5 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: estudos indispensáveis, notícias sobre a concorrência para o trem bala, os aeroportos privatizados
A imprensa brasileira continua noticiando sobre as concorrências de suplementação dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, bem como as relacionadas ao trem bala que deverá ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. A Folha de S.Paulo, por exemplo, publica artigos de Dimmi Amora e Agnaldo Brito sobre estes dois assuntos. Os aeroportos visam atender os aumentos dos volumes de passageiros, notadamente com vistas à Copa do Mundo e as Olimpíadas. No caso do trem bala, parece que as autoridades já estão conformadas com cronogramas mais longos.
Observa-se que as autoridades estão sendo pressionadas pelas necessidades, sem que estudos mais completos sejam feitos para que estas decisões possam ser mais eficientes e menos custosas. Todos sabem, pelas experiências internacionais, que estes projetos apresentam, muitas vezes, insuficiências de retornos econômicos e outros problemas que necessitam ser previamente equacionados.
Traçado do trem bala no Brasil e aeroporto de Guarulhos
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5 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: esforços nos países emergentes, India Inside, resenha na Folha de S.Paulo
Há um reconhecimento geral de que a Índia conta com muitos recursos humanos treinados no exterior que não estavam bem aproveitados para o seu desenvolvimento, sendo remunerados com custos baixos. Muitos pós-graduados no exterior tendiam a ficar com empregos em outros países. A Folha de S.Paulo publica uma resenha de Toni Siarretta sobre o livro "India Inside", de Nirmalya Kumar e Phanish Puranam, publicado pelo Harvard Business Review Press, que informaria sobre o esforço que está se fazendo para atrair estes importantes recursos humanos.
Muitas são as informações que a China também está fortemente empenhada nestes esforços. O Brasil conta com um número ainda limitado de recursos humanos aperfeiçoados no exterior, mas também demanda esforços desta natureza, tendo alcançado resultados expressivos em alguns setores.
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3 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: criatividade na escassez, da University of Southern California, entrevista da Rachel Will, US-China Today | 2 Comentários »
Uma interessante entrevista feita por Rachel Will com Sasha Gong foi publicada no US-CHINA TODAY, da University of Southern California, sobre o livro que o entrevistado preparou junto com Scott Seligmann, sobre a culinária chinesa utilizando a criatividade no período de escassez da Revolução Cultural.
O entrevistado que era de Guangzhou, na região cantonesa, que apresenta a culinária chinesa mais conhecida no mundo, foi obrigado com sua família a trabalhar numa pequena vila na província de Hunan. Aprendeu a utilizar a sua criatividade e conhecimento para cozinhar com o que estava disponível, e o livro trata de pratos que podem ser preparados com o que se encontra em qualquer parte dos Estados Unidos, não necessitando de ingredientes só possíveis de serem conseguidas em estabelecimentos especializados.
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2 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: bolhas, crescimento e inflação, efeitos no exterior, preocupações com a política econômica chinesa
Dada a importância que a economia chinesa adquiriu no mundo globalizado, muitos analistas procuram se informar sobre as tentativas do chamado soft landing da China, que procura desacelerar ligeiramente o seu crescimento econômico, ao mesmo tempo em que se mantém preocupado com a sua inflação. Artigo divulgado na Reuters por Kevin Yao e Shen Yan se baseia nas informações fornecidas por Zhu Baoliang, economista-chefe do Centro de Informações do Estado.
Enfrentando as duras turbulências mundiais, a China procura reduzir os requisitos de reservas dos bancos para apoiar o crescimento, como muitos países também o fazem. Os temores de uma aterragem desastrosa parecem estar reduzindo, e as informações deste think tank chinês continuam as mesmas do passado recente. O Banco Central chinês parece pretender continuar a reduzir as reservas bancárias requeridas, para estimular os empréstimos às suas empresas, mesmo que existam preocupações com a sua inflação.
Zhu Bao Liang
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2 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dados com base nos satélites americanos, mas preocupante, precisão limitada, preocupante problema de poluição na China
Todos no mundo são informados constantemente sobre os graves problemas de poluição na China, como também acontece em muitos países em desenvolvimento. The Economist publica um artigo, utilizando um indicador chamado PM 2,5, uma partícula com menos de 2,5 microns de diâmetro que penetra nos pulmões humanos mais que os mais conhecidos PM 10, que são divulgados pelas autoridades chinesas para algumas cidades.
Uma equipe liderada por Angel Hsu, da Universidade de Yale, utilizando dados dos satélites norte-americanos mapeou o que acontece com PM 2,5 em toda a China. A OMS – Organização Mundial da Saúde informa que os níveis acima de dez microgramas não são seguros. Os estudos mostraram que todas as províncias chinesas estão acima deste limite, sendo mais graves em Shandong e Henan, que atingem 50 microgramas. Na capital Beijing estaria em torno dos 35 microgramas, ainda que estas abordagens não sejam perfeitas.
Mapa publicado pelo The Economist)
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2 de fevereiro de 2012
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: A Lebre com Olhos de Âmbar-Edmund de Waal-Ed.Intrínseca-2011, Demand for antique netsuke heats up in West-The Japan Times-04/01/2012. | 2 Comentários »
Para suprir falta de bolsos nos vestuários tradicionais (kimono, yukata, kosode), os japoneses usavam uma espécie de nécessaire preso por cordão duplo ao obi (faixa ao redor da cintura), os inroh. Eram caixinhas de metal ou madeira laqueada ornada com pinturas maki-e, e com divisões que serviam para levar medicamentos, fumo, piteira, dinheiro, selos etc.. Para maior segurança, o cordão tinha um fecho (ojime), e, para que o cordão não se soltasse, um pequeno objeto entalhado, netsuke, o prendia ao obi (ne=raiz; tsuke=amarrar, prender).
Pouco maior que o tamanho de um polegar, os netsukes eram esculpidos em materiais variados: osso, chifre, casco de tartaruga, madeira, metal, marfim. Lisinhos, sem arestas nem rugosidades, são agradáveis ao toque. De uso cotidiano até o Período Edo (1615-1868) e feitos por artesãos hábeis em miniesculturas, foram se tornando objetos de rara arte e perícia. Como à gente comum, abaixo da classe dos samurais, não era permitido usar ornamentos nem joias, a crescente classe de ricos negociantes adotou os netsukes como adornos pessoais. Para provê-los, começaram a surgir muitos artesãos escultores, criando escolas e estilos de renome. Ao redor da Restauração Meiji (1868), com os japoneses aderindo ao uso de roupas ocidentais – calças e paletós com bolsos – os inroh caíram em desuso. Mas europeus apaixonados por japonaiserie (coisas e artes japonesas) começaram a descobrir e colecionar esses objetos. Artesãos e escultores continuaram então a fabricá-los visando esses colecionadores.
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2 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: 500 quilômetros horários, levitação, ligação entre Tóquio-Nagoya-Osaka, Maglev ou Chuo Shinkansen
Um artigo publicado no Nikkei Weekly informa que no orçamento de 2012, está em discussão na Dieta japonesa, está se colocando de lado três novas seções de Shinkansen para dar andamento a um projeto de novos trens Maglev, com maior velocidade. Está se prevendo a operação do novo sistema que levita no trecho de Tóquio a Nagoya a partir de 2027 e de Tóquio até Osaka em 2045, com velocidade de 500 quilômetros horários, sem trepidação. Estaria afastado do atual Shinkansen e 80% dos trechos seriam em tuneis resistentes aos terremotos.
Este não é o primeiro Maglev no mundo em operação comercial. Já existe um com tecnologia alemã em funcionamento num trecho de cerca de 30 quilômetros, entre o Aeroporto Internacional de Pudong e a periferia de Xangai, com velocidade de até 430 quilômetros horários, em funcionamento desde 2002 e que tive o privilégio de utilizar. Sua aceleração é extremamente rápida e não se sente nenhuma trepidação, pois funciona levitando. Os alemães não executaram tais projetos no próprio país pelos seus custos elevados.
O Maglev em ação em Xangai e em teste no Japão
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2 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: agora o de Habin na China, competição dos festivais de inverno, o tradicional de Sapporo em Hokkaido
Por: Paulo Yokota Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, WebTown Tags:
Uma saudável competição entre festivais de inverno na Ásia estão atraindo as atenções mundiais, visando aproveitar este período de inverno rigoroso na China e no Japão, para promoverem o turismo. O mais tradicional era o de Sapporo, em Hokkaido, mas agora Harbin, no Norte da China, entra com todo o seu esforço para impressionar os potenciais turistas.
Esculturas de gelo em Sapporo
Esculturas em Harbin, com luzes fluorescentes. Foto: Jonathan Browning
Outras fotos podem ser encontradas no Google Images Winter Festival Sapporo 2012 e as de Johathan Browing, que é um fotografo freelancer sediado em Xangai, na China, entrando no:
http://www.foreignpolicy.com/articles/2012/02/01/china_ice_festival_photos#5
31 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: empenham-se com os brasileiros no Japão, grupo de atores japoneses de Tokyo, visitaram o Brasil | 4 Comentários »
Ainda que seja natural em qualquer país que a média da população conheça pouco do exterior, os analistas se surpreendem quão pouco japoneses sabem sobre seus imigrantes no Brasil. Uma parte disto decorre da tentativa de esquecer que o Japão já passou por situação tão difícil que teve que enviar para o exterior parte de sua população que não conseguia se sustentar no país, como os que emigraram para países como o Brasil. No artigo publicado no The Japan Times, Mami Maruko descreve um grupo denominado Mari Mari que se empenha agora a difundir a cultura popular japonesa no exterior, citando o trabalho desenvolvido no Brasil, de uma forma um tanto romântica.
Eles procuram divulgar para os descendentes de japoneses parte da cultura nipônica, ainda que de forma rudimentar. Apoiado pela Universidade de Shizuoka de Arte e Cultura, Hotaka Hagiwara, líder de um grupo, viajou para o Brasil com outro membro do grupo, Masakazu Teramoto, apresentando contos japoneses em diversas instituições no Estado de São Paulo.
Fotos da trupe Mari Mari publicadas no Japan Times
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31 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alguns exemplos, assuntos mais variados, presença chinesa na imprensa internacional | 2 Comentários »
Mesmo admitindo-se o aumento da importância da China na economia e nas relações internacionais, os leitores mais assíduos dos meios de comunicação relevantes no mundo acabam se impressionando com o volume de artigos publicados sobre os mais variados aspectos chineses. No Nikkei japonês, informa-se que a agressividade chinesa na África Oriental perturba os Estados Unidos e a Índia, tanto nos recursos energéticos como na infraestrutura, a ponto de se preocupar com os problemas de segurança. Os chineses estão interessados nos portos de Lamu no Quênia, Dar ES Salaam na Tanzânia e Beira em Moçambique, aumentando o uso do Oceano Índico.
Mapa publicado no Jornal Nikkei
Outro artigo de Yuriko Koike, ex-ministra de Defesa do Japão, foi distribuído pelo Project Syndicate e informa sobre o relacionamento da China continental com Taiwan, nas últimas eleições que elegeram Lee Teng-hui. Informa que as ameaças não surtiram efeito e que a China volta a utilizar a abordagem “soft”, proporcionando vantagens para os empresários taiwaneses no relacionamento com o continente, pois o desejo de liberdade é superior ao registrado em Hong Kong e Macau.
Yu Yongding, presidente da Sociedade China de Economia Mundial e ex-diretor da Academia Chinesa de Ciências, também divulga por intermédio do Project Syndicate que o renmenbi chinês continuará se depreciando lentamente no futuro próximo, com instabilidades decorrentes dos fluxos financeiros que também afetam aquele país, mesmo com as medidas cambiais já tomadas.
E no China Daily, Wu Yiyao e Oswald Chen publicam que Xangai se tornará o centro das operações do yuan até 2015, ultrapassando Hong Kong. As autoridades chinesas estão empenhadas em transformar a sua moeda numa de uso internacional, com muitas instituições estrangeiras já se instalando na cidade que já conta com pessoal especializado para tanto. Por hora, continuará incrementando as operações com moedas chinesas junto com Hong Kong. Para melhor entendimento, os chineses utilizam as duas moedas, yuan e renmenbi (que no passado era para uso somente dos estrangeiros).
Estátua de touro em Xangai: cidade quer ser o centro financeiro mundial até 2015. Foto: China Daily
É preciso compreender que Xangai já foi a mais importante cidade daquela parte do mundo, com a presença de potências internacionais nos seus domínios e voltou a ser novamente. Os investimentos que estão sendo feitos na nova Xangai, ainda que preservando parte da história da cidade, já deram uma nova imagem, junto ao porto mais importante para a China.
Todos estes artigos, que são uma pequena amostra que a China e seus relacionamentos internacionais estão na pauta, fazendo com que todos os veículos de comunicação relevantes do mundo tenham seus correspondentes naquele país.