8 de novembro de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: despedida-caderno Cotidiano-Folha SP, educador e pensador, poeta e teólogo Rubem Alves
Quando o escritor Rubem Alves resolveu parar de escrever no caderno Cotidiano do jornal Folha de S. Paulo, causou comoção, leitores protestaram, lamentaram. Citando Cecília Meirelles, o poeta-educador diz que sua alma é movida por ausências, “uma certa ausência do mundo”, que, segundo ele, é doença que ataca velhos e poetas. Recorrendo às “estrelas”, de Fernando Pessoa, Rubem Alves se diz cansado, aos 78 anos: “cansaço de todas as coisas, cansaço da obrigação de brilhar”, isto é, “da obrigação de escrever quando não se tem mais novidades para escrever”.
Lembra-me palestra do poeta após a sessão do filme “Morte em Veneza”, de 1971, baseado em livro de Thomas Mann. No Espaço – Unibanco/Augusta, São Paulo, em noite de chuva torrencial, lotação esgotada horas antes, cinéfilos chorosos conseguiram entrar após súplicas e ameaças; gente de pé pelos corredores, sentados nos degraus centrais. O belíssimo filme de Luchino Visconti, tantas vezes visto e revisto, ganhou novas e sutís revelações sob o olhar de Rubem Alves.
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8 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: colaboração com uma entidade acadêmica portuguesa, intercâmbio de qualidade, outras visões, visões mais profundas
Estamos iniciando no asiacomentada um intercâmbio de interesse recíproco com o blog ocidentesubjetivo, organizado por um grupo de estudantes de mestrado em política internacional, cujos objetivos estão contidos no editorial que se segue:
Ocidente Subjectivo
O Ocidente já não é centro do Mundo, mas o centro do nosso olhar. E é partir dele que observamos o que nos rodeia.
Para introduzir este novo espaço, nada melhor que começar pela origem do seu nome. O Ocidente Subjectivo é o espaço onde vivemos. A partir do qual observamos o Mundo. É uma espécie de jaula dourada da qual nós, ocidentais, temos, muitas vezes, a pretensão de fugir quando nos debruçamos sobre o resto do Planeta, mas invariavelmente não conseguimos se efectivamente não saímos de cá.
Este blogue é um espaço criado por alunos do Mestrado em Relações Internacionais que estão cientes dessa realidade e de que essa tal jaula pode toldar e limitar as observações que fazemos. Mesmo que queiramos ser rigorosos, essa “ocidentalidade” irá estar sempre presente nas nossas reflexões e molda o nosso pensamento. Porque é muito diferente, por exemplo, reflectir a esta distância sobre o Sudeste Asiático e reflecti-lo depois de lá vivê-lo, de deixá-lo nos inundar… Então se estamos cientes dessa limitação e se a abraçamos, porquê seguir este caminho? Porque iremos tentar, ao longo do tempo, procurar pistas que nos coloquem o mais possível do lado de fora da “box”. Vamos tentar raciocinar nesse sentido.
Sendo nós alunos do Mestrado em Relações Internacionais vamos procurar trabalhar matérias que nos digam respeito, principalmente no que concerne à temática das Informações e Segurança, já que é a nossa especialização. Mas, mais uma vez sublinhe-se, serão reflexões que nunca serão espartilhadas ou amarradas só ao tema base. Pretendemos trabalhar as mais variadas matérias, tentando olhar ao/pelo prisma das Informações e Segurança e tudo o que gravita dentro e fora deste universo. Ajuda ao Desenvolvimento, o Terrorismo, Política interna e externa, entre muitos outros temas. Tudo cabe neste espaço. Temos uma referência no cume, mas a base da pirâmide será muito larga! Não queremos ser muito fundamentalistas no tema, mas sim alargar o “scope”. Procurar vários pontos de vista e âmbitos. Olhar aos mais variados temas, tendo como referência as matérias da nossa especialização. E do alto deste Observatório, procurar a lente correcta de observação.
Como iremos fazer isto? Para além dos observadores residentes, vamos tentar ter connosco uma variada panóplia de observadores convidados, como forma de enriquecerem o nosso espólio. Com textos curtos e com opiniões o mais directas possível!
Por fim, objectivos. Ser, um dia, uma referência para os nossos colegas. Mas também ser uma ponto de passagem para todos aqueles que estudam estas matérias no âmbito das RI. Estes serão os nossos objectivos essenciais. Além do nosso enriquecimento individual.
Sejam bem vindos!
Esperamos que esta colaboração, do mais alto nível, ajude os que visitam o nosso site ter uma visão diferenciada, europeia e portuguesa, do mais alto nível acadêmico, formados pelos estudantes de mestrado de uma instituição centenária. Os que desejarem conhecer o conteúdo completo dos demais artigos postados poderão ter acesso direto acionando o no nosso blogroll.
7 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: além dos problemas europeus e norte-americanos, dificuldades japonesas com o TPP, suporte ao atual governo
Além das dificuldades enfrentadas pelas economias norte-americanas e europeias, o mundo globalizado também conta com problemas que começam a se acumular no Japão. O atual governo do Japão, comandado pelo primeiro-ministro Yoshihiko Noda, necessita do suporte dos seus eleitores e da Dieta para avançar nas questões sobre os orçamentos indispensáveis para os programas de reconstrução, e de iniciativas como as chamadas TPP – Trans-Pacific Partnership. Pretende-se discutir com os Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, além de alguns países do Sudeste Asiático e da América do Sul, os termos de um acordo de livre comércio. Os mesmos facilitariam as exportações de produtos industriais do Japão, mas eles precisam fazer concessões para a importação de produtos agrícolas.
As pesquisas de opinião pública feitas pela agência Kyodo indicam um razoável equilibro no eleitorado, entre os que são a favor do início das discussões e os que são contra. Muitos adotam a posição que o governo não forneceu à população todas as informações sobre as implicações destes acordos, e o próprio suporte ao atual governo tende a reduzir-se, ao lado do desgaste natural que vem ocorrendo ao longo dos primeiros iniciais desta administração.
Primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda
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7 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alguns destaques, aspectos da vida dos residentes locais, visitando pontos tradicionais
Algumas áreas de Tóquio e adjacências, observadas por um visitante que não os percorre há algum tempo, permitem notar as grandes alterações que se percebem no passado recente. Já nos referimos neste site sobre as substanciais mudanças do centro de Tóquio, com novas construções por toda a parte, bem como lojas luxuosas que se instalaram, apesar da propalada crise. Visitando a região de Tsukiji, onde funciona o principal mercado de produtos marinhos do mundo, notam-se modernizações com a manutenção do tradicional comércio de tudo que se refere à alimentação. O número de turistas estrangeiros é baixo, mas nota-se um aumento dos visitantes vindos de outras partes do Japão.
Percorrendo as ruas próximas ao mercado, constata-se a abundante oferta de todos os tipos de produtos, desde peixes e produtos marinhos de ótima qualidade, como frutas e legumes, temperos de todos os tipos, materiais para a culinária profissional e de famílias, restaurantes tradicionais e populares. Os melhores estabelecimentos só aceitam habituês, evitando turistas. A eles, outros estabelecimentos oferecem produtos de boa qualidade com preços acessíveis, no mínimo a metade do que se encontra em outras regiões do Japão. É possível apreciar sushis de boas matérias-primas por preços assustadoramente modestos.
Tsukiji Fish Market
Poucas cidades do mundo oferecem a variedade de produtos como a região de Tsukiji, onde os visitantes ficam encantados vendo os produtos vivos. As alternativas são muitas, e comerciantes ativos apregoam seus produtos para os visitantes, poucos turistas estrangeiros, muitos que vieram do interior do Japão, notando-se que mesmo com a atual crise todos precisam se alimentar, havendo muitos pontos que procuram arrecadar doações para os pescadores da região Nordeste do Japão que continua afetada pela contaminação radioativa.
A noite de Akasaka está menos movimentada que no passado, e minha amiga e geisha de verdade, Tamaki, dona de um estabelecimento sofisticado que tem como base o sobá (macarrão de trigo sarraceno), informa que, por dois meses depois dos acidentes naturais de março último, as reservas foram todas canceladas, e mesmo a atual volta à atividade não é vigorosa. O bairro hoje se assemelha a uma Vila Madalena de São Paulo, com muitos jovens bebendo nas esquinas, comprando cervejas nas muitas máquinas de venda disponíveis. Acelerou-se a transferência de parte do movimento para outros bairros como Roppongi, que também continua menos movimentado, salvo do MidTown.
Akasaka, com muitos bares em ruas estreitas
Nos arredores de Tóquio, visitamos Kawagoe (também conhecida como Little Kyoto), na província de Saitama, cerca de 60 minutos do centro de Tóquio, com muitos trens. É uma pequena cidade, famosa pela produção de doces e caramelos, onde se preserva ruas com construções da época de Edo, e conta com um tradicional festival. Surpreendente, encantadora, cheio de turistas japoneses, poucos estrangeiros. Para lá não existem excursões, mas merece uma atenta visita.
Casarões de Kawagoe, província de Saitama
Os antigos casarões de madeira, alguns estão preservados, como em poucas regiões do Japão. Outros estão adaptados, e centenas de lojas vendem de tudo, de ótima qualidade, inspirados na época Edo. É até possível encontrar um riquixá modernizado (uma espécie de transporte, puxado por um homem). Muitos museus dão uma ideia do festival famoso como das edificações tradicionais. A rua dos doces faz a alegria de crianças e adultos, com um design moderno para os muitos produtos oferecidos. Uma festa para os olhos e para o paladar.
Muitos pequenos restaurantes, outros tradicionais, oferecem uma ampla variedade de culinárias, das mais sofisticadas às populares para a multidão de jovens visitantes. Os cafés estão lotados, com vistas espetaculares. Tudo quanto é artesanato pode ser encontrado nestas lojas, todas de boa qualidade, e ninguém resiste a um omiague, uma lembrancinha para os parentes e conhecidos, lembrando Kawagoe.
Existem também lojas com produtos finos, desde antiguidades até modernos mimos com design contemporâneos, mostrando a ampla diversidade do Japão atual. Como fica próximo de Tóquio, possível de se chegar por duas linhas de trens, a cerca de 30 minutos de Ikebukuro, não se compreende porque não é mais visitado pelos turistas internacionais. Mas os locais já infernam as ruas, pois muitos japoneses aproveitam os fins de semana para visitar Kawagoe, com seus carros que ficam nos muitos, mas pequenos estacionamentos.
Dizem que nos dias de festivais a cidade fica abarrotada com milhares de visitantes, que acompanham as dezenas de carros alegóricos que chegam a ser centenários, um verdadeiro carnaval japonês. Para quem deseja conhecer um pouco do Japão, parece uma visita obrigatória.
Este outono japonês está muito mais quente que o esperado e até as cerejeiras, confusas, floresceram novamente, em muitos lugares do Japão. As florestas não ficaram tão avermelhadas, mas em muitos lugares estão suficientemente coloridas, encantando a todos.
As novas lojas de Tóquio continuam cheias de compradores que procuram aproveitar as vendas especiais. Ambientes de luxo, como o salão de chá do tradicional Hotel Imperial, onde a elite japonesa sempre absorveu o que há de mais moderno desde o começo do século XX, continua sendo muito frequentado, permitindo ver algumas noivas privilegiadas que promovem suas festas de casamento nas muitas salas que existem nestes tipos de hotéis.
6 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: diferenças com o real, ponto de vista de um dirigente do Citigroup no Japão, valorização do yen | 4 Comentários »
Se existe um problema complexo é entender o que acontece com o câmbio de uma economia, e como ele pode comportar-se no futuro. Tsutomu Fujimura, vice-chairman do Citigroup no Japão, publicou um artigo no jornal econômico Nikkei informando que não vê uma razão estrutural para a mudança da tendência atual que vem levando à contínua valorização da moeda japonesa, yen. No Brasil, que sofre semelhante valorização do real, diferente do Japão, ainda existe uma possibilidade de redução da taxa de juro interno reduzindo a diferença com a vigente no exterior, procurando desestimular o influxo de capital, o que parece difícil no Japão que já pratica, tradicionalmente, um dos juros mais baixos do mundo.
Apesar da maioria dos pequenos investidores japoneses acreditar que o yen acabará se desvalorizando, Tsutomu Fujimura não encontra, na sua análise, o que poderá provocar esta tendência, baseado na experiência do que aconteceu no passado, desde quando o câmbio estava fixo no nível de 360 yens por dólar norte-americano.
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6 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: exposição no Museu de Arte do Suntory e Museu da Cidade de Kobe, influências portuguesas nas artes japonesas, primeiros intercâmbios dos japoneses com os portugueses
Uma ultraimportante exposição está sendo realizada em Tóquio no Suntory Museum of Art, no prestigioso Midtown em Tóquio, até o próximo dia 4 de dezembro, e a partir de 21 de abril de 2012 no Kobe City Museum, selecionado para comemorar o 50º aniversário do primeiro e 30º aniversário do segundo. A exposição conta com o apoio das embaixadas de Portugal, Espanha e Itália em Tóquio e do Instituto Camões, recebendo um grande público de interessados, sobretudo artistas.
A exposição leva o título: Light and Shadows in Namban Art – The Mystery of Western Kings on Horseback, sendo necessário esclarecer que os portugueses eram conhecidos pelos japoneses como Namban. O título fica completo por uma referência ao trabalho mais importante da apresentação que foi profundamente analisado pelos especialistas do Japão do National Research Institute for Cultural Properties, que retrata alguns reis do Ocidente em seus cavalos. A contribuição portuguesa mudou a cultura artística japonesa que eram antes influenciadas pelos chineses, inclusive no uso dos materiais, destacando-se a escola de artistas conhecida como Kano. Os pintores japoneses estudaram nos seminarios e collegio dos jesuítas e suas influências perduram até hoje.
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5 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Política, webtown | Tags: camaradagem com os companheiros de trabalho, paz na mente, uso do zazen
O jornal econômico japonês Nikkei publicou um artigo noticiando sobre um pequeno templo zen budista de Nagano, onde o monge Bunkei Shibata, um ex-executivo da Yokogawa Eletric, atua no sentido de ajudar na preparação de recursos humanos de empresas. Shibata aprendeu as técnicas da General Eletric para a preparação dos líderes das empresas, e agora combina estes conhecimentos com o conceito zen de mushin, ou mente sem pensamentos.
O templo Kaigan, fundado em 1691, está localizado numa pequena vila no topo da velha estrada de Zendoji-Kaido, e, segundo o artigo, grupos de jovens voltados aos trabalhos empresariais recebem treinamentos intensivos. O dia começa às 5h da madrugada, com zazen, a meditação zen budista, e com as leituras das sutras em coro caminham em direção do mushin.
Grupo de líderes de empresas sendo treinado templo Kaigan
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4 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: acerto da compra da parte dos minoritários, espera de melhorias tecnológicas, operação com valores exagerados | 12 Comentários »
O site Giro News distribui notícia proveniente da revista Exame informando que os minoritários da Schincariol, irmãos Gilberto, José Alberto e Daniela Schincariol, que detêm 49,55% das ações da cervejaria brasileira por intermédio de uma holding, chegaram a um acordo com a Kirin, pelo valor em torno de R$ 2,5 bilhões, menor que o pago para os majoritários, irmãos Adriano e Alexandre que são primos dos primeiros.
A operação só foi possível, segundo a notícia, porque as vendas da cervejaria brasileira estavam em queda, e a segunda posição que ocupavam no mercado brasileiro já tinha sido superada pela Petrópolis, outra cervejaria brasileira, pois os minoritários pretendiam o mesmo valor dos majoritários que foi de R$ 3,95 bilhões, valor que o mercado considera exagerado, supondo-se que a Kirin não foi bem assessorada nesta operação.
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4 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: homenageados pelo Congresso Norte-americano, mais condecorados, semelhanças com o Brasil, veteranos da Segunda Guerra Mundial
O The Japan Times publicou hoje uma extensa matéria, com base na notícia divulgada pela agência AP, sobre a homenagem que foi prestada pelo Congresso dos Estados Unidos aos veteranos nisseis da Segunda Guerra Mundial, no grau mais elevado concedido aos civis na história daquele país, a Medalha de Ouro do Congresso. Para provarem que eram leais à sua pátria, mesmo em condições adversas como o aprisionamento ilegal dos seus parentes sob a suspeita da possibilidade de ações contra os Estados Unidos em campos de concentração, 19.000 nipo-americanos serviram no 100º Batalhão de Infantaria, no famoso 442º do Regimento de Combate e Serviços de Inteligência Militar, muitos como voluntários. O primeiro senador nissei dos Estados Unidos, Daniel Inouye, que perdeu o braço direito no combate do 442º, declarou que “foi uma longa jornada, mas uma gloriosa”.
Eles se destacaram nas forças norte-americanas pela sua bravura, e o 442º tornou-se lendário por serem constituídos somente de voluntários e ter combatido nas mais horríveis lutas, tornando-se a mais condecorada da história das forças armadas norte-americanas. Dos seus membros, 700 foram mortos em combate. O 442º ficou conhecido como Batalhão “Purple Heart”, a mais elevada condecoração de combate das forças americanas.
Senador Daniel Inouye, capa do livro sobre Massaki Udihara e alguns dos soldados americanos homenageados
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3 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Confúcio, imagens da China, suas influências, utilização pela China | 6 Comentários »
Os ensinamentos de Confúcio não se restringem à China, que vêm sendo destacados recentemente pelo governo daquele país para se contrapor a outros ocidentais. Mas se espalharam por toda a Ásia com destaque para a Coreia e o Japão. O respeito pelos idosos, pelos professores, pelos que transmitem a cultura, a importância da educação e outros princípios considerados relevantes pelos asiáticos decorrem, em grande parte, dos ensinamentos deste filósofo fenomenal.
Recentemente, o governo da China vem destacando a sua figura, utilizada como um símbolo da cultura chinesa, utilizando o seu nome como uma instituição para divulgação da imagem daquele país. O acesso possível pelo meio apresentado abaixo, em espanhol, permite conhecer parte dos seus ensinamentos, mas também imagens impressionantes da rica China, que sempre vai ser objeto de admiração, mesmo pelos que não concordam com as ideas políticas e econômicas atualmente implementada pelas suas autoridades.
Ainda que os ideais democráticos consagrados pelas Revoluções Americana e Francesa proponham o ideal da igualdade entre os seres humanos, nota-se que os conhecimentos de Confúcio determinaram uma hierarquização da sociedade, com os mais idosos, os mais veteranos, os pais, com os professores considerados como os mais relevantes que os jovens, os alunos, os filhos.