30 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: exageros nos pessimistas de analistas, opiniões de Sergio Werland e Luis Eduardo Assis, opiniões no exterior | 2 Comentários »
Duas importantes manifestações de ex-diretores do Banco Central do Brasil, experientes analistas de economia, uma do Sergio Werlang, que continua como dirigente do Grupo Itaú, e outra do Luis Eduardo Assis, que atualmente exerce funções acadêmicas também na Fundação Getúlio Vargas, alertam sobre os exageros de muitos analistas, principalmente relacionados com as instituições financeiras, manifestando o seu pessimismo com a economia brasileira, além do que os diversos indicadores permitem.
Observam-se no exterior, também, manifestações do mesmo teor quanto ao que é maciçamente veiculado pelos meios de comunicação de grande circulação mundial, descrevendo um quadro mais grave do que indicam muitos dados. Ninguém está afirmando que o quadro atual deve ser encarado com otimismo, mas exagerar no pessimismo não parece contribuir em nada para a melhoria do quadro. As opiniões do mercado, dos empresários e dos investidores acabam sendo influenciadas por estes artigos, e parece um maior realismo parece mais adequado para a presente situação, que se não é a desejada por todos, não é tão calamitosa.
Sergio Werlang Luis Eduardo Assis
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29 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: dificuldades em muitas frentes, preparo de gestões com esta capacidade, problemas que exigem pensar em todo o conjunto
Alguns problemas cruciais que se desencadearam recentemente no Brasil vêm demonstrando de forma dramática a redução da nossa capacidade de pensar em resolver alguns problemas agudos que enfrentamos, com uma visão ampla e de conjunto. Os casos amplamente divulgados em toda a imprensa, como dos desastres naturais com os excessos de chuvas no Rio de Janeiro, em Minas Gerais ou no Sul do país, da cracolândia em São Paulo, como do Pinheirinho em São José dos Campos, bem como os desabamentos de edifícios que ocorreram no centro do Rio de Janeiro são indícios inquietantes destas dificuldades. Os problemas, como os apontados, não decorrem de uma falha isolada, mas de um conjunto de fatores atuando juntos, que exige um tratamento sistêmico que não estamos capacitados a proporcionar, na minha modesta opinião.
Alagamentos em Minas Gerais, desabamento de prédios no Rio de Janeiro e ação da Polícia Militar em Pinheiro, em São José dos Campos
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29 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: gastos das divisas brasileiras com turismo internacional, lembranças dos dispêndios no pós-guerra
Diversas notícias publicadas nos vários meios de comunicação do Brasil e do exterior informam que os brasileiros batem recordes nos dispêndios de divisas com o turismo no exterior. Ninguém pode ser contrário que os brasileiros conheçam outros países, vendo a ampla diversidade do que se dispõe no mercado mundial, o que pode estimular alguns empresários a produzi-los internamente, ou até visar à exportação de alguns deles. O efeito demonstração veio provocando a diversificação da produção interna para atender parte da demanda estimulada por estes fatos, o que é sempre desejável.
Ainda assim, o atual câmbio brasileiro provocado pelos fortes influxos de divisas externas, como decorrência da artificial expansão dos meios de pagamento em alguns países, e pelos diferenciais dos juros internos e externos provocam distorções reconhecidas pela maioria dos analistas. Todos admitem que o real brasileiro esteja exageradamente valorizado. Muitas vezes, além de turismos totalmente dispensáveis para o exterior a custos mais baixos que os internos, acabam provocando um fluxo anormal para algumas regiões. Ao mesmo tempo, a incapacidade de exame detalhado de muitas importações efetuadas por estes turistas acaba sem uma tributação adequada das mesmas, concorrendo com a produção interna de forma não equilibrada. As cotas regulamentares são facilmente superadas.
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29 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: caos da Coreia do Norte, Cuba, Irã, Líbano, tendências da história
Quem folheia o mínimo que se registra da imprensa internacional fica informado das dificuldades crescentes que vão se constatando nos regimes autoritários mais evidentes no mundo atual. Ainda que o princípio da não intervenção seja obedecido, mesmo sem o emprego da força, os entendimentos diplomáticos vão desenhando caminhos para que os casos extremos sejam resolvidos, principalmente com as pressões da opinião pública mundial. Tudo indica que os diálogos vão se travando, ainda que nem sempre eles tenham que ser públicos.
O site da Globo informa que o primeiro filho do ex-ditador da Coreia do Norte, que se encontra na China, enquanto seu irmão mais novo assume formalmente o poder, manteve contatos prolongados com um jornalista japonês do Tokyo Shimbun, que relatou o assunto num livro de grande venda recente. A China vem mantendo o exílio deste primogênito para uma eventualidade da mudança política naquele país, conforme a notícia.
Bandieras de Cuba, Coreia do Norte, Líbano e Irã
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27 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a conectividade na China, artigo de Stephen S. Roach, divulgado pelo Project Syndicate | 2 Comentários »
Stephen S. Roach, da Universidade de Yale, é considerado um dos maiores conhecedores da China e vem escrevendo muitos artigos sobre aquele país. Agora, divulga por intermédio do Project Syndicate um artigo informando sobre a revolução de conectividade que está ocorrendo naquele país, que sempre enfrentou problemas de fragmentação e comunicação, diante das muitas etnias, idiomas e diferenças geográficas regionais.
A internet que vem provocando mudanças em todo o mundo está se expandindo rapidamente pela China, segundo o autor, introduzindo mudanças nos relacionamentos sociais e até no sistema político. Isto parece um processo irreversível. De acordo com os dados da Internet World Stats, o número dos chineses utilizando a internet triplicou desde 2006, passando para 485 milhões de usuários em meados de 2011. Ainda está baixo, em torno de 36% de sua população, quando na Coreia, no Japão e nos Estados Unidos chegam a 80%.
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27 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Empresas, Notícias, webtown | Tags: ajuda externa chinesa, comparações com as dos outros países
No artigo publicado por Axel Dreher e Andreas Fuchs no Vox, uma instituição destinada à divulgação de análises, informa-se que as ajudas dos chineses ao exterior carregam um preconceito superior aos de outros países. Sempre são considerados como interessados em assegurar o seu abastecimento de recursos naturais, mercado para suas exportações e alianças políticas. Como exemplo, citam uma referência feita por Hillary Clinton numa visita a Burma, bem como a outros países do Leste Europeu ou asiáticos, para que cuidados sejam tomados sobre os mesmos.
Os autores informam que existem poucas evidências empíricas sobre estes fatos, não se diferenciando com os concedidos por outros países, sabendo que todos eles carregam, no mínimo, alguns propósitos políticos. Eles coletaram informações sobre os projetos chineses de 1956 a 2005, os montantes de recursos envolvidos, os envio de equipes médicas e as doações de alimentos.
Fonte: Dreher e Fuchs
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27 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: artigo de Ye Jun, artigo no China Daily, recomendações para o Ano Novo do Dragão
Com o título de Cozinha Cativante, o especialista chinês Ye Jun publicou no China Daily as suas melhores memórias degustativas de 2011, apresentando-as como sugestões para as comemorações do Ano Novo que tem como marca o Dragão. Entre as melhores lembranças do que apreciou no ano anterior, ele cita: um tipo de pastel com trufa negra, constante do cardápio de uma sala reservada do Park Hyatt Beijing; um bacalhau negro num molho de manteiga à STAY; uma língua picante na enguia do Meizhou Dongpo, entre os mais destacados.
Língua picante de enguia / bacalhau negro / pastel de trufa negra
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26 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ampliações no Brasil, gigante mundial em commodities agrícolas, investimentos da Bunge
Como é do conhecimento de muitos, a Bunge é uma das poucas gigantes mundiais na área de commodities agrícolas, tendo originado na Holanda em 1818. Mas, já em 1884, mudou-se para a Argentina e começou a operar no Brasil em 1905, ficando conhecida como a Moinho Santista. Suas atividades se estenderam para todos os ramos do agronegócio, desde fertilizantes como muitos óleos comestíveis. Hoje, está comandada mundialmente pelo brasileiro Alberto Weisser, que concedeu uma entrevista para o Valor Econômico em Davos, para informar sobre os seus planos para 2012 e anos seguintes.
Alberto Weisser
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26 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: advertências, Índia merece atenção, suplemento de turismo da Folha de S.Paulo
Muitos turistas ocidentais ficam impressionados com as fotos de um Taj Mahal, possivelmente a maior atração turística da Índia, que é muito mais que isto, que por si só já valeria a pena de uma visita ao país. O suplemento de turismo da Folha de S.Paulo fornece um panorama mais completo, e todos os interessados na Ásia podem obter informações valiosas sobre este país, como a matéria que adverte que Déli atordoa os estrangeiros com toda a sua confusão.
Ainda que a China atraia as atenções mundiais, é preciso considerar que até o budismo veio da Índia. Um profundo conhecedor da cultura chinesa me informava que a primeira dança da famosa Ópera de Peking era de origem indiana e que, infelizmente, com a irracional Revolução Cultural, importantes marcos da influência indiana na China tinham sido criminosamente destruídos.
Mas, além das fotos e textos interessantes, é preciso que os turistas estejam informados que o cheiro característico da Índia é que mais impressiona os visitantes, o que nem sempre é agradável para todos. A mistura da riqueza com a pobreza pode não ser bem aceita por todos, ainda que sua elite e classe média sejam muito mais numerosas que à brasileira.
Taj Mahal e edifícios modernos convivem em harmonia na Índia
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26 de janeiro de 2012
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: everywhere” Editorial – The Japan Times; “Water: Asia’s New Battleground”-Georgetown Univ.Press-2011-Brahma Chellaney, water, “Asia’s water stress chalenges growth and security”; “Water | 2 Comentários »
Embora inundações na Ásia tenham ocupado noticiário mundial recentemente, a água, o mais vital de todos os recursos naturais, na verdade emerge como questão chave para a aquele continente justamente pela sua escassez: é a parte mais seca do mundo, não a África. A disponibilidade da sua água potável não é nem a metade da média global de 6.380 m³ por habitante. Se computadas todas as reservas mundiais de rios, lagos e aquíferos, a Ásia tem menos de um décimo da água da América Latina, Austrália e Nova Zelândia, um quarto da dos Estados Unidos, quase um terço da Europa, e fica atrás também da África, por habitante. No entanto, a crescente demanda mundial por água para prover alimentos, produção industrial e abastecimento urbano, está na Ásia, atual locomotiva da economia mundial. O desenvolvimento econômico trouxe consequências drásticas para aumentar a pressão sobre suas águas: a expansão do represamento de recursos hídricos através de represas, barragens, reservatórios e afins, sem que considerações ambientais de longo termo tivessem sido refletidas.
Centro da irrigação global com agricultura centrada na produção do arroz, é também o continente com maior número de represas hidrelétricas. Somente a China, maior construtor de represas do mundo, conta com mais da metade das quase 50.000 grandes represas do planeta. Ainda que a política do uso da água seja fenômeno universal, a economia chinesa do arroz e a natureza peculiar de seus rios (originando-se de altas regiões, com vazão e ímpeto avassalador nas cheias de degelo e das monções) fez o controle da água ser primordial para a governabilidade do país desde a antiguidade.
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