19 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: dados do Brasil, difíceis medidas oficiais, problema crescente de saúde, The Economist elabora um relatório especial
O problema da obesidade em todo o mundo tornou-se tão grave a ponto da revista The Economist elaborar no número desta semana um relatório especial com diversos artigos. Tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, nota-se um aumento assustador de obesos, atingindo principalmente a população mais pobre, tornando-se um problema de saúde pública. O problema decorre de uma alimentação exagerada que começa na tenra idade, criando hábitos pouco saudáveis, como o consumo exagerado de refrigerantes e os chamados “junk food”, ao mesmo tempo em que se fazem menos exercícios, criando variados problemas de saúde, começando com o diabetes, cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e até câncer.
Os dados constantes do gráfico abaixo mostram que, mesmo com dados que vão somente até 2008, as elevações dos percentuais de obesos nos Estados Unidos, entre os britânicos e também os brasileiros com relação à população total. Os de outros países também mostram um crescimento assustador, ao mesmo tempo em que a longevidade vem aumentando, infelizmente, com mais enfermos crônicos, agravados pelas obesidades que influem diretamente no aumento dos doentes crônicos, segundo os estudos disponíveis.
A humanidade preocupou-se, segundo o artigo resumo do The Economist, com o problema da insuficiência da alimentação, e agora enfrenta os de excesso do seu consumo, com qualidade inferior, ou seja, mais gorduras, sais, açúcares e carboidratos.
Entre 1980 a 2008, as taxas dos obesos dobraram, medido pelo chamado IMC – Índice de Massa Corpórea (mais de 77 quilos para homens de 1,75 metros). Segundo a revista os Estados Unidos apresentam dois terços dos adultos estavam acima do peso ideal, na Grã-Bretanha com seis entre dez habitantes. Mesmo em países com renda per capita mais baixa, como na China, no Brasil, no México, Venezuela e África do Sul, acompanham a tendência de agravamento, com o desenvolvimento econômico permitindo excessos de alimentações. As ilhas do Pacífico e os países do Golfo Pérsico apresentam os melhores dados.
Os governos podem fazer pouco neste assunto, havendo algumas tentativas com a tributação mais pesada sobre alimentos mais gordurosos, mas nem todos eles são nocivos. Os obesos, além mais sujeitos às moléstias crônicas, acabam apresentando menos capacidade de trabalho e os seus salários são mais baixos, implicando em seguros saúde mais elevados. Na Dinamarca, tentou-se uma tributação sobre a gordura, mas a medida acabou sendo abandonada.
Na maioria dos países, no mínimo parte dos custos de saúde acabam sob responsabilidade governamental. A população mais pobre gasta um percentual maior de sua renda com a alimentação. Estão se promovendo cirurgias e medicações, mas os resultados são insignificantes diante do aumento geral da obesidade.
Tudo indica que não existe uma solução simples para o assunto, mas está se tentando modificar o conceito que bebês mais obesos são mais saudáveis. E nas escolas está se tentando uma alimentação mais saudável, ao mesmo tempo em que exercícios estão sendo facilitados, como o uso de bicicletas ou calçadas amigáveis aos pedestres.
Tributações mais pesadas sobre bebidas calóricas e dimensões menores também estão sendo tentados. Na Filadélfia e em Nova Iorque, estas medidas estão dando alguns pequenos resultados. A responsabilidade da melhora acaba sendo individual, e o que vem sendo feito é a divulgação das práticas alimentícias mais saudáveis.
Os estudos mostram que o corpo humano tende a acumular gordura desde os tempos das cavernas, e quando se perde o peso, ele trabalha para reaver as gorduras. Medidas médicas não parecem alcançar resultados expressivos. As tributações sobre gorduras ainda são desafios. Um estudo trata das influências da obesidade sobre o diabetes. Somente a alimentação não é suficiente para evitar a obesidade. As empresas continuam produzindo alimentos nocivos enquanto existir demanda. Alguns governos locais estão conseguindo influir numa alimentação mais sadia. A pressão social sobre o “junk food” parece ser a solução mais viável. São alguns assuntos que estão tratados no estudo especial do The Economist.
O Brasil também precisa tratar deste assunto que está se agravando.
19 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: 2012, A Cor do Sabor, autoria de Jo Takahashi, Editora Melhoramentos, São Paulo
Jo Takahashi é um dedicado, persistente e competente produtor cultural com longa experiência da japonesa no contexto universal, aprofundado ao longo de uma rica experiência de trinta anos de trabalho profissional na Japan Foundation. Hoje, ele se dedica à sua Dô Cultural, uma empresa que vive das atividades culturais com sucesso, o que não é uma tarefa fácil para ninguém, mesmo para ele. Jo é o criador e mantenedor do portal Jojoscope, indispensável para acompanhar tudo que acontece de importante ligando a cultura japonesa principalmente com o Brasil.
Mesmo dentro da profusão de trabalhos que deve exigir a sua participação pessoal, que deixa a sua marca indelével, encontrou tempo para escrever um livro imperdível. Não se trata somente da contribuição do chef japonês Shin Koike para a gastronomia brasileira que me pareceu inicialmente como o objetivo principal, mas da elaboração da rica moldura em que tudo isto acontece, do encontro fértil da profunda e consolidada cultura japonesa com o dinâmico e vivo contexto brasileiro.
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18 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: crises estimulam economias, efeitos das atuais crises, magnitude dos desperdícios, povos que foram pobres
Os brasileiros desenvolveram uma cultura própria vivendo num país tropical, abençoado por Deus, que propicia desperdícios diante da abundância que os cercam, sem grandes desastres naturais. Os lixos dos brasileiros estão entre os mais ricos do mundo, com as sobras de contêm, como de alimentos. Os povos que passaram por dificuldades, como guerras, contando com poucos recursos naturais e sofrendo invernos rigorosos tendem a providenciar reservas para os períodos de falta. E os economistas consagrados informam que evitar os desperdícios acaba sendo a forma mais econômica para contar com alguns fornecimentos adicionais, como por exemplo, o suprimento de energia elétrica.
Muitos filhos de imigrantes que são numerosos no Brasil receberam na sua infância lições dos seus pais afirmando que nada deveriam deixar nos seus pratos nas refeições. Entre os japoneses, utiliza-se a expressão “motainai”, que seria indicar que está se desperdiçando o que se produziu com muito sacrifício. Explicaria em parte porque a poupança é elevada no Japão como em diversos países asiáticos, enquanto entre os brasileiros costuma ser baixa, porque a natureza favorece a disponibilidade para a alimentação de amanhã.
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18 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a Barilla italiana visa a China, ajustando se às mudanças do mercado, fundada em 1877, produto ajustado ao wok
Um artigo publicado no Financial Times foi republicado no Valor Econômico, em português, informando que a conhecida produtora de massas Barilla está se ajustando às mudanças ocorridas no mundo. Informa-se que suas 42 fábricas que vendem seus produtos em cem países, 85% nos países da Europa e Estados Unidos, que estão com um crescimento econômico modesto, preparam-se, com as pesquisas que está efetuando, para introduzir seus produtos na China que sejam utilizáveis nos woks. Certamente seria um produto semelhante ao lamen utilizado pelos chineses que possa ser utilizado nas frigideiras tipo wok, apreciados em todo o mundo, notadamente na Ásia.
O grupo dispõe de um centro de pesquisas no norte da Itália, e continua fazendo investimentos, pois se trata de uma organização familiar, apesar da crise que abala aquele país e toda a Europa. Ele tinha ingressado no mercado de panificação, biscoitos e tortas, adquirindo uma empresa alemã, onde sofreu prejuízos e agora se concentra novamente nas massas. Entende que, com a atual crise econômica, os consumidores procuram produtos de baixo custo, fáceis de serem preparados, como é o caso das massas.
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18 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, webtown | Tags: alimentação saudável, alimentos calóricos, alternativas ao açúcar tradicional, redução do consumo do sal
Mudanças notáveis estão se observando na alimentação dos brasileiros, acompanhando as alterações nos hábitos de vida. No passado, os brasileiros exerciam muitas atividades no meio rural, que demandavam esforços físicos que consumiam mais calorias, e o sal, as gorduras e o açúcar não chegavam a afetar a sua saúde. Hoje, com atividades mais sedentárias e a intensa utilização dos veículos, seus esforços físicos acabaram se reduzindo, ainda que alguns estejam compensando com mais exercícios. Observa-se que a obesidade passa a ser uma preocupação relevante, além de medidas para evitar doenças como o diabetes, com a elevação da expectativa de vida.
Além de uma minoria que se concentra nas alimentações mais saudáveis, orgânicas e naturais, vai se generalizando a divulgação sobre a necessidade de redução do consumo de produtos industriais. Principalmente aqueles que utilizam sal, gorduras e açúcar em exagero. A velocidade com que estas mudanças estão se disseminando no Brasil é animadora, com um grande número de variadas e novas publicações especializadas no assunto.
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17 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: ampliação da disponibilidade, aperfeiçoamentos constantes, Ceagesp de São Paulo, diversidade da produção
Para se obter uma visão geral do desenvolvimento que continua ocorrendo na agricultura brasileira, basta fazer uma visita ao que é apresentado semanalmente na Ceagesp, principal centro de abastecimento da metrópole paulistana. O que está exposto para a venda direta aos consumidores, além do atacado que abastece os principais estabelecimentos que servem a população local, apresenta uma rica diversidade e mostra a melhoria da produção que vem ocorrendo no país, ao que se soma o que vem sendo importado de muitos países vizinhos. Não se trata somente de verduras e legumes, como frutas, pescados, todos os temperos e ingredientes que são utilizados na alimentação da população. Além das flores que ajudam a alegrar a vida dos paulistanos.
Uma visita à Ceagesp renova o otimismo daqueles que são bombardeados por notícias alarmantes dos meios de comunicação social, que parecem viesados para o negativismo e pessimismo. O incessante trabalho de milhares de agricultores que procuram diversificar a sua produção, além de eles estarem à disposição dos consumidores o ano todo, cada vez com melhor qualidade. Sempre se encontram novidades mostrando que os produtores estão atentos para o que está acontecendo no mundo, verificando o que pode ser produzido no Brasil, com adaptações e muitos aperfeiçoamentos.
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17 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: cuidados a serem tomados, significado segundo editorial do Nikkei, vitória arrasadora do PLD | 2 Comentários »
À primeira vista, a vitória do PLD – Partido Liberal Democrata do Japão na eleição para a Câmara Baixa do último domingo foi arrasadora e com a sua tradicional coligação com o Komeito, partido de cunho religioso, teriam a maioria absoluta de dois terços, permitindo reformas significativas com um governo com forte suporte eleitoral. Anuncia-se que o novo governo a ser formalizado no próximo dia 26 de dezembro, que deverá ser comandado pelo presidente do PLD, Shinzo Abe, que já foi primeiro-ministro por um curto período, perseguiria a ativação da economia japonesa, promovendo uma desvalorização do yen, entre as medidas prioritárias, além de procurar adotar uma posição mais nacionalista. No entanto, o editorial do equilibrado jornal econômico japonês Nikkei, que deveria ser simpático ao PLD, adverte sobre o real significado do resultado eleitoral.
De um lado, como o voto no Japão é voluntário e compareceram 10% de eleitores menos que na eleição geral anterior de agosto de 2009, apesar da criação de novos partidos, deve-se compreender que a população não está satisfeita com a sua classe política. A leitura dos resultados deve ser que os eleitores votaram contra o atual governo do DPJ – Partido Democrata do Japão, que não conseguiu cumprir sua plataforma eleitoral apresentado nas eleições anteriores e organizar um governo razoável em coligação com outros partidos, e sofreu uma sensível diminuição dos seus representantes nestas eleições.
Shinzo Abe
O atual governo não conseguiu melhorar a situação das famílias japonesas, apesar das suas promessas, sofrendo com a falta de recursos, em parte diante das dificuldades econômicas mundiais. Muitas disputas internas do partido prejudicaram seus resultados. A reforma fiscal não foi apoiada por muitos dos seus representantes que preferiram deixar o DPJ. Não conseguiram administrar a presença das tropas norte-americanas no Japão, e teve atritos com os burocratas, sendo atingido pelas consequências das catástrofes naturais no nordeste do Japão. Muitos dos seus líderes não foram reeleitos, e perderam mais de 80% de suas cadeiras, que eram de 308 representantes.
Segundo o editorial do Nikkei, o verdadeiro teste para o PLD deverá ocorrer nas eleições da Câmara Alta, em agosto do próximo ano. O PLD, mesmo coligado com o Komeito, não possui maioria atualmente no que corresponde em outros países ao Senado Federal. Entende que os eleitores não votaram no último domingo no PLD, mas na opção que achavam menos ruins.
Os atritos com a China e a Coreia, pelas disputas de ilhas, fizeram com que muitos eleitores conservadores votassem no PLD. O seu presidente necessita formar um gabinete com nomes expressivos que possam resolver os problemas japoneses internos e externos.
Segundo o editorial, o Japão precisa romper com a política que não pode decidir sobre assuntos fundamentais, mantendo-se iludido por muitos anos. Se os representantes eleitos no último domingo não tiverem a consciência da importância política dos assuntos a serem decididos, o destino do Japão pode estar em perigo.
São muitos os analistas no exterior que imaginam que o Japão precisa estabelecer uma política clara, tanto para cuidar de sua economia e assuntos internos como também definir o seu posicionamento externo, reduzindo a sua dependência da aliança com outros países, notadamente os Estados Unidos que não têm mais condições de manter a segurança de todo o Pacífico.
17 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: algumas reflexões, artigo de Antonio Prata na Folha de S.Paulo, Corinthians e Chelsea, Ju Toku, Mundial de Clubes de Futebol em Yokohama
Não sendo um comentarista de futebol nem torcedor do Corinthians, mas simplesmente brasileiro, só posso apresentar considerações sobre a importância deste Campeonato Mundial de Clubes da Fifa no Japão e sua final em Yokohama de outros ângulos mais simples. Na sua coluna na Folha de S.Paulo, Antonio Prata apresenta um artigo quase poético sobre a atual viagem profissional ao Japão e uma visita a um sushiya em Tóquio, de nome Ju Toku. Procurou saber de um cliente japonês que lá estava, com ares de habituée, o significado deste nome do estabelecimento. Foi-lhe explicado que ju significa em língua japonesa dez, e toku seria uma espécie de coração, coragem, esforço, bravura, expressão que transformou no título do seu artigo. Ele traçou um paralelo dos Sete Samurais, de Akira Kurosawa, com o lema da Fiel, “Lealdade, Humildade, Procedimento”, ao que poderia se acrescentar certo prazer pela vitória com muito sofrimento, quase um masoquismo.
Cerca de dez mil corinthianos do Brasil gastaram o que tinham e o que não tinham para ir ao Japão torcer pelo seu time, e eles mesmos se denominam um bando de loucos, porque isto não é das coisas mais racionais no mundo dos que se consideram normais, se é que eles existem. E eles estavam enfrentando na final em Yokohama o Chelsea, que é uma seleção inglesa de jogadores de cerca de sete diferentes países, de propriedade de um milionário russo. O valor dos passes destes jogadores do clube inglês deve superar em dezenas de vezes os dos jogadores corinthianos no mercado. Mesmo muitos dos torcedores do clube brasileiro não consideravam sua equipe os favoritos.
Já postei neste site um artigo dizendo que não considero os seres humanos totalmente racionais. São movidos por paixões, emoções, e no futebol todos sabem que nem sempre são os melhores que vencem, talvez mais que em outros esportes. Parece que o Chelsea é formado por bons profissionais que procuram maximizar os seus benefícios financeiros, parecendo um pouco mercenários, ainda que não se possa condená-los por isto. Enquanto que os corinthianos pareciam movidos por uma forte emoção coletiva, a vontade de corresponder às loucuras de sua torcida, dos que conseguiram ir ao Japão como os que se espalham por muitas partes do mundo.
Torcidas organizadas de brasileiros residentes no Japão devem ter impressionados os japoneses, que costumam ser organizados como em outras finais a que assisti no Japão. Engrossaram os que se deslocaram do Brasil, formando uma corrente coletiva positiva que certamente estava contagiando os jogadores como os dirigentes do clube brasileiro. Havia um clima diferente em campo, capaz de superar as qualidades técnicas dos que estavam jogando, ainda que não se despreze a preparação que foi efetuada pela equipe técnica corinthiana.
Cássio, o goleiro brasileiro, foi reconhecido como a figura de maior destaque, que construiu uma barreira que os melhores jogadores do Chelsea não conseguiram superar, mesmo contando com outros jogadores brasileiros. Parecia que os deuses Shinto tinham atendido aos que foram rogar por seus favores. Algo como um milagre, que acontece no futebol, que o torna o esporte mais popular no planeta.
Vitória indiscutível, merecida, dentro e fora do campo, que acalenta os sofridos brasileiros. Como as nadeshikos serviram de inspiração para os japoneses que sofreram desastres naturais, que este novo troféu corinthiano inspire os brasileiros a superarem as dificuldades normais que se antepõem para a disseminação da alegria e o prazer de viver para os demais povos.
14 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a melhoria da expectativa de vida no Brasil, aumento percentual de idosos na população, indicadores do desenvolvimento, problemas a serem superados
As informações sobre a evolução demográfica estão entre os indicadores mais estáveis e seguros sobre o desenvolvimento econômico e social que se processa num país. Os dados censitários e as demais informações estatísticas disponíveis no Brasil surpreendem pelas melhorias sensíveis que estão ocorrendo recentemente, fazendo com que em 2011 a expectativa de vida ao nascer dos homens brasileiros ao nascer fosse de 70,6 anos e das mulheres de 77,7 anos, aproximando-se rapidamente dos mais elevados no mundo. Estes dados foram divulgados num artigo do UOL em fins de novembro último, com base nos dados do IBGE, órgão oficial de estatísticas no Brasil. No Japão, para este ano de 2012, estima-se a mesma expectativa ao nascer em 80,57 anos para os homens e 87,84 anos para as mulheres, mostrando que ainda há uma grande distância entre os dois países.
Um dos fatores que vem melhorando sensivelmente é a taxa de mortalidade infantil, que é calculada com as mortes até um ano de vida, que era de 19,4 óbitos em 2010 e já baixou para 16,1 em 2011, segundo um artigo publicado pela UOL com base nos dados fornecidos pelo IBGE. Entre os fatores que influenciam nestas melhoras estão os relacionados com os avanços nos serviços sanitários, principalmente no fornecimento de água potável, além dos serviços de saúde que se tornam disponíveis nas áreas menos desenvolvidas do país.
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14 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as vendas no varejo continuam crescendo, contrariando os analistas pessimistas, fenômeno da região da 25 de março em São Paulo, mudanças em alguns destaques
Superando o pessimismo exagerado dos analistas cujos interesses ficam vinculados com as atividades financeiras, os dados relacionados com o comércio varejista no Brasil neste final de ano mostram que os resultados são melhores que as expectativas. É preciso entender que o consumo refere-se a toda a população, enquanto as performances mais desfavoráveis restringem-se a parte dela, que vivem das remunerações decorrentes dos bancos, corretoras, aplicações nas bolsas, ações da Petrobras, da Vale e das companhias relacionadas com a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, principalmente.
Os dados divulgados pelo IBGE com base na Pesquisa Mensal do Comércio informam que outubro superou o mês anterior em 8%, feito os ajustes sazonais, ou seja, as variações que ocorrem durante o ano. Comparando os dados acumulados de janeiro a outubro com os correspondentes ao ano anterior, observa-se um crescimento quantitativo de 8,5%, que é um percentual expressivo. Os destaques foram o comércio de equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicações, que cresceram 13,8% e o de móveis e eletrodomésticos que cresceram 13,1%, bem acima dos veículos, motos, partes e peças que cresceram 7,7%, que muitos analistas afirmam que puxaram as vendas, diante das reduções de tributos. Estes dados foram publicados por Arícia Martins e Diogo Martins, no seu artigo no Valor Econômico deste fim de semana.
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