Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

“1421: O Ano Em Que a China Descobriu o Mundo”, de Gavin Menzies, tradução de Ruy Jungmann, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 6ª.edição, 2009

16 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: Bartolomeu Dias, chineses antes de Cristovão Colombo, Fernão de Magalhães, Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama

Originalmente publicado em inglês em 2002 com o título “1421: The China discovered the world”, a 6ª edição em português está à disposição dos leitores. O autor, Gavin Menzies, nasceu na China em 1937, onde passou os dois primeiros anos de sua vida. Alistou-se na Marinha Britânica, onde se tornou comandante submarinista, e está reformado.

Afirma ele, na introdução do livro, que o assunto despertou sua curiosidade em torno de 1990, vendo um mapa antigo, em Minnesota, USA. A carta datava de 1424 e era assinada por um cartógrafo veneziano chamado Zuane Pizzagano, mostrando precisamente a Europa e parte da África. O cartógrafo desenhou também um grupo de quatro ilhas distantes no Atlântico ocidental, que deu o nome de Satanazes, Antilia, Saya e Ymana, em português arcaico. Ele teria utilizado os conhecimentos adquiridos pelos chineses para tanto, muito antes dos europeus, notadamente os portugueses e venezianos.

1421

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Análises Internas da China

16 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: análises feitas pelos chineses, identificação dos seus problemas, proposições para o futuro

0022190fd1710d4c5a6011 É sempre interessante verificar como os analistas chineses estão observando a situação em que se encontra a China e o que identificam como caminhos a serem trilhados no futuro. Dois artigos publicados no China Daily podem nos dar uma idéia destas visões. O primeiro é de Feng Zhaokui, do Instituto de Estudos Japoneses da Academia Chinesa de Ciências Sociais, que tem o título “China ainda uma nação em desenvolvimento”, e não desenvolvido.

O artigo, com muita segurança, afirma que a China passa por um período de rápido crescimento, devendo ultrapassar o Japão neste ano, para tornar-se a segunda economia do mundo. Neste século XXI, já ultrapassou o Canadá, a Itália, a França, a Grã-Bretanha e a Alemanha, segundo os dados estatísticos disponíveis.

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Yangtsé, Amarelo, Mekong: Grandes Rios da China (II)

14 de maio de 2010
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: Expo Xangai 2010, inundações, Joseph Needham, secas, Usina dasTrês Gargantas

Relata Simon Winchester que um dos planos do historiador Joseph Needham, alojado na cidade de Chongqing para fazer suas pesquisas, era justamente observar a estrutura projetada por Li Bing para conter o ímpeto do Rio Min e que há tantos séculos vinha controlando as águas que se precipitavam de uma escarpa em vertiginosa velocidade. Ele se espantou e se maravilhou com mais esta proeza hercúlea dos chineses. Para Needham, isso se igualava às obras da Grande Muralha e às da construção do Grande Canal, ambas realizadas há 2.000 anos.

Needham não testemunharia o que viria, de fato, a ser feito de hercúleo nos anos vindouros na tentativa não só de domesticação dos rios, como também para fazer face ao espetacular desenvolvimento que vinha demandando cada vez mais a necessidade de maiores recursos hídricos e hidrelétricos. Por exemplo, a construção da gigantesca Usina das Três Gargantas, no Rio Yangtsé, finalizada em 2009, considerado o maior projeto de construção na China desde a Grande Muralha, e que tiraria da Usina de Itaipu o título de maior hidrelétrica do mundo. E de outros quase 80 projetos chineses de hidrelétricas com canais, eclusas, diques, barragens de contenção e explosões de correnteza, que estão atualmente em várias etapas de preparação e construção, em todos os grandes rios da China. Todos eles visando a prevenção de enchentes, geração de energia e transporte fluvial.

Tudo isso, claro, causa milhares de perdas, transtornos, controvérsias e protestos, senão alguns desastres. Segundo o jornalista Thomas Fuller, do The New York Times, em artigo no suplemento da Folha de S.Paulo (12/abril/2010), os países ao longo do Rio Mekong culpam a China e não a natureza quando acontecem episódios de seca devastadora na região como recentemente – acusam os chineses de estarem “sequestrando” as águas dos rios. Apesar de, neste episódio, sólidas evidências científicas levarem a crer que realmente o baixo nível das chuvas fora responsável pela redução dos níveis do rio.

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Redes Internacionais de Saúde na Ásia

14 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Saúde | Tags: aumento da renda, redes internacionais, saúde para idosos | 2 Comentários »

Notícia publicada no jornal Nikkei, proveniente de Cingapura, informa que estão se expandindo redes de hospitais para atender diversos países na Ásia, aproveitando as oportunidades geradas pela elevação da idade e melhoria econômica da população.

Um grupo indiano efetuou expressivos investimentos numa rede de Cingapura, tendo já 45 hospitais na Índia, expandindo suas atividades para outros países como a China, Brunei, Malásia e a própria Cingapura. Isto criou a maior rede asiática nestas atividades relacionadas com a saúde, intercambiando tecnologia e pessoal.

serviços medicos

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Os Japoneses na Energia Nuclear

13 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: competição acirrada, coreanos, energia nuclear, Toshiba, Westinghouse

norio sasaki Um expressivo artigo foi publicado no jornal Valor Econômico, “Toshiba colhe frutos de aposta nuclear”, do jornalista Daisuke Wakabayashi, do jornal The Wall Street Journal. Está baseado numa entrevista concedida pelo Norio Sasaki, presidente da Toshiba.

Como noticiado em 2006, a Toshiba assumiu o controle da poderosa norte-americana Westinghouse Eletric Co., grande fornecedora de usinas nucleares nos mercados mundiais, principalmente nos Estados Unidos. Na realidade, tais usinas já contavam anteriormente com muitos componentes da Toshiba.

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Economia Chinesa e Sua Influência Mundial

13 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: acordos de livre comércio, efeitos inflacionários | 4 Comentários »

No passado, afirmava-se que quando a economia norte-americana espirrava provocava um resfriado em todo o mundo. Com as recentes mudanças observadas nas influências chinesas em todo o Planeta, os seus efeitos preocupam o resto do mundo.

Observa-se na região litorânea chinesa que, por estímulo da política econômica, os salários estão subindo, provocando um aumento dos preços dos seus produtos exportados em torno de 10 por cento sobre o ano passado. Empresários estrangeiros visitando aquele país temem que isto afete o resto do mundo, que ainda tenta superar a crise que atingiu a todos.

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Resultados Positivos das Empresas Asiáticas

12 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: contenção das despesas, recuperação das vendas, resultados positivos

São crescentes as notícias de empresas asiáticas, de diversos países, que estão registrando a volta aos lucros neste começo do ano. Superadas as fases mais críticas da crise que se abateu sobre o mundo todo, as empresas, além de tomarem medidas para recuperar suas vendas, com inovações de todas as naturezas, usaram este período para efetuar cortes nas suas despesas.

São comuns as empresas, durante os períodos mais brilhantes, ficarem acomodadas ao crescimento natural das vendas, deixando de fazer as adaptações para as mudanças que se observam, naturalmente, nos diversos mercados. Elas tendem a serem mais condescendentes com as despesas, deixando cortas os desperdícios que vão se acumulando.

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Formulação da Política Monetária em Diferentes Países

12 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: autonomia do Banco Central, colocações inadequadas, experiências internacionais

Alguns analistas entendem que o debate entre os candidatos à sucessão do presidente Lula da Silva, no Brasil, começou com a questão da autonomia do Banco Central na formulação da política monetária, que seria a mais importante na política econômica. A questão parece colocada de forma inadequada, como se esta autonomia estivesse determinando as mais altas taxas de juros reais neste país, em contraste com outros, notadamente os dos países asiáticos.

Cada país tem um sistema que estabelece as taxas básicas de juros, que é hoje o instrumento mais importante de política monetária, mas não o único. E o sistema mais conhecido é o norte-americano, conhecido como FED – Sistema Federal de Reservas. Admitindo que aquele país tem condições regionais diferentes, os presidentes de determinados organismos regionais que controlam o crédito se reúnem numa reunião nacional. Levam em consideração tanto os aspectos inflacionários como outros, fiscais, creditícios, cambiais, empregos, produções etc. para estabelecerem estas taxas. Entendem que os juros são um dos aspectos mais importantes no conjunto da política econômica.

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Cuidados Com as Estatísticas

12 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: comparações estatísticas, cuidados, melhorias, otimismo

Na crise pela qual a economia mundial e a maioria dos países passam atualmente predomina uma forte ansiedade generalizada pelas melhoras que já começam a ocorrer. É como uma torcida, mais emocional que realista. Dados estatísticos setoriais e de algumas regiões registram bons crescimentos comparados com os mesmos períodos do ano passado, que foram péssimos.

Mas não se deve confundir estes resultados como a superação da crise, pois muitos deles continuam abaixo dos níveis atingidos no passado. São alvissareiras as recuperações que se observam, mas devem ser consideradas com cautela.

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A Economia Japonesa Consegue Reagir?

10 de maio de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: cultura admirada, dificuldades políticas, elevado nível educacional, reação diante dos concorrentes | 2 Comentários »

Todos os estrangeiros que conhecem o Japão, o admiram pelo elevado nível educacional de sua população, pela sua refinada cultura, pelo nível de desenvolvimento tecnológico e econômico que conseguiu, pelo alto respeito ao meio ambiente e todas as suas demais qualidades. Lamentam que o país aparente passar, atualmente, por uma já longa estagnação, com suas instituições políticas e empresariais dando alguns sinais de saturação, como se estivessem esclerosadas.

Todos torcem para que o Japão volte a contar com o dinamismo do passado, notadamente do período em que angariou a admiração mundial, renascendo das cinzas da Segunda Guerra Mundial. Do período que ficou conhecido como o “milagre econômico japonês”, que passou a ser imitado por outros países, inclusive pelo Brasil.

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