19 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: anúncio do Newsweek, iniciativa do Japan Today, velocidade da disponibilização no mundo | 2 Comentários »
Para alegria daqueles que residem e trabalham fora dos grandes centros mundiais, está se acelerando o aumento de publicações que se tornam disponíveis on time pelos meios eletrônicos de comunicação social. O transporte de jornais e revistas, mesmo com a melhoria da aviação, ainda apresentava lamentáveis defasagens para leitores situados no Brasil. Como exemplos relevantes, a importante revista norte-americana Newsweek anunciou que passará a trabalhar somente com a sua edição digital. E agora, a Insight Digital Weekly Magazine, em inglês, do Japan Times, fica disponível pela internet.
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19 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análise com sua experiência internacional, artigo sobre o Brasil no The Economist, avaliação da redução da taxa de juros
A longa e ampla experiência de análises econômicas internacionais confere aos artigos publicados no The Economist uma importância ímpar, resumindo o que deveria de amplo conhecimento dos brasileiros. No número desta semana, com o título inspirado na declaração recente da presidente Dilma Rousseff, trata do assunto que “não existe mais almoço grátis”, que originalmente é de Milton Friedman. Trata do assunto da queda de juros reais, redução do spread e do lucro bancário que está sofrendo fortes pressões.
O Banco Central do Brasil reduziu a taxa Selic para 7,25% quando analistas ligados ao sistema bancário esperavam a sua manutenção em 7,50% diante do surgimento de algumas pressões inflacionárias, que a colocavam acima da meta inflacionária. O mercado entendeu que as autoridades monetárias estavam dando maior importância ao crescimento modesto da economia brasileira neste ano, ainda que tenha anunciado que deve ser a última redução por um longo período.
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18 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: MDG focalizado no The Japan Times, temas relacionados com a vida deles, um dos muitos conjuntos que nasceram na comunidade nipo-brasileira na região de Nagoya
Num artigo de Trevor David publicado no The Japan Times focaliza-se um conjunto musical hip-hop denominado MDG – que vem de mundrungo, que se refere à população da rua. Constituído há mais de seis anos em Nagoya por Shinosuke Eder Sugai, Rafael Abe e Khalil Osawa, utilizando somente os seus primeiros nomes. Cantam em português, japonês e inglês temas relacionados com a vida cotidiana dos mais de 50.000 brasileiros que vivem na região de Nagoya, na província de Aiichi, no Japão.
Evidentemente influenciados pelo reggae, tocam no ritmo brasileiro, utilizando instrumentos como o berimbau, o pandeiro e a cuíca, não se considerando engajados em políticas, mas reportando o que é a vida na rua dos brasileiros da região. Existem outros conjuntos semelhantes como o Criolo e o Emicida, mas eles parecem mais engajados, segundo o autor.
Khalil, Shin e o DJ Rafa do MDG, que se apresenta em Nagoya. Foto: Trevor David
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18 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: apreciações isentas, dificuldades de longo prazo, os problemas existentes nas relações sino-japonesas, posições de jornalistas do Newsweek | 4 Comentários »
Takashi Yokota é editor chefe do Newsweek Japão e Kirk Spitzer é jornalista especializado em defesa, que colabora com o Newsweek e com o Time. Juntos elaboraram o artigo publicado no prestigioso Foreign Affairs, tendo perspectivas para análises fundamentadas. Eles informam que o governo japonês está procurando adotar uma posição mais dura sobre o problema das ilhas Senkaku/Diaoyu, mudando sua política externa e de defesa.
Mas, segundo os autores, este movimento não é tão agressivo como possa parecer. Todos sabem que a aquisição da ilha feita pelo governo japonês decorreu da atitude do governador de Tóquio, Shintaro Ishihara, que se preparava para fazer o mesmo, criando problemas mais graves, decorrentes de sua posição política mais radical. Eles acreditam que a população japonesa está tendendo para uma posição mais à direita, diante das disputas territoriais não somente com a China, mas com a Coreia do Sul e com a Rússia.
Takashi Yokota Kirk Spitzer
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18 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aproveitamentos legítimos das condições atuais do mercado internacional, o artigo de Boris Korby e Benson Drew postado no Bloomberg, riscos diante das flutuações que podem ocorrer
Como exemplo, o artigo publicado pelos jornalistas Boris Korby e Benson Drew no Bloomberg sobre o atual crédito ao Brasil, classificando seus bonds como os mais perigosos entre os dos BRICS, podem ser considerados no mínimo indelicado ou parcial, aparentando estar elaborado pelo fígado e não pelo cérebro. Eles afirmam que não receberam respostas dos assessores de imprensa da Vale, Odebrecht e Petrobras aos e-mails enviados para comentarem a situação. Parece natural que as empresas brasileiras aproveitem a situação presente, onde existe uma grande liquidez, e os títulos das empresas brasileiras gozem de juros baixos e proporcionem prazos longos.
As políticas adotadas pelos países desenvolvidos, na tentativa de elevar seus níveis de atividade, ampliam a disponibilidade de recursos, provocando condições favoráveis para a renovação de empréstimos, principalmente os de vencimentos próximos e juros mais baixos. Não há dúvidas que um dia estas políticas podem voltar a elevar os seus juros, mas não se sabe quando, e tudo indica que não será no futuro próximo. Evidentemente, os que efetuaram investimentos de longos prazos, com juros modestos, podem enfrentar situações diversas às atuais.
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17 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: artigos de Josimar Melo e Nina Horta, edições que dão alegrias, suplemento Comida da Folha de S.Paulo
Estão se multiplicando as publicações sobre a gastronomia no Brasil, mas nem todos contam com articulistas que têm o que falar. O número de hoje de Comida, da Folha de S.Paulo, dá um interessante paralelo com dois artigos de Josimar Melo, escritos de dois pontos extremos do mundo, um do Brasil e outro do Japão. Eu o considero um dos mais sérios pesquisadores no assunto e a crônica leve e inteligente de Nina Horta, que comenta o laboratório de criação que é o Mocotó, de Rodrigo Oliveira. Até dá a impressão que a linha editorial que os liga foi planejada.
Num artigo, Josimar Melo comenta com o seu conhecimento histórico a recente inauguração do Sakagura A1 do chef Shin Koike, cuja evolução ele acompanha ha muito tempo. Muitos chefs param no tempo, não correndo o risco de constantes inovações, na medida em que vai descobrindo novos ingredientes pelo Brasil, inclusive da Amazônia. Shin Koike, cujo pai tinha um restaurante de sushi e sashimi no Japã,o começou suas atividades profissionais em outros restaurantes em Tóquio, tendo passado pelo Escoffier, de cozinha francesa, absorvendo o que havia de internacional, permitindo uma nova leitura da tradicional culinária japonesa.
O chef Shin Koike e alguns dos pratos servidos no Sakagura A1
Outro artigo de Josimar Melo foi escrito no Japão, onde ele volta a visitar a convite do Basque Culinary Center (vejam até que está interessado) onde ele está descobrindo novas leituras do tradicional kaiseki japonês, com contribuições francesas e internacionais. Lamentavelmente, no Brasil só existem resquícios do verdadeiro kaiseki, que é a forma pela qual havia uma sequência de pratos, servidos nos restaurantes de alta cozinha, chamados ryoteis, muitos de origem nos templos budistas.
Ainda que ele tenha recebido informações também da Mari Hirata, a chef brasileira radicada no Japão, não me pareceu necessário o uso das referências às estrelas do Michelin, que são somente para orientar turistas. No Japão, os bons e pequenos restaurantes estão com todas as reservas tomadas, e seus clientes costumam ser os habituês. As estrelas do Michelin são irrelevantes, a não ser para os brasileiros.
Possivelmente para conhecer o que estava se internacionalizando rapidamente com base na culinária japonesa, ele comenta o restaurante Les Créations, de Narisawa, que fica próximo à luxuosa avenida Aoyama em Tóquio, que figura como dos mais destacados de origem francesa, tendo como chef Yoshihiro Narisawa.
Chef Yoshuro Narisawa, e uma de suas criações
Outro escolhido fica no bairro boêmio de Roppongi que conta com grandes novos centros de destaque. Ele escolheu o do chef Seiji Yamamoto, que tem o nome Ryugin, também que recebeu influência francesa.
Chef Seiji Yamamoto com seu prato de côngrio com matsutake
Estes chefs citados têm em comum o treinamento na culinária francesa, valendo a pena citar que a visita ao Japão foi feito no início do outono daquele país, quando o matsutake – cogumelo muito caro que nasce nas florestas de matsu – pinheiros. O uso de ingredientes da estação é marcante na culinária japonesa.
Observa-se que também está se universalizando o uso de pequenas flores, como os de manjericão e brotos de ervas, como já se encontram nos finos restaurantes de São Paulo. Como a maioria é criada em estufas, elas independem das estações do ano, mas os mais sofisticados são colhidos nos pântanos.
O interessante é que em todos estes casos, os toques locais são dados pelos ingredientes da região, muitos que eram de uso popular, e estão voltando às mesas de restaurantes sofisticados. Mas, como tudo, o exagero de uso de elementos parece acabar dificultando a apreciação dos ricos sabores, normalmente suaves, que os diferenciam, criando algumas vezes uma confusão. Os mesmos princípios estão sendo utilizados nos molhos, sempre com pouco sal, menos manteiga e quase nada de açúcar, hoje mais carregados de finas pimentas, muitas de cheiros.
Como observa Nina Horta, o laboratório do Mocotó, com a criatividade de Rodrigo Oliveira, tem nos enriquecido a todos, estimulando pesquisas por todo o país, como as de Shin Koike, apresentando a rica biodiversidade brasileira, que ainda poderá contribuir muito no que há de melhor na gastronomia internacional.
16 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Nippon Steel e Sumitomo Metal com novas chapas para veículos, noticias do Nikkei, produção nos países emergentes
O jornal econômico japonês anuncia que a Nippon Steel e a Sumitomo Metal, que estão providenciando a sua fusão, irão produzir na Tailândia, no México e no Brasil chapas de aço para serem utilizados nos veículos com tecnologias avançadas, como na Usiminas – Usina Siderúrgica de Minas Gerais. A previsão para a Tailândia e o México é para 2013, e elas serão 60% mais resistentes, cumprindo as normas de segurança ao mesmo tempo em que seu peso proporcionará redução entre 10 a 20%. O peso terá redução de 5 a 10% nos novos veículos, proporcionando mais eficiência no consumo de energia.
As indústrias japonesas de automóveis nos países emergentes, como a Nissan, a Honda e a Mazda, estão construindo fábricas no México. A Nissan está no Brasil e a Mitsubishi Motors na Tailândia, todos visando veículos mais eficientes no consumo de combustíveis. A Nippon Steel e a Sumitomo Metal produzem tais chapas de aço atualmente no Japão, nos Estados Unidos e na Europa, e ainda mantinham as tradicionais nos países emergentes.
Estas chapas eficientes para os veículos da maior siderurgia japonesa ainda são superiores às da Posco coreana e da Baosteel chinesa, mas elas também estão na corrida para aperfeiçoar seus produtos.
Estas evoluções têm sido constantes no tempo. Os primeiros veículos utilizavam chapas de aço extremamente resistentes, mas pesadas. As atuais parecem folhas maleáveis, para evitar os impactos e danos aos passageiros, mas apresentam expressivos ganhos na eficiência energética, que está sendo perseguida pela indústria automobilística em todas as partes do mundo.
16 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: cobrindo a maioria dos temas, direções de Cley Scholz, do Estado, do Globo, e Cristina Alves, quatro números, reconhecimento das dificuldades, suplemento conjunto de O Estado de S.Paulo e O Globo
Reconhecendo que a economia brasileira enfrenta problemas para se situar entre os primeiros do mundo, os jornais O Estado de S.Paulo e O Globo tomaram a iniciativa de publicar quatro suplementos especiais visando cobrir os principais temas. Designando equipes para tanto, começam reconhecendo que, apesar de alguns avanços, o Brasil ainda se situa no 48º lugar no ranking mundial, enfrentando problemas como a insuficiência na inovação, regulação de moedas estrangeiras, acesso a financiamentos, corrupção, falta de preparo da força de trabalho, relações trabalhistas restritivas, burocracia governamental, carga tributária, deficiência na infraestrutura e regulações tributárias.
Apontam que o governo não consegue fazer os ajustes necessários sem reformas, os juros começam a baixar e o câmbio se desvaloriza, as exportações concentram-se nos produtos primários, os componentes eletroeletrônicos estão emperrados, a logística está atrasando o desenvolvimento, os portos são um problema, a tecnologia é uma grande barreira, os transportes são de má qualidade, o setor privado deve investir em infraestrutura, os executivos brasileiros são globais, componentes internacionais podem ajudar, parcerias ajudam a Embrapa, casos de adaptação, ousadia da Embraer, Marcopolo mantendo-se competitiva, entre outros casos.
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15 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Japan Times, discussão sobre a oportunidade, diversidade chinesa, Grande Exposição Chinesa no Museu Nacional de Tóquio | 2 Comentários »
Quando violentas e inúmeras manifestações ocorrem na China e no Japão as autoridades fazem pronunciamentos veementes diante da disputa de ilhas, uma grande exposição de relíquias chinesas diversificadas é apresentada até dezembro próximo no Museu Nacional de Tóquio, com o claro apoio das autoridades chinesas, que pode até ser interpretado como de “soft power”. É evidente que a preparação de uma exposição desta magnitude que envolve 168 importantes itens, de diversas épocas e regiões, demanda muito tempo e não pode ser relacionada com acontecimentos recentes, mas sempre acaba despertando algumas curiosidades. O comentarista C.B. Liddell apresenta uma apreciação especial sobre o evento no The Japan Times, informando que a China não pode ser considerada homogênea, havendo uma grande diversidade em todo o seu território, bem como ao longo de sua milenar história, fazendo um paralelo com o que acontece hoje.
Com o tema geral “China: Grandiosidade de Dinastias” (tradução livre), a exposição apresenta cerâmicas, esculturas, trabalhos em metal e em jade, e estátuas de terracota dos soldados do Imperador Shi Huang. O curador Nobuyuki Matsumoto, do museu japonês, apresenta a exposição como manifestação do pluralismo. Como costuma ser da tradição chinesa, a exposição apresenta o quadro complexo dentro de um esquema histórico convencional e suas consecutivas dinastias. Mas pondera que se pretende somente a história política, pois a cultural apresenta mudanças dramáticas ao longo do tempo.
Survivors of time: Gilt silver Ashoka pagoda (Northern Song Dynasty, 1011); Sandstone pillar plinth (Northern Wei Dynasty, 484); a bronze jue tripod wine vessel (Yin dynasty, 16th-15th century B.C.) NANJING MUSEUM; SHANXI MUSEUM; ZHENGZHOU MUSEUM |
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15 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: investimento de US$ 20 bilhões, negócios ousados, notícias nos jornais japoneses e norte-americanos, suporte dos bancos | 6 Comentários »
Dada à ousadia de Masayoshi Son, um japonês de origem coreana que já é a terceira operadora de celulares no Japão, e que acaba de anunciar a aquisição de 70% da similar Sprint Nextel dos Estados Unidos, também a terceira no país, os jornais do Japão como os norte-americanos dão destaque à notícia. Quem teve a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente fica assustado com a sua agressividade empresarial, tomando riscos que parecem contar com o suporte das maiores instituições financeiras como a Mizuho, Sumitomo Mitsui e Mitsubishi UFJ, do Japão, além da Deutsche Bank. Os jornais japoneses como o Nikkei noticiam que o Citibank, Rothchild e UBS assessoraram a Sprint, enquanto a Reine, Mizuho e Deutsch aconselharam a Softbank.
As cifras envolvidas são recordes entre os investimentos japoneses efetuados no exterior, impressionando a muitos quando se trata de serviços de comunicação celular. É de se supor que a sinergia gerada pela operação conjunta deve gerar utilizações intensas de comunicações entre os dois países, diante das dificuldades que ambos os países contam atualmente com a agressividade da China, notadamente na Ásia, quando já era a principal parceira tanto do Japão como dos Estados Unidos.
Masayoshi Son
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