5 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: jornalista entrevista a Monja Coen, o significado do Ano Novo, tradições de diversas religiões
Num artigo da Natália Garcia, constante do site da IG, a monja Coen concede uma entrevista que acabou sendo longa, por causa de um incidente com o seu cachorro que acabou ferindo a jornalista, que foi levada a um hospital para o devido cuidado. Nesta situação inusitada, Natália Garcia notou que a monja mantinha uma atitude zen, sempre sorridente como é do seu feitio, transformando em prática os seus ensinamentos. O assunto da entrevista era a visão zen da passagem do ano, quando a Coen explica que no Hemisfério Norte é um marco para a preparação do fim do inverno e início da primavera, com todo o renascimento da vida. Os japoneses, por exemplo, fazem uma faxina completa na casa no final do ano, como uma forma de renovação, dentro da transitoriedade da vida. A monja Coen já foi retratada parcialmente neste site.
No Extremo Oriente acaba havendo uma fusão de contribuições de religiões como o taoísmo, xintoísmo, budismo dentro de uma só cultura, ficando difícil de distinguir o que é de cada origem. Mas, no geral, a passagem do ano é muito comemorada, havendo em alguns estabelecimentos solenidades com a limpeza completa dos equipamentos que permitiram o trabalho durante o ano, havendo uma colocação de alimentos como manifestação de agradecimento de sua contribuição. As coisas que nos cercam são consideradas iguais aos seres animados.
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4 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Política | Tags: como The Economist vê Dilma Rousseff, composição do governo, pé no chão
Na composição do ministério de Dilma Rousseff, The Economist vê que ela conseguiu um trabalho razoável, atendendo as demandas do seu partido e da coligação que a apoia. Atendeu as necessidades de equilíbrio regional, ideológico com cerca de um terço de mulheres como ela queria. Fazendo Antonio Palocci como o chefe de sua equipe, mostrou a sua autoconfiança. Muitos não acreditavam que ela colocaria uma figura importante numa posição chave. Colocando Alexandre Tombini no Banco Central, mostrou aos investidores que manterá uma economia ortodoxa. Dá continuidade a Lula da Silva, mas com sua marca pessoal.
Ela gerenciará no sentido da eliminação da pobreza extrema, melhorando a qualidade de vida, da saúde e da educação, mantendo a estabilidade econômica e a inflação baixa.
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4 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: Confúcio, muralha da china e outros, pesquisas sobre símbolos da cultura chinesa, tradicional medicina chinesa
Uma interessante pesquisa efetuada junto aos estudantes chineses está reportada no China Daily, escrito por Quan Li, sobre o que eles consideram os ícones da cultura da China. Destacaram Confúcio, a tradicional medicina chinesa e Mao Zendong. Apareceram também entre os 10 primeiros a caligrafia chinesa, a muralha da China, a bandeira chinesa, o Palácio Imperial, Deng Xiaoping e o exército de terracota.
Imagem de Confúcio, ideogramas chineses e a Grande Muralha. Reprodução do China Daily
Mesmo efetuando as pesquisas com os jovens estudantes, observou-se que os ícones contemporâneos como os atuais ídolos de músicas pop aparecem bem atrás dos mais tradicionais da cultura chinesa. Algumas autoridades entendem que é preciso divulgar mais intensivamente os símbolos mais modernos e contemporâneos da China.
Tudo indica que esta realidade é mais acentuada no exterior sobre a China, pouco se conhecendo das marcas mais recentes daquele país que ganha uma crescente importância internacional.
4 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: muitos artigos na imprensa, problemas da economia japonesa, processo de globalização
Todos sabem que algumas economias desenvolvidas enfrentam grandes dificuldades para se adaptarem ao atual ritmo de globalização e estão à procura de caminhos para que isto possa ocorrer, conectando-os com as correntes dinâmicas proporcionadas pelas economias emergentes. Um artigo de Malcon Foster, do Associated Press, foi aproveitado em diversos jornais, inclusive O Estado de S.Paulo, referindo-se aos recentes problemas japoneses.
Generalizou-se no Japão o conceito de que os japoneses sofrem da chamada Síndrome de Galápagos, por terem desenvolvido num arquipélago uma cultura com condições muito particulares, sem uma miscigenação que dificulta suas atividades do exterior. Suas lideranças políticas, empresariais e da administração pública, depois de impressionarem o mundo com o milagre econômico de recuperação do pós-guerra, enfrentam décadas de baixo crescimento, enquanto a sua população envelhece rapidamente. Suas iniciativas para romperem este estado de coisas ainda são limitadas, quando comparado com as efetuadas por outros países.
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3 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: Akira Kurosawa pessoalmente, Da À Espera do Tempo: Filmando com Kurosawa, seus relacionamentos
Da leitura completa do livro de Teruyo Nogami sobre os 50 anos de trabalho com Akira Kurosawa consegue-se o retrato de corpo inteiro deste notável cineasta. A autora juntou uma série de ensaios por ela escritos para boletins do chamado Kinema Kurabu (Clube do Cinema) por anos, completou-os com entrevistas de outros membros da equipe de Kurosawa, num trabalho que demandou seis anos. A obra acabou sendo publicada em japonês em 2001 pela Bungei Shunju, editora de uma notável revista de elevado prestígio.
No Posfácio do livro, a autora informa que seria impossível com Kurosawa vivo, pois ele se manifestaria com um comentário como: “O que passei não foi nada disso. Você entendeu tudo errado”. A filmografia completa deste cineasta amplamente reconhecido no meio cinematográfico mundial começa em 1941 com o filme “Uma” e termina em 1999 com “Depois da chuva”, com 32 filmes. 19 últimos com a participação de Teruyo Nogami, desde Rashomon em 1950, que o consagrou internacionalmente, até o último.
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3 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Política | Tags: revista de grande prestígio internacional, um balanço de peso, versão em português da Carta Capital
The Economist é uma das revistas inglesas mais conceituadas no mundo, e ela costuma publicar anualmente um balanço global sobre todos os continentes, os principais problemas existentes, avanços científicos, bem como as tendências que entendem do que ocorrerá nas próximas décadas. Uma versão em português foi licenciada para Carta Capital e merece a atenção de todos, mesmo que alguns analistas entendam que existe uma natural tendência liberal e democrática desta revista, que reflete muito a posição da London School of Economics, de cuja organização faz parte.
No seu conjunto, esta publicação dá a impressão que ela reflete os problemas que existem nas economias industrializadas, enquanto os emergentes ganham uma projeção acentuada, principalmente com a Índia com possibilidade de registrar um crescimento econômico superior ao da China em 2011, tendência que poderá persistir nas próximas décadas. Nota-se um mínimo de matéria relacionada ao Japão e nenhuma ao Brasil, ainda que algumas referências sejam feitas em diversos artigos.
Esta não é a única análise no mundo que destaca esta possibilidade hindu, pois a sua estrutura demográfica é mais jovem e acaba influenciando fortemente as questões de desenvolvimento a longo prazo. Evidentemente, existe uma crença que o regime hindu já tem uma longa tradição democrática, com uma forte herança da Grã-Bretanha, por ter sido uma de suas colônias, o que favorece o seu desenvolvimento, segundo os ingleses.
Apontam que existem problemas de finanças públicas, pois os diversos países fizeram substanciais esforços para saírem da recessão que se iniciou em 2008, ao lado dos encargos de uma população idosa dentro do modelo de democracia social.
Ainda que deixe transparecer as faltas de convergências na posição de muitos países, como nos problemas de desenvolvimento sustentável, bem como outros que afetam as relações entre os países, acaba adotando a posição de confiança no desenvolvimento tecnológico para superar o crescimento demográfico mundial que se aproximará dos sete bilhões de habitantes. O dramático é que mais de 60% deles estarão no continente asiático, fazendo com que o chamado Ocidente torne-se minoritário.
Muitos temas importantes são abordados por especialistas, alguns editores do próprio The Economist, além de muitos outros convidados. Inovam ao colocar a opinião de muitos sobre o que pode acontecer daqui a 25 anos, ao mesmo tempo em que registram algumas possibilidades, ainda que colocados em dúvida pelos próprios responsáveis pela revista.
De qualquer forma, todas estas respeitáveis opiniões, com uma perspectiva de longo prazo, devem ser objeto de atenção de todos os leitores, que certamente meditarão sobre os temas abordados.
3 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: desafios, o Brasil, o mundo
Em que pesem os cenários mais promissores esperados para 2011, ano do Coelho, quando comparados com o do ano anterior, muitos analistas vêm destacando e veiculando pela imprensa somente os obstáculos que precisam ser enfrentados. Mesmo os mais conservadores já admitem uma recuperação em marcha das economias desenvolvidas, esperando que as mais complexas como as dos Estados Unidos e Japão estejam com o crescimento girando em torno dos 2% ao ano nesta passagem do ano. E as emergentes superando o percentual de 7%, que são taxas próximas às anteriores à crise de 2008. Eles previam para 2010 situações pessimistas, e foram desmentidos pelas realidades, mas continuam com as mesmas tendências com viés negativo.
No Brasil, onde há um novo governo fornecendo suas primeiras indicações das diretrizes com as quais pretende atuar, os analistas apontam as pressões inflacionárias. Ainda que partes delas já estejam arrefecendo, pois as ofertas agropecuárias tendem a crescer com os estímulos dos preços. E os preços das matérias primas básicas já atingiram o máximo com a moderação do crescimento da economia chinesa.
Os atuais níveis de preços continuam favoráveis ao Brasil, ampliando as decisões para o crescimento da produção que será destinada, em parte, para as exportações, gerando as divisas necessárias. A presidente Dilma Rousseff vem revelando seu estilo próprio e uma forma de gestão que se diferencia do seu antecessor, ainda que seja de continuidade, preocupando-se com a eficiência da máquina administrativa governamental.
Criança chinesa festeja o Ano do Coelho. Foto: China Daily
Não se deve ignorar os problemas que existem em todo o mundo, com endividamento elevado, desemprego e necessidade de ajustamento às novas realidades globais. Sente-se, no entanto, que as economias emergentes estão compensando as lacunas deixadas pelas industrializadas, num processo que não deixa de ser doloroso. Há que se admitir que isto faça parte do processo de evolução histórica mundial, com uma melhoria geral de distribuição de renda.
Novas perspectivas estão sendo abertas, com o aproveitamento dos recursos humanos e a geração de novas tecnologias para o desenvolvimento sustentável, com a intensificação das pesquisas. As aspirações por melhores padrões educacionais, de saúde, de assistência social e de segurança pressionam os poderes públicos por respostas adequadas, dentro de uma disseminação de sistemas democráticos com respeito aos direitos humanos, mesmo com as resistências existentes.
A comunicação mundial e entre os seres humanos intensifica-se com as conquistas de novas tecnologias, tornando-se realidade a aldeia global em que todos nós convivemos. Como todos os problemas são informados on time, muitos acabam ficando com a impressão que eles aumentaram.
Há um significativo aumento dos bens e serviços colocados à disposição da humanidade, produção que continuará aumentando com o emprego de mais recursos humanos e recursos naturais disponíveis, que estão se ampliando. É natural que haja uma sensação de que não atendem as necessidades de todos, pois os nossos padrões de exigência estão se elevando, mas é essa pressão que vai determinar a necessidade de ampliação constante dos mesmos. É o que se chama desenvolvimento.
O que se pode aguardar é que ao final de 2011 vamos constatar que, mesmo ainda insatisfeitos, estaremos em condições melhores que ao final de 2010. Nota-a a disposição de todos para trabalhar para tanto, pois isto não será dado por nenhuma autoridade, mas conquistada por toda a população.
30 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Categoria?, Notícias
Este site ASIACOMENTADA.COM.BR é um trabalho voluntário, lançado neste ano de 2010 com o propósito de incrementar o conhecimento recíproco entre a Ásia e a América do Sul, duas regiões dinâmicas e emergentes do mundo atual. Postou mais de 850 artigos, recebeu algumas centenas de comentários e críticas e milhares de visitas que muito nos honraram.
A todos, os nossos mais efusivos agradecimentos e a promessa de maior empenho para continuar melhorando este site no próximo ano de 2011, com alguns aperfeiçoamentos.
Desejamos a todos um bom Ano Novo, o do Coelho, e que a realização de todos se multipliquem como este pacífico e adorável animal.
Paulo Yokota e equipe, Kazu Kurita e Naomi Doy, com a ajuda técnica de Décio Horita Yokota e da Google
Dezembro de 2010.
30 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: assuntos positivos, balanço de uma década, papel da imprensa
Compreende-se que o papel da imprensa deva ser o exercício da crítica, mas quando se faz um balanço de uma década como a que está terminando é preciso ser muito pessimista para que haja mais destaque sobre os eventos negativos que os positivos. O da Folha de S.Paulo começa com uma capa que destaca: “Terrorismo, terremotos e tuites”. Nas pequenas notas de muitos jornalistas predominam as sobre fatos lamentáveis, e o mesmo acontecendo nos destaques na linha do tempo. A nota principal do balanço escrita por Clóvis Rossi tem o título: “Terror, no ar e na banca, marca a década”.
Este site procura adotar uma linha editorial mais equilibrada. Sem negar os acontecimentos negativos e lamentáveis. Olhando os principais acontecimentos desta década, pode-se constatar que muitos foram alvissareiros, e que apesar de tudo que ainda há que se superar como problemas, o mundo melhorou e o Brasil com ele. Houve uma aceleração da globalização, com a sensível melhoria da comunicação entre as várias partes do universo, popularizando-se o uso da internet, dos telefones celulares e assemelhados. Realizou-se uma significativa melhoria dos grandes países considerados emergentes como a China, a Índia e o Brasil, com grandes populações, aumentando o intercâmbio entre as nações. Apesar dos avanços inferiores ao desejado, há uma maior consciência universal da necessidade do desenvolvimento sustentável, com respeito ao meio ambiente.
A produção agropecuária aumentou de tal forma que se tornou possível melhorar a alimentação mundial, até para o socorro das populações famintas como de alguns povos africanos ou vítimas de desastres naturais. Ampliou-se a utilização dos recursos humanos e naturais, descobriram-se novos como no pré-sal. Energias não poluentes como a solar e a eólica passam a ser mais utilizadas. Mais habitações foram construídas, vestimentas melhores e mais acessíveis foram universalizadas, e bens mais acessíveis como computadores, eletrodomésticos, veículos ficaram disponíveis para uma classe média que aumentou em todo o mundo.
A expectativa de vida aumentou de forma significativa em todo o mundo, mostrando que muitas calamidades que provocavam a mortalidade infantil foram atenuadas, em que pese o reclamo natural e legítimo por melhores assistências médicas, educacionais, previdenciárias e sociais universais até para os mais humildes.
Houve avanços tecnológicos e científicos, aumentando o domínio do conhecimento da humanidade sobre os problemas que ainda a afligem, com aumentos significativos da produção de bens e serviços. Houve uma sensível melhoria na logística mundial, permitindo que os benefícios chegassem até os confins do universo. Os conflitos armados são exceções, ainda que persistam desentendimentos entre nações, e a violência não tenha sido banida do mundo.
Os regimes democráticos se generalizaram, e os ditatoriais sofrem a pressão da humanidade que passou a habitar uma aldeia global, todos se preocupando uns com os outros. Que ainda há muitas questões que continuam como desafios a serem superados não há dúvidas, mas a solidariedade humana tornou-se uma regra.
As tragédias que se abatem sobre os seres humanos, animais como vegetais sensibilizam a todos e são transmitidas quase instantaneamente por todo o mundo, despertando indignações e solidariedades que se transformam em socorros voluntários de organizações de assistência.
O mundo melhorou, mas ainda existem muitas coisas que a humanidade necessita conquistar, e estes desafios estimulam os seres humanos para trabalhos criativos. A perfeição não existe, mas muitos continuam lutando para se aproximar dela.
Não podemos ser dominados pelo pessimismo. Com realismo, a humanidade continua lutando por dias melhores e está avançando. A próxima década deverá ser melhor que a atual, que certamente foi melhor que a anterior.
28 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: Instituto Cidadania, Memorial do Governo Lula da Silva, Memorial vinculado à Universidade Federal do ABC
O jornal Valor Econômico, com um artigo da jornalista Cristiane Agostine, informa onde Lula da Silva irá se instalar depois de deixar a Presidência. Voltando das merecidas férias, ele se instalará no Instituto Cidadania, uma ONG sediada no bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde ele ficava antes de assumir o cargo máximo da República. O imóvel passará por uma reforma e, nesta instituição, ele cuidará de assuntos relacionados com a cooperação para o desenvolvimento da África, integração dos povos da América do Sul, combate à pobreza, estudos sobre a nova matriz energética e reforma política.
No Memorial do Governo Lula da Silva, vinculado à Universidade Federal do ABC, ficará todo o acervo dos presentes recebidos e as documentações do seu governo. Ficará encarregado destas instalações o seu antigo colaborador Paulo Okamotto, que com ele já trabalhava antes do seu governo e estava na presidência do Sebrae. O Memorial contará com recursos audiosvisuais interativos como os do Museu da Língua Portuguesa e Museu do Futebol, ambos extremamente visitados.
Paulo Okamotto em foto da ABr
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