28 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Turismo, webtown | Tags: comparações com o exterior, lições a serem aprendidas, o turismo dos chineses | 4 Comentários »
Quando ouvimos as propagandas das autoridades paulistas falando sobre as maravilhas do metrô de São Paulo, ficamos abismados, imaginando que algumas não têm nenhum senso de ridículo. Os chineses estão efetuando turismo por todo o mundo, com o casal acompanhado do seu filho, para ensinarem in loco sobre o que se realiza no exterior, principalmente nas grandes metrópoles onde procuram absorver conhecimentos que são adaptadas às realidades da China.
Enquanto o metrô paulistano se arrasta, promovendo inaugurações ridículas de estações, em Xangai, por exemplo, inauguram-se linhas completas em poucos anos, comparáveis com as de grandes metrópoles como Tóquio. Na capital nipônica, conta-se hoje com uma estação de metrô a poucos quarteirões, oferecendo muitas alternativas para deslocamento rápido entre diversas localidades, com serviços de elevada qualidade, sendo muitos deles linhas particulares.
Malhas subterrâneas das linhas de metrô de Xangai e Tóquio (abaixo)
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18 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Turismo, webtown | Tags: atrações da península de Izu, fugindo do calor do asfalto e da umidade, verão do Hemisfério Norte
A sensação do calor na maior parte do Japão é agravada pela elevada umidade de um arquipélago, que também sofre os problemas relacionados aos tufões que provocam precipitações elevadas na sua periferia. Mas existem oásis invejáveis como os que foram descobertos por Mandy Bartok, que escreveu no The Japan Times relatando a famosa península de Izu, a somente duas horas de Tóquio. Terra cantada pelo Premio Nobel de Literatura do Japão, Yasunari Kawabata no seu “Izu-no Odoriko” (Os dançantes de Izu).
Plantação de Wasabi
As ricas fotos que ilustram a matéria provocam invejas a quem sabe avaliar sobre estas maravilhas, transmitindo o frescor do ambiente da região. Como é conhecido de muitos, os verdadeiros wasabis na forma de tubérculos, e não os usuais vendidos em pó que são produzidos a partir de raiz forte, só podem ser produzidos ao longo dos riachos com águas límpidas e correntes, que costumam ser refrescantes, como do rio Kawazu. Quando são vendidos a 1.100 yens por unidade fica-se com a noção de sua abundância, e pode-se apreciar um sorvete feito com eles, as nossas mais gratas lembranças de uma terra que preserva a natureza são despertadas.
Wasabis em tubérculos colocados à venda
Se o passeio inclui uma trilha para se chegar às cascatas de Shokei, onde estátuas lembram os dançantes da região descritas pelo escritor Yasunari Kawabata, nós acabamos ficamos próximo do êxtase, quase o que poderia ser descrito como o paraíso. Muitas são as cascatas como estas nesta parte privilegiada do Japão e as trilhas são abundantes. A autora inclui um mapa para se chegar à localidade, recomendando que o passeio seja feito de carro para permitir apreciar toda a maravilha da região.
A trilha que leva às cascatas de Shokei, com estátuas dançantes
A região produz um quarto de todo o wasabi consumido no Japão, dando uma ideia da qualidade dos rios que percorrem este território. Como não poderia deixar de contar, existem muitos ryokans, pequenas pousadas do estilo japonês, aproveitando as abundantes termas da região. Nada mais repousante do que, depois de uma longa caminhada por matas tão ricas, um bom banho de águas termais, seguido de uma rica refeição do tipo kaiseiki, com uma sequência de pratos variados, que costumam ser servidos nestes estabelecimentos.
Mapa da região
Como é natural, a culinária local tira o máximo proveito dos melhores materiais que se dispõe na região, privilegiada por um clima ameno com águas cristalinas, que dão possibilidades de variadas iguarias, como o relatado sorvete de wasabi. Não poderia faltar o peixe, nada menos que as trutas criadas em águas da qualidade que se dispõe na região.
Como o clima destas áreas é ameno, mesmo no verão tira-se partido do hibashi, um tipo tipicamente japonês para acomodar uma espécie de fogareiro, que serve para ferver a água para as cerimônias de chá ou atividades menos sofisticadas, ao redor do qual um conversa amena, mas inteligente pode ser cultivada por um pequeno grupo de participantes. Acaba-se criando um clima zen propício para o cultivo refinado da alma, numa interação do cotidiano com as suas lições filosóficas.
Nesta época do tanabata, a história das duas estrelas que se cruzam em amor, nada melhor que um passeio noturno à luz de uma lanterna de papel japonês pelas trilhas enluaradas dos arredores. A nossa imaginação nos leva a sonhar o que poderia ser todo este ambiente de Izu e sua riqueza espiritual.
12 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Turismo, webtown | Tags: artigos em diversos jornais, balanço do turismo, turismo na China, variadas atrações
Ao mesmo tempo em que uma enxurrada de turistas chineses se dirige para o exterior, nota-se um esforço das autoridades da China promovendo suas atrações para um mundo ávido em conhecer melhor aquele país. Os jornais, como o The New York Times, publicam variados atrativos daquele país, desde os mais suntuosos, como os que podem ser encontrados nos becos que ainda existem em Beijing, como em qualquer grande cidade, que permitem um turismo barato.
Num artigo do Michael Wines, ele se refere a suntuosas construções numa pequena vila de Huaxi, com cerca de 2.000 habitantes a cerca de duas horas de carro de Xangai, no Nordeste daquele país.
No andar tèrreo do New Village in the Sky, uma sala de concerto de grande luxo para acomodar 1.600 espectadores, parecendo inspirado em Dubai, em fase final de acabamento.
Eles construíram um enorme edifício de 74 andares que ninguém entende, parecendo uma utopia do tempo de Mao, mais alto que o prédio da Chrysler em Manhattan. Terá um hotel 5 estrelas, um shopping center e o maior restaurante giratório da Ásia.
A localização da vila de Huaxi está nos mapas acimas
A vila já é visitada por 2 milhões de turistas anualmente, para ver a maravilha construída. Está criando emprego e provocando um impacto positivo no seu desenvolvimento. Cercado de uma pequena siderúrgica, uma fabrica têxtil e complexos de produções agrícolas com vinil houses, é um oásis de prosperidade. Aproveitando o capitalismo chinês, transformaram uma área quase rural num próspero reduto de turismo e centro de compras. Eles proporcionam um voo gratuito de helicóptero, andam em carros de luxo, usufruindo o melhor do que se dispõe nos países desenvolvidos. Moram em casas amplas, contam com boas assistências médicas, boas escolas e até férias anuais pagas pelas autoridades locais. Um verdadeiro milagre.
Até apresentam aos turistas uma pequena ópera relatando as maravilhas de um socialismo, que os permitiu chegar onde estão, afirmando que até os americanos sonham com suas realizações. Tudo é administrado por uma companhia, a Jiangsu Huaxi Group Corporation, que conta com os habitantes da vila como acionistas e já possuem 57 subsidiárias, além de outras sete holdings. Estão interessados em produtos de alumínio, medicina tradicional, roupas de poliéster e até investimentos imobiliários. Quem forneceu as informações para o repórter era formado na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e estudou os modelos de negócios da General Eletric. Os dados não foram possíveis de serem conferidos, pois não existem auditorias externas para estas empresas.
O edifício que inclui o hotel cinco estrelas e o restaurante giratório, símbolo de Huaxi
Numa outra matéria escrita por Collen Kinder, também do The New York Times, republicada pelo O Estado de S.Paulo no seu caderno de turismo, informa-se sobre os becos renovados de Pequim, onde podem se efetuar refeições ligeiras acompanhadas de bebidas locais, de baixíssimo custo. Estão muito frequentados por turistas, ficando perto do Templo Lama, também conhecido como Yonghe.
Seria uma espécie de Vila Madalena em São Paulo ou SOHO em Nova Iorque, onde bares e restaurantes podem ser complementados por compras, relaxamento e lembranças de baixo custo, mas autênticos, por turistas que não desejam gastar muito.
Quem conhece pessoalmente a China sabe que esta variedade de atrações turísticas é real, dispondo de alternativas para todos os bolsos, sempre mostrando alguns aspectos ainda pouco conhecidos da vida dos chineses, que vale a pena conhecer.
23 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Turismo | Tags: conhecer o Japão, custos baixos | 4 Comentários »
É natural que haja uma retração muito elevada de turistas estrangeiros nesta alta temporada japonesa, desde a primavera até o outono do Japão. Exatamente porque existem resistências psicológicas em decorrência das radiações que continuam ocorrendo em Fukushima Daiichi, que nunca foi a região-alvo dos turistas. Assim, surge a oportunidade de fazer uma visita mais em conta por outras regiões daquele país. Um programa da NHK, a televisão oficial japonesa, mostrou como um dirigente de uma agência de Hong Kong está aproveitando esta oportunidade, visitando pessoalmente Tóquio e outras regiões mais ao sul do Japão, para constatar como está a vida japonesa real, que já voltou ao normal.
Os voos estão mais fáceis de serem obtidos, os custos de muitas passagens estão mais baixos e novas empresas estão voando da América do Sul com serviços esmerados, com variadas escalas na Europa, Oriente Médio e em interessantes cidades asiáticas. Nada como o aumento da concorrência dos prestadores de serviços. Permitem que se conheçam também outros centros importantes do ponto de vista turístico, como Barcelona ou Cingapura.
Os hotéis em Tóquio chegam a apresentar pacotes que permitem cerca de 80% de redução sobre seus custos normais das diárias, segundo o jornal Nikkei.
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6 de abril de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Turismo | Tags: flores na Holanda, primavera no hemisfério norte | 2 Comentários »
O site da Folha de S.Paulo, no seu setor de turismo, dá uma ótima dica sobre as famosas tulipas, que encantam a todos nesta primavera do Hemisfério norte, que em menor escala está reproduzida na Holambra, no Estado de São Paulo. Os que desejarem podem acessar diretamente: http://www.keukenhof.nl/en/ , mas aproveitem também uma pequena amostra.
Todos que pensam que encontrarão flores encantadoras somente nos trópicos, como na Mata Atlântica de onde são originárias muitas orquídeas, poderão ser surpreendidos com os jardins do Hemisfério norte, no Japão, na Holanda ou nos Estados Unidos, pois a admiração da beleza é coisa universal, e faz bem à alma. O que sabemos fazer no Brasil é trabalhar duro, mas também saber viver…