Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Problemas Enfrentados pela Índia

11 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo publicado no The New York Times, dificuldades em muitos países, republicado na Folha de S.Paulo | 2 Comentários »

Um interessante artigo foi escrito por Jim Yardley e Vikas Bajaj no The New York Times e republicado em português na Folha de S.Paulo com o título “Índia enfrenta crise no próprio país”. Informa que, além dos efeitos da crise mundial, existem disputas internas do grupo comandado pelo premiê Manmohan Singh e pela Sonia Gandhi, uma líder do partido da situação Congresso Nacional Indiano, dificultando a superação do decréscimo do crescimento que também ocorre naquele país.

Todos estão informados que a China também passa por uma desaceleração do crescimento que vinha obtendo nas últimas décadas, havendo necessidade de reformas substanciais em diversos setores para passar da exagerada dependência do mercado externo para o interno. São abundantes os artigos que informam sobre as substanciais dificuldades chinesas. No Brasil, também são constantes as críticas sobre o governo atual, sob a alegação que as medidas tomadas são somente pontuais, sem resolver os mais profundos e estruturais existentes na economia brasileira.

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O Problema dos Cursos Feitos no Exterior

11 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre o assunto republicado na Folha de S.Paulo, casos no Brasil, exemplos japoneses

Ainda que o mundo esteja globalizado e muitos alunos de diversos países entendam que fazer cursos no exterior seja interessante, acabam ocorrendo algumas dificuldades como as apontadas num artigo de Hiroko Tabuchi, publicado originalmente no The New York Times e republicado em português na Folha de S.Paulo. Refere-se a estudantes japoneses que foram estudar no exterior e acabam encontrando dificuldades para obter empregos nas empresas japonesas, ainda que tenham conhecimentos obtidos no exterior, que são necessários para estas organizações do Japão.

Para se entender estes problemas, que não se resume somente aos cursos que devem ser reconhecidos no Japão, como ocorre no Brasil, parece preciso compreender as tradições japonesas herdadas das influências confucionistas. Como uma sociedade hierarquizada, as suas empresas ainda costumam admitir recém-formados anualmente, para que façam as suas carreiras ao longo de suas vidas, mesmo que isto esteja se alterando recentemente. Ao mesmo tempo, com a tradição peninsular, há uma tendência no Japão para se evitar os que estão fora do padrão básico, mesmo que as atuais autoridades japonesas estejam estimulando estudos complementares no exterior.

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Os terraços de arrozais Honghe Hani da China

11 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: agricultura na China, os terraços Honghe Hani, patrimônio cultural da humanidade

Os viajantes que têm o privilégio de visitar o interior da China podem ter a clara ideia da importância da disponibilidade de terras para a agricultura daquele país. O caso dos terraços de Honghe Hani, motivo do artigo Wang Hao, Pauline D. Loh e Cang Lide, publicado no China Daily, excedem qualquer expectativa. Estes terraços foram considerados patrimônios culturais da humanidade, pelo Globally Important Agricultural Heritage Systems Pilot Sites (GIAHS) da FAO – Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, em 2010.

Os terraços de Honghe Hani ficam na província de Yunnan, no sudoeste chinês, quase na fronteira com o Vietnã, e mesmo nos períodos das secas mais terríveis da região se mantêm verdes e produtivos. Como a região é montanhosa, terraços foram construídos para os plantios do arroz, como se fazem em algumas áreas asiáticas, pois mesmo os terrenos acidentados precisam ser aproveitados para esta produção vital do alimento básico da grande maioria dos povos da Ásia.

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Indústria Chinesa de Equipamentos Para a Construção Pesada

11 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entrevista no China Daily, Globalização da Sany Group, parceria com a alemã Putzmeister, Sany do Brasil | 6 Comentários »

Muito se conhece sobre os feitos chineses, mas pouco ainda é divulgado sobre a globalização de suas empresas privadas em setores de tecnologia de ponta, como a da construção pesada. Uma entrevista publicada no China Daily, elaborado pelos jornalistas Hu Haiyan e Feng Zhiwei, informa sobre suas atividades, com base na entrevista feita com o seu presidente mundial Xiang Wenbo, 50 anos, sobre as atividades na China e no exterior, que ganham um forte impulso com a parceria estabelecida com a tradicional empresa alemã Putzmeister de equipamentos para a construção pesada. A Sany do Brasil já atua no país, e está construindo uma grande planta em Jacareí, ao longo da rodovia Presidente Dutra, que deverá estar operando plenamente em 2013. Ela já atua com seus equipamentos na construção dos estádios voltados para a Copa do Mundo de 2014 em Brasília, Fortaleza e Cuiabá e ajudou na recente concretagem da Usina de Fukushima Daiichi.

Como todos sabem, a China conta com 50% da capacidade mundial de construção civil, e o volume de suas atividades no setor nas últimas décadas impressiona a todos. Suas edificações estão entre as mais avançadas, suas autoestradas competem com as europeias e o seu sistema de trens rápidos e metrô são construídos com velocidades que não se encontram em outros países. O Grupo Sany iniciou as suas atividades em 1989, formada pelos seus sócios Liang Wengen que é o seu Chairman atual (considerado o maior milionário chinês), Tang Xiuguo, Mao Zhoungwu e Yuan Jinhua. Um dos sócios fundadores é o responsável pelo projeto no Brasil, mostrando que consideram o país um mercado promissor para seus equipamentos, inclusive suas pesquisas para inovações. No seu site abaixo se encontra informações sua atuação no Brasil: http://www.sanygroup.com/abroad/brazil/pt-pt/

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Xiang Wenbo, presidente da Sanyy. Sany do Brasil e seus equipamentos

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Evento que marcou a parcveria da Sany Group com a alemã Putzmeister

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Contribuição dos Nikkeis Para as Cerâmicas Brasileiras

8 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ceramistas nikkeis no Brasil, conhecimento restrito, diferentes formações | 4 Comentários »

Entre os que acompanham a evolução das artes plásticas no Brasil, nota-se a expressiva contribuição de variados ceramistas de origem japonesa. As produções cerâmicas japonesas que são conhecidas no mundo foram baseadas nos conhecimentos provenientes da China por intermédio dos coreanos, começam no Sul do Japão, com variados estilos. De lá, foram para a Europa e os Estados Unidos, dentro do que é conhecido como “stone ware”, que são as cerâmicas de alta temperatura, e consequentemente mais resistentes.

Mas algumas contribuições vieram diretamente do Japão para o Brasil, com passagens intermediárias diferentes, ganhando características próprias por utilizar matérias-primas locais. Na publicação “Raízes da Arte Koguei no Brasil”, publicado pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, há um destaque na cerâmica, inclusive sobre o uso do “Noborigama”, um tipo de forno de lenha com muitas câmaras com o calor ascendendo por elas. O primeiro teria sido construído por Shoko Suzuki em 1962, que explica num artigo sobre a sua vinda ao país.

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Shoko Suzuki / Akinori Nakatani

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Megumi Yuasa / Kimi Nii

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Reflexos, Agilidades e o Doce Pássaro da Juventude

8 de junho de 2012
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: alpinismo, desafio a limites do corpo e da idade, mente ágil em corpo são, Tamae Watanabe – 73 anos - Monte Everest 2012

Demonstração de ginástica de expressão corporal por garotada de 10 anos de idade. Impressiona a fácil agilidade e flexibilidade das crianças, a perfeita sincronia de tempo e movimentos. “Eu também era craque em dar cambalhotas nessa idade, mas com as mãos no chão, não essas cambalhotas no ar”, comento. De pronto me corrigem: “Tia, isto não é cambalhota, é salto mortal carpado!” Tá. Claro, salto mortal, duplo, triplo, estilo Daiane dos Santos… Os riscos? Bom, crianças as praticam sobre colchões reforçados. Bonito de se ver, mas dá um frio…

Há alguns anos, em final de campeonato interclubes de tênis, categoria pré-veteranos, o vencedor, após matar a última bola, corre para o cumprimento de praxe, mas em vez de esperar o oponente junto à rede, ensaia pular por cima para ir ao seu encontro no outro lado da quadra. Aos quarenta e poucos anos, talvez se sentisse no auge da forma e fizera isso já outras vezes: afinal estava na moda imitar o irreverente John McEnroe – que, além de pular redes, comemorava vitórias com “cambalhotas no ar”. Aos vinte anos, número um do ranking mundial, ele podia. O nosso pré-veterano foi infeliz, enroscou-se na rede, foi de cara ao chão, felizmente de saibro, saiu apenas com escoriações no nariz e nos joelhos. Ao festejar seus gols, jogadores brasileiros estão proibidos de exibir manifestações mais empolgadas, me contaram, por conta de um infeliz salto mortal que deu errado e quase levou um boleiro a graves sequelas. Aliás, não é linda a alegre coreografia ensaiada e ritmada dos brasileiros no gramado, a cada gol que fazem?

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Tamae Watanabe  /  Monte Everest

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Pico do Jaraguá / Corcovado, no Rio de Janeiro / Escadarias da estação do Metrô República

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Dramático Artigo de Carlos Ghosn no Nikkei

6 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Carlos Ghosn publicado no Nikkei, diagnóstico claro, dramático quadro da indústria japonesa | 18 Comentários »

Apesar de brasileiro nascido em Rondônia, Carlos Ghosn, com respeitável experiência como empresário de origem francesa, tornou-se um dos líderes empresariais mais considerados no Japão, pelo reerguimento que conseguiu na presidência da Nissan japonesa que estava à beira do colapso em 1999. Tornou-se também o presidente mundial da francesa Renault e sua opinião tem um efeito importante no Japão e no mundo. Num artigo publicado pelo prestigioso jornal econômico japonês Nikkei, ele faz um claro diagnóstico da situação da atual indústria japonesa.

Ele informa que a Nissan recuperou-se, superou a crise de 2008, do terremoto e tsunami no Japão em 2011, e da inundação que ocorreu na Tailândia e a crise de consumo que ocorre na Europa, tendo aprendido a adaptar-se às circunstâncias com rapidez. Conseguiu um lucro próximo de US$ 7 bilhões em 2011, tendo produzido cerca de 4,85 milhões de unidades, 15,8% acima do ano anterior. É considerado um competente “monozukuri” (fabricante de bens de excelência) com uma competência globalizada.

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Carlos Ghosn faz um diagnóstico nada promissor para a indústria automobilística japonesa

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Variados Artigos Sobre a Sustentabilidade

5 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: medidas gerais, muitas publicações, proposições objetivas e empresariais | 2 Comentários »

Tanto em decorrência do Dia do Meio Ambiente, como proximidade da reunião do Rio + 20, muitos jornais e meios de comunicação estão dedicando grandes espaços para os assuntos relacionados com o tema, chegando a mencionar alguns exemplos em andamento. A esperança é que muitas das ideias veiculadas tenham a possibilidade de conscientizar a opinião pública sobre a urgência das medidas que ajudem na preservação do meio ambiente, ainda que as autoridades e as empresas estejam tratando do assunto como se fossem problemas dos outros, comprometendo-se pouco com metas objetivas.

Falar em tese sobre estas posições sempre é simpático, bem como apontar as graves consequências que podem advir das tendências presentes. No entanto, diante dos problemas econômicos que todo o mundo está enfrentando, poucos são os casos de medidas concretas que estejam sendo decididas, aumentando os esforços que levem a inverter a tendência atual.

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Problemas Políticos Até em Cingapura

4 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Luke Hunt no Asean Beat publicado no The Diplomat, insatisfações políticas | 2 Comentários »

Para quem não conhece, Cingapura é hoje uma cidade-país com cerca de 5 milhões de habitantes, com renda per capita estimada em cerca de US$ 60 mil, considerada a terceira mais alta do mundo. É formada de chineses, hindus, malaios e seus descendentes e até os anos sessenta do século passado era considerado um país pobre. É a mais importante metrópole do Sudeste Asiático, extremamente moderna, o grande centro financeiro da região.

Impressiona hoje pela limpeza e contemporaneidade quando antes era formada por bairros chineses, hindus e malaios imundos. Conquistou a sua total independência da Malásia dois anos depois dos ingleses deixarem aquele país em 1965. O primeiro-ministro Lee Yuan Yew veio governando o país com mão-de-ferro, promovendo o seu rápido desenvolvimento, que lhe deu a denominação de Tigre Asiático. Hoje, o seu filho Lee Hsien Loong detém o poder por intermédio do People’s Action Party – PAP, que começa a ser incomodado pelo WP – Worker’s Party.

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Relações Nipo-Brasileiras no Mundo Conturbado

4 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as mudanças no Brasil e no Japão, aspirações de informações, no quadro de incertezas globais | 2 Comentários »

Todos os analistas admitem que os intercâmbios nipo-brasileiros gerais se encontram em patamares inferiores às potencialidades econômicas de ambos os países, mesmo considerando as limitações existentes e as incertezas que dominam o cenário internacional. Com o Japão enfrentando décadas de um crescimento modesto, muitas das suas atividades produtivas e até muitos dos seus idosos cada vez mais numerosos na sua população necessitam ser transferidos para o exterior. Isto vem ocorrendo e o Brasil, apesar de preencher muitas das condições desejadas e preferenciais para tanto, não tem se beneficiado expressivamente destes fluxos.

Pequenas e médias empresas japonesas estão efetuando suas ampliações, os fornecedores de equipamentos pesados e tecnologias estão interessados, mas não chegam a se interessar por investimentos expressivos que exigem parcerias de longo prazo. Como já enfrentaram problemas no Brasil no passado, desejam contar com as determinações das autoridades brasileiras sobre os objetivos que estão sendo perseguidos para concretizarem suas potencialidades, pensando em escalas globalizadas.

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