25 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: adaptações no mundo globalizado, Natal no Japão, profundezas culturais
Para o brasileiro, o Natal é uma das maiores datas do ano e a população está culturalmente influenciada pelos hábitos que cercam a data. Desde os dias que o antecedem, os preparativos eram mais marcantes do ponto de vista religioso, como as montagens do presépio, além das preparações espirituais como treinamento dos coros, roupas para missas e cultos, ao lado de meditações sobre o nascimento de Jesus Cristo. Lamentavelmente, passaram a ser dominados pelas compras de presentes e preparo das culinárias das ceias e almoços familiares. Mas nota-se a forte mudança do espírito de todos, com as vésperas sem expedientes de trabalho para muitos, viagens para se juntar aos familiares.
Nem todos se dão conta que isto não é universal, pois uma grande parcela do mundo não é cristã, ainda que os hábitos comerciais já tenham sido adotados, como as promoções das lojas. No Japão, por exemplo, não sendo o Natal um feriado, um brasileiro ou outras pessoas criadas no mundo cristão sentem as fortes diferenças existentes. O expediente de trabalho é normal, e somente à noite os familiares e amigos se reúnem para a sua comemoração, que nem sempre é como imaginado. Lembro-me, também, que existe uma imaginação que constatei quando estava em Veneza, na Itália na noite do Natal e pensava que haveria missa em todas as igrejas católicas da cidade, mas não consegui descobrir nenhuma. A população acompanhava a televisão que transmitia a que ocorria no Vaticano.
Papa Francisco na missa de Natal. REUTERS/Tony Gentile / Loja enfeitada para o Naral
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22 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: desde o Papai Noel às ceias, mania de imitação dos brasileiros, um Natal brasileiro, volta às origens
Verificando as notícias sobre o Natal nos órgãos de comunicação social do Brasil, verifica-se, tristemente, que só se fala das vendas de presentes. Pode parecer piegas, mas tenho o sonho e a esperança da volta do Natal às suas origens e adaptados às condições brasileiras. O que está se comemorando é o nascimento de Jesus Cristo, que condenou os vendilhões no templo e o que se observa é a data máxima da cristandade transformada num evento comercial para “comprar” os afetos das crianças com os brinquedos. O uso da figura de um Papai Noel ridículo para mim, que nada tem com as regiões tropicais, com roupas inadequadas para o clima, com uma barba que assusta até as crianças. Na culinária, começo a leitura entusiasmada de um artigo no suplemento Eu e o Fim de Semana do jornal Valor Econômico escrito pelo chef Felipe Bronze falando de sua rejeição das outras importações de hábitos. Mas fico frustrado quando a sua receita recomendada é nada mais que o bacalhau vindo da Noruega, junto com a sua apreciação da rabanada também de origem europeia.
O discurso sobre uma ceia brasileira ficou totalmente falsa, ainda que se destaquem os ingredientes que poderiam ser locais, como frutas, legumes, carnes e peixes tipicamente tropicais, sem nenhum exagero e luxo. Como é difícil deixar a forte carga cultural e continuar dependendo do que é de outras regiões com climas totalmente diferentes da brasileira. Que decepção, ainda que não seja preciso ser um radical tropicalista.
Frutas e peixes tropicais
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21 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: ainda modesto comparado com outros que contam com muitos turistas, atingiram 10 milhões antes de completar o ano, recuperação do turismo no Japão
Um artigo publicado no The Japan Times informa que o turismo de estrangeiros no Japão está aumentando, permitindo que antes de completar o ano fosse atingida a meta de 10 milhões destes turistas. Ainda que seja um país que oferece uma boa estrutura para tanto, todos sabem que o terremoto seguido de maremoto no nordeste do Japão, e a continuidade da contaminação radioativa vieram prejudicando a ida de estrangeiros para o país. Os que estão aumentando são os provenientes do Sudeste Asiático que vêm melhorando o seu padrão de vida, e todos procuram conhecer um país que apresenta melhor nível de renda per capita como o Japão.
No entanto, os problemas políticos ainda afetam este fluxo, com os chineses que visitavam muito o Japão e ainda se mantêm retraídos. O Japão possui metas ousadas para o futuro, esperando atingir 20 milhões de turistas estrangeiros em 2020 e triplicar o atual nível até 2030, o que é possível, com as melhorias que estão ocorrendo na Ásia, inclusive dos meios de transporte em massa com o uso de aeronaves de grande porte.
Monte Fuji, templo em Kyoto e a Torre de Tokyo: locais turísticos do Japãoe
Em 2010, atingiu-se apenas 8,61 milhões de turistas estrangeiros, em 2011 enfrentaram-se as dificuldades naturais por que passou o Japão. As exigências burocráticas para os turistas estrangeiros estão sendo relaxadas, com a eliminação dos vistos para os da região do ASEAN – Associação dos Países do Sudeste Asiático. No entanto, estas medidas precisam ser recíprocas em ambos os países, fazendo com que os que mantêm a exigência de vistos como o Brasil, também tenham que obter os vistos para visitar o Japão.
No Sudeste Asiático, os provenientes do Vietnã apresentaram em 2013 um crescimento de 53,5%, os da Indonésia em 36% e os da Tailândia em 69%, mostrando tanto a melhoria econômica nestes países como as facilidades com as reduções dos custos para as viagens para o Japão, tanto nos transportes internacionais como as desvalorizações cambiais na economia japonesa.
Ainda assim, o Japão comparando com os países de forte turismo internacional, ainda está em níveis modestos, pois em 2012 mais de 27 países superaram a marca de 10 milhões de visitantes. Tudo isto mostra quanto o Brasil necessita se esforçar, por contar com tantos atrativos naturais, podendo reverter as contas relacionadas ao turismo, que são altamente deficitárias, com os brasileiros gastando muito no exterior, e atraindo poucos estrangeiros para o país.
20 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: consultas feitas pelo Nikkei Asian Review, previsões para o crescimento chinês em 2014
A economia chinesa continua muito importante para a Ásia como para o mundo, e todos se interessam em saber como ela deve se comportar em 2014. O jornal japonês Nikkei mantém um site que analisa o que deve acontecer na Ásia, chamado Nikkei Asian Review, que consultou muitos economistas que atuam naquele país, tanto os que estão em Hong Kong como na China Continental, para chegar a uma avaliação média, que não varia muito, conseguindo 21 respostas sobre os questionários enviados. Em 2012, a economia chinesa cresceu 7,7% medida pelo seu PIB. No trimestre de julho a setembro último, chegou a 7,8% ao ano, havendo uma previsão de 7,7% no último trimestre, que resultaria uma desaceleração para 7,6% no ano todo.
A maioria dos consultados entende que em 2014 o crescimento deve se manter estabilizado neste nível. A desaceleração observada deve-se às reformas anunciada por Xi Jinping, mas todos entendem que as exportações chinesas já se recuperaram beneficiadas pela melhoria da economia japonesa, dos Estados Unidos e da Europa, permitindo que desde meados de 2013 a situação permita avaliar a sua continuidade no próximo ano.
A previsão dos analistas é uma ligeira valorização do yuan, quase a mesma que a atual, em torno de 6,07 por dólar. Estaria relacionada com a ênfase no mercado interno que se propõe nos planos. A inflação também teria um crescimento modesto de 2,7% em 2013 para 3,2% em 2014 como 2015, não havendo um grande temor com a bolha imobiliária.
Sobre as reforma programadas, as respostas recebidas foram menores, mas são favoráveis, havendo indicações que as autoridades chinesas conseguirão executá-las, com maior liberalização sobre a taxa de juros e redução dos controles sobre os preços dos alimentos como da energia.
Há certo ceticismo sobre a probabilidade das reestruturações das estatais chinesas e melhoria das finanças das autoridades locais. Também existe reservas sobre as possibilidades de avanços no Estado de Direito na China.
Como em todos os países, os analistas dispostos a responder as questões formuladas estão trabalhando, na maioria, nas instituições financeiras nacionais como estrangeiras.
20 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: lamentações da Boing e da Dassault, notícia mundial, riscos, tecnologia conjunta, vantagens do Saab
Ainda que a maioria brasileira aprove a escolha do caça Gripen NG da Saad sueca para aparelhar a Força Aérea Brasileira, como é natural, parte da imprensa mundial estranha que F-18 da Boing norte-americana e a Rafale F3 da Dassault francesa tenham perdido a disputa. O brigadeiro Juniti Saito, comandante da FAB, sempre se mostrou a favor da opção sueca, nas discussões que demandaram 12 anos para o anúncio da decisão final. Todos sabem que o custo do Gripen NG é bem inferior aos dos concorrentes, e que a tecnologia será desenvolvida ainda em conjunto com os brasileiros, pois necessitam de testes complementares para ser comprovado como eficientes, mesmo que já tenham feitos os testes iniciais de voo.
O Brasil já teve problemas com a exportação de aviões militares, pois os Estados Unidos não aprovavam estas operações, alegando que eles tinham componentes de sua fabricação. Os franceses se esforçaram até o final, enviando o presidente François Hollande para o Brasil, que já tinham fornecido o Mirage no passado. No entanto, a preferência técnica da FAB acabou prevalecendo, ainda que os concorrentes possam alegar problemas políticos como as das espionagens, ou a falta de tradição dos suecos neste tipo de aeronave. Os especialistas em aeronáutica sempre preferem ficar com a preferência sobre a tradição de outras aeronaves, pois até os maiores fabricantes enfrentam problemas como a Boing com o seu 787, e os japoneses ainda não conseguiram fazer os testes completos ainda que tenham prontas as aeronaves que podem concorrer com as da Embraer.
SAAB Gripen NG Brigadeiro Juniti Saito
com a Embraer que é competente para a produção de aeronaves, inclusive militares e pretende ser um produtor importante tanto para atender as suas necessidades futuras como até para a sua exportação. O domínio da tecnologia é de extrema importância, sem contar com problemas para tanto, o que é possível com os suecos que também já contam com outras encomendas relevantes na Europa.
O Brasil conta com uma vasta fronteira internacional que precisa proteger. Bem como está ampliando seus investimentos na costa brasileira, principalmente na chamado pré-sal, que vão além das águas territoriais que são admitidas por muitas potências internacionais. Contar com adequado equipamento suficiente para tanto não se resume somente nos caças, mas também submarinos e equipamentos navais militares.
Com a tradição comprovada da Embraer, a que somam experiências passadas na produção competitiva de equipamentos militares, como tanques e helicópteros, conta com as condições básicas para dispor de produção própria para as suas necessidades, que são imensas. A escala permite cogitar também das exportações para seus vizinhos e outros mercados como já comprovou no Oriente Médio e na África, sem depender de outros países que restringem nossas operações.
A FAB e o Brasil estão de parabéns pela decisão tomada, mesmo que sempre existam alguns riscos, que podem ser minimizados com as condições já conquistadas.
19 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: citação de nomes e instituições bancárias, fatos já conhecidos, mas não de forma tão explícita, termos pesados utilizados pela Bloomberg
Poucas vezes na história dos meios sociais de comunicação um artigo como o escrito por Liam Vaughan, Gavin Finch e Bob Ivry, que se encontra no site da Bloomberg, utilizou termos tão pesados como Cartel, Clube de Bandidos, Máfia, mencionando nomes dos operadores envolvidos e dos bancos a que pertencem na manipulação do trilhonário mercado de câmbio. Envolve todo o mercado mundial e continuam sendo investigados, inclusive por instituições como o BIS – Banco Internacional de Compensações, o Banco Central dos Bancos Centrais. Já se sabia há tempos destas irregularidades envolvendo taxas como a Libor – London Interbank Rate, como câmbios entre muitas moedas operadas em Londres, mas nada tinha sido apresentado de forma tão didática e explícita.
Citam-se as principais denúncias feitas em muitos países por variadas autoridades, como instituições envolvidas do nível da UBS – Union de Banques Suisses, RBS – Royal Bank of Scotland, Citigroup, Deutsche Bank, JPMorgan Chase, Barclays e sênior dealers como Richard Usher, Rohan Ramchandani e Matt Gardiner. Informa-se que 20 minutos antes do fechamento do mercado, às 4:00 PM de Londres, alguns operadores se reuniam, definindo as taxas de referência para mais de US$ 3,6 trilhões de fundos de pensões, poupanças e gestores de fundos de todo o mundo que seriam utilizadas em poucos segundos. Maximizavam os lucros das instituições e as bonificações recebidas pelos operadores, o que é confirmado por muitos depoimentos. Tenta-se regulamentar estas operações de Berna até Washington, mas elas acabavam sendo dificultadas por estes e outros bancos que comandam o mercado.
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19 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: as tensões militares no extremo oriente, Project Syndicate, visão de um analista internacional sem envolvimento com as partes envolvidas
Todas as tensões militares em qualquer região do mundo são difíceis de serem avaliadas com isenção, pois é natural que os analistas tenham uma tendência a ser simpáticos a algumas das partes envolvidas. Ian Buruna é um conhecido analista que tem diversos livros publicados sobre variados assuntos, e escreve para entidades de prestígio como o Project Syndicate colocando os pontos de observação na questão que vem merecendo as atenções de muitos no mundo. Ele coloca que a China vem elevando o seu poder político na região, o Japão luta para superar sua dificuldade econômica fortalecendo sua aliança militar com os Estados Unidos e a Coreia do Sul está espremida neste meio, como sempre esteve.
Segundo a sua visão, os japoneses que perderam catastroficamente a Segunda Guerra Mundial ficando subservente ao poder dos Estados Unidos, e sua maioria pode viver com esta situação, mas se submeter à China seria intolerável. Ele faz um apanhado histórico, informando que o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe é neto do primeiro-ministro Nobusuke Kishi, que era um burocrata de elite da indústria do tempo da guerra, foi preso como criminoso de guerra em 1945, mas foi liberado sem julgamento durante o início da Guerra Fria, sendo eleito primeiro-ministro conservador em 1957. Kishi teria sido um nacionalista com tendência fascista durante a década de 1930 a 1940 com profunda aversão ao comunismo.
Ian Buruna
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19 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: a racionalidade prevalece, outras funções tecnológicas, posição mais fisiológica, um vaso sanitário do futuro premiado
Uma notícia séria e interessante, mas inusitada, foi enviada por Fernando Moreira e publicada no blog chamado Page not found do site de O Globo. Refere-se ao vaso sanitário do futuro que foi desenvolvida por três estudantes da Universidade de Artes de Londres, Sam Sheard, Pierre Papet e Victor Johansen. Depois de estudarem a fundo o assunto, os estudantes apresentaram o protótipo do vaso sanitário que se revela o mais fisiológico e acabou sendo premiado pelo seu design adequado. Muitos orientais que usaram por milênios vasos que exigiam posições semelhantes passaram recentemente a utilizar os semelhantes aos adotados no Ocidente, com aperfeiçoamentos como os japoneses que permitem a preservação das melhores condições sanitárias, evitando potenciais contaminações, além de todas as medidas de higiene que forem imaginadas, sem o uso do bidê ou sistemas de água assemelhados.
A engenhoca proposta pelos estudantes no Reino Unido, além do conforto ergonômico, vem recheada com recursos tecnológicos que permitem sistemas avançados para analisar a urina e fezes a fim de descobrir se os usuários têm alguns problemas de saúde, inclusive efetuar teste de gravidez, como está informado no site do Smitsonian.com.
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19 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: algumas adaptações necessárias, salão de automóveis de Tóquio inadequado para estrangeiros, um artigo do Wall Street Journal publicado no Valor Econômico | 1 Comentário »
Um artigo elaborado por Yoshio Takahashi, originalmente do Wall Street Journal, foi publicado em português no Valor Econômico, informando que o gosto peculiar dos japoneses para muitos produtos, inclusive automóveis, está dentro do que chamam de cultura de Galápagos. Ou seja, são específicos para os japoneses, o que inibiu as participações da General Motors, Ford e Chrysler no Salão de Automóveis deste ano em Tóquio. Os japoneses criaram carros pequenos e econômicos no pós-guerra e estes não estariam contando com demanda no mundo, inclusive os híbridos que combinam a utilização da gasolina com energia elétrica. Ainda que isto possa ser uma avaliação parcialmente correta, parece que há outras razões que poderiam ser acrescentadas numa apreciação mais isenta.
O mundo parece que caminha no sentido da sustentabilidade, o que faz com que os automóveis estejam se tornando mais compactos, consumindo menos combustível. Os híbridos, ainda caros, estão se disseminando em todo o mundo, pois as baterias de lítio estão ficando cada vez mais eficientes, fazendo com que os automóveis possam circular cerca de 50 quilômetros com o auxílio da energia elétrica que está sendo recarregada nas baterias nos momentos em que os veículos não estão sendo acelerados, acabando por ficar mais eficiente nos centros urbanos do que nas estradas. Os carros minúsculos estão voltando para os mercados internacionais, pois todos entendem que são mais fáceis de serem manobrados nos trânsitos caóticos que prevalecem na maioria dos países.
Novos modelos compactos da Honda e da Toyota
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19 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: artigo da Folha de S.Paulo, dados elaborados pela IBPT, evolução da carga tributária no Brasil
Ainda que a Folha de S.Paulo tenha publicado um artigo elaborado por Claudia Rulli, com base nos levantamentos efetuados pela IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação com a evidente intenção de criticar a carga tributária que vem se elevando no país recentemente, mesmo com as desonerações tributárias efetuadas, os dados apresentados acabam tendo um impacto diferente. Ressalta as elevações que foram mais acentuadas nas administrações anteriores de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, que foram de 3,23% e 4,03%, quando Fernando Collor tinha reduzido em 3,22%, ainda que forma não sustentável. Nas administrações de Lula da Silva e de Dilma Rousseff, ela continuou se elevando sobre um patamar já elevado, mas num ritmo menor de 1,58% e 2,20%, ainda que as gestões tenham períodos diferentes.
Mais do que as tributações efetuadas, as análises exigem o que foi oferecido pelos governos como contrapartidas. Os gastos públicos que vieram se elevando, aumentando também as dívidas públicas diante dos elevados juros, necessitam considerar que os investimentos, cujos conceitos estão se alterando, estão limitados e os custeios estão se elevando. Estes precisariam ser divididos também nos das máquinas públicas e os que são destinados para os fins desejados, como educação e saúde pública. Sem este quadro mais completo, torna-se difícil simplesmente condenar as elevações das cargas tributárias, que são elevadas em países como os escandinavos, desenvolvidos e de eficiência elevada.
Editoria de Arte/Folhapress
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