Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Profundas Mudanças Mundiais Provocadas pelo Japão

22 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: Educação mundial, mudanças, noticias nos jornais

O jornal japonês Yomiuri, cuja tiragem normal supera a casa da dezena de milhões de exemplares diários, tem o site Daily Yomiuri Online, que postou um interessante artigo escrito por Yuji Yoshikata e Taro Nishijima, correspondentes nos Estados Unidos. O título “Quake seen as ‘teachible moment’ in US” (tradução livre, O tremor parece um ‘momento de ensino’ nos Estados Unidos) informa que os lamentáveis problemas enfrentados pelos japoneses estão provocando discussões nas salas de aulas dos cursos secundários até no bairro de Queens,em Nova Iorque.

Matérias jornalísticas publicadas no The Daily Yomiuri, NHK’s Web site e The New York Times estão sendo aproveitados pelos professores para discussões em classe. A editora do Times, Katherine Schulters, informa que os assuntos relacionados com o Japão estão entre os dois dos cinco mais populares materiais de ensino atualmente. Um modesto site como este Asiacomentada triplicou as visitas recebidas depois de 11 de março último.

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Crescimento das Economias Asiáticas Continua

22 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política | Tags: Ásia continua crescendo mesmo com os momentâneos problemas japoneses, futuros problemas energéticos, mudanças que já vinham se processando | 2 Comentários »

Uma série de estudos efetuados mais profundamente mostra que a Ásia continuará crescendo, apesar dos recentes problemas japoneses, com transformações que já vinham ocorrendo na última década. Uma entrevista concedida pelo presidente do ADB – Asian Development Bank, Haruhiko Kuroda, ao jornal econômico japonês Nikkei foi publicado no dia 21 de abril do Japão. Também o Financial Times publicou no último dia 20 um interessante artigo da jornalista Valentina Romei mostrando que profundas transformações vêm ocorrendo na cadeia de suprimento asiático entre os anos 2000 e 2009, fazendo com que os emergentes asiáticos já venham substituindo os fornecimentos japonês de componentes industriais, que pode se acelerar agora.

O ADB estima que os países emergentes da Ásia devam crescer 7,8% neste ano, e 7,7% em 2012, que são números elevados, e até o Japão desenvolvido voltará a recuperar-se a partir de julho ou depois, certamente entre julho e setembro, devido a demanda decorrente da reconstrução, segundo Haruhiko Kuroda.

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Haruhiko Kuroda, presidente da ADB

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A Ásia e o Verdadeiro Sentido da Páscoa

20 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: a Páscoa e o sentido do renascimento, mudanças de comportamento ao longo do tempo, outros marcos com o mesmo sentido | 2 Comentários »

A Páscoa é comemorada no Ocidente com forte influência do cristianismo, como um marco do renascimento, com a ressurreição de Cristo. Mas também é comemorado de forma diversa pelos judeus, e sempre se trata de um momento de reflexão para as nossas vidas. Eles comemoram a saída do Egito em direção a Israel, a Terra Prometida. No caso da maioria dos países orientais, predominam outras religiões, mas outras datas acabam tendo sentidos semelhantes, como o reflorescer da vida com a primavera.

Para os sul-americanos que vivem, por exemplo, no Japão, sente-se uma carência da Páscoa como a falta de um Natal, que se tornou somente uma data para promoções comerciais. Os ovos que simbolizam este renascimento não são generalizados nas lojas, ficando restritas somente para aquelas voltadas às pequenas comunidades de estrangeiros ou cristãos, que são minorias.

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Profundas Revisões nas Políticas Econômicas

20 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: entrevista com Blanchard, reunião de muitos prêmios Nobéis de Economia, Valor Econômico noticia sobre importantes revisões

O jornal Valor Econômico de hoje inclui um importante suplemento chamado Eu & Fim de Semana, onde o jornalista Alex Ribeiro publica uma entrevista com Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI e considerado um dos pais da atual macroeconomia, e uma matéria sobre as reuniões que estão ocorrendo para uma profunda revisão dos conhecimentos teóricos em que se baseiam as atuais políticas econômicas, que entre outros reúnem prêmios Nobéis como Robert Solow, George Akerlof e Joseph Stigltz, como já noticiado neste site em 11 de abril último.

A importância destas revisões é que reconhecem que as atuais críticas que vem sendo formuladas pelos economistas ligados ao sistema financeiro ao atual governo brasileiro e ao Banco Central carecem de fundamentos. Não se pode utilizar somente a elevação de juros para manter a inflação sob controle, mas muitos objetivos são perseguidos simultaneamente, fazendo com que um conjunto de medidas deva ser utilizado, como já foi feito no passado. O mercado ajuda em muito, mas o governo precisa agir como na estabilidade cambial, evitando valorizações exageradas que acabam prejudicando as exportações, facilitando as importações e cortando empregos.

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Somente especialistas em economia podem avaliar profundamente as consequências destas revisões, mas quando o mundo está passando por turbulências econômicas, mesmo os leigos podem sentir que algo está errado. Os títulos públicos dos Estados Unidos estão sendo colocados em dúvidas, países europeus necessitam de assistência financeira internacional, o mundo sofre pressões inflacionárias, a reconstrução japonesa exige volumosos recursos, o mundo árabe enfrenta dificuldades. São as economias emergentes como a China, a Índia, o Brasil, a Rússia e até a África do Sul que ganham importância no cenário internacional, ainda que mal compreendidos pelos economistas que estão se defasando da realidade em defesa de um sistema financeiro que só visa o seu lucro, a custa dos problemas da população mundial.

Quem foge dos preceitos defeituosos pregados como religiões por estes economistas acabam sendo criticados. O Brasil vem sendo destacado por estes renomados economistas, pois está na vanguarda da renovação da política econômica, que incomoda os bancos, infelizmente. O poderoso lobby internacional montado pelo sistema financeiro envolvendo televisões, jornais, revistas e rádios só pregam a elevação dos juros, como um santo remédio, ainda que isto arrase as economias que tentam crescer, melhorando o padrão de bem-estar de suas populações, voltando à recessão que foi provocada por eles em 2008.

É importante que todos saibam que estes economistas vieram efetuando análises viesadas, e que no passado, quando não havia uma sofisticação tão grande no sistema financeiro, muitas das medidas hoje aceitas já eram aplicadas, e que a intervenção do governo justifica-se em muitos casos, para defesa da produção e do emprego. Os que vinham sendo atacados porque se posicionavam a favor do desenvolvimento, do aumento da oferta e melhoria da distribuição de renda sentem-se com a “alma lavada”, por este reconhecimento. O mercado pode ajudar, mas precisa ser controlado em seus excessos pelas autoridades ou regulações adequadas, que os bancos ainda não aceitam.

Só eles desejavam ficar com os lucros, mesmo nas recessões, e os prejuízos socializados pela população.


Faleceu o Doutor Teiichi Haga

19 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: advogado pioneiro entre os nikkeis, algumas de suas contribuições, profundo participante e conhecedor do início da comunidade japonesa em São Paulo | 47 Comentários »

Aos 95 anos bem vividos, faleceu o doutor Teiichi Haga, formado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1940, deixando esposa, filhos e netos. Seus pais chegaram ao Brasil no Kasato Maru, o navio que trouxe a primeira leva de imigrantes japoneses. Ele nasceu e morou por muitos anos na rua Conde de Sarzedas, no bairro da Liberdade, o primeiro núcleo dos japoneses em São Paulo, tendo estudado na Escola Taisho (Escola Piratininga durante a guerra) na sua época pioneira, em torno de 1920, quando era a primeira escola primária da comunidade onde se lecionava japonês e português.

Ele era um arquivo ambulante da história da comunidade em São Paulo da época, com uma privilegiada memória preservada integralmente até a sua morte. Personalidade alegre e animada, gostava de cantar músicas em português como em línguas estrangeiras, como o italiano, francês e inglês.

Foi uma figura importante na fundação da Liga Estudantina Nipo-Brasileira ainda em 1934, que reunia a elite de estudantes nikkeis, publicando seus artigos na pioneira revista Gakusei e Transição, ainda antes da Segunda Guerra Mundial. Foi a fonte principal que me permitiu escrever o livro “O Olhar dos Nisseis Paulistanos”, no qual anexei uma entrevista com ele.

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Ele foi advogado da famosa colonizadora Bratac, que entre muitas organizações resultou no Banco América do Sul e cidades como Bastos e Assaí. Ajudou dona Margarida Watanabe a organizar a defesa dos japoneses presos durante a Guerra e assistir as suas famílias, e a elaborar os estatutos do Ikoi-no-Sono, Instituto Dom José Gaspar. Foi presidente do São Paulo Base-Ball Club.

Na Liga Estudantina, convivia com personalidades importantes da comunidade Nikkei, como os deputados federais Yukishigue Tamura, João Sussumu Hirata e Diogo Nomura, deputado estadual Ioshifumi Utiyama, o ministro Fábio Yasuda, o doutor Masaaki Udihara que foi o único nikkei oficial da FEB (cujo diário transformei no livro “Um médico brasileiro no front”) e jornalistas como Hideo Onaga e José Yamashiro.

Na Faculdade de Direito, foi colega do deputado federal Ulisses Guimarães. Para poder estudar, entregava os doces que eram preparados pelo seu pai para as famílias ricas de São Paulo que moravam nas avenidas Paulista e Angélica.

Ele era conhecedor profundo da vida dos japoneses em São Paulo durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de tudo isto, nunca foi lembrado para ser condecorado pelas entidades nikkeis ou governo japonês.

Com seu falecimento, virou-se uma página importante da história da comunidade nikkei no Brasil, deixando muitas saudades.


Preocupações dos que Retornam do Exterior

18 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: brasileiros residentes no exterior retornam ao Brasil, comparações de salários influenciados pelos câmbios, preocupações com os empregos | 2 Comentários »

É inegável que muitos brasileiros que residiam e trabalhavam no exterior, formal ou informalmente, estão retornando ao Brasil pelas razões mais variadas. Tanto nos Estados Unidos como na Europa, a recuperação da crise de 2008 se dá num ritmo lento, e o mercado de trabalho ainda apresenta um elevado nível de desemprego, afetando até os que trabalham informalmente. No Japão, a reconstrução iniciada ainda vai demorar meses, ao mesmo tempo em que os consumidores japoneses estão reduzindo suas compras, fazendo com que muitos tenham dificuldades de emprego, além de sofrerem o impacto emocional provocado pelos constantes abalos, racionamento de energia e notícias sobre as radiações.

No Brasil, o nível de emprego se manteve alto mesmo neste começo de 2011, havendo certa transferência da indústria para os serviços, inclusive atividades relacionadas com o agrobusiness. Existe uma perspectiva de aumento do emprego na construção civil, ainda que o pico de demanda dos imóveis residenciais e para escritórios já tenha passado. As obras para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas devem estimular o emprego, não só direto, como os indiretos criados pelos materiais que vão ser utilizados. A deteriorada infraestrutura brasileira está programada para sofrer reconstruções dentro do chamado PAC – Plano de Aceleração do Desenvolvimento. Os setores públicos, nos níveis estaduais e municipais, continuam aumentando o emprego.

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Ex-dekassegui de volta. Foto: Roberto Setton / Veja. Construção civil ainda em alta. Mecanização na agricultura exige mão de obra qualificada

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Magnífico Jantar Beneficente no Hotel Unique

18 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: jantar beneficente comandada por Jun Sakamoto e mais de 20 chefs consagrados, solidariedade às vitimas japonesas do terremoto e tsunami, uma adesão maciça | 1 Comentário »

Os brasileiros deram uma grande demonstração de solidariedade com o povo japonês no jantar beneficente de ontem à noite. Foi um evento ímpar, surpreendente, de onde todos saíram extremamente satisfeitos, tendo o cônsul geral do Japão recebido o valor das arrecadações que será entregue à Cruz Vermelha japonesa. Ele manifestou o seu agradecimento, emocionado com a demonstração feita por brasileiros, japoneses residentes no Brasil e principalmente pelos nipo-brasileiros, bem como até autoridades de outros países.

Ainda que seja secundário, envolver os mais consagrados chefs que atuam no Brasil, num jantar para mais de 500 pessoas, pode parecer difícil, comprometendo a sua qualidade. Mas, surpreendentemente, com o empenho de todos nesta demonstração de solidariedade, os cinco sofisticados pratos do cardápio estavam excepcionais em sua qualidade. Foi uma soberba manifestação do preparo dos profissionais envolvidos.

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Os chefs que se doaram para o evento. Monja Coen (ao centro). Cônsul geral do Japão recebendo o cheque simbólico. Público lotou o salão do Hotel Unique. Emoção da apresentadora Marília Gabriela

O clima que se sentiu no evento contagiou a todos havendo um grande congraçamento de brasileiros e japoneses, e deverá ser um marco importante na intensificação do intercâmbio entre os dois países, que não se efetua somente no campo econômico-comercial.

O “oniguiri”, simples bolinho de arroz, era o símbolo desta solidariedade, e Marília Gabriela que fez a apresentação inicial e geral chegou a se emocionar, apesar de sua longa experiência. Mas o jantar, extremamente sofisticado mesmo nos mais elevados padrões internacionais, com um prato da cozinha contemporânea, um japonês, um italiano, um brasileiro e uma sobremesa francesa, contou com equipes formadas de chefs de diversos restaurantes. Foram acompanhados por vinhos que se compatibilizavam com os pratos de requintada elaboração, mesmo com a elevada quantidade pessoas que compareceu.

As instalações do Hotel Unique ajudaram na criação do clima adequado, com decoração discreta, mas elegante. Foi leiloada uma gravura da Tomie Ohtake, de tiragem limitada, que alcançou um valor surpreendente, como gesto de solidariedade.

O sofrido povo japonês, com os eventos recentes, como com as dificuldades de controle das usinas de Fukushima Daiichi, deve sentir os fortes sentimentos de solidariedade dos brasileiros, não pelo valor das doações, mas pelo espírito expresso no evento.

Mesmo as pessoas mais experientes com eventos desta natureza ficaram emocionadas com este jantar beneficente de ontem à noite, não só pela sua qualidade, mas pelo clima que foi criado, com a colaboração de todos, chefs, autoridades, participantes, contribuintes e muitos trabalhos voluntários. A monja zen budista Coen também abrilhantou o evento, assim como o ex-ministro brasileiro das relações exteriores, Celso Lafer. Personalidades raras em jantares, como grandes empresários nipo-brasileiros, também marcaram a sua presença.

Este jantar beneficente ficará fortemente marcado nas mentes de todos que participaram, pois estas experiências são raras, para uma causa meritória. Que ela tenha consequências estreitando os laços de amizade que unem os dois povos, brasileiros e japoneses.


Ponto de Inflexão no Japão

18 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Política | Tags: análise do Foreign Affairs sobre o Japão, outras mudanças, visita da Hillary Clinton | 8 Comentários »

Todos concordam que o desastre natural do último dia 11 de março no Japão deve provocar significativas mudanças naquele país, assuntos que estão sendo estudados por importantes analistas políticos. A revista Foreign Affairs é considerada das mais prestigiosas no mundo no campo da geopolítica, e um artigo de Michael J. Green, com o título “Tokyo’s Turning Point” (Ponto de inflexão de Tóquio), expressa alguns pontos de vista que devem ser considerados. O primeiro que já vem sendo expresso por este site reconhece a fragilidade humana diante da força da natureza, mesmo num país considerado dos mais preparados para os desastres naturais.

O artigo reconhece a população japonesa é relativamente idosa, que foi mais vitimada, e a política japonesa está instável com seis primeiros-ministros nos últimos cinco anos, que o Japão depende da energia nuclear não contando com outras fontes e o débito publico japonês é elevado. Mas o desastre revelou o vigor da economia japonesa e o caráter nacional como o seu estoicismo, levando muitos a reconhecerem que o país reconstruído voltará a dar a sua contribuição internacional, fortalecendo algumas de suas relações externas, como a aliança com os Estados Unidos.

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Takeaki Matsumoto e Hilary Clinton

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Chanceler Antonio Patriota Visita o Japão

16 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Intercâmbios | Tags: comunidade dos brasileiros, condolências, restabelecimento das importações | 6 Comentários »

Depois de participar a comitiva da presidente Dilma Rousseff na sua visita à China e participação na reunião de cúpula dos BRICS, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, visita o Japão. O jornal Nikkei noticiou o seu encontro com seu colega ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Takeaki Matsumoto, quando apresentou as condolências oficiais do Brasil às vítimas dos terremotos e tsunami no Japão, depois de participar dos entendimentos bilaterais. O Itamaraty informa que ele deve se encontrar também com representantes da comunidade dos brasileiros residentes naquele país, que estão preocupados com a sequência dos terremotos e engajados nos trabalhos voluntários às vítimas.

O chanceler brasileiro prometeu eliminar as restrições à importação de produtos alimentícios japoneses logo que se consiga o controle das radiações da usina nuclear de Fukushima, e contribuir nos trabalhos de reconstrução do Japão. Deve-se lembrar que o Brasil foi dos primeiros que ajudaram aquele país depois do término da Segunda Guerra Mundial, encomendando navios para os estaleiros japoneses que estavam sendo convertido da construção de equipamentos militares para os de uso civil.

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Antonio Patriota cumprimenta Takeaki Matsumoto


Professor Donald Keene Vai Requerer Cidadania Japonesa

15 de abril de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Notícias | Tags: Columbia University Release e NHK-News; professor emérito de cultura japonesa.

A Universidade de Colúmbia, Nova Iorque, convida estudiosos, admiradores e alumni (ex-alunos) para a última aula que o professor emérito de cultura japonesa Donald Keene profere na sexta feira, dia 15 de abril, no Kent Hall, Campus Morningside. Com apoio da Fundação Japão – Nova Iorque, o evento faz parte do simpósio “Os Legados de Donald Keene”, que é realizado em homenagem aos cinquenta anos de contribuição do professor aos estudos japoneses.

Formado em literatura com Ph.D. pelas Universidades de Colúmbia e Cambridge, é conhecido por alunos de literatura japonesa fora do Japão, com dezenas de livros de ensaios, críticas, traduções e história sobre a cultura e literatura do país. Donald Keene recebeu também inúmeros prêmios e menções honrosas. Para citar os principais: Prêmio Kikuchi Kan Para o Avanço da Cultura Japonesa (1962), Ordem do Sol Nascente- 3ª classe (1975) e 2ª Classe (1993), Bunka Koro-sha (Pessoa de Mérito Cultural, do governo japonês – 2002), Bunka Kunsho (Ordem da Cultura, que o governo japonês concede a quem contribuiu excepcionalmente para a arte, literatura e cultura; o professor Keene foi o primeiro estrangeiro a receber este prêmio – 2008). Dentre as suas obras, além das críticas sobre poetas e escritores japoneses, destacam-se os volumes sobre o teatro Nô, e a biografia do Imperador Meiji – best seller em 2002. Publicações do professor no Japão incluem obras suas traduzidas do inglês, e também de originais escritas diretamente em japonês.

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Donald Keene, da Universidade de Colúmbia

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