23 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: extensa bibliografia, Istambul - memórias e cidade, Ocidente e Oriente
“Istambul – Memória e Cidade”, de Orhan Pamuk, tradução de Sergio Flaksman (do inglês), Companhia das Letras, São Paulo, 2007, é um exemplo impressionante da qualidade dos livros deste Prêmio Nobel de Literatura de 2006. Como enfatiza Ibrahim Eris, ex-presidente do Banco Central do Brasil, também nascido na Turquia, este jovem escritor (nascido em 1952), com uma vasta obra, é um mestre na identidade Ocidente/Oriente.
Neste livro em que ele descreve sua vida, tendo ao fundo Istambul e a “civilização de Bósforo”, região da ligação do Mediterrâneo ao Mar Negro, ponte entre a Europa e a Ásia, atribuiu-lhe junto com uma série de outras obras o Prêmio Nobel. Exilado nos Estados Unidos por defender os curdos, ele lecionou na Universidade de Columbia.
Istambul, antiga Constantinopla, tem uma história que vem desde os primórdios da humanidade. Era a sede do Império Bizantino, depois foi ocupado pelos gregos e pelos romanos, transformado na capital Oriental do Império Romano no seu período final, tornou-se sede do Império Otomano por sete séculos. Até chegar à atual República Turca. No meio de tantos monumentos históricos, cercada por uma natureza privilegiada, transcorre o drama de um povo que vive numa grande metrópole, com suas nostalgias de ter sido mais importante no passado.
Capa do livro Istambul – Memória e Cidade e o autor Orhan Pamuk
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22 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: exposição imperdível no Instituto Tomie Ohtake, influência do Oriente, temas controvertidos
Anuncia-se uma exposição imperdível do artista Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), um dos mais importantes que o Brasil já teve. Um artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo de hoje, de autoria de Camila Molina, refere-se a esta rara exposição que reúne, com a curadoria de Paulo Herkenhoff, um dos acervos mais importantes deste artista consagrado, reunindo cerca de 100 de suas obras, algo inédito no mundo.
O que consta do artigo, que deve estar baseado numa série de estudos sobre a obra deste artista, pode gerar até uma controvérsia, ainda que destaque a influência do Oriente nos seus trabalhos. Os que conhecem algumas das igrejas de Mariana, Minas Gerais, com traços de asiáticos em algumas figuras, atribuem aos jesuítas que trabalharam no Oriente, e vieram para o Brasil, ainda no período colonial. Guignard, com seu período na Europa, deve ter aprofundado a influência da moda da ocasião que se interessava pelas artes japonesas e chinesas.
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21 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: capacidade de negociação, dificuldades naturais, os emergentes
Parece que vivemos num mundo fortemente influenciado pelos interesses financeiros imediatos e a imprensa acaba inundada por notícias que refletem a volatilidade natural deste setor de atividade, com altos e baixos “on line”. Que propiciam resultados para os que especulam nestes mercados, com prejuízos para os seres humanos normais, mas não se transformam necessariamente em benefícios para todos. O mundo das coisas reais, infelizmente, não tem esta velocidade e as mudanças se processam com vagar, quase sempre guiados pelos interesses nacionais. As atividades financeiras são auxiliares para ajudarem na produção e na melhoria do bem-estar.
Nos últimos dias, ora se exagera que a flexibilidade inicial do câmbio chinês propiciará resultados excepcionais, para nos dias seguintes se alertar que estas mudanças serão lentas, e as consequências pífias. Depois se noticia com estardalhaço que os salários chineses estão se elevando, como se fosse um movimento uniforme e geral.
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21 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: contribuições, cuidados a serem tomados, investimentos estrangeiros | 4 Comentários »
A Folha de S.Paulo publicou artigos dos jornalistas Julio Wiziack e Fabiano Maisonnave com informações sobre os investidores chineses no Brasil, principalmente das estatais State Grid, Sinochem, Wisco e ECE. Descrevem como as missões destas empresas se comportam quando no Brasil, com certo ar de admiração pelo seu comportamento modesto.
Todos os investimentos estrangeiros são bem-vindos na medida em que ajudam a transferir tecnologias que não temos no Brasil, ampliam as nossas exportações e criam empregos locais. Mas sempre é preciso defender os interesses nacionais, sabendo que eles não estão procurando desenvolver este país, buscando assegurar o suprimento da economia deles, notadamente quanto ao abastecimento de matérias-primas. O Brasil não pode se tornar colônia de outras potências e mero supridor de matérias-primas, mas utilizar os recursos naturais agregando valor e beneficiando a população brasileira. Se isto puder ser feito com benefícios para os estrangeiros, muito bem.
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21 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: APEC, atômica, bioenergia, carvão mineral, energia limpa
O importante bloco dos países da APEC – Associação dos Países da Bacia do Pacífico, que representam 60% dos consumidores de energia do mundo, se manifestaram a favor da produção de energia limpa. Estiveram reunidos em Fukui por três dias, no Japão, em nível ministerial dos responsáveis por energia, e decidiram que, apesar de continuarem dependendo do petróleo, vão desenvolver o uso da energia atômica, e outras energias limpas, ainda que elas sejam mais caras.
Preocupados com a atual elevada emissão de carbono, estes países que continuarão a se desenvolver economicamente, comprometem-se a estimular o uso destas energias limpas, inclusive proveniente de carvão mineral, com maior eficiência e de forma não poluente, como noticiou o jornal econômico japonês Nikkei.
Ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão Masayuki Naoshima e o director executivo da APEC Muhamad Noor
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20 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: consequências., flexibilização cambial, preços básicos na economia
A imprensa em todo o mundo apresenta a manchete que a China dá os primeiros indícios concretos que está se preparando a atender a demanda externa para o reajustamento do seu câmbio, para permitir um melhor equilíbrio na economia mundial. Com o Yuan atual, muito desvalorizado pela interferência das autoridades chinesas, suas exportações ficam altamente competitivas, enquanto suas importações são dificultadas, gerando um superávit comercial que prejudica o resto do mundo. No fundo, o Yuan estava vinculado ao dólar norte-americano que está se desvalorizando, pois o mundo procura segurança aplicando nos Estados Unidos, ainda que sua economia esteja com dificuldades, pois todos acham que um calote daquele país é improvável.
Quando as autoridades chinesas estabelecem faixas mais amplas em que o seu câmbio poderá flutuar, tudo indica que haverá maior tendência para a sua valorização, pois muitas empresas estrangeiras continuam a ampliar seus investimentos naquele país, como vem acontecendo no Brasil.
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20 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: outros critérios de avaliação, preços, qualidade
Os analistas mais responsáveis estão notando que importantes inovações, como os trens rápidos cogitados para implantação no Brasil, demandam estudos cuidadosos, não podendo ser subordinados a cronogramas esportivos ou políticos. Como são projetos de longa duração, é preciso ficar atento, além nos preços das construções como das tarifas, nas transferências de boas tecnologias.
Os editais cogitados ainda concentram demasiada atenção aos preços, sem que a qualidade seja considerada essencial. A topografia predominante em território brasileiro, principalmente na área prioritária que contaria com demanda expressiva, desde a região de Campinas, São Paulo, Guarulhos e até o Rio de Janeiro, é de apreciável desnível, que recomenda técnicas específicas, que nem sempre são as mais baratas.
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20 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: hábitos arraigados, novas formas de uso, redução do uso do sal
Na cultura de muitos povos asiáticos não se faz uma distinção entre alimentos e remédios, como na chinesa, e o seu consumo está aumentando com a globalização. E está se generalizando o uso menos intensivo do sal nas principais culinárias mundiais, diante do reconhecimento de que populações urbanas efetuam menores esforços físicos, não necessitando de tanto sal como no meio rural, onde o suor ajuda a reduzir os malefícios deste produto.
Entre as muitas contribuições das pesquisas dos hábitos alimentares, existe quase uma unanimidade que o sal contribui para a elevação da pressão arterial, um dos grandes males que afetam alto número de seres humanos. A divulgação ampla destes conhecimentos está provocando mudanças significativas em todo o mundo.
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19 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: extremo norte, minérios que não resultam em desenvolvimento, pequeno Estado | 2 Comentários »
O Estado do Amapá é o menor da Amazônia, tendo 140 mil quilômetros quadrados, considerando-se que somente pequeno percentual de suas florestas foi desmatado. Infelizmente, é um dos exemplos que exigem maior consciência que seus recursos naturais precisam ser aproveitados de forma sustentável, beneficiando a pequena população local, e não beneficiando somente alguns empresários. Faz fronteira com a Guiana Francesa, que continua sendo um mero território francês pouco organizado, onde se refugiam os garimpeiros, por falta de uma regulamentação e fiscalização. E numa pequena faixa de fronteira com o Suriname.
Localizou-se uma boa reserva de manganês na Serra dos Navios, permitindo a construção de uma ferrovia até o porto de embarque. A sua intensa exploração por um grupo brasileiro esgotou-a rapidamente, pouco deixando de benefícios regionais.
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19 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: monja Coen, Oito aspectos do budismo, Para uma pessoa bonita
Estes livros são extremamente baratos e podem ser adquiridos Zen do Brasil, na Rua Desembargador Paulo Passaláqua, 134, Pacaembu, fone 3865-5285. Ou podem ser encomendados pelo e-mail: [email protected], mediante depósito bancário, para ser entregue em todo o Brasil.
O primeiro, de Shundo Aoyama Rôshi, “Para Uma Pessoa Bonita – Contos de uma Mestra Zen”, Palas Athena, 1983. Esta monja foi abadessa do Tokubetsu Nisido, especializada no treinamento de monjas, onde monja Coen estudou por oito anos. Ela a estimulou a concretizar a edição em português.
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