25 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: indicação do Web-Town, reportado por Terrie Loyd, visita diferenciada | 2 Comentários »
Normalmente, as visitas oficiais de governantes estrangeiros ao Japão visam o simples incremento do intercâmbio, apresentando as solidariedades tradicionais às autoridades japonesas, depois dos desastres recentes. Roberto Tongu, do Web-Town, recomendou-me Terrie Loyd, um jornalista estrangeiro diferenciado que mantém o site www.terrie.com de onde retirei uma cobertura de parte da visita da primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, ao Japão, que percorreu também a devastada cidade de Minami Sanriku.
Num jantar beneficente em Tóquio, Julia Gillard, que era a convidada de honra, fez um discurso que tocou no coração dos presentes, parlamentares e outros dignitários que ficaram com a sua mensagem gravada. Conseguiu fortalecer com atos a amizade entre os dois países. Ela determinou que a embaixada da Austrália providenciasse a sua visita à região afetada do Japão, apesar dos riscos ainda existentes.
Primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard
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25 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: entrevista publicada na Folha de S.Paulo, estudo sobre fluxos financeiros, riscos para os países emergentes
Uma interessante entrevista foi concedida ao jornalista Álvaro Fagundes, da Folha de S.Paulo, pela economista Carmen Reinhart, autora do estudo “This Time is Different: A Panoramic View of Eight Centures of Financial Crises” (“Oito Séculos de Delírios Financeiros – Desta Vez é Diferente – uma visão panorâmica de oito séculos sobre crises financeiras”, elaborado junto com Kenneth S. Rogoff, ex-economista chefe do FMI, ambos do NBER – National Bureau of Economic Research.
Resumidamente, ela afirma que os dramas mais agudos que começaram em 2008 acabaram, mas as economias avançadas como os Estados Unidos e o Japão ficaram com dívidas pesadas, alguns países europeus passam por dificuldades antes difíceis de serem imaginadas e alguns países emergentes sofreram um forte influxo de recursos externos, como o Brasil. A recuperação completa vai demandar muito tempo, e agora existem dificuldades inflacionárias, como no Brasil e na China, em decorrência da expansão monetária que foi provocada para superar o período mais agudo da crise. Segundo ela, os efeitos mundiais da crise e as medidas monetárias estimuladoras tomadas para fazer frente a ela demoram a ser neutralizadas.
Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart e a capa do livro
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25 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia, Saúde | Tags: curiosidades, inovações alimentícias, uso da soja
O Japão é um dos mercados onde mais se apresentam inovações nas formas de facilitar as alimentações. O site www.web-town.org/ apresenta um interessante vídeo do Crazy Japan TV como uma curiosidade, mostrando os diversos tipos disponíveis no mercado de missô, pasta de soja fermentada bastante conhecida de todos pelo aumento do uso da culinária japonesa em todo o mundo. Além das embalagens comuns que apresentam certa quantidade desta pasta, utilizada principalmente no chamado missôgiru, uma sopa com o acréscimo de diversos outros ingredientes a gosto, hoje se dispõe de uma infinidade de embalagens diferentes. Muitos visam à rápida elaboração destas sopas, com o simples acréscimo de água quente.
O que é apresentado neste vídeo como curiosidade é um tablete individual, vendido numa caixa com algumas unidades que é consumido de forma semelhante a um pedaço de chocolate, sem acréscimo de nada. O vídeo informa que é de baixa caloria e guarda os benefícios dos missôs normais, que por serem produzidos da soja fermentada costumam conter proteínas em quantidade. É preciso prestar atenção, pois estes produtos industriais podem trazer alguns aditivos químicos que ajudam na sua conservação, ainda que os japoneses sejam obrigados a informar o período de sua validade.
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25 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: mudanças nos consumos, nova classe média, produtos descartáveis
Observam-se mudanças nos padrões de consumo em todo o mundo, inclusive no Brasil. Os consumidores, tanto dos países industrializados como emergentes, parecem acompanhar os rápidos desenvolvimentos tecnológicos, que lançam novos produtos com frequência cada vez maior. Assim, tudo indica que, em vez da preferência por produtos de elevada qualidade e durabilidade, normalmente mais custosos, há fortes tendências por aqueles que incorporam novos aperfeiçoamentos tecnológicos, cujos preços baixam com grande rapidez e constância. Os eletrônicos, por exemplo, como os telefones celulares ou computadores, estão sendo lançados com inovações mais de uma vez por ano, induzindo os consumidores a considerarem-nos quase descartáveis. Muitos alimentos estão se tornando práticos, como os fast foods, havendo aqueles que são semipreparados para uso quase instantâneo, com evidente queda de qualidade e preços. As roupas passam a ser utilizadas por pouco tempo, não se importando mais com a sua qualidade, mas com a sua aparência. Os designs ganham importância cada vez maior.
Novos consumidores estão sendo incorporados nos mercados, tanto por pertencerem às economias emergentes que vêm crescendo rapidamente mesmo com uma piora da distribuição de renda, como está melhorando em alguns países como o Brasil, com o surgimento de uma nova classe média, cada vez mais importante para o mercado local.
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24 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: artigo da Folha de S.Paulo, aumento de produtividade, dificuldades de escoamento, mecanização | 4 Comentários »
Um artigo do jornalista Rodrigo Vargas publicado hoje na Folha de S.Paulo dá um retrato de corpo inteiro do que vem acontecendo na agricultura brasileira: a expressiva melhoria da produtividade com o emprego da alta tecnologia. Com dados coletados no IBGE e na Conab, principalmente, o artigo mostra a evolução da soja e do algodão da safra de 2000/2001 até a atual de 2010/2011. Na soja, que utilizava 13,9 milhões de hectares, passou a 24,1 milhões, ou seja, um aumento de pouco mais de 70%, mas a produção aumentou de 38,4 milhões de toneladas para 72,3 milhões, ou seja, um aumento próximo a 90%, beneficiada pelos bons preços externos. Algo semelhante ocorreu com o algodão que cresceu cerca de 50% na área cultivada, mas a produção aumentou cerca de 110%.
Hoje, a agricultura brasileira, além das sementes melhoradas pelas pesquisas como da Embrapa, com as crescentes preocupações ecológicas que impedem o avanço sobre áreas novas, empregam-se equipamentos para plantar e colher com piloto automático, guiados por GPS e capazes de gerar relatórios em tempo real da produção, que chega a custar R$ 1,1 milhão por unidade. Os ganhos de eficiência dentro das fazendas são brutais, mas as limitações se encontram na infraestrutura para o seu escoamento até os portos, que também estão sobrecarregados, além da forte valorização do câmbio.
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24 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: 3D da 20th Century Fox, animação de Carlos Santana, sucesso mundial
Imperdível, agrada a todos, até aos adultos. A tecnologia digital de alta definição em 3D hoje disponível não permite fazer paralelos com o passado, mas ajuda a levantar o moral dos brasileiros. A animação “Rio”, do consagrado carioca Carlos Santana (2011), que tem como personagem principal Blu, uma arara azul brasileira, ave em extinção, está quebrando recordes de arrecadação no mundo. Uma produção milionária da 20th Century Fox realizada em Holywood deve proporcionar um retorno elevado, podendo chegar ao Oscar com um grande roteiro e uma mensagem ecológica, ao mesmo tempo em que promove o turismo, visando tanto a Copa do Mundo como as Olimpíadas.
Outro importante desenho animado do passado, “Alô Amigos”, tinha como personagem Zé Carioca, criado por Walt Disney (1942) utilizando um papagaio do Brasil, na época em que Carmem Miranda fazia sucesso na terra do Tio Sam. Os Estados Unidos estavam cortejando os brasileiros que decidiram participar das Forças Aliadas com a FEB na Segunda Guerra Mundial, facilitando a travessia das tropas pelo Atlântico em direção à Europa. Ambos os filmes têm como pano de fundo a Cidade Maravilhosa, retratando seus atrativos, incorporando um pouco da “malandragem” carioca no bom sentido, despertando o orgulho dos brasileiros.
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23 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Turismo | Tags: conhecer o Japão, custos baixos | 4 Comentários »
É natural que haja uma retração muito elevada de turistas estrangeiros nesta alta temporada japonesa, desde a primavera até o outono do Japão. Exatamente porque existem resistências psicológicas em decorrência das radiações que continuam ocorrendo em Fukushima Daiichi, que nunca foi a região-alvo dos turistas. Assim, surge a oportunidade de fazer uma visita mais em conta por outras regiões daquele país. Um programa da NHK, a televisão oficial japonesa, mostrou como um dirigente de uma agência de Hong Kong está aproveitando esta oportunidade, visitando pessoalmente Tóquio e outras regiões mais ao sul do Japão, para constatar como está a vida japonesa real, que já voltou ao normal.
Os voos estão mais fáceis de serem obtidos, os custos de muitas passagens estão mais baixos e novas empresas estão voando da América do Sul com serviços esmerados, com variadas escalas na Europa, Oriente Médio e em interessantes cidades asiáticas. Nada como o aumento da concorrência dos prestadores de serviços. Permitem que se conheçam também outros centros importantes do ponto de vista turístico, como Barcelona ou Cingapura.
Os hotéis em Tóquio chegam a apresentar pacotes que permitem cerca de 80% de redução sobre seus custos normais das diárias, segundo o jornal Nikkei.
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23 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: artigo do web-town, Páscoa no Japão
Portal Web News
Reportagem: Eder Hashizume
Entre os ovos de Páscoa recheados, o empresário Lucas Miho, comemora o bom desempenho deste ano
Devido ao Grande Terremoto Tohoku Kanto, seguido do maremoto (tsunami, em japonês) e o perigo da radiação, que provocaram o retorno de milhares de brasileiros ao Brasil, muitas lojas brasileiras de produtos em Gunma não se preocuparam em se abastecer para a Páscoa deste ano, temendo um fraco movimento. Inclusive, em alguns estabelecimentos, os tradicionais ovos de chocolates nem foram expostos. Mas, muitos não deixaram de comemorar a tradicional data cristã, que relembra a ressurreição de Jesus Cristo, e tiveram a grata opção de encontrar um produto diferenciado: o ovo de chocolate recheado.
Encontrar Lucas Miho, de 40 anos, nessa época do ano na loja Amor em Cestas, é muito difícil. Vai chegando a Páscoa e ele geralmente pode ser encontrado ajudando seus funcionários em seu outro empreendimento, a fábrica Truffa & Cia, na produção de ovos recheados. Apesar do grande abalo ter provocado o retorno de milhares de brasileiros, o empresário comemorou o desempenho. “As vendas deste ano se estabilizaram e mantivemos os mesmos números dos quatro anos passados”, afirmou. Nessa época do ano são feitos cerca de dois mil ovos. Os pedidos surgem de todo o Japão, do norte ao sul, e algumas bastante distantes, como Hiroshima.
O produto é uma boa opção de presente para a data festiva cristã. O mais vendido é o Prestígio, recheado com coco. Cada casca de ovo de chocolate recebe uma generosa porção de um dos onze recheios. Não são totalmente maciços já que, por dentro, são colocadas balas de coco. “Já faz três anos que nossos clientes descobriram essa opção. E essa é a tendência do mercado, que é a de procurar ovos de chocolate diferenciados”, explicou Miho.
Foi no século XX, que ovos de Páscoa foram criados como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. A tradição do coelho da Páscoa surgiu no norte da Europa há mais de 350 anos. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa. Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida.
Páscoa, artes e prova
Alunos do Centro de Estudos Paralelo penduram ovos coloridos em galhos secos que representa Jesus Cristo: prova de artes e chocolate
Ainda, em Ota, os alunos do Centro de Estudos Paralelo comemoraram a Páscoa de uma maneira nada convencional: fazendo prova. Parece ruim? Até que não. É que as crianças tiveram que fazer pinturas com motivos sobre a Páscoa em cascas de ovos de galinha. O trabalho valia nota para o teste de educação artística. No final, eles penduraram os ovos coloridos em uma árvore seca, que representava Jesus Cristo crucificado. Os estudantes comemoraram as boas notas e ganharam ovos de chocolate da instituição de ensino reconhecida pelo governo japonês e brasileiro.
23 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: Cotia, fazenda, quintal
Produzir o próprio alimento torna-se cada vez mais comum. Em meio ao caos da cidade grande, muitos encaram essa tarefa a sério
Verônica Mambrini, iG São Paulo
Há seis anos, o professor Luciano Legaspe não compra mais ovos ou leite. E zerou seu lixo orgânico. Nem sequer um talo de alface é recolhido pela coleta de lixo de Cotia, cidade onde mora, a 30 quilômetros de São Paulo. “Quando morávamos em apartamento, já separávamos a matéria orgânica para trazer para a chácara, nos fins de semana. Fui comprando os animais de pouquinho e a matéria orgânica era consumida por eles. O que eles não comiam virava adubo.” Vieram galinhas, coelhos, uma vaca, uma cabra, uma horta e o pomar. E o professor e sua família mudaram de vez para a chácara.
Como a criação cresceu muito, ele comprou um sítio, mas mantém uma pequena criação em casa. “A cabra e a vaca ficaram com a gente pelo menos uns cinco anos. Nunca tive problema com os vizinhos”, afirma. “Claro, a família precisa curtir; se sua esposa acha um absurdo, vira um problema.” O filho do casal, de sete anos, acompanha tudo e ajuda a cuidar da criação. A esposa de Luciano se encarrega de transformar o leite em diversos tipos de queijo, manteiga e chantilly. A vaca e a cabra rendem cerca de 15 litros de leite por dia, no pico da produtividade. “Muito mais do que a nossa necessidade”, afirma Luciano.
Para ter uma boa produção de ovos – que supra as necessidades de uma família de até quatro pessoas – ele afirma que bastam meia dúzia de galinhas e os restos orgânicos frescos da alimentação. “Com a sobra vegetal de uma família, você nunca terá que comprar ração. Dá para criar os animais tranquilamente. Uma galinha come no máximo 200 gramas por dia.”
De quebra, com a alimentação diversificada e o bicho criado ciscando, os ovos orgânicos tendem a ser de melhor qualidade do que os de granja, de acordo com o professor. “Galinha é onívora, e combate insetos. Quem mora em sítio gosta de galinha porque ela controla aranha e escorpião”, exemplifica. Luciano vê na sua criação mais do que autonomia: ele enxerga uma forma de vida diferente – mais equilibrada e possível. “Por que eu não posso ter um ganso em vez de um cachorro, para guardar minha casa?”
Foto: Alexandre Carvalho/ Fotoarena
Galinhas, patos e gansos habitam a chácara
22 de abril de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Notícias | Tags: estudantes, NPO-ONGs, The Japan Times, universidades; NHK-News
O Centro de Ajuda Voluntária de Tóquio, em Shinjuku, visando gente que trabalha em seus afazeres normais, mas almeja poder fazer trabalhos voluntários, abriu inscrição para 200 pessoas interessadas em se engajar no feriado do Golden Week (que emenda alguns feriados japoneses). A tarefa principal é para ajudar na remoção de escombros e lama em cidades do litoral leste atingidas pelo tsunami. O anúncio, colocado na internet do dia 20 último, teve 600 inscrições nos primeiros 10 minutos, o que levou o Centro a interromper as inscrições para fazer uma primeira seleção. As condições básicas desejáveis são: ter tido experiência de ajuda voluntária em desastres naturais; ter carteira de motorista; ter condições de saúde para enfrentar jornada dura.
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