20 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: artigo no Valor Econômico, centro de pesquisa bilionário, decisão da BG inglesa
Em que pesem todas as dificuldades compreensíveis o Brasil vem atraindo as atenções mundiais. Agora, a inglesa BG Group anuncia que o seu CGT – Centro Global de Tecnologia será construído no Rio de Janeiro, devendo investir até 2025 US$ 2 bilhões, que significa uma média anual de US$ 154 milhões, uma cifra impressionante. O BG Group dedica-se ao setor de gás e petróleo, e, segundo o artigo de Francisco Góes, publicado pelo Valor Econômico, ele pretende que o CGT seja a sua ponta de lança da sua política de pesquisa e desenvolvimento. Uma sua referência é o ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica em São Jose dos Campos.
As declarações ao Valor Econômico foram dadas por Henrique Rzezinski, vice-presidente corporativo e de política pública do BG Brasil. Seria um grande polo de pesquisa e desenvolvimento que operará em conjunto com parcerias com universidades e centros de pesquisa no país, integrado via alianças com uma rede de excelência em petróleo e gás em países como a Inglaterra, Estados Unidos e Escócia. A escolha decorreu de sua previsão de produção de 600 mil barris de óleo equivalente por dia, ao final da década, tornando-se a segunda produtora seguindo a Petrobras.
Henrique Rzezinski
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19 de abril de 2012
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: Astronomia, Elis Regina, Extraterrestres e Óvnis, Geoffrey W. Marcy, Linhas de Nazca, O Pequeno Príncipe
“… aqui quem fala é da Terra.” A canção composta por Rita Lee e Roberto de Carvalho virou clássico da MPB em 1980 em interpretação brincalhona e antológica feita por Elis Regina (1945-1982). Marcando os trinta anos da morte daquela que foi das maiores intérpretes da música popular brasileira, o Centro Cultural São Paulo está promovendo a exposição Viva Elis, em carinhosa homenagem à cantora. Alô, Alô, Marciano volta a ser tocada nas rádios, TVs apresentam o clip junto a outros sucessos da Elis. Paira no ar a lembrança inconfundível da sua voz, do seu sorriso cativante, seus gestos e balanços. Saudades da Elis.
Este ano registra também os trinta anos de ET – O Extraterrestre: um dos maiores sucessos de bilheteria de toda a história do cinema, o primeiro a ultrapassar a marca dos 700 milhões de dólares. O enredo é sobre alienígena perdido na Terra que faz amizade com um garoto de dez anos; este o protege para evitar que o ET seja capturado pelo serviço secreto e vire cobaia, e o ajuda a regressar ao seu planeta. Quem não se lembra deles pedalando pelo céu, silhuetas contra o luar? Crianças e adultos quedamos embevecidos com a história.
Elis Regina / Cena de ET-O Extraterrestre / O Pequeno Príncipe / Geoffrey W. Marcy
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19 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aumento dos idosos, divulgação dos dados demográficos japoneses, efeitos no mercado, redução dos menores | 2 Comentários »
Entre os fatores que provocam efeitos econômicos impossíveis de serem contornados estão os dados demográficos. Um artigo publicado no Daily Yomiuri Online informa a dramática redução da população japonesa, que inclui os estrangeiros residentes no Japão. Segundo os dados divulgados pelo ministério de assuntos internos e comunicações daquele país, teria ocorrido até outubro de 2011 uma redução de 259 mil habitantes quando comparada com a do ano anterior. As crianças até 14 anos ficaram com 13,1% da população total, um recorde de baixa, e os idosos de mais de 65 anos ficaram com 23,3%, enquanto os na idade de trabalho (entre 15 a 64 anos) ficaram somente com 63,6%.
Foi o declínio mais significativo desde quando se dispõem destes dados em 1950, representando uma redução recorde de 0,2%, com base no censo que ocorre a cada cinco anos. Os cálculos se baseiam nos nascimentos menos os falecimentos, as entradas de pessoas do exterior no Japão para residirem mais de 90 dias, menos as saídas que foram elevadas com os desastres naturais. Foi a terceira vez que os nascimentos declinaram, o que já ocorreu em 2005 e 2009, ficando somente com 1.073 mil no ano.
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19 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: análises elaboradas em Cambridge, crescimento mesmo com a sua precariedade, mudanças necessárias, necessidade de melhoria no sistema legal
Mark Roe e João Paulo Vasconcellos, de Cambridge, analisam como o Brasil conseguiu desenvolver-se apesar das limitações no seu setor legal, num artigo divulgado pelo Project Syndicate. As recomendações teóricas como de instituições, como o Banco Mundial, recomendam que uma das condições para o desenvolvimento seja a existência de um clima favorável aos negócios, onde se destaca a garantia legal. No caso brasileiro, constatam que o funcionamento dos tribunais ou entidades relacionadas com a rápida resolução das arbitragens não é ágil para garantia plena dos direitos dos investidores e financiadores. Mas constatam que o desenvolvimento está se observando, principalmente por que Lula da Silva, que era considerado como representante dos trabalhadores, teve a clarividência de manter as regras do capitalismo no funcionamento da economia.
Segundo os autores, o mercado de capitais desenvolveu-se no Brasil com mais empresas procurando recursos, mesmo sem a mudança no sistema legal. Gerou-se a confiança dos investidores externos nas novas empresas que entraram no mercado. Eles interpretam que as arbitragens atenderam os problemas da insuficiência da justiça.
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18 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Asahi Glass Co., nova fábrica no Brasil em Guaratinguetá, produtos de alta tecnologia, visão de longo prazo
Desde 2009, a Asahi Glass Company, que é uma multinacional que se originou no Japão em 1907, passou a ter a sua sede em Bruxelas, na Bélgica, trabalhando com vidros planos. Atua em 30 países em todo o mundo, com forte presença nos Estados Unidos, na Europa e na China, bem como em toda a Ásia. Com faturamento anual de US$ 15 bilhões, instala agora a sua primeira unidade no Brasil, com uma visão de longo prazo, devendo produzir vidros planos, principalmente os voltados à construção civil e à indústria automobilística. O mercado japonês só representa 35% de suas operações. Dispõe de produtos de alta tecnologia como o “Sunbalance Aqua Green” e o “Sunbalance Pure Clear”, que é ecológico e mantém o ambiente interno resfriado no verão, aquecido no inverno e claro durante o dia. Dispõe de empresa voltada à pesquisa e possui uma atitude correta com relação à informação para o público, bem como sua responsabilidade social, devendo contribuir com os trabalhos executados pelo Instituto Ayrton Senna no Brasil.
Seu presidente, Kazuhiko Ishimura, deu uma entrevista para Vanessa Dezem, do Valor Econômico, informando a estratégia da empresa de ampliar suas atuações no Brasil e em outros países emergentes. Esclareceu que a economia japonesa já vinha crescendo modestamente bem antes dos recentes desastres naturais, o que os levou a atuar como uma verdadeira multinacional, visando os mercados que estão em expansão.
Kazuhiko Ishimura
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17 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: interesses comerciais dos Estados Unidos, pré-sal, pronunciamentos simpáticos
Existe um dito político que diz: quando não pode oferecer muito, ofereça simpatia. Apesar dos Estados Unidos e o Brasil terem amplos campos para o intercâmbio político e econômico, o fato concreto é que nem sempre os interesses bilaterais coincidem totalmente, havendo muitos aspectos que são sensíveis aos eleitores norte-americanos, mas não são atendidos pelo Brasil, que prefere uma posição mais independente. Logo depois da visita da presidente Dilma Rousseff a Barack Obama, a Secretária de Estado Hillary Clinton visita o Brasil, o que é considerado alvissareiro por muitos analistas.
Entre outros aspectos que o Brasil gostaria de contar é com um explícito apoio à pretensão brasileira de um assento permanente no Conselho de Segurança nas Nações Unidas. O máximo que ela afirmou foi que não via aquele Conselho, no futuro, sem a participação brasileira. Os Estados Unidos oferecem aumentar as bolsas para estudantes brasileiros como eliminar os problemas de vistos dos turistas. Afirma desejar colaborar na exploração do pré-sal, pois conta com ampla experiência na exploração offshore. Está propondo um acordo de livre comércio, como o que já mantém com diversos países, depois dos fracassos dos entendimentos multilaterais como o da Rodada Doha. Todos estes assuntos implicam em discussões demoradas, e visam ativar a economia daquele país.
Hillary Clinton durante seminário na Confederação Nacional da Indústria. Foto: Antônio Cruz / ABr
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17 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: multiplicações de organismos, o papel do FMI e do Banco Mundial, problemas orçamentários e dificuldades operacionais
Uma entrevista dada pela diretora gerente do FMI – Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, à correspondente em Washington de O Estado de S.Paulo mostra que estes organismos já não possuem a importância que tinham no passado, contando com dirigentes burocráticos. Lamentavelmente, pode ser o destino do Banco Mundial que tem como presidente Jim Yong Kim, indicado pelos Estados Unidos, que veio desenvolvendo trabalhos técnicos na área de saúde, em termos internacionais.
Estes organismos foram criados como braços das Nações Unidas para a reconstrução mundial depois da Segunda Guerra Mundial e desempenharam o papel dentro dos limites possíveis, no mundo onde os Estados Unidos e a Europa tinham importância, tanto que detinham os seus comandos com estadistas, ao mesmo tempo em que providenciavam os recursos para as suas atenções. O mundo passou por uma transformação profunda, com a redução da importância destas duas regiões, ao mesmo tempo em que outros países aumentaram a sua presença no cenário internacional.
Christine Lagarde, presidente do FMI, e Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial
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16 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dados intrigantes, pesquisa do BCG – Boston Consulting Group, uma nota do The Economist | 4 Comentários »
O The Economist publicou uma intrigante nota referindo-se a uma ampla pesquisa de mais de 50 páginas efetuada pela considerada BCG – Boston Consulting Group, que deve ser acessada diretamente pelos que se interessam por estes assuntos, com o titulo de “Digital shopkeepers”. Refere-se à contribuição da internet para a economia de diversos países, mostrando que ela continua crescendo, mesmo com a atual crise, e que existem diferenças substanciais, e o Brasil ocupa uma posição desconfortável.
Os dados se concentram em dois períodos básicos, 2010 e uma previsão para 2016. A Inglaterra aparece no topo, com mais de 8% do PIB devendo superar 12% em 2016. Coreia, China, Comunidade Europeia, Japão, Estados Unidos e até o G20 aparecem bem. Mas o Brasil não alcança nem a metade da participação do G20.
O estudo completo apresenta uma série de dados interessantes que exigem uma análise mais cuidadosa. A primeira vista não corresponde a imagem que temos sobre a importância da internet no Brasil, principalmente nos seus efeitos econômicos, como os relacionados às vendas. Segundo a pesquisa, a mesma vem sendo utilizada no Brasil mais para relacionamentos sociais, sendo ainda inexpressivo do ponto de vista econômico.
Mas as demais informações contidas na pesquisa também não correspondem ao senso comum, mas tanto The Economist como o BCG – Boston Consulting Group são instituições que merecem credibilidade. Outros analistas mais especializados nestes assuntos podem ter a oportunidade para estudos mais profundos sobre estes dados.
16 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: algumas características interessantes, grupo que trabalha com confecções masculinas no mundo
Uma entrevista concedida por Gildo Zegna, CEO do consagrado Grupo Zegna, para a jornalista Maria da Paz Trefaut, do Valor Econômico, esclarece algumas características dos consumidores dos seus produtos considerados de luxo em todo o mundo. Ele esclarece que os chineses já consomem 40% dos produtos com a marca Ermenegildo Zegna, uma das mais consideradas voltadas para o público masculino, cujas vendas atingiram 1,1 bilhão de euros em 2011, ao mesmo tempo em que informa como veem as características dos principais consumidores de mais de 90 países onde atuam.
Ele considera que é preciso ter sensibilidade e percepção para apostar e investir em design e produtos novos, principalmente para os mercados como do Brasil e da China que possuem público mais jovem, que têm muito interesse em novidades. Ele informa que os brasileiros preferem uma moda mais casual, possivelmente pelo clima, mas lamenta que aqui os seus produtos sejam os mais caros do mundo, depois do pagamento das tarifas alfandegárias e impostos. Muitos brasileiros adquirem produtos Zegna no exterior.
Gildo Zegna e alguns produtos da grife Ermenegildo Zegna
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16 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: conclusões indispensáveis, preparação mínima, reuniões de cúpula com retrocessos
Todos os jornais estão noticiando que a 6ª Cúpula das Américas realizada em Cartagena, na Colômbia, reunindo os presidentes de 30 países das Américas, inclusive Barack Obama, dos Estados Unidos, e Dilma Rousseff, do Brasil, foi um fracasso, não se conseguindo sequer um acordo sobre um comunicado conjunto. Dois tópicos parecem ter sido os que não unificaram as posições dos participantes, a participação de Cuba nas próximas reuniões do grupo que vêm sendo realizadas desde 1994 e a menção de Folkland/Malvinas em solidariedade às pretensões da Argentina.
Na ânsia de aumentar a presença mundial de países que ganharam importância internacional nos últimos anos, vêm se repetindo reuniões de cúpula sem o adequado preparado de um mínimo de base consensual. Sem a apresentação de alguns resultados objetivos, o recomendável é que estas reuniões não se repitam como parece que está sendo cogitado no caso da Cúpula das Américas. Os mais experientes sabem que costuma haver uma minuta de decisões mínimas preparadas antecipadamente pelos diplomatas dos principais países participantes, que acabam recebendo somente um reforço dos dirigentes máximos.
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