10 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Política | Tags: avaliações equilibradas, China tem seus problemas, procura minimizar as reações externas e dos seus vizinhos
É mais que natural que nossas atenções sejam voltadas ao rápido crescimento da economia chinesa bem como o aumento de sua presença mundial nas últimas décadas. Mas, para uma avaliação equilibrada, é preciso levar também em consideração os problemas que enfrenta e procura suavizar as reações que provocam no exterior. Os chineses já são tão importantes que incomodam a todos, principalmente aos seus vizinhos. Num artigo publicado no Financial Times, seu vice-premiê Li Keqiang procura enfatizar que o crescimento chinês está ajudando a economia mundial, bem como seus vizinhos.
Ao mesmo tempo, no China Daily, Mu Guangzong chama a atenção para o problema das necessidades emocionais e espirituais da grande massa de populações da terceira idade daquele país. Os acima de 60 anos já superam 160 milhões de habitantes, e somente os estão empregados nas empresas estatais contam com assistências sociais adequadas.
Vice-premiê chinês Li Keqiang
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10 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: consumo de atum no mundo, controle da pesca, produção em fazendas, variedades existentes
Um extenso artigo escrito por Hillel Wright, mais reconhecido como literato, sobre a possibilidade de extinção do atum com o atual consumo mundial, foi publicado no The Japan Times. Discorre sobre a imensa variedade de peixes considerados como atum, com estatísticas elaboradas por diversas agências japonesas e internacionais, classificando os que estão considerados como em risco de extinção. No geral, ele é otimista, chegando à conclusão que somente algumas espécies estão em risco, diferenciando os das mais variadas regiões do mundo, como o Pacífico, Mediterrâneo e de outras regiões.
Usando os dados da FAO, de 2008, ele considera que 1% está se recuperando da extinção, 7% correndo o risco, 17% está sendo superexplorado, 52% está sustentável mesmo plenamente explorado, 20% moderadamente explorado e 3% não explorado. É preciso considerar que estes dados estão defasados, e está havendo um rápido aumento do seu consumo em todo o mundo com a disseminação dos sushis e sashimis, inclusive entre os chineses que não tinham o hábito de consumirem produtos crus, principalmente do mar.
Mercado de Tsukiji, o mais famoso do Japão
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10 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: determinação do desenvolvimento, esforços tecnológicos chineses e hindus, passando das cópias para as inovações
Um interessante artigo de Steve Lohr, do New York Times, publicado na Folha de S.Paulo, chama a atenção sobre o importante esforço chinês no estímulo das inovações e patentes. Enquanto muitos países ficam se perdendo nas discussões de outros aspectos da política econômica de curto prazo, alguns países emergentes estabelecem um claro programa para estimular um salto nas suas inovações tecnológicas. O Serviço de Propriedade Intelectual da China publicou recentemente a sua “Estratégia Nacional para Desenvolvimento de Patentes (2011-2020). Pretende-se chegar em 2015 a 2 milhões de patentes solicitadas, o que deve ultrapassar os Estados Unidos.
A Thomson Reuters, especializada nos levantamentos dos estudos científicos em todo o mundo, prevê que já em 2011 a China deve ultrapassar os Estados Unidos neste setor. Este processo está ocorrendo a uma velocidade bem superior a esperada pelos analistas. As patentes estão ocorrendo em áreas consideradas prioritárias pelos chineses, como energia solar e eólica, tecnologia da informação e telecomunicações, fabricação de baterias e automóveis.
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10 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: experiências externas, muitos exemplos, publicações brasileiras
Ninguém tem dúvidas que cada mercado tem suas próprias características e nem sempre é possível adaptar os modelos que foram desenvolvidos no exterior. No entanto, sempre parece interessante observar os que existem em outros países para aperfeiçoar que se faz internamente, funcionando como uma espécie de benchmarket. Foi lançada recentemente em São Paulo uma revista em inglês de nome Time Out, mensal, para orientação dos estrangeiros que visitam a cidade, que já existem em outras grandes metrópoles do mundo.
Ainda que seja similar a muitas que acompanham jornais e revistas brasileiras, observa-se que existem alguns aspectos que explicam por que elas obtém sucesso no exterior. Algo paralelo com o que vem acontecendo com os jornais gratuitos que são distribuídos na cidade, bem como os que apresentam anúncios relacionados a empregos, que também foram inspirados no que já se fazia no exterior. Esta revista pode ser encontrada na sua versão como site na internet: www.timeout.com/sao-paulo
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7 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Política | Tags: alguns reconhecimentos dos limites chineses, visita do premiê Hu Jintao aos Estados Unidos
Num artigo publicado por Frank Ching jornalista de Hong Kong, publicado no The Japan Times procura identificar alguns sinais que mostrariam que os chineses estão, aos poucos, mudando suas atitudes que poderiam ser consideradas arrogantes com o seu desenvolvimento surpreendente nas três últimas décadas. Deve se reconhecer que a China ainda não atingiu a importância econômica dos Estados Unidos nem o seu poder militar, segundo o autor. O premiê Hu Jintao está programado para visitar os Estados Unidos neste mês.
O diretor geral do departamento de Planejamento Político do Ministério do Exterior da China, Le Yucheng, reconheceu que “a China está muito atrás de muitos países desenvolvidos, quanto mais dos Estados Unidos”. O País do Meio chegou ao segundo PIB, mas ainda em termos per capita está no centésimo lugar, com 150 milhões de chineses vivendo na pobreza, segundo os padrões da ONU. A China não possui ainda porta-aviões. “Assim, nós precisamos ter um claro entendimento de nossa posição”.
Premiê chinês Hu Jintao
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7 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: arte chinesa em miniaturas, esculturas nas cascas de nozes, outros trabalhos | 2 Comentários »
Na China, abundam trabalhos manuais e artísticos efetuados em dimensões mínimas, e o China Daily destaca num artigo os esculpidos nas cascas de nozes e nas sementes de muitas frutas. Também são conhecidos os pequenos vidros que são pintados de forma quase mágica, por dentro, com detalhes inacreditáveis. Esta habilidade de trabalhar com miniaturas parece ter facilitado o atual desenvolvimento da nanotecnologia, não podendo ser considerado somente de interesse histórico.
Os primeiros registros de trabalhos desta natureza aparecem a mais de mil anos, na Dinastia Song (960-1279), influenciado pelo budismo que foi introduzido da Índia. Eles foram utilizados como adornos pelos aristocratas e pessoas ricas, para demonstrarem os seus status. O auge do seu prestígio parece ter sido na Dinastia Ming (1368-1644) com o escultor Wang Yi, sendo a sua obra-prima o chamado “The boat of Chibi”, esculpida numa noz, com cerca de 3,0 por 0,5 centímetros.
The boat of Chibi e mais quatro trabalhos feitos em dimensões mínimas
Estes objetos de arte ainda podem ser encontrados nos antiquários chineses, como em Hong Kong. Eles acabaram evoluindo para o uso de outros materiais mais nobres como o marfim. Tudo indica que os famosos “netsukes” japoneses também receberam esta influência, e acabaram sendo objetos de desejos no Ocidente, quando o interesse sobre o Oriente aumentou, principalmente no começo do século XX. Em alguns leilões especializados, todos estes objetos alcançam preços absurdos, até porque os recentes milionários chineses estão procurando valorizar os trabalhos de seus ancestrais, que são de elevada qualidade.
7 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: artigo no Financial Times, crescimento e outros objetivos, economias desenvolvidas
Um estimulante artigo publicado por David Pilling no Financial Times provoca reflexões sobre a atual estagnação econômica do Japão, elevado endividamento e declínio de suas empresas, que podem ser válidos também para outras economias desenvolvidas da Europa. Muitos observadores estrangeiros veem com tristeza o que está acontecendo no país do Sol Nascente, segundo o autor. Em 1994, o PIB japonês representava 17,9% da mundial, e este percentual está reduzido a 8,76% no ano passado, parecendo por outros dados que o Japão perdeu o rumo que tinha. Muitas causas podem ser apontadas para levar a esta situação, mas David Pilling acha que isto não explica toda a história do que está acontecendo.
Segundo ele, um país pode ser avaliado pelos resultados que empresários estrangeiros podem realizar naquele país. Outra forma seria o propósito desta economia nacional ajudar outros países parceiros. Uma proposição diferente pode ser levantada para a avaliação, que seria a finalidade de servir ao seu povo, medida pela a renda real per capita, que resulta num quadro diferente. Nos últimos cinco anos, segundo Paul Sheard, da Nomura, o Japão por este indicador cresceu 0,3% ao ano, enquanto os Estados Unidos 0,0%.
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7 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Gastronomia, Saúde | Tags: efeitos benéficos do chá verde, longa história, o chá consumido na China | 2 Comentários »
O chá é, nas suas mais variadas formas, uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, e o conhecimento dos seus benefícios continua se ampliando. O site do Globo informa que foi publicado na revista científica “Phyomedicine” um artigo dos cientistas da Universidade de Newcastle, liderados por Ed Okello, que o consumo regular do chá verde ajuda a proteger o cérebro de algumas formas de demência, entre elas o Alzheimer. E que pode ser uma poderosa aliada contra certos tipos de câncer.
Diversos estudos apontam que este tipo de chá ajuda a equilibrar funções do metabolismo, facilitando a eliminação de toxinas, e ajuda também no emagrecimento. Seus efeitos são potencializados durante a digestão porque são quebradas em centenas de moléculas menores, permitindo o melhor aproveitamento dos alimentos ricos em vitaminas e minerais. O Alzheimer tem desenvolvimento ajudado pelo peróxido de hidrogênio e uma proteína chamada beta-amitóide. O chá verde contém polifenóis, segundo os cientistas, que é um antioxidante que evita as suas fixações no cérebro. Pesquisas continuam sendo efetuadas.
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5 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: artigo no China Daily, outras hipóteses, registros chineses
Parece difícil precisarem quando e onde se originou o uso da maquiagem, mas o China Daily publica um interessante artigo de Wen Yi informando que na Dinastia Tang (618 a 907AD) ela já era popular, compreendendo sete etapas que compreendiam o uso desde a base, coloração dos olhos e das faces até a aplicação das cores nos lábios. Escavações efetuadas encontraram máscaras de mais de 5.000 anos que mostram lábios já avermelhados, havendo indícios que poderiam ser mais antigos.
Certamente, algo semelhante ocorreu na Mesopotâmia e no Egito, pois foram encontrados objetos de adorno como colares de vidro, bem como uso de pinturas nos rostos, inclusive nas múmias preservadas. Na China, as pesquisas indicam que os chamados “bálsamos das bocas” eram usados não somente pelas mulheres como pelos homens, supondo-se que se destinavam a proteger contra ventos e temperaturas baixas.
Sete passos para maquiagem com cosméticos na China antiga
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5 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: notícia veiculada pela Reuters, publicado no China Daily e no Japan Today | 8 Comentários »
Entre os acontecimentos que marcam o Ano Novo no Japão está se tornando tradicional a competição de Shodo, a escrita caligráfica que teve origem na China e ganhou popularidade no Japão. A agência Reuters distribuiu a notícia que acabou sendo publicada, entre outros jornais, no China Daily e no Japan Today, mostrando o destaque que ela mereceu.
Como é do conhecimento geral, os ideogramas chineses (kanjis) e as simplificações adotadas no idioma japonês favorecem (katakana e hiragana) a prática do Shodo que compreende exercícios que aperfeiçoam os estilos gesticulares, que acabaram consagrando artistas como Manabu Mabe na pintura. Os especialistas afirmam que a personalidade dos artistas acaba se refletindo nos seus trabalhos, havendo muitos consagrados cujas obras são disputadíssimas.
Participantes do concurso de shodo em foto publicada no Japan Today
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