseguir que os seus resíduos sejam aproveitados como geradores de gases e fertilizantes. Ainda que este tipo de princípio exista em países como a China, no meio rural, ela está propondo que seja utilizada até em metrópoles como Londres, onde em muitos eventos públicos costuma se utilizar banheiros químicos. Como tentativa de uso em massa, além de apresentar o projeto em eventos como o festival Latitude, também está tentando que seja utilizado em Madagascar.
Existem dificuldades culturais a serem superados, pois envolve aspectos extremamente pessoais, sem que este tipo de reciclagem não seja utilizado por muitas décadas. Na China, muitos sabem que as necessidades fisiológicas são consideradas naturais, não havendo preconceitos, com os resíduos sendo aproveitados como fertilizantes. Na proposta da Virginia Gardiner, pelo que pode ser deduzido da leitura do artigo elaborado por Shane Hickey e publicado no The Gardian, o vaso conta com um dispositivo que armazena o resíduo de forma vedada, que não permite a propagação de odores, que acaba sendo processada biologicamente para o seu reaproveitamento, sem que água ou energia seja utilizada.
The Loowatt team (left to right) – Fernanda Costa, Chris Holden, Virginia Gardiner, Polly Gardiner and Kaitlin Zhang. Photograph: Frantzesco Kangaris for The Guardian
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9 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: expectativas com o novo governo na Índia, orçamento para estabelecer as finanças públicas, reformas esperadas
Com o novo governo Narendra Modi na Índia, o mercado de capitais já subiu um quinto neste ano, a moeda local estabilizou-se, os consumidores estão comprando mais automóveis, mas o novo ministro da Fazenda, Arun Jaitley, deve anunciar ainda o novo orçamento e seus planos. Mas já anunciou que deve moderar os gastos, sem nenhum populismo, devendo conter o déficit em 4,1% do PIB, o que parece impossível. Nos dois primeiros meses deste ano, ele já foi de US$ 40 bilhões, quase o que deve ser o anual, e vai ser necessário mais recursos para fornecer alimentos baratos para dois terços dos indianos de 1,25 bilhão.
Com as fracas monções deste ano, milhões de agricultores devem necessitar de ajuda, os preços dos combustíveis devem elevar os gastos e os custos dos subsídios. Também existem as aspirações de gastos em infraestrutura, pois Modi prometeu milhões de empregos em estradas, fábricas, transmissões, trens rápidos e 100 novas cidades a serem construídas como está no artigo publicado pelo The Economist. O ministro da Fazenda, que parece bem identificado com Modi, está com uma grande tarefa, efetuando reformas liberalizantes para conseguir um desenvolvimento sustentável na Índia.
Narendra Modi com o seu ministro da Fazenda Arun Jaitley
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8 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: a saudável água de coco, expansão surpreendente, notícia na Bloomberg, organizações de prestígio
Uma empresa que começou em Hong Kong vendendo água de coco já se expandiu por 30 diferentes mercados no mundo, mostrando que os consumidores estão descobrindo bebidas mais saudáveis. A Jing Holding, organizada por uma senhora com cinco filhos, Jane Gottschalk, que trabalhava antes no setor financeiro, atua hoje com a marca Jax Coco, segundo notícia no site de Bloomberg escrita por Bei Hu. Estreou em 2012 com o produto colocado na loja de departamento Harvey Nichols, em Londres, e hoje é encontrado na Whole Foods Market dos Estados Unidos, bem como em lugares de prestígio, como o salão de primeira classe dos trens Eurostar, no badalado Nobu de Londres, como nas Câmara Alta, Península e Four Seasons de Hong Kong. Também nas lojas da Starbuck de Hong Kong, como nos voos da Cathay Pacific. Já pensam em evoluir para outras bebidas infantis, óleo de coco, leite, açúcar e batatas fritas.
O que se espera que sejam apresentados de formas saudáveis, pois certamente necessitam de conservantes bem como outros ingredientes que podem prejudicar a saúde. A experiência da empresária com seus filhos certamente permitiu que produtos saudáveis fosse o alvo dos negócios. Quando mudou para Hong Kong tinha dificuldade de conseguir água de coco, e começaram a desenvolver este negócio que está em contínua expansão.
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8 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: deve atingir Okinawa, influência do El Niño, tufão Neogiri no Japão
As regiões que são normalmente atingidos pelos tufões, como os Estados Unidos a partir do Caribe ou o Japão a partir do Oceano Pacífico, acabam naturalmente ficando apreensivos, mesmo que existam formas de suas previsões antecipadas, que nunca são exatas, ainda que venham melhorando. Agora se informa que o primeiro da temporada, denominado Neogiri, está se aproximando de Okinawa, com ventos fortes estimados entre 180 a 252 quilômetros por hora no momento, segundo a Japan Meteorological Agency, devendo se acelerar, podendo evoluir em direção à região de Kyushu. As autoridades já alertaram a população para se preparar para enfrentar fortes chuvas, deslizamentos de terras e inundações.
Nos Estados Unidos, as informações são prestadas pela NOAA – The National Ocean and Atmospheric Administration, que prevê uma temporada com 50% de chances de serem próximas das normais ou abaixo das normais, 40% de serem próximas das normais e 10% acima das normais com o desenvolvimento do El Niño durante o verão e o outono. 70% de chance de 9 a 13 serem considerados chuvas fortes, com 3 a 6 com furações (com ventos de 74 milhas por hora ou mais altos), com um ou dois se tornando furações maiores (acima de 111 milhas por hora). Os modelos existentes, ainda que continuamente aperfeiçoados, sofrem limitações de orçamento para os pontos de coleta das informações.
This MTSAT Rainbow satellite image from the National Oceanic and Atmospheric Administration on Monday shows Typhoon Neoguri heading toward Japan. EPA/NOAA
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7 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: aceleração das mudanças com adaptações das tecnologias, artigos no Wall Street Journal e no Nikkei Asian Review, hidropônica
Desde 1985, quando da realização da Expo Tsukuba, conheci no Japão as produções hidropônicas de vegetais, bem como um tomateiro que, cultivado num ambiente artificial, produzia toneladas de tomates. Agora, novas informações disponíveis, como no artigo publicado no The Wall Street Journal por Eric Pfanner e Kana Inagaki, dão conta com muitas indústrias eletrônicas estão sendo transformadas em grandes produtoras de vegetais, utilizando tecnologias avançadas, dentro do novo programa incentivado pelo governo Shinzo Abe. Uma linha de produção de chips, num ambiente livre de contaminação da Fujitsu passa a produzir alfaces. Tudo indica que os pobres idosos japoneses, que cuidavam da agricultura, sofrerão com a concorrência de empresas de elevada sofisticação.
Também a Toshiba, que produzia discos flexíveis, começa o cultivo de hortaliças, bem como a Panasonic começa a vender computadores para o controle da produção de espinafres e outros vegetais. A Sharp começa a produzir morangos usando iluminação e tecnologia de purificação do ar. Ainda que os produtos agrícolas tenham custos mais elevados que os convencionais, tudo indica que, com o tempo, haverá aperfeiçoamentos que liquidarão as produções tradicionais, gerando um grave problema social. Alguns dos projetos alegam que procuram recuperar produções em áreas como as que foram contaminadas na região da usina de Fukushima, com funcionários vestindo jalecos para evitar contaminações aos vegetais.
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7 de julho de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: Brasil que está no foco mundial pela Copa, Osesp executa a 9ª Sinfonia de Beethoven, transmissão para todo o mundo
Quando o mundo está com as atenções voltadas para o Brasil pela realização da Copa do Mundo de futebol, a Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, regida pela maestrina Marin Alsop, apresentou ao mundo pela internet um concerto executando uma das peças mais conhecidas de todos, a Sinfonia nº 9 em Ré Menor, Op. 125, de Ludwing van Beethoven, com um coral de cerca de 100 vozes, constituído pelo Coro da Osesp, regida por Naomi Munakata e o Coro Acadêmico da Osesp, regido por Marcos Thadeu. Como solistas, contou ainda com o soprano inglesa Lauren Snouffer, a mezzo soprano brasileira Denise de Freitas, o tenor inglês John Mark Ainsley, além do barítono brasileiro Paulo Szot, todos reconhecidos internacionalmente. Todos sabem que esta peça é muito utilizada como comemorações das grandes conquistas, compreendendo um Ode à Alegria, além da afirmação que todos somos irmãos. Nada mais oportuno neste período final da Copa do Mundo.
Este tipo de transmissão para o mundo pela internet só é efetuado com as grandes orquestras reconhecidas internacionalmente, pela www.medici.tv Com o prestígio que a Osesp conquistou, permite fazer um contraponto ao sucesso obtido pela Copa do Mundo no Brasil, que conquistou as mais expressivas audiências mundiais, entusiasmando multidões com a qualidade das disputas que continuam ocorrendo, que deve deixar saudades. Como consta do Ode à Alegria, “felizes como os sóis que correm pela vastidão gloriosa dos céus, correi vosso caminho, irmãos, alegres como um herói rumo à vitória. Eu vos abraço, ó multidões, que este beijo chegue ao mundo inteiro!”.
Marin Alsop rege a Osesp na abertura do Festival de Inverno de Campos de Jordão
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