Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

China Evita a Exportação de Terras Raras

7 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Categoria?, Notícias | Tags: China possui reservas de terras raras, estratégicas para altas tecnologias, restrição à exportação

A China é um dos poucos países que possuem reservas apreciáveis de minérios conhecidos como terras raras, que são estratégicos para as altas tecnologias e eletrônicas avançadas. Estima-se que aquele país detém 90% das atuais reservas mundiais conhecidas. Reservando-se para o seu desenvolvimento, impõe medidas para restringir a sua exportação, procurando adicionar valor aos seus produtos, como estão fazendo os poucos outros países que contam com os mesmos.

O jornal Nikkei informa que o Conselho de Estado da China tomou a decisão de consolidar as atividades das empresas que trabalham com produtos que utilizam terras raras, de forma que tenham um melhor controle de seus preços. Na realidade, os japoneses estavam solicitando a sua flexibilidade, pois importam muitos destes produtos chineses, tanto para o seu setor de eletrônica como de automóveis flex, que utilizam gasolina e baterias elétricas.

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Locais Mais Desejados Para Viver no Japão

6 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: Ashiya de Hyogo, em Hyogo, em Tóquio, Kichojoji de Musashino, locais desejados | 3 Comentários »

No Japão, as diversas localidades disputam o prestígio de serem consideradas as mais desejadas para viver, tanto em função da infraestrutura que possuem, serviços oferecidos, bem como custos e demais condições para os habitantes usufruírem do bem-estar. Estas localidades oferecem informações pela internet em diversas línguas, o que propicia uma ideia de como se organiza uma comunidade desenvolvida.

Segundo o jornal Nikkei, um grupo de construtoras efetua uma pesquisa sistematicamente abrangendo uma boa amostra. Assim, em Tóquio, a localidade de Kichojoji, na municipalidade de Musashino, é a mais desejada nos últimos três anos (as informações detalhadas sobre Musashino Tokyo podem ser obtidas pela internet). E no Sul, entre Osaka e Kobe, Ashiya de Hyogo (pode-se obter informações detalhadas também pela internet), conta com a maior preferência nos últimos seis anos.

Sun Road, em Musashino Yodoko Guest House in Ashiya

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“Fordlândia”, de Greg Grandin, Rio de Janeiro, Rocco, 2010

6 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: cidade de Henry Ford na Amazônia, fracasso, projeto sem pesquisas, utopia | 6 Comentários »

Fordlândia Um interessante e documentado livro foi publicado por Greg Grandin, um professor de história da Universidade de Nova Iorque, em 2009, e foi traduzido para o português por Nivaldo Montingelli Jr. para a Editora Rocco, que o lançou no Rio de Janeiro neste ano. Tem o subtítulo de “Ascensão e Queda da Cidade Esquecida de Henry Ford na Selva”.

O gigantesco fracasso de um projeto de um milhão de hectares, próximo a Santarém no Estado do Pará, que consumiu muitos milhões de dólares, era uma utopia daquele grande entrepreneur para criar uma nova sociedade na Amazônia, corrigindo os defeitos da que se consolidava nos Estados Unidos. A maior floresta tropical do mundo continua atraindo aventureiros que não foram dissuadidos pelas suas dificuldades, como se repetiu mais recentemente em Jari por Daniel K. Ludwig, outro grande empresário.

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Mulheres Coreanas de Conforto

5 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: coreanas para servirem os soldados japoneses, escravas sexuais durante a Guerra, novos ângulos | 2 Comentários »

Continuam sendo divulgados pelo mundo os dramas das mulheres coreanas que foram utilizadas pelos soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial como escravas sexuais. Um artigo publicado pela Folha de S.Paulo, de autoria do jornalista Fabiano Maisonnave, revela um novo ângulo da dolorosa questão que se prolonga por muitas décadas ao entrevistar uma delas em Seul.

Gill Won Ok, 83 anos, que continua se manifestando semanalmente diante da Embaixada do Japão, é uma das 83 sobreviventes destes lamentáveis incidentes. A Coreia estava dominada pelos japoneses antes da Guerra, e jovens foram levadas para outras áreas ocupadas, no caso dela para a China, onde eram obrigadas a receberem até 15 soldados por dia. O primeiro-ministro e o Imperador japonês já manifestaram as desculpas pelos atos da ocupação coreana, mas não fizeram menção expressa destas escravas sexuais.

O novo ângulo apresentado é que as próprias autoridades coreanas não reivindicam pedidos de desculpas e indenizações pleiteadas por elas, segundo Gill Won Ok. Ainda adolescente, ela foi enganada, segundo o seu depoimento, por coreanos e japoneses que prometeram ganhos substanciais no Japão. Mas foram conduzidas para a China, onde sofreram barbaridades. Outros coreanos foram obrigados a trabalhar no Japão, acabando sendo vítimas das bombas atômicas.

Terminada a Guerra, elas retornaram para a Coreia dividida, pois a depoente nasceu na atual capital do Norte. Continua vivendo num abrigo para idosos, depois de lutar pela vida, sofrendo a vergonha sobre atos de que não teve culpa.

Lamentavelmente, estes incidentes procuram ser esquecidos pelas autoridades como pela população não só japonesa, como de todos os povos que passaram pelas guerras, que estão repletas de barbaridades semelhantes. O que parece mais inteligente é que estas pendências sejam admitidas, e reparadas, ainda que só seja possível parcialmente.

Os Estados Unidos, por exemplo, que mantiveram nipo-americanos com cidadania local em campos de concentração durante a guerra. Reconhecendo os erros pelas autoridades, foram indenizados em US$ 20.000,00 cada, o que é meramente simbólico, mas todas as partes deram os episódios como encerrados.

Muitos crimes de guerra não são totalmente reparáveis, como os cometidos pelos norte-americanos no Vietnã. Mas a insistente campanha de Gill Won Ok é para que tais crimes não continuem sendo repetidos, como o mais recente aprisionamento de suspeitos da Guerra do Iraque em Guantanamo.


Massa Com Estilo

5 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: China Daily, estilo, massa, Shanxi

 

Acesse o endereço  http://shandong.chinadaily.com.cn/video/2010-09/03/content_11251165.htm e veja como é possível fazer uma deliciosa massa com muita magia e habilidade.


Cerâmica Contemporânea para as Cerimônias de Chá

4 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: alguns exemplos japoneses, cerâmicas nas cerimônias de chá, trabalhos contemporâneos

Todos sabem da importância que os utensílios de cerâmica desempenham nas cerimônias do chá, mas a grande maioria está acostumada a associar com as tradicionais. O Japão, onde a arte da cerâmica continua evoluindo, nada mais interessante que acompanhar as produções mais recentes. Envolvem artistas consagrados, como os chamados “Tesouros Nacionais Vivos”, reconhecidos pelo Imperador daquele país. Eles são assim conhecidos por utilizarem as técnicas mais tradicionais e toda a sua produção costuma ser adquirida pelo poder público para ser expostas nos museus.

O jornal Japan Times publicou um artigo de Robert Yellin referindo-se a uma exposição já tradicional realizada a cada dois anos no Musee Tomo de Tóquio, especializado em cerâmica de alta qualidade, que este ano tem como tema os utensílios inusitados para as cerimônias do chá. Entre os 29 artistas convidados, dois “Tesouros Nacionais Vivos”, Sekisui Ito, mestre do estilo Mumyoi (cerâmica vermelha ocre), e Osamu Suzuki, mestre da 15ª. geração do Raku Kichizaemon (forma de queima Raku), de Quioto.

Obra de Mutsuo Yanigihara. Cortesia do Tomo Musee Obra de Akihiro Maeta_01

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Esforços Japoneses Para Sair da Crise

4 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: com a China, com as entidades representativas da economia japonesa, frentes políticas

A crise em que o Japão está envolvido já perdura algumas décadas, envolvendo aspectos políticos, econômicos, internos e externos. Os esforços que estão sendo feitos para superá-la ainda aparentam ser insuficientes. O Japão está estagnado economicamente há mais de 20 anos e sua importância internacional continua diminuindo, o que é lamentável para todo o mundo, pois já tinha conquistado a posição de segunda potência econômica mundial.

Depois da Segunda Guerra Mundial, ajudado internacionalmente pelo Plano Marshall e por um câmbio desvalorizado por um longo tempo, o Japão recuperou-se de forma brilhante, fenômeno que chegou a ser chamado de “milagre econômico japonês”. Mas abriu mão de sua independência política internacional, submetendo-se à tutela dos Estados Unidos na garantia de sua segurança externa. Mesmo porque não tinha alternativa naquele momento, com o trauma causado pelas bombas atômicas, que só lhe permitia criar um sistema de defesa interna.

Quando teve que aceitar o chamado Acordo de Plaza, que valorizou a sua moeda, e diante de sua forte dependência de energia do exterior, o “milagre” desapareceu. Seu sistema político e empresarial entrou em sucessivas crises, até porque sua população já com bom padrão de vida não se empenhava como antes, quando lutavam aguerridamente com as suas muitas limitações, de um arquipélago com poucos recursos naturais. Só contavam com a capacidade de seus recursos humanos.

Sem resolver devidamente o seu acordo com os Estados Unidos, que também não se encontram dentro de suas melhores condições, tenta melhorar as suas relações econômicas com o exterior. Como na tentativa de entendimentos com a China, pleiteando uma maior flexibilidade do câmbio daquele país na reunião que manteve nos últimos dias. O problema parece mais global, exigindo uma política externa nipônica mais clara, com entendimentos também com outras potências internacionais.

Incapaz de equacionar o problema político-partidário interno, com o primeiro-ministro contestado dentro do seu próprio partido por uma liderança política que não é popular, o atual governo procura substância estabelecendo uma nova política econômica. Mobiliza suas próprias forças, com a participação das cúpulas de diversas entidades representativas da sociedade japonesa, empresários e empregados. Ainda que isto seja uma necessidade premente, falta-lhe a credibilidade que necessita ser conseguida diretamente de toda a nação.

Ainda que todos os discursos sejam de apoio pelas novas iniciativas governamentais, dada a imperiosidade de uma nova política econômica, tudo parece um pouco vazio, sem que as condições básicas indispensáveis estejam equacionadas. Há uma necessidade de um apoio mundial mais claro para as pretensões japonesas, o que parece muito difícil se conseguir no momento.

Certamente, todos desejam e torcem para que o Japão se firme política e economicamente, mas para que as condições básicas sejam atendidas há que se cumprir uma longa agenda. Deixando claro qual a contribuição que aquele país dará aos demais, que não se resume somente aos asiáticos.

E nem parece que existe um razoável consenso interno no Japão, principalmente do ponto de vista político. Há que se começar a atacar todos os problemas japoneses, e parece que o governo nipônico precisa conquistar primeiro a sua credibilidade que parece desgastada, ou que ainda não foi devidamente consolidada, nem internamente.


Problemas de Congestionamento na China

4 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: congestionamentos monstros

Já informamos que as dimensões chinesas são assustadoras quando comparadas com as conhecidas no Ocidente. Seria difícil de imaginar que um desenvolvimento acelerado como o da China não criasse problemas paralelos. Além da poluição noticiada durante as Olimpíadas, o principal jornal chinês China Daily informa que está havendo contínuos congestionamentos monstros no seu sistema rodoviário neste verão chinês, que envolvem 10.000 caminhões, com 100 quilômetros de extensão. É crítica numa de suas rodovias principais que liga Beijing ao Tibet, no sentido Leste-Oeste, chamada Rodovia Nacional 110.

Informa que decorrem de serviços de manutenção que estão sendo efetuados, ao lado do transporte de carvão mineral da região do Inner Mongólia, que ainda não conta com uma ferrovia adequada. Eles necessitam da energia gerada com o uso destes carvões para sustentar o seu processo de desenvolvimento acelerado, que evidentemente são também mais poluentes.

Congestionamento monstro

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Empresas Japonesas Agressivas na Área da Medicina

4 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: Canon na disputa, imagens em 3D, novos campos

Muitas empresas japonesas ocupam posição de destaque nas imagens e agora, segundo o jornal Nikkei, a Canon ingressa no mercado das imagens na medicina, ao mesmo tempo em que a sua capacidade de transmissão é colocada em conjunto. Ela acompanha outras nipônicas que procuram novas áreas de atuação, elegendo a medicina como um setor onde a demanda deve continuar crescendo, e onde a sua capacidade pode concorrer com os fornecedores tradicionais.

A Canon saiu além do setor onde já são tradicionais de câmeras digitais, equipamentos de escritório e outros hardwares. Numa exposição em Nova Iorque, que realiza a cada cinco anos apresentando o que possui de mais avançado em tecnologia, ela exibe imagens de terceira dimensão de ossos e órgãos internos, que mudam de aparência dependendo do ângulo de observação. Os dados mostram as informações obtidas de tomografias computarizadas e outros sistemas de imagens, oferecendo novos meios para os médicos diagnosticarem seus pacientes.

Mesa de exibição mostra imagens e materiais Fujio Mitarai, presidente da Canon

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Jardins Japoneses, Coreanos e Chineses

4 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: amplas variedades de jardins orientais, finalidades, inspirações

Se existem jardins orientais que são admirados pelos ocidentais, o assunto é tão amplo e profundamente tratado por milhares de livros, cabendo neste espaço somente um rudimentar resumo. Costumam estar ligados a motivos religiosos, propiciar meditações ou como simples decorações de casas ou palácios. De dimensões variadas, diferentes composições, distinguindo-se das diferentes culturas dos povos japoneses, coreanos e chineses.

Entre os mais conhecidos destaca-se o de pedra e areias, zen, que se encontra num templo em Quioto, ou de musgos, na mesma cidade. Também o do Katsura Imperial Villa, perto de Nara, a antiga capital japonesa, até hoje usado pela Casa Imperial do Japão, mas onde a visita está facilitada ao público. A Coreia reconstruída conta hoje tanto com os templos e palácios como com novos espaços, demonstrando seu apreço pelo meio ambiente. E os grandes palácios chineses dão uma ideia da opulência do seu passado, tanto pelas dimensões como riqueza.

Jardim RyoanJi-Dry em Quioto

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