25 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: novos lançamentos navais, preocupações com a segurança, problemas relacionados com os trens rápidos
Os chineses já vinham se preocupando com o seu sistema de trens rápidos que chegam a 10 mil quilômetros de extensão. Muitas das autoridades do setor ferroviário foram acusadas de corrupções e acabaram substituídas. E elas estão sendo contestadas por alguns fornecedores de apropriação de suas tecnologias e agora sofreram novos abalos com os desastres ocorridos em Wenzhou, que devem provocar novas demissões. Isto no momento que pretendem chegar a 16.000 quilômetros de trens rápidos, internamente, e competir em alguns projetos no exterior. O próprio jornal China Daily alerta que a segurança é fator fundamental para que haja passageiros.
Outro setor em que a China vem se empenhando com grande velocidade é na construção de navios de porte para atender as suas necessidades de logística. Os chineses estão produzindo navios de grande porte, como o SCL Mercury com 155.470 TDW (unidades em toneladas deadweight, usado na construção naval), para o transporte de contêineres.
Acidente com trem rápido em Wenzhou / SCL Mercury no porto de Lianyungang. Foto: Xinhua
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25 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: KDD preocupada com os idosos, parcerias público-privadas, término da era analógica na TV japonesa
Os tempos estão mudando rapidamente em todo o mundo, e muitas inovações estão sendo introduzidas no Japão, apesar de sua aparente falta de flexibilidade. Neste fim de semana, diversos jornais noticiaram com destaque o fim da era analógica na televisão japonesa, dada a introdução do sistema digital de alta definição em todo o país. Preocupada com os idosos que estão aumentando cada vez mais, a KDD lança uma linha de produtos denominados Mi-Look de telefones celulares para ajudar os parentes dos idosos a acompanhá-los nas suas movimentações. E a Toshiba anuncia que conseguiu um acordo com o governo japonês para participar no capital de uma empresa suíça.
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21 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, webtown | Tags: competição de danças de rua no Kanagawa Arts Theatre de Yokohama, favelados brasileiros fazem sucesso | 2 Comentários »
Num artigo publicado pelo The Japan Times, escrito pela Eriko Arita, informa-se que na competição destas apresentações no Kanagawa Arts Theatre em Yokohama, a partir de 30 de julho próximo, um grupo francês chamado Compagnie Käfig, fundado pelo coreógrafo de hip-hop Mourad Merzouki apresentará dois trabalhos, com um grupo de dançarinos brasileiros. Um com o título Agwa, que vem das palavras água e water, e outro com o título Correria.
Diferente dos demais grupos, todos os dançarinos são moços jovens, em torno dos 20 anos, autodidatas, que cresceram nas favelas. Segundo o diretor da companhia numa entrevista, a razão para eles dançarem é que eles cresceram num ambiente difícil, e se tornaram formas de fugir desta situação, e suas apresentações são fortes e chamam a atenção.
Dançarinos brasileiros de hip-hop da Companhia Käfig no espetáculo Agwa. Foto: Michel Cavalca
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21 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia, Saúde, webtown | Tags: baixas calorias sem ser macrobiótico, evitando gorduras e açúcar, refeições saudáveis, uso do vapor
O importante jornal econômico japonês Nikkei publica hoje uma matéria de grande importância de autoria de Keisuke Nakano. Novos restaurantes em Tóquio, sem serem macrobióticos, apresentam refeições agradáveis com baixas calorias. O destaque é o Nodo – Restaurante Natural Dietético que se instalou no elegante bairro de Shibuya e oferece seis refeições completas com 434 calorias, ao preço de cerca de R$ 90,00. O chef cozinha costelas por cerca de 10 horas no vapor, para remover toda a gordura, em vez de vegetais fritos os oferece em sopas do tipo minestrone para reduzir o uso de óleos.
Estes restaurantes estão diminuindo o uso de açúcares para evitar a acumulação de gorduras no corpo. Os seus almoços e jantares contêm menos de 500 calorias. Estas refeições se tornaram populares entre as mulheres que representam 80% dos seus clientes, mas homens conscientes de sua saúde também jantam por lá. Muitos convidam seus parceiros comerciais para refeições nestes estabelecimentos. Eles oferecem suntuosos pratos que não podem ser preparados em casa.
- Jantar do Nodo com apenas 434 calorias./ Prato do Gourmet Doctor’s / b-Zone: pratos ricos em proteínas
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20 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: explorações em grandes profundidades marítimas, os desenvolvimentos chineses, pré-sal e terras raras | 2 Comentários »
Num magnífico artigo de Jeremy Page, publicado no The New York Times de hoje, noticia-se que a China já está disputando a vanguarda dos desenvolvimentos tecnológicos para a exploração minerais em águas profundas. Mesmo que os japoneses tenham localizado reservas importantes de terras raras nas profundezas do Pacífico, é preciso de avançadas tecnologias para a sua exploração em águas internacionais. O Jiaolong (dragão do mar), submergível utilizado pelos chineses no Mar Sul da China, chegou a 5.000 metros de profundidade, no Nordeste do Pacifico, entre Havaí e os Estados Unidos, nas proximidades de onde foram localizados os depósitos das terras raras.
O gráfico abaixo, publicado no The New York Times, dá uma boa ideia da corrida que está ocorrendo nos submergíveis para explorações desta natureza.
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20 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: artigo na Folha de S.Paulo, dúvidas sobre as medidas, indicadores indianos
Todos admitem que as inovações tecnológicas sejam fundamentais para o desenvolvimento, e muitos indicadores são construídos para comparações entre países. A Índia, muito interessada no assunto, divulgou um índice com a colaboração do Insead, famoso instituto de administração da Europa e o WIPO – Organização Mundial de Propriedade Intelectual, cujos resultados surpreendem, fazendo com que muitos duvidem de sua metodologia.
Informam que mais de 50 indicadores são utilizados agrupados nos do ambiente de inovação e os resultados obtidos, mostrando que o Brasil teria superado a Índia. Ainda que estes dados tenham melhorado no Brasil, duvida-se que já tenha superado a Índia, salvo em alguns setores determinados. Parece que as pesquisas relacionadas ao pré-sal estão melhorando os dados brasileiros, mas mesmo os especialistas nestas matérias ainda entendem que o Brasil encontra-se abaixo da Índia.
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19 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: finalidade ecológica, joint venture da Mitsui com a Dow Chemical, plástico biodegradável a partir da cana
Para quem comandou a apresentação brasileira sobre a tecnologia do etanol, incluindo a alcoolquímica, em 1985, na Expo Tsukuba no Japão, é uma satisfação muito grande ver que depois de décadas os japoneses decidiram fazer um grande investimento de significado ecológico nesta área. Na ocasião, estas possibilidades foram apresentadas inclusive ao príncipe herdeiro, hoje imperador Akihito. O jornal econômico japonês Nikkei, na sua edição de 20 de julho, anuncia que a Mitsui & Co., em parceria com a Dow Chemical, decidiu construir o maior complexo do mundo no Brasil, visando a produção de bioplástico com investimentos estimados em US$ 2 bilhões.
Em 1985, além do automóvel movido a álcool (não se utilizava ainda a expressão etanol), a Coopersucar já fazia as primeiras pesquisas mostrando que havia possibilidade da alcoolquímica permitir a produção do plástico biodegradável, utilizando como matéria-prima a cana de açúcar. O primeiro projeto em escala industrial em funcionamento foi da Braskem, do Grupo Odebrecht. O lixo sempre se constituiu um problema complexo, principalmente nos países desenvolvidos, e os plásticos derivados do petróleo apresentam grandes dificuldades para serem absorvidos pela natureza.
A planta destina-se à produção multiuso de etanol, com a capacidade de 240.000 kl por ano, cujo funcionamento deverá estar completo em 2013. A fábrica de biopolímetro deve estar construída em 2015. A produção de biomassa começará com 350.000 toneladas ano.
Estes biopolímetros poderão custar, inicialmente, o dobro do que plástico derivado do petróleo, mas a Dow acredita que, com os desenvolvimentos tecnológicos e produção em massa, estas desvantagens atuais poderão ser superadas. Os plásticos produzidos a partir do etanol devem ter durabilidade equivalente aos produzidos a partir do petróleo. Estes plásticos biodegradáveis estão ganhando popularidade para uso em embalagens de alimentos, autopeças e aparelhos eletrodomésticos.
A Mitsui espera poder fornecer estes produtos brasileiros nos mercados das Américas. Estima-se que o mercado de bioplásticos que atualmente gira em torno de 300.000 toneladas deva chegar em 2020 a cerca de 3 milhões de toneladas.
Entre as empresas japonesas, a Mitsubishi Chemical está considerando a possibilidade de produzir estes plásticos na Tailândia, através de uma joint venture.
19 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: abastecimento de produtos alimentares, energia, logística necessária
Na competente série de artigos de Marli Olmos, decorrente de sua visita à China, mostrando que as autoridades daquele país possuem uma visão estratégica dos investimentos que estão efetuando no Brasil, fica evidente que eles agem conscientes das condições indispensáveis. Cientes que existem limitações para a aquisição de terras cultiváveis neste país, montam uma adequada estrutura de agrobusiness e um sistema logístico que lhes garantam o abastecimento de que necessitam.
Assista também ao vídeo de Marly Olmos no http://www.valoronline.com.br/video/22566
Ainda que seja de conhecimento dos especialistas, o grande público e mesmo os profissionais mal preparados não sabem que parte substancial dos preços dos produtos agropecuários exportados pelo Brasil, bem como minérios e produtos que contém energia, não decorrem da produção. Os sistemas logísticos e as intermediações necessárias no comércio internacional acabam ficando com a parte do leão. Chegam a ser de 20 ou 30% para os produtores e 70 a 80% para estes demais custos, mesmo quando não se tratam de mercados distantes como os asiáticos.
Vice-ministro das Relações Exteriores da China, Zhang Kunsheng
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19 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: não só no Japão, repercussão mundial do futebol feminino, Wall Street Journal
Se alguém tinha dúvida da importância do futebol em todo o mundo, as japonesas que ganharam a Copa do Mundo feminina provaram como este esporte galvaniza multidões em todo o universo. Não foi somente o premiê Naoto Kan e o presidente Barack Obama que se manifestaram, mas para surpresa de muitos o austero The Wall Street Journal, especializado em economia, publicou nestes dois dias nada menos que quatro artigos longos sobre o evento.
Um foi escrito de Frankfurt por Matthew Futterman com o título “O conto de muitos erros” (A Tale of Too Many Misses), publicado no dia 18, que descreve todo o jogo com uma versão mais ampliada publicado no jornal econômico Nikkei. No mesmo dia 18, no Wall Street Journal, Yoree Koh publicou dois artigos “A vitória do futebol traz alegria para a nação” (Soccer Win Brings Joy to Nation), mostrando como Nadeshiko Japan provocou uma explosão de alegria no Japão. Ainda no mesmo dia, a mesma jornalista voltava a publicar “Como o futebol agregou o Japão pela emoção” (How Soccer Rallies Japan). E no dia 19, o jornalista Jason Gay publicou no mesmo jornal “Um ano de emoção num dia” (A Year’s Worth of Nerves In A Day). Ressalto, todos estes longos e expressivos artigos saíram nos jornais especializados em economia, mas em outros internacionais também se encontram artigos sobre o assunto em abundância.
Primeiro-ministro Naoto Kan e uma multidão recepcionaram a seleção no Aeroporto de Narita
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18 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, webtown | Tags: dificuldades culturais, Gastronomia, guia de turismo, problemas de classificação
Mesmo com todos os problemas existentes, o Guia Michelin continua sendo dos mais utilizados em todo o mundo, para identificar hotéis e restaurantes mais recomendados. Suas classificações hoje são contestadas, pois para se manter as suas estrelas, além da qualidade da culinária, são avaliadas as instalações dos estabelecimentos ao nível considerado exagerado principalmente por alguns chefs. Além disso, em muitas localidades como no Japão, os estabelecimentos mais sofisticados são os pequenos que só aceitam clientes conhecidos ou recomendados, sendo impossível que profissionais o façam de forma anônima. No atual mundo globalizado, onde estão sendo conhecidas as culinárias de todos os países e regiões, sempre é difícil estabelecer critérios para suas avaliações, que dependem muito das culturas dos seus usuários, que podem diferir, mesmo que se faça um esforço para a sua padronização com o uso de avaliadores locais.
Ainda assim, com uma primeira referência do nível do estabelecimento, bem como os preços e principais especialidades, muitos são os usuários. Um longo artigo do Financial Times, de autoria de James Boxell, cobre a história e discute os seus problemas, que começou em 1900 para dar informações para os primeiros turistas que utilizavam automóveis, o que sempre foi eficiente para promover a venda dos pneus do grupo Michelin.
Primeiro Guia Michelin publicado em 1900 e a capa do Guia Mihcelin – Paris 2011
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