12 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: comparações, Coréia, japao, produtividade
Um dos indicadores mais importantes da eficiência de uma economia costuma ser expressa pela produtividade da mão de obra. Mesmo tendo limitações para a sua comparação internacional diante dos câmbios utilizados, a sua tendência ao longo do tempo é relevante.
O Japan Produtivity Center, conforme publicado pelo jornal Nikkey, mostra que a eficiência foi de US$ 68.219,00 por trabalhador japonês em 2008, que é 90% da Alemanha e 69% dos Estados Unidos
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11 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: Cerejeiras, primavera, repercussões sobre o acordo secreto com os Estados Unidos
Os japoneses aguardam todos os anos, com rara ansiedade, a evolução das floradas das cerejeiras que vem do Sul mais quente para o Norte. É prenúncio da chegada da tão aguardada primavera, depois de um longo e duro inverno. Neste ano, noticia-se que a primeira florada ocorreu em Kochi, que é a terra natal da minha falecida mãe, depois de Okinawa, que tem uma variedade diferente de cerejeira, mais tropical.
Como contraponto desta notícia alvissareira, como era de se esperar, a mídia japonesa repercute a notícia oficial da existência de um acordo secreto de segurança do Japão com os Estados Unidos há muitas décadas, envolvendo a presença de armas atômicas. Muitos políticos procuram se esquivar de assunto tão incômodo.
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11 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: compreensões inadequadas, diversidades regionais, país continental, Roraima
Todos os grandes países geograficamente falando, tanto na Ásia como na América do Sul, apresentam dificuldades para a sua compreensão mesmo por aqueles que nele habitam, pois as generalizações escondem uma realidade mais complexa.
Assim, a Amazônia é quase sempre entendida como uma grande floresta homogênea, uma planície onde as precipitações pluviométricas são altas, o que os estrangeiros chamam de “Rain Forest”, numa simplificação grosseira. Este conceito decorreu das informações que os visitantes trouxeram das beiras dos grandes rios que arranharam, sem penetrar no interior da floresta. Nesta nota vamos nos restringir ao Estado de Roraima, em largos traços.
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11 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: acordo anunciado, cerrados, cinturão verde, tecnologia agrícola
O Japão, por intermédio do JICA – Japan International Cooperation Agency, vem dando elevada importância para o intercâmbio com a África. Quando se trata dos países de língua portuguesa, como Moçambique, solicita a participação do Brasil, que dispõe de mão de obra qualificada para tanto. O Brasil está oficialmente envolvido por intermédio do ABC – Agência Brasileira de Cooperação, do Itamaraty.
Acabou de ser anunciado em Tóquio que o acordo tripartite do Japão, Brasil e Moçambique acaba de ser formalizado, para ajudar aquele país africano no desenvolvimento de sua agricultura.
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11 de março de 2010
Por: Monja Coen | Seção: Depoimentos | Tags: coletivo, diferenças culturais, kokoro, no Japão, respeito à natureza
Morei durante doze anos no Japão, a maior parte do tempo em mosteiros e templos Zen Budistas. Muitas vezes me perguntava sobre o que estaria aprendendo e o que poderia trazer de volta ao Brasil. Eram muitas as diferenças culturais, econômicas, sociais.
Sim, somos todos seres humanos. Homens e mulheres convivendo e descobrindo se há sentido ou não neste viver. Entretanto, desde a infância, a idéia do coletivo, da coletividade é acentuada na Ásia.
Talvez por serem países tão populosos. Deve também haver inúmeras outras razões. Entretanto, a ênfase no coletivo me fascinava. O não-eu. Desde pequena, meu pai me admoestava:
“Não seja como os carneirinhos de Panúrgio” – uma história antiga de carneirinhos que seguem uns aos outros e acabam se afogando.
A idéia principal era não seguir a ninguém. Abrir seu próprio caminho. Não copiar os outros. Desenvolver a identidade pessoal separada da coletiva.
As crianças, na Ásia, são educadas a serem umas como as outras. Ser diferente é quase um crime. Pensar no bem coletivo antes do bem individual – esta é uma arte a ser apreendida.
Crianças também aprendem a amar e respeitar a natureza, apreciar as flores, as nuvens, a lua, as estrelas. Escrever poesias, contar histórias de insetos, de plantas, de terra. Claro que ensinamos isso também às nossas crianças latino-americanas.
Mas será que as ensinamos a amar a terra e cuidar da terra e de todos os seres? Será que as ensinamos a se sentirem ligadas e sensíveis às necessidades dos outros? Será que as ensinamos a servir em vez de serem servidas? Será que as ensinamos a desenvolver o olhar que percebe a necessidade do outro antes mesmo que o outro assim proclame?
No Japão, há uma expressão que aprecio muito: é preciso ter “Kokoro” (ou côcôrô). Essa palavra significa coração ou mente ou espírito. Na verdade, quer dizer sensibilidade aguçada. Capacidade de sentir e fazer o que é adequado a cada circunstância. Uma adequação que vai além do próprio eu.
Por isso, a noção do não-eu. Manifesta-se em coisas pequenas. É perceptível ao andar, sentar-se, comer, levantar-se, beber, deitar-se. Em cada gesto, em cada movimento, em cada palavra e em cada pensamento podemos reconhecer alguém cujo “kokoro” foi trabalhado, desenvolvido, treinado, educado.
Assim, educar pessoas seria educar, treinar essa essência, essa sensibilidade, esse “kokoro”. O resto, naturalmente, se manifesta. Ler, escrever, somar, multiplicar, desenhar, todas as ciências estariam vinculadas ao desenvolvimento do “kokoro” em um ser humano.
Por isso, quando voltei da Ásia para o Brasil meu sonho era e ainda é o de ser capaz de treinar, educar o meu, o seu, o nosso capital de sensibilidade aguçada, nosso capital humano de ternura e cuidado. Para podermos crescer unidos no sentimento comum de fazer o bem a todos os seres.
Mãos em prece
10 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: artigo do Financial Times, Japão e China, publicado no Nikkei
Existem alguns artigos emblemáticos, como este escrito pelo jornalista Gideon Rachman, do Financial Times, publicado no influente jornal econômico japonês Nikkei, questionando se o Japão está pendendo para aproximar-se mais da China.
Evidentemente, em se tratando de dois países importantes na Ásia, nada mais natural que o relacionamento entre ambos tendam a se intensificar. Mas isto acontece no momento em que o relacionamento bilateral dos japoneses com os Estados Unidos passa por uma fase delicada.
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10 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: China, exportações, importações, inflação
Existem fortes indícios de que as autoridades chinesas pretendem introduzir algumas novas orientações na sua política econômica, mas ainda os resultados não indicam estas mudanças.
Os dados continuam mostrando que tanto as exportações chinesas como as exportações continuam crescendo com relação ao ano passado.
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10 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: autos híbridos, elétricos, minicarros
São muitas as tentativas em todo o mundo para lançar automóveis que sejam amigos da ecologia. Os mais frequentes, atualmente, são os híbridos, entre eles os movidos à gasolina e eletricidade. Mas existem os com gases naturais, como com etanol de variadas origens.
Os japoneses lançaram os minicarros, com baixo consumo de energia, mas as quedas dos preços dos híbridos estão mais rápidas do que esperavam, o que exigem novas reações para mantê-los competitivos.
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9 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: armas atômicas, guerra fria, navios norte-americanos, pactos secretos
Todos desconfiavam, mas não havia como provar, que havia um acordo secreto entre os Estados Unidos e o Japão para que, no contexto da guerra fria, armamentos atômicos estivessem nos navios e aviões norte-americanos estacionados nas bases militares norte-americanas no Japão.
A Constituição japonesa, aprovada no pós-guerra sob o impacto dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, proibia estes armamentos no Japão. Derrotado na II Guerra Mundial, o Japão viveu e vive até agora sob a proteção militar dos Estados Unidos.
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8 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: antropóloga, Cuiabá-Porto Velho, economista, índios suruís, Polonoroeste, Rondônia
Editora Terceiro Nome, São Paulo, 2006
Por mais que tenha percorrido o Brasil por todos os rincões, até os mais afastados, meus contatos diretos com os problemas indígenas foram poucos. Por incrível que pareça, ao enviar uma mensagem de condolências pelo passamento do José Mindlin, com quem convivi nos intercâmbios bilaterais com os japoneses, retomei o contato esporádico que tenho com minha colega da FEA-USP, Betty Mindlin, sua filha.
Betty é uma brilhante economista, uma inteligência privilegiada, que optou por seguir outros caminhos, o da antropologia, quando estudava em Cornell. Muitos dos seus antigos colegas não entendem a opção por ela tomada, mas tento compreendê-la, porque na sua defesa dos suruís, tivemos um contato quando eu era responsável por um programa chamado Polonoroeste, que tinha como eixo a rodovia Cuiabá-Porto Velho. Isto está registrado no seu livro “Diário da Floresta”, de forma simpática, como ela me avisou.
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