9 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: caso brasileiro, chineses no exterior, considerações universais, Edward Tse concede entrevista para o China Daily, investimentos na China
Dr. Edward C. Tse tem um curriculum brilhante como BS e MS no MIT, PhD em Berkeley, é chairman do Greater China, Booz & Co, autor de um livro The China Strategy, transita por Beijing, Hong Kong e Xangai e concedeu uma entrevista para o China Daily. Ele chama a atenção das grandes empresas norte-americanas que ainda possuem muitas contribuições a dar para o desenvolvimento chinês, mas também alerta que as chinesas pouco conhecem do exterior para efetuar seus investimentos. Suas considerações que são necessariamente genéricas acabam soando como verdades universais. Podem ser aplicadas para o Brasil como para as empresas brasileiras que efetuam investimentos no exterior.
O que pode apresentar alguma diferenciação é que as empresas de países desenvolvidos tendem a ser um tanto arrogantes com os sucessos já obtidos, como se as suas experiência pudessem ser reproduzidas nos países emergentes, o que tem levado a alguns insucessos. Os dos países emergentes, regra geral, acabam adotando uma atitude mais humilde, procurando conhecidas organizações de consultorias como se estas pudessem resolver todas as suas insuficiências. Ambas podem obter bons resultados ou fracassos, dependendo da flexibilidade dos seus comandantes para se adaptar às mudanças que acabam ocorrendo na implementação dos seus projetos.
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8 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, webtown | Tags: a gastronomia da região de Kanto, estabelecimentos tradicionais, refeições completas, soba – macarrão de trigro sarraceno
Nem todos sabem que o soba, macarrão feito de trigo sarraceno, é o prato mais típico da região de Kanto, Tóquio e arredores. E o mais conhecido é o simples ensopado que leva este tipo de macarrão, considerado mais saudável que os feitos de trigo, sendo apreciado até pelos que adotam a culinária macrobiótica. Mas poucos sabem que existem sofisticados restaurantes que servem uma refeição completa com as fortes marcas desta região, que, antes de se tornar a capital do Japão, tinha o nome de Edo. Muitos apreciam os sushis do estilo Edo-mae, sem conhecer as suas origens que remontam a esta época.
A região que guarda mais tradições da antiga Tóquio é a chamada cidade baixa, shitamachi, que tem como área mais autêntica Asakusa, que, além do seu famoso templo, apresenta muitas lojas de artesanatos e restaurantes tradicionais. No jornal The Japan Times, Robbie Swinnerton publica um interessante e esclarecedor artigo sofre o outono e a gastronomia clássica de Edo, com destaque para o soba, onde os melhores são preparados na hora, chamados teuchi-soba, com o macarrão preparado manualmente na frente dos fregueses.
Macarrão soba frio e o chefe de cozinha Takashi Hosokawa
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7 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Nikkei, atuação das tradings japonesas no Brasil, mudanças do papel
O jornal econômico japonês Nikkei publica um artigo sobre a atuação das famosas tradings companies do Japão no Brasil atual, indicando algumas atividades que as estão impulsionando. Refere-se a Mitsui, que vive de sua participação na exportação de minérios da Vale, informando que não vive somente de sua participação acionária. A Vale, por sua vez, indica que seus custos de exploração das minas triplicaram nos últimos dez anos, principalmente com os salários e matérias-primas. Novas oportunidades se abrem na infraestrutura, como no fornecimento de trilhos de melhor qualidade.
A Sojitzu e a Marubeni disputam o fornecimento de matérias-primas da Braskem, como para a produção de borrachas sintéticas, estudando a implantação de uma indústria local para tanto. Outras, como a Itochu, procuram, segundo o artigo, utilizar a disponibilidade de terras e águas no Brasil em joint venture com a Bunge, ampliando suas atividades na produção do etanol, por exemplo. Como empresas de trading, não se importam somente com as exportações, como eventuais importações dos Estados Unidos.
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7 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Jeff Yang no WSJ, concepções zen-budista, muitas interpretações, Zen de Steve Jobs | 1 Comentário »
O biógrafo de Steve Jobs o compara com Edison e Ford, e muito se escreveu e vai se escrever sobre ele, ficando difícil de destacar o que é realmente relevante sobre esta personalidade que deixa o mundo desolado com o seu desaparecimento. Mas Jeff Yang pode ter captado o que significa esta passagem no seu artigo publicado no Wall Street Journal, mostrando a sua face fortemente zen budista. Do seu discurso na formatura em Stanford em 2005, ele retirou: “A Morte é muito provavelmente a melhor invenção da Vida. É o agente da mudança da Vida. Ela limpa o velho para abrir caminho ao novo. Agora, o novo são vocês, mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido” (tradução Google).
Jeff Yang destaca a sensibilidade zen budista de Steve Jobs, pois nas suas opções de design e filosofia de negócios adotou muito dos seus valores fundamentais, como a “mente de principiante”. Ele pregou a necessidade de simplicidade radical e o foco rigoroso, crendo profundamente na validade da estética tradicional japonesa, todas entrelaçadas com a prática do zen.
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6 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: política equivocada dos Estados Unidos, ponto apontado por Dilma Rousseff, Yukon Huang escreve no Financial Times
O jornal Financial Times divulga um artigo elaborad por Yukon Huang, um sênior associate do Carnegie Endowment e antigo diretor do Banco Mundial para a China, mostrando que o Congresso dos Estados Unidos procura desviar as atenções do público sobre suas dificuldades para aprovar a proposta de Barack Obama relativa ao estímulo ao emprego. Resolveu investir contra o câmbio da China culpando-o das dificuldades norte-americanas.
Todos sabem que a economia norte-americana continua patinando, pois não enfoca o problema do desemprego, como apontou a presidente Dilma Rousseff no seu pronunciamento da ONU. Diante das pressões que sofre do sistema financeiro, fica utilizando volumosos recursos para atender as instituições financeiras que efetuam operações duvidosas com grandes remunerações aos seus dirigentes, quando sua economia só pode ser recuperada com o aumento do emprego e da demanda doméstica.
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6 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: fusões das duas maiores cervejarias do mundo, grupo de brasileiros, tendências mundiais | 2 Comentários »
Existem notícias atordoantes como esta que está sendo divulgada no site da IG, postada pelo jornalista Guilherme Barros, sempre bem informado. O grupo AB InBev, liderado pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcelo Telles, que já é a maior empresa de cervejas do mundo, controlando diversas marcas consagradas nos mercados internacionais, lança-se para incorporar a segunda, SABMiller, num negócio que gira em torno de US$ 80 bilhões, fazendo com que o grupo controle um terço do mercado de cervejas do universo.
Como é do conhecimento de muitos, este grupo nasceu da separação amigável dos sócios do antigo grupo Banco Garantia, com estes três sócios mais importantes formando a Ambev, com a aquisição da Brahma e da Antarctica no Brasil, duas das mais importantes cervejarias brasileiras. Acabou ganhando o formado atual depois de adquirir a Anheuser-Bush norte americana, depois de muitas outras aquisições em diversos países.
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5 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alternativas para o seu aproveitamento, o problema do lixo, países desenvolvidos e emergentes
O problema do lixo é difícil tanto nos países desenvolvidos que os produzem em maior quantidade como nos países emergentes e em desenvolvimento que ainda não conseguem resultados satisfatórios. Recebemos de Rafael Sugano, que envia diversos comentários para artigos postados neste site, um vídeo divulgado no Japão pela Universidade das Nações Unidas de extremo interesse para todos. Infelizmente, ele é falado em japonês com legendas em inglês.
Todos sabem que o problema do lixo no mundo desenvolvido, mesmo reciclado no que é possível, implica em custos elevados. No Japão, muitas usinas nos centros urbanos acabam aparentando instituições de saúde, pois não se observa nem resíduos nem odores mesmo na sua proximidade. O vídeo divulga uma invenção de um equipamento que transforma parte substancial destes lixos em combustível, sabendo-se que nestes países os orgânicos são relativamente baixos sendo utilizado para a produção de gases ou fertilizantes, proporcionando remunerações pelo sequestro de carbono.
No mundo em desenvolvimento, ainda a separação do que é reciclável do que é orgânico continua precário, e os chamados lixões poucos são construídos tecnicamente para aproveitar sua capacidade de produção de gás ou fertilizantes. Ainda não se conseguiu a consciência da população para evitar o seu lançamento nos rios e outros lugares não adequados.
Mas, campanhas estão sendo desenvolvidas para que seja possível utilizar as tecnologias já desenvolvidas, principalmente para as de custos mais baixos. O exposto neste vídeo é um exemplo.
5 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Nippon Steel com a Sumitomo Metal, novas demandas, produtos mais elaborados
O jornal econômico japonês Nikkei publica hoje um artigo fazendo considerações sobre a fusão da Nippon Steel com a Sumitomo Metal, e ampliações de suas atividades no Brasil, um país rico em recursos naturais. A Sumitomo Metal, como já postado neste site, está ampliando suas atividades em Minas Gerais, junto com a francesa Valleurec para a fabricação de tubos de boa qualidade, tanto para atendimento do mercado interno como para a exportação. A Nippon Steel, que participa da Usiminas, está enfrentando o assédio da CSN, mas procura manter a sua influência pensando nas expansões futuras. Ambas pensam na melhoria da tecnologia utilizada no Brasil.
O artigo do Nikkei fala da demanda de tubos de boa qualidade para o atendimento do pré-sal. A parte relacionada à produção de aço efetua-se com carvão utilizando reflorestamento de eucaliptos. Os dados estatísticos constantes do artigo mostram que a produção de petróleo continua num crescimento firme no Brasil, podendo se acelerar com o pré-sal, demandando maior quantidade de tubos de boa qualidade.
Gráfico publicado no Jornal Nikkei
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5 de outubro de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: ave símbolo do Brasil, dia das aves, sabiá-laranjeira, turdus rufiventris.
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá…” –
(Canção do Exílio, Antonio Gonçalves Dias, Coimbra, julho/1843)
Levante a mão quem nunca recitou de cor esses versos aos seis, sete anos, para impressionar professora. Ou que não conheça alguma música / canção que enaltece sabiás e seu melódico gorjeio. Ou que não foi tomado de saudades quando, surpreso, reconheceu um passarinho parecido com sabiá-laranjeira em terras estrangeiras – no Jardin du Luxembourg, em París, num quintal de Westchester, em subúrbio de Nova York, num parque de templo em Nara, Japão.
Exatamente. O sabiá-laranjeira (turdus rufiventris) pertence ao gênero dos tordos, da família Turdidae: em Paris ou Lisboa, é merle/melro, grive/tordo (turdus merula/ turdus viscivorus); nos EUA, american robin (turdus migratorius); no Japão, tsugumi (turdus naumanni). São todos pássaros fortes, onívoros (comem tanto insetos, quanto frutas), têm canto melódico. Diferem na entonação dos sons e na cor das penas, mas todos têm aquele jeitinho característico de, quando no solo, dar uma corridinha e parar, dar outra e parar, e olhar curiosamente ao redor. Sem querer ser chauvinistas, brasileiros achamos que sabiá-laranjeira canta mais maviosamente que qualquer desses “parentes”. E é verdade. Mas para americanos, nenhum turdus canta melhor que um robin americano. Gonçalves Dias deixou Maranhão para ir estudar em colégio de Lisboa e se preparar para cursar Coimbra, em 1838, quando tinha apenas 15 anos. Não admira que chorasse de saudades dos sabiás da sua nativa Caxias, Maranhão, quando ouvia um melro “tweetar” em português lusitano.
Sabiá-laranjeira, robin americano, tordo francês, melro,tordo japonês
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4 de outubro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: energia renovável com muitas empresas, Toyota com biocombustível que não competem com alimentos, várias noticias sobre energia | 2 Comentários »
Sendo o Japão um dos países que enfrentam os problemas relacionados com a escassez de energia, nada mais natural que muitas de suas empresas voltem suas atenções para as pesquisas relacionadas com fontes alternativas, bem como a melhor utilização de todos os conhecimentos que tenha algo com o setor. Elas foram divulgadas em artigos publicados pelo jornal Nikkei. A Toyota, conhecida no setor automobilístico (já foi a principal produtora de teares no passado), anuncia avanços na área de biocombustíveis que não utilizem concorrentes dos alimentos.
E a NEC, conhecida no setor elétrico e de comunicação, junto com outras empresas e a Universidade de Tokyo, anuncia pesquisas para o desenvolvimento de sistemas que facilitem o aproveitamento de energias, reduzindo os consumos dos não renováveis. Esta empresa possui uma escola com a National Institute of Advanced Industrial Technology, e formou um consórcio para comercializar uma rede digital inventada pelo professor Rikiya Abe, da Universidade de Tokyo.
Centro de Pesquisas da Toyota e do Aist National Institute of Advanced Industrial Technology
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