13 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Japan Today, ele aprende com a experiência, robô que pensa | 2 Comentários »
O professor associado do Instituto de Tecnologia de Tóquio, Osamu Hasegawa, apresentou o primeiro robô no mundo que pensa, segundo o artigo publicado por Hiroshi Hiyama no jornal Japan Today de hoje. O Self-Organizing Network Incremental Neural (SOINN) é um algoritmo que permite o robô usar o seu conhecimento. Ele age como os seres humanos, apreendendo com a experiência e permite resolver problemas novos, parecendo ficção científica. O cientista está trabalhando para torná-lo capaz de executar tarefas para os quais não foi programado, e produzir bens que nunca viu antes.
O cientista concedeu uma entrevista à agência noticiosa AFP e o seu projeto examina o ambiente e coleta as informações que necessita para organizar as informações dadas, com um conjunto coerente de instruções. Dada uma ordem como “sirva água”, sem programas especiais para tanto, o robô atende às ordens. A máquina armazena informações que aprende para uso em tarefas futuras.
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13 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alternativas mais custosas, artigo no Nikkei, uso do aço nos automóveis
Um artigo interessante foi publicado no jornal japonês Nikkei escrito por Ryohei Nakao diante das informações sobre o crescente uso de fibras de carbono, resinas e alumínio nos veículos, visando reduzir o uso de combustíveis. Mas os fabricantes de aços se mostram confiantes que seus produtos continuarão competitivos, tornando-os mais resistentes e leves. Estima-se que a redução de 30% no peso dos veículos melhore em 20% a eficiência no uso dos combustíveis, o que estimula a procura por novos materiais, segundo o artigo.
Não existe pânico na indústria siderúrgica, e seus representantes afirmam que o uso em massa de fibras de carbono nos veículos não é provável a curto prazo. Os preços do aço são um quarto do alumínio e um quinto das resinas. Ainda existe espaço para tornarem os aços especiais para veículos mais leves e resistentes com flexibilidade, como os que estão sendo desenvolvidos pela Nippon Steel e pela Kobe Steel, e a Nissan prevê o seu uso nos modelos de 2013.
Um grupo de 17 siderúrgicas afirma que o aço em estado de arte pode ser utilizado nos carros elétricos e é 35% mais leve que os de gasolina na mesma classe
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13 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: colecionadores, leilões de objetos de arte do Ocidente, objetos de arte chinesa
Um interessante artigo foi publicado por Kelly Crow no The Wall Street Journal considerando a influência da China no mercado de objetos de arte, tanto do Ocidente como do próprio País do Meio. Segundo estimativas feitas por especialistas da famosa casa de leilões Sotheby’s, os chineses estão gastando cerca de US$ 4 bilhões anuais em pinturas chinesas em todo o mundo, cifra que é superior ao que a Sotheby’s e a Christie’s, as duas mais conhecidas casas de leilões, venderam no ano passado de obras combinadas de impressionistas, modernas e contemporâneas.
Com o desenvolvimento econômico da China, os chineses se tornaram os mais importantes colecionadores do mundo atual, e eles estão prestigiando as obras produzidas na China, antiguidades como contemporâneas. O mercado mundial está se ajustando às preferências destes colecionadores, e objetos de arte da era Qing, como um vaso que está custando o mesmo preço que uma pintura de Van Gogh. Em breve, uma pintura com tinta chinesa ink vai acabar custando mais que um Picasso, segundo especialistas.
Vaso da Era Ming atinge valor recorde de US$ 22 milhões / Vaso de vinho da dinastia Shang foi vendido por US$ 3,330 mil. Foto: Imagens de Christie
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12 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: ajustamentos indispensáveis, China no mundo, vantagens e incômodos | 4 Comentários »
Muitos foram surpreendidos pelo aumento da presença da milenar e gigantesca China no mundo, principalmente nas últimas décadas. Além de se tornar o mais importante parceiro comercial de países como os Estados Unidos, o Japão e o Brasil, tanto pelas exportações como importações, transformou-se no maior supridor de recursos financeiros internacionais, até para atender continentes que passam por períodos difíceis como a Europa. Esta nova situação não é fácil de ser absorvida, pois vem acompanhada também do aumento de suas presenças política e militar, que sempre incomodam os que detinham até agora a hegemonia no cenário internacional, com destaque para os norte-americanos.
É uma situação singular, pois sempre existem os beneficiados e os prejudicados em todos os países como os relacionamentos com a China. Os que fornecem, com suas exportações, para este novo mercado que vem substituindo os que perderam dinamismo, como os Estados Unidos, a Europa e o Japão, podem se sentir aliviados, pois sem a demanda chinesa estariam numa situação complicada. Mas os que sofrem com as concorrências de produtos chineses, muitas vezes produzidos com a ajuda de empresas do seu próprio país que utilizam somente os recursos humanos baratos da China, se sentem incomodados. E quando este gigantesco dragão se movimenta militarmente para assegurar o suprimento de energia e matérias-primas que necessitam, mesmo com a incapacidade de fazer frente a estas manobras, as tensões se elevam de forma significativa, com os mais pessimistas prevendo uma inevitável confrontação, que seria catastrófica para todos.
Congresso Norte-americano e o Grande Salão do Povo
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12 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ampliações de suas produções locais, Hitachi expõe em São Paulo e em Brasília, parcerias com grupos locais, tecnologia se ponta | 3 Comentários »
O gigantesco complexo internacional de origem japonesa chamado Grupo Hitachi compreende cerca de 1.000 empresas espalhadas em todo o mundo, tendo como lema “Inspire the Next”. No último dia 11 de outubro, nas dependências do World Trade Center de São Paulo, apresentou o que possui de melhor em mais de 40 dos seus produtos e soluções para as empresas, com o lema “New Solutions for Better Business”, surpreendendo positivamente a todos que compareceram ao evento pela ousadia dos seus projetos no Brasil. O evento será repetido em Brasília no próximo dia 18. Além de mostrar a sua atual presença no mercado brasileiro, confirmou alguns de seus novos projetos que visam continuar a ampliar seus investimentos no país, inclusive com grupos locais para visar o atendimento de sofisticados mercados externos.
Numa joint venture com o grupo mineiro Linear, comandado por Carlos Frutuoso, a Hitachi Kokusai Eletric passa a produzir transmissores digitais de alta definição não só para atender ao mercado brasileiro e sul-americano que já adota esta tecnologia japonesa, como se prepara para competir no mercado japonês nos próximos anos na próxima geração destes transmissores. Numa outra joint venture com a multinacional John Deere, prepara-se para produzir escavadeiras pesadas no Brasil, para atender a indústria pesada de construção civil como a mineração.
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11 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no China Daily, migrações internas na China, preocupações do governo, problemas complexos
Todos sabem que o rápido desenvolvimento econômico ocorrido na China nas últimas décadas provoca problemas complexos que preocupam as autoridades daquele país, como expresso numa matéria publicada pelo Daily China, de autoria de Shan Juan. A população migrante chinesa está estimada em 221 milhões, ou cerca de 16,5% da população, muito superior a dos países de maior população no mundo.
Parte disto decorre da concentração das atividades industriais nos maiores centros urbanos localizados, principalmente, na costa litorânea e visando a exportação, que foi o fator que provocou o seu desenvolvimento. O meio rural onde viviam a parte majoritária desta população deslocou-se para o Leste e para os grandes centros urbanos, na procura de melhores condições de vida, que continuam precárias. Segundo as autoridades chinesas, 4,5% destes migrantes ganham menos de US$ 78 por mês, 27% menos de US$ 156,00 e 20% não encontram emprego, vivendo nas cidades.
Roupas penduradas em edifício em Wuhan, província de Hubei, na China: população rural vive de modo precário nas cidades
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10 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Turismo, webtown | Tags: preços e qualidade, sequência de feriados, turistas chineses em Hong Kong
Hong Kong foi sempre uma espécie de paraíso fiscal inglês, mesmo antes de sua incorporação na China continental dentro do sistema de duas economias diferenciadas, atraindo turistas de todo o mundo. Agora, populações chinesas das regiões próximas desta grande metrópole utilizam os feriados prolongados para fazerem o turismo de compras, usufruindo da qualidade e preços convenientes dos produtos vendidos nesta cidade. Um artigo publicado pelo site da Bloomberg, da Michelle Yun, mostra que, somente nos oito meses deste ano, elas gastaram o correspondente a US$ 34 bilhões, representando 67% dos turistas que visitam esta metrópole.
Segundo alguns dos turistas entrevistados, não somente produtos de luxo, inclusive jóias, mas xampu, cosméticos e outros do uso cotidiano chegam a custar menos 20% do que nas regiões dos seus arredores, na China continental. Assim, eles se tornaram os turistas que mais gastam em Hong Kong, transportando tudo para onde residem, utilizando malas de grife.
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10 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: 5 milhões de visitantes, apresentação animada vai para Taiwan e Cingapura, Pavilhão da China na Expo Shanghai 2010
A Expo Shanghai 2010 foi um evento internacional que vai ficar na memória de muitos milhões de visitantes pela sua dimensão, participação de muitos países e riqueza de muitas apresentações. O Pavilhão da China foi especialmente esmerado e, para se conseguir ingressar no mesmo, havia necessidade de reservas com meses de antecedência, mesmo para as autoridades de outros países. Depois dos seus seis meses na Expo, o Pavilhão da China teve o seu funcionamento prorrogado por duas vezes, para atender o público local. Seu encerramento definitivo ocorreu em 9 de outubro último, depois de receber 17,5 milhões de visitantes.
Sua atração principal foi uma versão animada da antiga pintura de nome “Riverside Scene at Qinqming Festival”, como se fora uma rápida viagem de trem pelo desenvolvimento urbano da China, e a carruagem de bronze com cavalos esculpidos ao longo do exército de terracota, que é da época da Dinastia Qin (221-206 AC), que foi descoberta em Xian, a antiga capital chinesa. Tive a oportunidade pessoal de ver esta carruagem em Xian, ao lado das escavações, e posso assegurar que é mais impressionante que o exército de terracota que se destaca pela quantidade, com a fisionomia diferenciada de cada soldado.
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10 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cifras chinesas, inicio da sua colheita, problemas de importação e exportação
Todos sabem que as cifras chinesas são impressionantes e, segundo o jornal China Daily, começou a colheita desta safra cuja produção de grãos está estimada em um recorde de 550 milhões de toneladas, quando a última brasileira (2010/2011) foi de 163 milhões. Será o oitavo ano em que a produção chinesa apresenta um crescimento nesta produção. Será o décimo ano da entrada da China na Organização Mundial de Comércio – OMC, que trouxe algumas oportunidades, mas também desafios, pois suas tarifas de importação foram reduzidas em 72%. Os produtos agrícolas beneficiados foram os intensivos em mão-de-obra, como as frutas, vegetais e produtos aquáticos.
O valor do comércio internacional da China com produtos agrícolas passou de US$ 28 bilhões para US$ 122 bilhões em 2010. As importações passaram de US$ 12 bilhões para US$ 72,6 milhões em 2010, com um crescimento anual de 22,3% enquanto as exportações cresceram 13,3% anual. O déficit comercial chinês de produtos agrícolas passou de US$ 4,6 bilhões em 2004 para US$ 23 bilhões em 2010.
Descarregamento a granel de grãos no porto de Nantong, na província de Jiangsu
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9 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: caso brasileiro, chineses no exterior, considerações universais, Edward Tse concede entrevista para o China Daily, investimentos na China
Dr. Edward C. Tse tem um curriculum brilhante como BS e MS no MIT, PhD em Berkeley, é chairman do Greater China, Booz & Co, autor de um livro The China Strategy, transita por Beijing, Hong Kong e Xangai e concedeu uma entrevista para o China Daily. Ele chama a atenção das grandes empresas norte-americanas que ainda possuem muitas contribuições a dar para o desenvolvimento chinês, mas também alerta que as chinesas pouco conhecem do exterior para efetuar seus investimentos. Suas considerações que são necessariamente genéricas acabam soando como verdades universais. Podem ser aplicadas para o Brasil como para as empresas brasileiras que efetuam investimentos no exterior.
O que pode apresentar alguma diferenciação é que as empresas de países desenvolvidos tendem a ser um tanto arrogantes com os sucessos já obtidos, como se as suas experiência pudessem ser reproduzidas nos países emergentes, o que tem levado a alguns insucessos. Os dos países emergentes, regra geral, acabam adotando uma atitude mais humilde, procurando conhecidas organizações de consultorias como se estas pudessem resolver todas as suas insuficiências. Ambas podem obter bons resultados ou fracassos, dependendo da flexibilidade dos seus comandantes para se adaptar às mudanças que acabam ocorrendo na implementação dos seus projetos.
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