31 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: fermentação, odores
Os odores com os quais nos acostumamos desde a infância nos agradam, mas podem incomodar a outros, cujas culturas são diferentes. Tenho um amigo que adora queijos Roquefort ou Gorgonzola (antigamente se consumia até com uns vermes), mas não suporta os odores de uma soja fermentada (shoyu, missô).
Quando fomos à China com umas senhoras brasileiras, elas não conseguiram entrar no melhor restaurante onde se apreciava o famoso “pato de Pequim”. Umas peças “laqueadas” ficam penduradas, exalando um odor que para elas lembravam ambientes sujos.
Leia o restante desse texto »
31 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: asiáticas, carreiras, mulheres, sogras | 1 Comentário »
Oliveira Lima escreveu que as sogras japonesas são as mais terríveis no mundo. Certamente, no período Meiji, elas, praticamente, escravizavam muitas noras, que deixavam as casas dos pais e iam morar nas casas dos esposos, vivendo com a família dele.
Mas o conceito comum entre os ocidentais é que as mulheres, principalmente as japonesas, são submissas, andando atrás dos seus maridos, submetendo-se aos seus caprichos. Ledo engano, sem nenhum demérito a elas.
Leia o restante desse texto »
31 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: África do Sul, Invictus, Nelson Mandela
O que tem Nelson Mandela com a Ásia ou América do Sul? Ele é universal, Prêmio Nobel da Paz, e o filme trata do combate ao preconceito, reconciliação de um povo visando o seu futuro, com base no livro de John Carlin, Playing the Enemy Nelson Mandela, the Game That Change a Nation, utilizando dados históricos.
Apesar de ser o “azarão” da Rugby World Cup de 1995, a equipe da África do Sul, comandada pelo capitão François Pienaar (interpretado por Matt Damon), acaba conquistando o campeonato mundial, poucos anos depois da eleição de Nelson Mandela (interpretado pelo Morgan Freeman) como o primeiro presidente daquele país. A equipe sul-africana é de brancos, contando somente com um jogador negro, Eles estão temerosos do seu futuro. Mandela, apesar de nada entender deste esporte, sente que esta campanha pode ajudar a unificar os negros e os brancos, depois de derrubado o apartheid, preservando os símbolos que eram caros aos partidários da política anterior,
Leia o restante desse texto »
30 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: calçados alemães, Ceagesp, Lá na Venda
Quando se trata de gastronomia, São Paulo conta com influências que vão do Extremo Oriente aos centros mundiais mais importantes, sem perder a sua personalidade própria. Fui ao Ceagesp com o chef Shin Koike, do consagrado restaurante japonês nesta cidade, o Aizomê, que pratica uma culinária contemporânea de fundo japonês, mas que recebeu influências modernas da França, e usa materiais brasileiros.
E acabei almoçando maravilhosamente no “Lá na Venda”, na Vila Madalena, onde a chef Heloisa Bacellar, utilizando um fundo bem brasileiro, usa o que aprendeu também na França. E ainda encontrei tempo para adquirir bons calçados alemães (caros, mas que duram décadas) no Pererê, também na Vila Madalena, bem ajustado às minhas necessidades, nada mais confortável.
Leia o restante desse texto »
30 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: China, Coréia, japao
As mais recentes e surpreendentes notícias da Ásia mostram as transformações que estão ocorrendo e merecem atenções. No Japão, o primeiro-ministro Hatoyama, notando o desgaste a que está sendo submetido na opinião pública com as pressões sobre Ichiro Ozaka, secretário geral do DPJ, o principal partido do governo, tenta sair em perigoso contra-ataque. Intensificou seu combate ao sistema administrativo público, promessa eleitoral, e propõe que a escolha da cúpula dos ministérios seja política, inclusive o vice-ministro administrativo, que é o top da carreira dos funcionários. Sem um firme apoio da opinião pública e da Dieta, ainda que a medida possa ser uma tentativa séria, pode levar até a queda do seu gabinete, tornando-se uma questão de confiança,
Na China, cujo sistema bancário dá um suporte decisivo ao setor privado, pela primeira vez o lançamento de um IPO resultou na queda da cotação de uma ação de uma companhia. Pode significar que está havendo uma mudança nesta política, com o início de uma restrição maior da expansão do crédito e selecionando melhor os projetos que merecem o apoio governamental.
Na Coreia anuncia-se que a Samsung atingiu a primeira posição no mundo em seu setor de eletrônica e tecnologia da comunicação, superando em 2009 a Siemens e a HP, chegando a vendas de US$ 117,6 bilhões. Anuncia-se ainda que esta empresa produzirá massivamente o chamado 35 nano DRAM no segundo semestre do ano, possibilitando a TV em 3D, entre outros avanços.
29 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: Camargo Corrêa, Hitachi, monotrilho, Odebrecht
É fora de série este excepcional trabalho elaborado pelo jornalista Danillo Farlello, que foi ao Japão convidado pela Embaixada daquele país. Mostra que alternativa interessante e barata existe para algumas necessidades sul-americanas.
Os que conhecem o monotrilho japonês, desde o primeiro que liga o centro ao aeroporto de Haneda até os mais recentes que vão para as ilhas artificiais criadas na baía de Tóquio, sempre hão de pensar numa solução como esta para algumas necessidades específicas.
E na medida em que a Hitachi pensa num consórcio com duas grandes e eficientes empresas de construção pesada do Brasil, parece um dos mais promissores equacionamentos existentes. A matéria Hitachi fecha acordo para monotrilho em SP merece um prêmio pelo “furo” e pela excelente explicação muito simples deste projeto, até agora guardado a sete chaves.
Tudo que é fundamental está nesta grande matéria. Deve ser lida, obrigatoriamente, por todos que se interessam por soluções eficientes para transportes de massas, ainda que não tão grandes. São Paulo tem um preconceito por algumas soluções elevadas, mas deve-se lembrar que Chicago possui uma semelhante há quase um século.
Até uma ligação até Guarulhos ou até Viracopos pode ser pensada, com as devidas adaptações. Acaba sendo mais econômica que o trem rápido que está com o edital já divulgado.
E resolveria outro problema grave em metrópoles como São Paulo, cujos vales estão ocupados por avenidas ou estradas. O monotrilho (ou por que não duotrilho, mais estável?) não apresentaria inconveniências como de reduzir a permeabilidade do solo, e as constantes inundações a que continuaremos sujeitos enquanto o aquecimento global continuar alto, provocando o El Niño. Pode-se pensar também no deslizamento magnético e outras soluções já existentes.
Tecnologia é que não falta e, quanto à viabilidade econômica, ela é de custo mais baixo que a de superfície ou subterrânea. Como lembra a matéria, o bom aproveitamento das áreas periféricas é fundamental, pois gerarão os melhores pontos de venda da metrópole. As grandes empresas de engenharia do Brasil ficarão imensamente felizes se puderem operar o sistema, o que farão com maior eficiência que o setor público.
Parabéns ao Valor Econômico, ao jornalista Danilo Farlello e à Embaixada do Japão e às empresas participantes do consórcio. Que outros sigam o exemplo dado.
29 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: automóveis, operações no exterior, teares, tecnologia própria, Toyota
Muitos no mundo se perguntam o que estaria acontecendo com a Toyota. Não é uma questão simples e não parece haver uma única resposta. Mas algumas de suas características precisam ser consideradas.
Os aspectos que serão indicados só servem de meras sugestões para aspectos que devem ser examinados com maior profundidade, pois é uma grande e tradicional organização, respeitável sob todos os aspectos.
Leia o restante desse texto »
29 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: China, Davos, debates, orgulho, pesquisas, taxa de câmbio
Basta abrir os jornais, os sites e blogs de todo o mundo para constatar que os debates provocados por Davos com relação à China se intensificam, muitos tomando partidos e uns poucos mais equilibrados. Entre os mais sensatos, o artigo de Natan Gardels, do Global Viewpoint Network, publicado em português pelo O Estado de S.Paulo, é um deles.
Atribuir somente aos chineses a culpa do que está acontecendo não parece razoável. É claro que eles abusam da dimensão de sua economia, que continua crescendo rapidamente. Que tudo indica que o câmbio atrelado ao dólar provoca a desvalorização do Yuan. Quando os Estados Unidos tinham uma forma econômica, impunham um Acordo de Plaza, como o que forçou a valorização do Yen japonês, coisa que não mais acontece.
Leia o restante desse texto »
28 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: brasileiros no Japão, na Europa, no Paraguai, nos Estados Unidos | 14 Comentários »
Tivemos uma reunião para troca de ideias com o diretor do Gabinete do Primeiro-Ministro Japonês, escritório de Coordenação da Política para os Residentes Estrangeiros (indevidamente chamados de dekasseguis), Takeshi Miyaji, acompanhado de seu segundo, Tanaka Hidekazu, e do diretor superintendente da CIATE – Centro de Informação e Apoio ao Trabalhador no Exterior, sediado em São Paulo, para troca de ideias. O governo japonês está preocupado com os problemas enfrentados pelos sul-americanos no Japão.
Leia o restante desse texto »
28 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: juros na Ásia, juros no Brasil
O Copom do Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa de juros básica da Selic em 8,75%, dando a impressão que está fazendo um grande favor, com juros reais acima de 4%, descontada a inflação esperada. Mas, na realidade, trata-se de uma arrogância que pretende que seus auxiliares e dirigentes possuem uma ciência e capacidade superior a de outros analistas e mesmo colegas dos demais setores do governo. Eu fui diretor do Banco Central na pré-história.
Os juros nos países asiáticos costumam ser negativos, como em muitos outros países, notadamente nos momentos de crise. Por que, então, as taxas de juros reais do Brasil são recordes no mundo?
Leia o restante desse texto »