8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: biografia, Cambridge, China, descobertas, invenções, Needham, Rota da Seda | 1 Comentário »
de Simon Winchester, São Paulo, Companhia das Letras, 2009.
A tradução de Donaldson M. Garschagen do livro “The man who loved China”, com o subtítulo “A fantástica história do excêntrico cientista que desvendou os mistérios do Império do Centro”, é uma biografia do bioquímico inglês Joseph Needham. Ele era da Cambridge University, conquistou prestígio acadêmico muito jovem, faleceu aos 94 anos, em 1995, e era considerado o maior conhecedor da China no Ocidente.
Needham era socialista, ativista, nudista, mulherengo, amante de locomotivas e carros esportivos, e dominava muitos idiomas. Na década de 30 do século passado, passou a interessar-se pela China, chegando a dominar o chinês, inclusive o arcaico. Simon Winchester, o autor do livro, é geólogo de formação e escreveu para consagradas publicações.
Este livro é das biografias mais fascinantes, envolvendo pesquisas profundas e enriquece o fenomenal trabalho de Needham, que organizou o monumental “Science and Civilisation in China”, em seis volumes, a mais completa enciclopédia sobre o assunto. Escreveu dezenas de outros livros e artigos sobre a China, a maioria publicada pela prestigiosa Cambridge University Press. Estava convencido de que o mundo necessitava conhecer mais a Ásia, principalmente a China.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: cantonesa, chinesa, culinária asiática, culinária japonesa, desestruturação, quatro estações, sabores naturais, saudáveis, Tailândia | 1 Comentário »
O mundo está consumindo, cada vez mais, iguarias das culinárias asiáticas, consideradas saudáveis, saborosas e de apresentações agradáveis. Elas ainda são vistas como exóticas, pouco se conhecendo das suas diversidades. No entanto, algumas pessoas já se dão conta da dimensão asiática, com diferentes climas, etnias e características regionais que determinam sua ampla variedade de suas culinárias.
A mais conhecida mundialmente é a chinesa. A mais divulgada é a da região de Cantão, próxima a Hong Kong, que utiliza muitos suínos. Poucos conhecem as culinárias das demais regiões chinesas. Dada a dimensão geográfica e diferenças étnicas chinesas, existem no norte as de influência mongol, mais de áreas frias e de pastoreio; as de Sichuan, mais apimentadas como dos vizinhos tropicais; as que usam muitos vegetais, como do oeste; as de Xangai que usam mais arroz; as de Beijing que usam mais trigo, e assim por diante.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: desapropriação dos imóveis, imóveis próximos, operação do sistema, projetos ferroviários, tarifas baixas, trem rápido, túneis e pontes
Neste texto, um pouco mais técnico, vamos tentar esclarecer este tema, recapitulando alguns aspectos que são de conhecimento geral, mas que ficam esquecidos nas nossas memórias. Todos sabem que os projetos ferroviários são de longa implementação e que seus resultados são obtidos num prazo muito longo, incluindo atividades paralelas.
Muitas ferrovias foram viabilizadas pelo aproveitamento dos benefícios que os imóveis próximos obtiveram, proporcionando ganhos de capital. As áreas limítrofes às novas ferrovias se valorizam, e é muito comum serem taxadas com as chamadas “contribuições de melhoria”. No passado histórico, nos Estados Unidos e inclusive no Brasil, foram feitas concessões de grandes glebas de terras que foram loteadas, para projetos de colonização, por exemplo. Isto proporcionou aos investidores substanciais retornos paralelos às tarifas que são cobradas dos passageiros e das cargas.
Mais recentemente, os projetos foram beneficiados por grandes patrimônios imobiliários que eram de propriedade das ferrovias, que foram privatizadas. No Japão, foi criada uma empresa especial de imóveis, procurando dar melhor destino às grandes áreas que pertenciam às ferrovias estatais. As estações se tornaram pontos de vendas, e sobre os pátios foram construídos os mais modernos edifícios.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: chaebol, Coréia, educação, Hyundai, LG, pesquisa, presente no mundo, Samsung | 4 Comentários »
Quando se fala do Extremo Oriente na América do Sul há uma lamentável distorção, comentando-se mais sobre a China ou o Japão, como em muitos textos deste site. Mas o que está se destacando hoje é a Coréia, com as marcas Samsung, Hyundai e LG, as mais famosas chaebol (versão coreana do zaibatsu japonês, grandes grupos de origem familiar, como a Mitsubishi, Mitsui, Sumitomo e outros), no cotidiano dos sul-americanos. Hoje, ficou mais difícil para os próprios descendentes de asiáticos diferenciar quem é de origem chinesa, japonesa ou coreana, pois todos estão usando “grifes” famosas e comendo “sashimi e sushi”.
A revista norte-americana, Business Week, publicou um artigo informando que estes gigantes não foram afetados pela recente crise mundial. Seus produtos eletrônicos e autos estão cada vez mais presentes nos mercados mundiais. A Samsung já é a maior produtora de telas planas do mundo, tanto para TV como de computadores, e a LG a de celulares, até as mais sofisticadas, e estão sendo vendidas em lojas de descendentes de japoneses. Como os artigos da culinária japonesa, em lojas de chineses e coreanos.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: bolhas, câmbio, emprego, especuladores, exuberância, interesses estrangeiros, Tecnologia | 2 Comentários »
Sempre há interesse em separar o joio do trigo. Todos sabemos que os interesses de grupos estrangeiros tendem a se comportar como manadas, com muitos especuladores aproveitando a ingenuidade dos mais inocentes, antecipando-se a fatos que alimentam o imaginário coletivo. Não podemos nos interessar em bolhas que valorizam o câmbio e acabam prejudicando os legítimos interesses locais.
A recente valorização das Bolsas, ainda que parte seja uma recuperação da queda ocorrida anteriormente, parece a “exuberância” a que se referia Greenspan. Se os investimentos estrangeiros contribuírem para a ampliação da capacidade interna, competitiva internacionalmente, trazendo tecnologias, criando empregos para os trabalhadores locais, muito bem ! Se só se destinam a ganhos financeiros de curto prazo, aproveitando um câmbio extremamente valorizado, juros altos em termos internacionais, uma mera troca de papeis, há que se tomar a devida cautela. Mesmo admitindo que a especulação ajuda a lubrificar o mercado, e possa representar a vanguarda de investimentos diretos.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: economias de energia, esforços ecológicos, Matriz Energética, novas tecnologias, pesquisas, plásticos, preços | 24 Comentários »
Há indícios que nos próximos anos haverá uma radical mudança na matriz energética no mundo todo, em decorrência de múltiplos fatores. Os atuais preços do petróleo vão induzir a redução dos usos dos seus derivados, principalmente nos transportes. Os norte-americanos desenvolverão pesquisas para redução da energia que importam, para reduzir a sua dependência externa. Os esforços ecológicos vão aumentar o uso de energias não poluentes. Entre outros motivos.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: apagões, comunicações, educação, infra-estrutura, inundações, longo prazo, Saúde, segurança, transportes
Mesmo que alguns problemas de infra-estrutura nos países emergentes sejam considerados crônicos, heranças de desleixos das administrações públicas passadas, parece que muitos deles estão se agravando e pouco está se fazendo. Um exemplo é o caso das diárias inundações que ocorrem em metrópoles considerados promissores como São Paulo. Todos sabem qual é o período das chuvas mais intensas, e a cada inundação a desculpa é que se trata de precipitação excepcional.
Os dados estatísticos disponíveis são longos, e a infra-estrutura necessita ser preparada para os picos mais elevados de chuvas, como ocorre com as represas para a produção de energia. Não parece razoável que as inundações sejam diárias.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Saúde | Tags: aposentados., check-up, custos mais baixos, seguradoras, seguro saúde, viagens
Uma experiente empresária brasileira impressionou-se quando um hospital brasileiro informou que aceitava pacientes segurados no Japão, quando da sua viagem pela América do Sul. Tem havido muitos casos em que as seguradoras aceitam efetuar os pagamentos de contas hospitalares, pois os daqui costumam serem mais baixos que os asiáticos, notadamente do Japão.
Aliás, existem muitos países onde as contas dos serviços médicos são relativamente menos custosas que de outros países, fazendo com que todos se beneficiem das assistências prestadas onde os custos são mais baixos, inclusive as seguradoras. Por exemplo, desde que determinados hospitais estejam aparelhados para serviços de “check up” ou alguns procedimentos específicos, de alta qualidade, há muitos casos que comportam os custos de deslocamento do local onde residem para onde tais serviços são prestados.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: financiamentos asiáticos, importados da Índia, integração regional, invenções chinesas, novelas coreanas, reservas internacionais
Os sul-americanos nem sempre notam as grandes mudanças que estão ocorrendo na Ásia. Não se trata somente do rápido crescimento de economias como da China e da Índia, aumentando sua participação no mundo. Processa-se uma integração regional seguindo o exemplo da Europa, apesar das diferenças aprofundadas pelas guerras.
É sempre importante lembrar que estes dois asiáticos já são, isoladamente, países de mais de um bilhão de habitantes cada, de grandes dimensões geográficas, longa história, culturas muito ricas. São mais de quarenta por cento da população do mundo. E com os demais asiáticos a população chega a sessenta por cento.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: China, colaboração, comportamento coletivo, Coréia, JAL, legislação trabalhista, redução de pensão, sacrifício dos assalariados
Um dos aspectos mais marcantes do comportamento asiático que impressiona os sul-americanos é a sua consciência da necessidade de uma colaboração dos participantes de uma coletividade, para atingir objetivos comuns.
Quando da primeira crise petrolífera um ministro brasileiro encontrava-se em Tokyo e viu uma autoridade japonesa apelando pela TV para a população para a necessidade de sacrifício dos assalariados para manter o nível de emprego de todos, abrindo mão de parte dos seus salários. Este ministro achou o apelo com possibilidade de pequeno sucesso, mas no dia seguinte, quando foi visitar a agência do Banco do Brasil, notou que tinha havido uma reunião entre os funcionários concordando com a proposta da autoridade japonesa, como ocorreu em outras empresas.
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