26 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aumento de academias, exercícios nos parques, outras preocupações, uso da bicicleta
Ainda que os dados estatísticos disponíveis mostrem que a obesidade está aumentando entre os brasileiros, os mesmos mostram que ainda estão abaixo dos encontrados nos países chamados desenvolvidos. De outro lado, constata-se facilmente que os exercícios físicos que estão sendo praticados pela população local aumentam sensivelmente, pelo que se comprova pela multiplicação recente das academias de ginástica em todos os recantos das grandes cidades como São Paulo, além dos que são exercidos nos parques públicos que estão se multiplicando. Os praticantes de ciclismo, mesmo ainda contar com toda a infraestrutura desejável está se multiplicando.
Nota-se que estas atividades, além de prazerosas, estão incentivando mais relacionamentos pessoais, estimulando os praticantes. Os médicos informam que estes exercícios liberam no cérebro substâncias que ajudam a manter as pessoas mais otimistas, auxiliando também no aspecto psicológico, notadamente para os idosos que tendem a enfrentar dificuldades que podem induzi-los à depressão.
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24 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: mudanças no Newsweek, o nosso site, redução das notícias, técnicas do The Economist | 2 Comentários »
Diante da redução das notícias econômicas e políticas durante as festas do final do ano, observa-se que muitos veículos de comunicação social reduzem também as suas atividades, num período em que muitos enfrentam dificuldades para a sua continuidade normal. Como muitas outras revistas, até o tradicional Newsweek interrompe sua publicação impressa, passando a funcionar eletronicamente a partir do próximo ano. O The Economist publica num número o correspondente a duas semanas, utilizando a técnica de fornecer profundas análises históricas para assuntos da atualidade, que exigem uma leitura mais demorada, por se tratar de temas culturais.
Por exemplo, num dos seus artigos trata do conceito do “Inferno”, que vem desde a antiguidade, tratado pelos mais variados filósofos, não se restringindo aos de tradição judaica ou cristão, mas também de hindus, muçulmanos e budistas, indo até os antigos egípcios. Trata também das comemorações do Mardi Gras, que apesar de se concentrar em Nova Orleans nos Estados Unidos, mistura influências afro-americanas como de nativos daquele país, que escaparam da escravidão.
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24 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: alguns exemplos japoneses, ideias que podem ser aproveitadas e aperfeiçoadas, Luzes Natalinas, publicados no The Japan Times, reflexões
Temos informado neste site que uma das sensações mais estranhas que uma pessoa criada num país cristão enfrenta num país não cristão é a passagem do Natal. No Japão, a data é um dia útil como qualquer outro, com expediente normal de trabalho, e somente à noite e no comércio nota-se alterações na rotina. Evidentemente, existem famílias cristãs no Japão, e por serem minorias, suas convicções costumam ser mais profundas, como deve acontecer em outros países de tradição não cristã. Mas senti a mesma sensação de frustração numa noite natalina em Veneza, quando saí à procura de uma missa pelas igrejas certo que participaria de um rico evento e só encontrei portas fechadas, tendo que me contentar com um programa de televisão que transmitia uma cerimônia do Vaticano. Lamentavelmente, muitas partes do mundo transformaram o Natal num evento comercial ou de outras atividades mais pessoais.
Mesmo com esta constatação um tanto triste sempre é interessante ser confrontado com a beleza que pode ser obtido com as luzes, dando um sinal da alegria que pode ser transmitida pelo nascimento do Redentor, reservando-se para uma introspecção mais pessoal o que a data exige. Um jornal japonês, o The Japan Times, solicitou aos seus leitores o envio de fotos que entendem mais expressivas das iluminações que foram constatadas, que pode ser acessada pelo http://www.japantimes.co.jp/xmas12.html .
Isto nos leva à reflexão que menos da metade da população mundial é cristã, mas costumamos nos comportar como se o universo tivesse sentimentos semelhantes com os que nos cercam. Quando visitei recentemente uma livraria, constatei que a quase totalidade das obras expostas eram originária de uma cultura centrada no Ocidente, notadamente na Europa, ignorando o que acontece no resto do mundo que não é desprezível.
Do aspecto econômico, o mundo pode estar cada vez mais globalizado, mas precisamos ter a clara consciência que isto não é verdade dos demais pontos de vista relevantes, como é o cultural. Parece que necessitamos fazer um esforço para aumentar a nossa consciência que temos que conviver com outros povos que pensam de formas diferentes.
Trabalhei por longos períodos como voluntário nas tarefas relacionadas com o Conselho Mundial de Igrejas com sede em Genebra na Suíça. Organização de origem protestante, mas sempre com clara posição ecumênica, dialogando também com todas as igrejas não cristãs. Tenho a convicção que não podemos ter opiniões monopolistas, e precisamos respeitar todas as crenças, mas tomo a liberdade de lamentar a distorção comercial que se efetua de determinadas datas, que deveriam ser significativas para alguns povos.
24 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: Blue Tree Premium Paulista, Osechi Ryori em São Paulo, preparos com antecedência, simbologias, tradição doméstica
Jo Takahashi explica alguns detalhes do Osechi Ryori, que foi preparado pelo chef Shin Koike no livro “A Cor do Sabor” num dos seus capítulos, ilustrado por uma ótima fotografia de Tatewaki Nio. Ele é uma tradição familiar para comemorar o Ano Novo no Japão, que originalmente era para receber em casa as visitas que são feitas pagando respeito àqueles aos quais se devem favores, desejando um ano de profícuas realizações, tendo também um simbolismo religioso com votos de boas colheitas e tempos venturosos. Os diversos componentes desta refeição completa têm significados específicos e eram preparados com dias de antecedência, implicando num intenso trabalho preparatório para a dona de casa e seus auxiliares, normalmente familiares. Meu pai era alfaiate e, como numa corporação de ofício, formou muitos outros, que vinham no início do ano cumprimentá-lo com sua demonstração de respeito, e eram recebidos com alguns destes pratos previamente preparados.
Hoje, costuma-se resumir tudo dentro do possível. Na despedida do ano, os japoneses costumam tomar uma refeição ligeira, utilizando o sobá, o macarrão com trigo sarraceno, basicamente. E no início do Ano Novo, na primeira refeição, costuma-se tomar um “ozoni”, uma sopa preparada com legumes elaborados em desenhos como estrelas, utilizando-se algas e cogumelos no seu molho, além do bolinho de arroz chamado moti grelhado que, por ter uma elasticidade, acaba representando votos de vida longa, não se utilizando carnes por causa da tradição budista.
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23 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo na Folha de S.Paulo, o que vem acontecendo no cerrado brasileiro, olhos para ver, superação contínua das dificuldades
Como sempre, no mar do pessimismo cultivado atualmente por muitos analistas com o que acontece no mundo de negativo, fica-se com a impressão que estamos dominados lamentavelmente por uma cultura da “fossa”, que considera um sinal de elevada manifestação de inteligência se aprofundar na depressão, como prevaleceu em alguns períodos que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. Ainda que sempre hajam desafios a serem vencidos, como ao longo da história da Humanidade que acabaram sendo superados, parecem que insistem em não ver o que também acontece de positivo.
Um artigo publicado neste domingo pela Folha de S.Paulo, pela jornalista Tatiana Freitas, enviada especial para Balsas no Maranhão, Araguaína e Pedro Afonso no Tocantins, “Cerrado vira terra fértil e se torna nova fronteira agrícola”, na região que passou a ser conhecida como Mapitoba, compreendendo áreas do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, antes considerada das mais pobres do país. Minha experiência longa e pessoal é da época em que o Cerrado passava a ser cultivado intensamente em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, chegando à Bahia. Antes, porém, também o Estado de São Paulo contava com cerrados extensivamente ocupados pela pecuária, que viraram ricas terras de cultura agrícola. E assim vai continuar ocorrendo ainda por muitos anos.
Editoria de Arte/Folhapress
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22 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aquisição da Bolsa de Nova Iorque pela ICE, avanço das atividades eletrônicas, indicações da profundidade da crise financeira mundial
Para quem não é do setor, a venda da Bolsa de Valores de Nova Iorque, a famosa The New York Stock Exchange, para a sua concorrente ICE – Intercontinental Exchange, baseada em Atlanta, por um valor de US$ 8,2 bilhões é extremamente surpreendente, pois chegou a ser cotado em US$ 108,26 bilhões em 2006. O assunto está explicado num artigo do The Economist, que informa ainda que o atual valor da transação oferece um bom prêmio sobre o seu real valor. Isto mostra o quando as bolsas de valores perderam nas suas rentabilidades nos últimos anos, notadamente depois da crise financeira de 2008.
A ICE é uma bolsa que trabalha mais com produtos, como energia, no mercado futuro e em todo o mundo, algo parecido com a antiga BMF – Bolsa de Mercadorias e Futuro, que já tinha se fundido no Brasil com a Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo. Na realidade, as transações, mesmo em bolsas, ocorrem mais eletronicamente, não havendo mais aqueles famosos gritos nos pregões. Parece que estas mercadorias continuam mais firmes, mas também trabalham com diversos tipos de papéis derivativos, que se multiplicam no mercado, exigindo algumas especializações para a avaliação corretas dos riscos envolvidos, bem como as formas mais sofisticadas para as suas coberturas.
Bolsa de Valores de Nova Iorque
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21 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: desdobramentos, o caso do Mensalão no Brasil, o destaque na China, problemas no Japão | 4 Comentários »
A principal resolução do Partido Comunista Chinês – depois do caso em que Bo Xilai acabou expurgado da agremiação, ele que tinha a pretensão de tornar-se membro do grupo restrito de comando – foi dar uma forte ênfase no combate à corrupção. Os novos dirigentes escolhidos, começando por Xi Jinping, o novo secretário-geral e comandante máximo das forças militares, que deverá assumir a Presidência da China nos primeiros meses de 2013, destacam que a praga que pode comprometer o desenvolvimento daquele país é a corrupção. No Japão, ainda que o poderoso Ichiro Ozawa tenha sido livrado da Justiça, não teve condições de continuar no PDJ – Partido Democrata do Japão, e seus auxiliares diretos acabaram condenados, mostrando que algo de podre havia no seu grupo. No Brasil, o processo que ficou conhecido como Mensalão acabou condenando importantes ex-dirigentes do PT – Partido dos Trabalhadores, inclusive o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e seu ex-presidente da agremiação, José Genoino.
Bo Xilai Ichiro Ozaki José Dirceu e José Genoino
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21 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo do The Economist no seu site, cuidados sobre o comando de Shinzo Abe, eleição de Park Geun-Hye na Coreia do Sul
Depois da agradável surpresa com os resultados arrasadores conseguidos pelo PLD – Partido Liberal Democrata, comandado por Shinzo Abe, nas eleições do último domingo e das eleições coreanas de quarta-feira, com a vitória apertada de Park Geun-Hye e seu partido Saeniri, o artigo do The Economist no seu site já reflete uma posição mais cautelosa. Ambos são descendentes de controvertidos líderes políticos locais. Os problemas que precisam ser resolvidos no Extremo Oriente são complexos, acabando por confrontar o Japão com a China do ponto de vista político, obrigando a convivência de países que precisam acelerar o crescimento de suas economias, tendo ainda como pano de fundo os resquícios deixados pelas guerras passadas entre seus povos.
Shinzo Abe retornou ao poder mais pela objeção dos eleitores ao atual PDJ – Partido Democrata do Japão que ocupa o governo até o próximo dia 26 de dezembro, como já postamos neste site. Ele está prometendo ativar a economia japonesa provocando uma inflação de 2% ao ano e desvalorização do yen, interferindo na atual política do Banco do Japão que tem um objetivo vago de uma inflação de 1%, quando o país vem sofrendo problemas de deflação. A independência das autoridades monetárias acaba restrita. Recebe o apoio do empresariado, que também não conta com expressivos líderes, enquanto o elevado montante da dívida pública não permite muitas manobras.
Shinzo Abe Park Gean-Hye
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20 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: analistas financeiros e acadêmicos mais críticos, autoridades mais otimistas, depoimentos como os esperados, empresários mais realistas e cautelosos
No panorama geral que se pretendeu, ousadamente, descrever o que pode acontecer em 2013, os depoimentos refletem o que seria de se esperar: autoridades sempre mais otimistas, empresários mais realistas, mas cautelosos, analistas financeiros e acadêmicos mais críticos. Constam do suplemento especial sobre os cenários para 2013, publicado pelo Valor Econômico, com depoimentos de brasileiros e estrangeiros. Ainda que o futuro seja sempre incerto e depender do que vai ser feito, todos desejam traçar um cenário que poderiam orientar suas atividades, o que seria sempre uma ousadia.
Por mais pragmáticos que os depoimentos sejam, basta olhar o que aconteceu neste 2012, que surpreendeu a todos com mais dificuldades que seriam previsíveis. A recuperação europeia está sendo mais problemática, os Estados Unidos conseguem alguns resultados prejudicando outros parceiros, a Ásia sofre uma ligeira desaceleração, e o resto do mundo, inclusive o Brasil, sofre com o cenário internacional que ocorreu.
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19 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a explicação sobre a pizza, a Ficha Limpa, artigo do The Economist sobre corrupção no Brasil, o caso do Carlinhos Cachoeira, o julgamento do Mensalão | 2 Comentários »
Com bastante destaque, a prestigiada revista The Economist publica na sua edição da próxima semana uma esclarecedora matéria sobre a corrupção no Brasil. Afirma que raramente a corrupção política levou a tantas condenações de figuras de destaque como o chamado Mensalão. No longo julgamento no Supremo Tribunal Federal dos 38 acusados, 26 foram condenados a penas pesadas, com destaque para figuras de proa como José Dirceu, que foi o Chefe da Casa Civil do presidente Lula da Silva. O artigo relata os aspectos importantes deste processo, informando que ainda será necessária a publicação da decisão, que permite alguns recursos que não acreditam que terão efeitos, para se chegar ao acórdão final em meados do próximo ano.
A revista informa que Lula da Silva não foi acusado e as alegações de Marcos Valério são tidas como do maior condenado, podendo haver um processo adicional dependendo da promotoria. A revista destaca a capacidade dos policiais e dos promotores, informando que o caso representa uma marca importante da Justiça, pois muitos acreditavam que tudo terminaria em pizza, expressão que é explicada pelo artigo.
A revista menciona a opinião do cientista político Carlos Melo, do Insper, uma escola de negócios de São Paulo, que o processo começou em 2005, e que ele faz parte do esforço que vem sendo desenvolvido pela Transparência Internacional, que tem sede na Alemanha. O Brasil já utiliza uma legislação chamada Ficha Limpa, que na última eleição impediu muitos fossem barrados de participar da campanha eleitoral, pelas condenações em processos anteriores.
Destaca que a presidente Dilma Rousseff vem afirmando sua determinação em combater a corrupção, mesmo que cometidas pelos seus colegionários. A revista informa que está havendo novas investigações sobre 24 pessoas, incluindo Rosemary de Noronha que era próxima a Lula da Silva.
Registra também que, em 1992, o Congresso Brasileiro promoveu o impeachment do presidente Collor de Mello. Mas que, recentemente, um inquérito parlamentar envolvendo Carlinhos Cachoeira e outras importantes figuras políticas acabou sem indiciar culpados. Não informam que o processo continua no Judiciário, que depois de uma longa tramitação pode resultar em condenações semelhantes ao do Mensalão. Há comentários de políticos informando que a pizza, no caso, acabou sendo maior que o forno.
Lamentavelmente, o artigo não se recorda de outros processos que podem condenar principalmente oposicionistas ao atual governo, como no caso de Minas Gerais e do processo de mudança constitucional que acabou permitindo um segundo mandato ao presidente Fernando Henrique Cardoso.