8 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: noticias do Nikkei, presença também no Brasil, Sany chinesa no Japão | 6 Comentários »
Segundo o credenciado jornal econômico japonês Nikkei, a líder de equipamentos pesados de construção da China, a Sany Heavy, está desafiando os produtores japoneses tradicionais, como a Komatsu, Hitachi Construction Machinery e Kobelco Construction Machinery, efetuando suas primeiras vendas de cinco a dez escavadoras hidráulicas de médio porte para uma empresa local japonesa de aluguel de equipamentos. Esta empresa chinesa já está instalada no Brasil disputando com as grandes empresas internacionais, como a Caterpillar, a Fiat e a própria Komatsu, contando com a liderança pessoal de um dos seus cinco fundadores.
Como é do conhecimento de todos, a construção civil pesada da China chega a representar mais da metade do mundo todo, e a sua gigantesca demanda determinou o espantoso crescimento de empresas como a Sany Heavy, com tecnologias avançadas e preços competitivos. No Japão, seus escavadores hidráulicos de multiuso estão sendo oferecidos com preços 20 a 30% mais baixos que seus concorrentes, que são grandes empresas tradicionais e mundiais.
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7 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: provas incontestáveis da cultura milenar, relíquias de 6.000 a.C. encontradas nas escavações | 1 Comentário »
Nas visitas que efetuei na China, os meus anfitriões chineses fizeram questão que eu conhecesse uma escavação arqueológica com os resquícios de uma povoação estimada como sendo de 6.000 a.C. (anos antes de Cristo), datação que hoje é possível ter uma boa segurança usando técnicas de radiação. Isto comprovava uma civilização de no mínimo 8.000 anos. Um artigo do China Daily informa hoje que em 1987 foram encontradas 16 flautas de osso, em tumbas do início do período Neolítico em Jiahu, na região central da China, também estimada como sendo de 6.000 a.C., que se encontra atualmente no Museu de Henan, província daquele país. Este jornal se compromete a divulgar sobre estas relíquias culturais semanalmente.
Uma das flautas de osso encontra-se em ótimo estado de conservação, com cerca de 22 centímetros de comprimento com 7 perfurações, sendo que os demais contam com 5 a 8 perfurações. Comprovam que a música sempre esteve presente com os seres humanos desde os seus primórdios. Estas relíquias estão entre as mais antigas encontradas na China, e são mais antigas que as da Mesopotâmia e do Egito.
Uma das16 flautas da coleção do Museu de Henan. Foto publicada no China Daily
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7 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Gastronomia, webtown | Tags: ampla cobertura, evento no Senac Aclimação, produção do Wagyu no Brasil
A palavra Wagyu é uma combinação de dois ideogramas que significam Japão (wa, nosso dos japoneses) e carne (gyu). A raça bovina desenvolvida e aperfeiçoada no Japão proporciona uma carne marmorizada de gorduras muito apreciadas na elaboração de uma tradicional culinária japonesa chamada sukiyaki, que é um cozido de carne com legumes, bem com outros ingredientes complementares, tipicamente do Japão. Este prato passou a ser conhecida no exterior antes do sushi e do sashimi, elaborados do peixe cru. Outro prato em que se usa muito desta carne é o shabu-shabu, uma palavra onomatopaica, decorrente do som provocado pelo mergulho das carnes e legumes num caldo. Este é de origem mongol, que originalmente utiliza a carne do carneiro, e que era conhecida na Europa como fondie chinoise.
O evento permitiu que a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Wagyu, composta de 30 criadores, divulgasse a sua produção que já atingiu uma qualidade razoável para os rígidos critérios japoneses. Eles consideram muitos fatores para a sua classificação, como a maciez e coloração da carne, a quantidade e coloração da gordura, entre outros fatores. Na sua publicidade, exalta-se a qualidade desta gordura, que seria rica em ácido oléico, não sendo prejudicial à saúde, apesar de ser demasiadamente gordurosa para os paladares ocidentais, principalmente para os que consomem a carne em grande quantidade. Os japoneses consomem pouca carne, que é muito cara, principalmente a produzida no Japão.
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7 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: competição saudável, muitas informações, suplemento publicitário sobre a China na Folha de S.Paulo
Os jornais estão sendo utilizados para incluir suplementos com informações concentradas nos assuntos que interessam ao intercâmbio com outros países. Assim, a Folha de S.Paulo, por exemplo, publica semanalmente um suplemento com artigos gerais selecionados do The New York Times, mensalmente da Gazeta Russa com assuntos relacionados com a Rússia e hoje apresenta um suplemento publicitário de 8 páginas sobre a China, incluindo anúncios da Jac Motors que vem importando automóveis chineses, programada para produzir no Brasil a partir de 2014. Os países que não o fazem acabam ficando com menos espaços nestes jornais.
O suplemento sobre a China mostra dados sobre o intercâmbio da China com o Brasil, onde fica claro que exportamos muitos produtos primários, enquanto nas importações predominam os produtos industrializados, mas o saldo continua a favor dos brasileiros. Enfatizam-se a cooperação bilateral no lançamento dos satélites com o uso dos seus portadores, os foguetes de longo alcance. Bem selecionadas, as matérias escolheram os aspectos que mereceram destaque na imprensa internacional, com os ótimos resultados da educação que vem sendo alcançada em Xangai.
Porto de Xangai, o maior do mundo. Foto: Anamuna
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6 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Delfim Netto, outras considerações, reações à redução da Selic | 2 Comentários »
Como registra hoje o professor Antonio Delfim Netto na sua coluna semanal sempre brilhante no Valor Econômico, a reação de muitos analistas à redução de 0,50% na taxa Selic decidida pelo Copom do Banco Central do Brasil parece estar influenciado pelo fígado e não pelo cérebro. Muitos críticos procuram confundir as coisas, para preservarem seus pontos de vista que eram pela manutenção da taxa, ainda que o mundo esteja em desaceleração, com menos pressões inflacionárias. A economia brasileira com a sua atual situação macroeconômica não tem a necessidade de continuar ser a campeã mundial dos juros, mesmo com a redução que começou a ocorrer. O ponto principal dos opositores à queda dos juros parece atribuir a decisão do Copom à pressão do Executivo, acabando com a independência do Banco Central, com o risco de provocar no sistema de metas um aumento das pressões inflacionárias.
Venho insistindo que estes analistas trabalham vendo o vidro retrovisor, analisando somente o passado, mesmo sabendo que qualquer decisão de política monetária demanda muitos meses para que tenha um impacto efetivo na economia. Muitos países estão facilitando a expansão dos meios de pagamento, mas as empresas insistem em manter seus ativos em caixa, diante da falta de confiança no crescimento da economia mundial, cujas estimativas continuam sendo revistas para baixo. Muitos insistem que os serviços estão com seus preços em alta, não reconhecendo que muitos deles deixaram mecanismos de indexação perversos como os relacionados com as tarifas de energia elétrica, comunicações e outros com indexações baseadas no passado, sem incluir uma perspectiva do que vai ocorrer no futuro. E sobre estes preços os juros têm pouco efeito.
Banco Central do Brasil, Federal Reserve e Banco Central Europeu
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6 de setembro de 2011
Por: Decio Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: conceitos equivocados, consumo de carnes na Índia, perspectivas
Há uma percepção de muitos que na Índia há um consumo muito limitado de carnes, o que, segundo uma notícia constante de um jornal daquele país, o The Times of India, mostra que isto não corresponde à realidade. Só na região de Kerada, que tem uma população das mais pobres daquele país, que conta com uma população em torno de 30 milhões de habitantes, o consumo diário é de mais de 5.000 toneladas diárias, sendo que 80% da população não é vegetariana. E a produção local é somente de 264 toneladas, o que mostra que é um grande mercado importador de outras regiões indianas.
Entre as carnes consumidas destacam-se os de bovinos, carneiros e frangos, todos muito produzidos no Brasil em condições competitivas no mercado internacional. Como são pobres, o consumo de frangos que era de somente 6% em 1990 conta agora com 45%, e a produção brasileira é exportada para o Oriente Médio e para a Ásia como um todo.
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6 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: notícias no Nikkei, o problema das terras raras, pesquisas para a procura de alternativas
Como é sabido de todos, as terras raras são minerais estratégicos para diversas atividades, notadamente as ligadas às atuais tecnologias eletrônicas. A China detém 90% de sua atual produção mundial e passou a restringir a sua exportação, criando problemas para muitas indústrias em todo o mundo. É mais que natural que pesquisas sejam incentivadas para a procura de suas alternativas, como está sendo noticiado hoje no jornal japonês Nikkei que informa que o Ministério de Ciência e Tecnologia do Japão decidiu estabelecer quatro centros para estas pesquisas no orçamento do próximo ano fiscal.
Segundo a notícia, o orçamento deve incluir recursos para a pesquisa por uma década. Haverá uma colaboração da indústria, da academia e do setor público. Materiais para magnetos, catalíticos, baterias e eletrônicos estão entre os objetivos destas pesquisas. As inovações procuram conseguir magnetos de uso permanente.
Nas economias de mercado, é mais que natural que isto ocorra, quando alguns fornecedores utilizam seus controles monopolísticos. Ainda que esta situação possa ser mantida por algum tempo, as pesquisas acabam desenvolvendo alternativas para a superação das limitações.
Muitos novos materiais poderão ser desenvolvidos, ao lado de pesquisas, para a localização de reservas adicionais, mesmo com um teor menos expressivo. Os preços elevados que vigoram atualmente no mercado internacional incentivam estas pesquisas, principalmente quando existe uma retaguarda governamental, pois os resultados são sempre incertos.
Alternativamente, podem se desenvolver tecnologias que dispensem o uso destas terras raras, ainda que sejam difíceis. Nas últimas décadas, muitos novos materiais ficaram disponíveis no mundo, com características que superam os produtos tradicionais. Tudo isto indica que o monopólio não é uma situação que pode ser explorada por muito tempo, pois acabam se encontrando formas para superar as limitações impostas de forma artificial.
5 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: as contribuições políticas dos estrangeiros, particularidades japonesas, problemas | 16 Comentários »
Muitos analistas ficam impressionados com as notícias sobre os casos de políticos japoneses acusados de terem recebidos contribuições de estrangeiros. O jornal japonês The Japan Times de hoje informa que o porta-voz do governo, ministro Osamu Fujimura, explicou que o novo primeiro-ministro Yoshihiko Noda está devolvendo a importância relatada. Isto ocorre, pois muitos coreanos que foram para o Japão quando seu país era colônia nipônica, e que vivem gerações no arquipélago, usam nomes japoneses, mas não possuem a cidadania local.
Como se trata de uma comunidade que vive com certa insegurança, os coreanos procuram se relacionar com a classe política, efetuando contribuições para as campanhas eleitorais. Não podem ser facilmente identificados, mesmo pelas grandes empresas que evitam contratá-los, sem uma investigação acurada. O ministro Osamu Fujimura mostrou-se a favor da mudança da legislação para que eles possam ser considerados, também, cidadãos japoneses.
Premiê Yoshihiko Noda, ex-premiêNaoto Kan e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Seiji Maehara
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4 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ameaças do tufão Talas, Festival do Brasil em Tóquio, Parque Yoyogi, programa coordenado pela Câmara de Comércio | 2 Comentários »
Existem dois eventos já tradicionais que os brasileiros residentes no Japão promovem em Tóquio. O primeiro é um desfile de escolas de samba, muito popular, que costuma ser apresentado no bairro de Asakusa em agosto, que atraem muitos japoneses no verão daquele país. Infelizmente, em respeito aos desastres naturais que afetaram o Nordeste do Japão, cancelou-se o evento neste ano. O segundo é um Festival do Brasil coordenado pela Câmara de Comércio do Brasil no Japão, que além de apresentações musicais promovem os costumes brasileiros, como o churrasco e a feijoada que atraem multidões de japoneses, principalmente os que já estiveram no Brasil e ficam com saudades das coisas brasileiras. Contam com a participação de diversas entidades brasileiras de outras regiões do Japão.
O Festival começou bem no dia 2 de setembro, sexta-feira (o horário japonês está 12 horas à frente da brasileira), com uma intensa programação que deve se estender pelo fim de semana. Mas infelizmente o tufão Talas está atingindo a região de Tóquio nestes dias, prejudicando a riqueza das promoções, pois estão provocando tempestades com muitos feridos e alguns mortos. Apesar das presenças de algumas personalidades artísticas brasileiras e conhecidas pelas suas presenças na televisão, muito vista pelos que acompanham do Japão o que acontece no Brasil.
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4 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ação do governo depende da burocracia, choque de gestão no Japão, promoção de vice-ministros envolvidos | 3 Comentários »
Todos sabem que no Japão, mais que em muitos outros países como o Brasil, o poder da burocracia governamental é bem grande. O prestigioso jornal japonês The Yomiuri Shimbun, que tem uma impressionante tiragem de 10 milhões de exemplares diários, noticia as elevadas expectativas com o novo governo Yoshihiko Noda, pois muitos novos ministros são reconhecidos como business-oriented, alguns com experiências acumuladas como vice-ministros nas pastas que passam a ocupar. Como em todos os regimes parlamentaristas, a totalidade dos ministros são membros da Câmara Baixa ou do Senado, e não podem perder tempo para se entrosar com os assuntos que necessitam liderar.
Primeiro-ministro Yoshihiko Noda à frente do novo ministério japonês
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