Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Mais Quente Cozinha Chinesa

21 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: a cozinha de Sichuan, artigo do Wall Street Journal, sua riqueza mas terrivelmente quente | 2 Comentários »

Um interessante artigo foi escrito por Mitch Moxley que foi fazer um curso em Chengdu, a capital de Sichuan, e publicou um artigo no Wall Street Journal. Para surpresa de muitos, a Unesco esqueceu Paris ou Tóquio, e considerou Chengdu na China, Popayan na Columbia (sic) e Östersound na Suécia as três cidades gastronômicas. A designação faz parte o Criative Cities Nework da Unesco. E lá se destaca o Sichuan Higher Institute of Cuisine, mas a cidade apresenta uma impressionante concentração de excepcionais restaurantes.

Lamentavelmente, da cozinha chinesa mais conhecida no Ocidente, destaca-a cantonesa, quando existem outras preciosas variações. A de Sichuan é terrivelmente quente (spice) poucos sendo os capazes de apreciar toda a sua riqueza, nas suas variações e nuances. Já passei pela experiência de durante um jantar não conseguir apreciar adequadamente nenhum dos seus pratos. E o artigo informa que existem cerca de 5.000 pratos que se espalham pela sua vizinhança. Tudo indica que existe uma relação entre o uso das pimentas e o clima mais quente, pois na China é na região mais próxima do sudeste asiático.

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The Economist Analisa Relações Sino-Americana

21 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: análise equilibrada, experiência com a Ásia, vantagem da distância

20110122_DE_US.indd Muitos comentários estão sendo publicado na imprensa de todo o mundo sobre as atuais relações sino-americana, em função da visita de Estado do presidente Hu Jintao aos Estados Unidos. Como já são usuais, as mais judiciosas análises costumam ser publicadas pelo The Economist, possivelmente em função do seu distanciamento do palco das discussões e suas longa experiência em assuntos internacionais e asiáticas.

Todos sabem que os interesses dos dois países são divergentes e as dificuldades dos norte-americanos foram comparadas com a situação quando a extinta URSS conseguiu lançar o seu Spunik, em 1957, provocando uma forte reação dos Estados Unidos. As pesquisas espaciais foram aceleradas, conseguindo-se colocar os homens na Lua. O esforço exigido dos soviéticos para acompanharem os americanos ajudou a acelerar a dissolução do Leste.

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Saga de Náufrago Japonês é “Best-Seller” Americano

21 de janeiro de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, Notícias | Tags: “Heart of a Samurai” de Margi Preus - Amulet Books - Nova York – 2010. | 2 Comentários »

samurai A incrível história de menino pescador japonês que naufragou nas costas da Província de Kochi, Ilha de Shikoku, em 1841, e foi parar nos EUA, é best-seller americano de literatura juvenil, informa a NHK. O barco em que Manjiro, de 14 anos, estava com mais quatro pescadores soçobrou, e eles conseguiram chegar a uma pequena ilha no Oceano Pacífico. Resgatados por baleeiro americano, Manjiro foi levado pelo capitão até New Bedford, Massachusetts; os outros preferiram ficar em ilha do Havaí. Apesar de nunca ter tido escolarização formal, Manjiro impressionava pela inteligência e vontade de aprender, principalmente matemática, navegação e língua inglesa. O Capitão William Whitfield, que não tinha filhos, o adota cativado pela retidão de caráter e tenacidade do menino. Manjiro recebe o nome de John Mung, frequenta a escola de Fairhaven, Mass., onde foi morar com a família do Capitão.

Atraída pela singular epopéia, Margi Preus fez pesquisas na Nova Inglaterra e no Japão, no vilarejo natal de Manjiro, Nakanohama. Ela foca a história em como Manjiro conquistou sólidas amizades e respeito com seu caráter franco e confiante, apesar dos pesados preconceitos, revezes e desencontros culturais que sofreu. Professora de literatura em Duluth, estado de Minnesota, Preus escreveu o livro desejando que seus alunos se inspirassem na coragem de Manjiro e na sua capacidade de aceitar críticas e se envolver com as pessoas. Ela se declara preocupada com o crescente número de crianças americanas que encontram dificuldades para estabelecer relacionamentos, e tem viajado pelo estado divulgando o livro para que mais jovens conheçam a edificante história.

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Interpretações Sobre o Papel do Presidente Hu Jintao

19 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política | Tags: artigo do The New York Times, não atendimento das aspirações norte-americanas, pode ser uma linha política | 4 Comentários »

Inicialmente tenho que retificar o cargo do presidente Hu Jintao, que postei duas vezes como premiê neste site. Hoje, desejo discutir o importante artigo de David E. Sanger & Michael Wines, do The New York Times, certamente qualificados jornalistas, que foi reproduzido no O Estado de S.Paulo. Começa com um título provocativo: “Um líder chinês fraco e à mercê de um partido difuso”. Não seria o caso de indagar se ele não está desempenhando um papel que não agrada totalmente os norte-americanos junto com o seu Partido Comunista Chinês?

Na avaliação destes jornalistas, Hu Jintao teria menos liderança que seus antecessores. Segundo eles, os funcionários norte-americanos pressionaram os chineses para provocar a valorização do seu câmbio, o que foi feito de forma infinitesimal, como tinham se comprometido. Eles sempre alegaram que um câmbio desvalorizado era fundamental para continuar dando emprego à sua população.

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Devid E. Sanger e Michael Wines, do The New York Times

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Política Econômica Japonesa e a Imprensa

18 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política | Tags: empresários e assalariados, insatisfação generalizada, pressão da imprensa japonesa

Masaaki Shirakawa Deve-se reconhecer que a economia japonesa dá ligeiros sinais de recuperação, mas ainda não satisfazem os principais analistas, tanto de fora do governo como mesmo de dentro. O editorial do influente jornal econômico Nikkei expressa que ela passa por um período crucial, necessitando de medidas que estimulem os empresários e as famílias. A recuperação, segundo o editorial, usa a expressão do presidente do Bank of Japan, Masaaki Shirakawa, “que existe sinal de respiração”.

O Banco Central japonês expressa a sua esperança que as economias emergentes consigam dar uma perspectiva de melhoria para um prazo mais longo, mas que não pode ser exagerado. A economia chinesa acusou em 2010 um crescimento real de 10%, e suas importações do Japão continuam em alta.

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Nem Sempre o Mercado Funciona

17 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política | Tags: artigo no Valor Econômico, limitações dos mecanismos de mercado, remuneração do setor financeiro

Mesmo com todas as imperfeições que os economistas conseguem apontar nos mecanismos de mercado, há um razoável consenso que se trata dos menos deficientes para conciliar duas aspirações básicas dos seres humanos: uma eficiência razoável no sistema econômico com a possibilidade da liberdade política. O professor Delfim Netto vem insistindo neste tema ao longo de sua carreira. No jornal Valor Econômico de hoje, um extenso artigo identifica que, mesmo depois da crise de 2008, os executivos do setor financeiro encontram-se entre os mais bem pagos em todo o mundo.

O mercado, que nunca é perfeito, deveria expressar mesmo em parte a escassez relativa desta mão de obra especializada e a eficiência dela no processo produtivo. No entanto, mesmo com a transferência de muitos engenheiros, advogados e outros profissionais para o setor financeiro, há que se constatar que suas remunerações se mantêm relativamente elevadas. E mesmo que sua criatividade tenha gerado uma série de inconveniências em todos os setores produtivos das variadas economias do mundo. O artigo mostra que eles obtêm melhores remunerações que profissionais de cirurgia ou cientistas que trabalham em pesquisas estratégicas, com o mesmo tempo de atividade profissional.

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A Demora do FED e a Experiência Japonesa

17 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Depoimentos | Tags: experiência japonesa, lições para os Estados Unidos

Por Samuel Kinoshita

Enquanto o mundo aguarda ansiosamente a nova rodada de Quantitative Easing que Ben Bernanke do FED norte-americano prepara, vale a pena saber como se deu a experiência de um país que passou por processo similar. O recente artigo de Kazuo Ueda,The Bank of Japan’s Experience with Non-Traditional Monetary Policy”, retrata os métodos empregados pelo banco central japonês no período 1998-2006.

Ueda delineia as políticas utilizadas num ambiente de baixas taxas de juros. As estratégias são: (I) administração das expectativas quanto ao futuro da taxa de juro; (II) compras focalizadas de ativos; e (III) Quantitative Easing. Discute os resultados dessas políticas. A estratégia (I), introduzida em abril de 1999, teve efeito claramente positivo ao conseguir diminuir as taxas praticadas nas maturidades mais distantes. Estudos mais técnicos apontam esta estratégia como sendo a que obteve maior impacto. As estratégias (II) e a (III) se confundem em pontos do tempo, e seus resultados podem ser considerados positivos.

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Kazuo Ueda, do Bank of Japan

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Se Existe Uma Música Universal…

17 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: apoio da Fundação Japão, excelente parceria com Jo Takahashi

O grupo musical brasileiro Mawaca completou 15 anos de existência com uma excelente apresentação no SESC Pinheiros em São Paulo, com a coordenação e promoção de Jo Takahashi. Se existe uma música que pode ser considerada universal, a deste grupo é a que mais se aproxima dela, sendo de origem brasileira, ousada. Acompanhando a sua carreira por mais de uma década, nota-se o seu amadurecimento, cobrindo um repertório que pode ser considerado de influência mundial. Tem raízes profundas no Brasil, nas suas variadas etnias indigenistas e na herança musical da Europa e da África, mas foi buscar contribuições nas mais variadas partes do mundo, nas Américas, na Ásia, nos países que são considerados ainda exóticos. Nos povos que tem visitado, numa jornada de amizade, sempre utilizando a linguagem da música e da expressão corporal.

Numa parceria que já perdura há tempos com a Fundação Japão, incorporou aspectos incomuns como os shamisens, kotos e o taikos, tendo no seu repertório algumas músicas de fundo folclórico do Japão, coisa muito rara no Brasil. Numa recente temporada na China, onde o grupo se apresentou inúmeras vezes na Expo Xangai 2010, o grupo Mawaca absorveu também as contribuições da música chinesa. Já tinha influências hindus e, portanto, completou o que há de relevante na Ásia, acontecimento incomum entre músicos de qualquer parte do mundo.

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Ideias que Influenciam a Nova Índia

17 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: Anand Giridharadas, novas tendências indianas, um resumo interessante

Anand-Giridharadas Nunca é fácil identificar os pontos fundamentais que estão marcando as mudanças que ocorrem em importantes e complexos países como a Índia, que, além de contar com culturas diversificadas e milenares, tem mais de um bilhão de habitantes. Anand Giridharadas, colunista de importantes jornais norte-americanos e autor do livro “India Calling: An Intimate Portrait of a Nation’s Remarking”, publicado recentemente pelo Times Book, apresentou um artigo precioso no jornal New York Times que merece toda a nossa atenção. Ele está baseado em Cambridge, Massachusetts.

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Acirrado Debate Sobre Educação em Jornais Econômicos

17 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: inusitado debate nos jornais econômicos | 2 Comentários »

Como educação dos filhos é um assunto que interessa a todos, e o artigo provocativo da Amy Chua, a que nos referimos neste site, acabou saindo não só no Wall Street Journal como no Nikkei, dois dos maiores jornais econômicos do mundo, nada mais natural que tenha provocado um debate mundial não só com os comentários dos seus qualificados leitores. Ayelet Waldman, autora do livro “Bad Mother”, publicou no mesmo Wall Street Journal o seu artigo “In Defense of the Guinty, Ambivalent, Preocupied Western Mom”, e o mesmo jornal publicou uma réplica de Amy Chua, “The Tiger Mother Talks Back”, respondendo aos seus muitos críticos.

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Ayelet Waldman, com seus três filhos

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