30 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: Agroguia, informe publicitário, preenchendo lacunas, temas importantes para a agrobusiness
A reconhecida insuficiência de atenção da imprensa brasileira às atividades produtivas importantes no Brasil como a do agrobusiness acaba exigindo esforços especiais para o preenchimento das lacunas existentes. Destacando demasiadamente as atividades financeiras, os responsáveis pelos meios de comunicação social desconhecem que sem a produção, como do setor rural e industrial, o Brasil não poderia se desenvolver. Os setores financeiros e comerciais são importantes braços auxiliares das atividades produtivas, mas não há condições no país para viver da predominância de atividades financeiras como na Suíça, por mais importantes que elas sejam.
Um gritante sinal desta distorção é a necessidade de se elaborar um informe publicitário como o Agroguia, do Grupo Publique, uma publicação mensal que está sendo distribuído em São Paulo junto com a Folha de S.Paulo. A edição de julho traz importantes matérias sobre as preocupações ecológicas e sustentáveis do setor agropecuário, os desenvolvimentos tecnológicos que estão sendo introduzidos, os principais eventos nacionais que interessam a este setor, bem como esclarecedoras entrevistas sobre as atividades no oeste baiano, os problemas da pecuária com a seca, bem como os pensamentos dos novos dirigentes do setor, além de outras informações técnicas.
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30 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: empenho de sua população, mão-de-obra intensiva, pequenas propriedades, produção diversificada, Vietnã
Nestes tempos de Olimpíadas, onde pequenos países estão mostrando o seu progresso esportivo, destacando-se em setores onde poderiam encontrar limitações, o Vietnã vem surpreendendo muitos analistas com o seu desenvolvimento agrícola. Um país que conta com um território cerca de 30% maior que o Estado de São Paulo, um quarto do Estado do Pará, com um clima e geografia semelhante ao da Amazônia. Com uma população total de cerca de 45 milhões de habitantes, registrou nos sete primeiros meses deste ano de 2012 um brilhante crescimento de 12,4% na sua exportação de produtos agrícolas, com relação ao mesmo período do ano passado. Isto ocorre mesmo com a redução de muitos preços dos produtos agrícolas neste período. O valor chegou a US$ 15,9 bilhões, cerca da metade de uma potência agrícola mundial como o Brasil.
Madeira e produtos florestais foram os que mais apresentaram em crescimento, com 21,6% de aumento. Produtos de alto valor comercial como a pimenta do reino rosa e frutos do mar também tiveram uma boa performance, destinando estas exportações para diferentes regiões do mundo, como os Estados Unidos, Taiwan, Alemanha, China, Índia e Emirados Árabes Unidos. A borracha, o café e o chá também ganharam importância. Muitos destes produtos são semelhantes com os brasileiros, como no caso da castanha de caju, que registrou um crescimento de 36,5% em volume. O arroz foi o único produto importante que apresentou queda, tanto em volume como valor. Todas estas informações foram publicadas no seu principal jornal em inglês, o Viêt Nam News.
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30 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: ginasta irlandês, história de Kieran Behan, parece roteiro de cinema, sua qualificação para as Olimpíadas | 4 Comentários »
Ainda que o caso nada tenha com a Ásia ou a América do Sul, estas superações humanas acabam sendo lições universais, úteis para todos nestes dias das Olimpíadas de Londres. A história do ginasta irlandês Kieran Behan, publicada também no site da UOL, pode ser encontrada pela Google utilizando-se os meios usuais da internet, mostrando uma rara superação pela determinação, que chega à beira do fantástico. Depois de diversas tentativas, ele acabou conquistando a sua participação nas Olimpíadas, com antecedentes calando médicos que diagnosticaram que ele passaria o resto de sua vida numa cadeira de rodas.
Nascido em 1989 em Londres, quando tinha 10 anos foiencontrado um tumor benigno na sua perna. Com complicações na cirurgia para a sua remoção, acabou ficando numa cadeira de rodas, tendo retornado aos exercícios 15 meses depois. Não muito depois do seu retorno, não conseguia o equilíbrio, tendo se diagnosticado um dano no seu cérebro que não permitia a sua coordenação. No hospital afirmavam que ele não voltaria a andar, com o que ele não se conformava, e com a sua insistência conseguiu que sua mãe o retirasse da instituição para ser cuidado por ela em sua casa.
Kieran Behan
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27 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: alertas da prêmio Nobel Aung San Suu Kyi, artigo no Foreign Affairs, moderação
O artigo de Brian P. Klein, ex-representante para o Sudeste Asiático do Escritório Representativo de Comércio dos Estados Unidos e credenciado analista econômico e político, informa que Myanmar, antes conhecido como Birmânia, está recebendo maciços investimentos estrangeiros diretos que chegaram a US$ 20 bilhões em 2011. Os primeiros eram asiáticos, mas nos últimos meses a Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos reabriram seus relacionamentos econômicos com este país.
Myanmar é considerado a última fronteira no Sudeste Asiático e foi mantida isolada pelas barbaridades cometidas pelo Khmer Vermelho e manteve a prêmio Nobel Aung San Suu Kyi para lutar pacificamente contra os militares que a mantiveram em prisão domiciliar por muitos anos. Ela acabou liberada e foi eleita parlamentar e está percorrendo o mundo, até para receber o prêmio Nobel para cuja cerimônia estava impedida de comparecer. Como se trata de um país com uma população próxima de 50 milhões de habitantes, dispondo de muitos recursos naturais, inclusive petróleo e gás, além de preciosos minérios e uma produção de arroz de elevada qualidade. Tudo está provocando uma enxurrada de interesses estrangeiros, numa economia que se manteve estagnada por um longo período e que começa a ser recuperada do seu atraso.
Aung San Suu Kyi
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27 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as bases de onde vêm os atletas, esporte no Brasil, suplemento Eu & Fim de Semana do Valor Econômico
O jornal Valor Econômico, como faz todo fim de semana, publica o interessante suplemento Eu & que motivado pelas Olimpíadas trata da formação dos atletas brasileiros. Paula Gonçalves, a Magic Paula, hoje diretora executiva do projeto Esporte e Cidadania da Petrobras, que patrocina muitos atletas brasileiros, resume bem o problema que o Brasil enfrenta abrangendo os mais variados aspectos. “Nem que eu tivesse R$ 300 milhões conseguiria melhores resultados. Dinheiro não vale nada sem se investir na base”, afirma o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Mauro Silva.
Verificando-se o que acontece nos principais países que são potências esportivas mundiais, nota-se que a base está nas escolas, que desde o primário, secundário e até nas universidades preparam a base donde são selecionados os atletas de alto rendimento, que se tornam profissionais. E não precisam de fabulosos orçamentos e grandes populações, como é o caso de Cuba, pobre do ponto de vista econômico, confinada numa península, com pouco mais de 11 milhões de habitantes. No Brasil, continuamos dependendo de eventuais talentos individuais que são descobertos em algumas atividades.
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27 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: abastecimento internacional em risco, problemas para o aumento de sua produção no Brasil, uso do etanol como combustível | 6 Comentários »
Todos sabem que o Brasil foi o pioneiro da utilização do etanol como combustível para os seus veículos, em grande escala, tanto puro como misturado com a gasolina. Existem episódios isolados como na China, quando de sua guerra com o Japão, onde Joseph Needham relata o uso de um veículo movido a álcool para efetuar suas pesquisas no País do Meio, quando o resto do mundo utilizava outros substitutos para a gasolina concentrada para mover os equipamentos militares, como o hidrogênio, inclusive no Brasil.
No entanto, nos últimos anos, o Brasil vem importando o etanol norte-americano produzido a elevados custos a partir do milho, exigindo subsídios para os seus produtores. Com a forte seca nos Estados Unidos, tanto o abastecimento mundial do milho como da soja ficaram prejudicados, com seus preços subindo de forma acentuada. O que aconteceu com a indústria brasileira de cana que vinha crescendo por décadas mais de 3% real por ano em produtividade? Não se pode apontar somente uma razão, mas pode-se tentar listar alguns fatores que contribuíram para as tendências dos últimos cinco anos.
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26 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: efeitos sobre os preços das carnes, experiências brasileiras, os preços do milho e do farelo da soja
A economia brasileira já começa a ser beneficiada pelas dificuldades climáticas nos Estados Unidos que provocam uma forte alta nos preços do milho e da soja no mercado internacional, cotada na Bolsa de Chicago. E, como consequência, as rações que são utilizadas na produção de frangos e suínos sobem, afetando também as carnes, como a dos bovinos, beneficiando os produtores brasileiros e a economia brasileira. O mercado de produtos proteicos apresenta esta característica de transmitir para outros estes efeitos, em decorrência da possibilidade de serem substituídos uns pelos outros pelos consumidores, ainda que em parte.
Um artigo publicado na Folha de S.Paulo de hoje, elaborado pela equipe do Financial Times que atua nesta Capital, informa que as carnes suínas e de frango se tornarão produtos de luxo, e os produtores norte-americanos procuram se abastecer no Brasil com o que necessitam. Como a safra intermediária conhecida como “safrinha” que está em andamento foi maior do que a esperada, com estes preços os produtores brasileiros já estão sendo beneficiados. Também as demandas de insumos agrícolas para a safra de 2012/2013 estão em alta, como já postamos neste site, e os prognósticos do clima são favoráveis, prometendo uma boa produção para o começo do próximo ano, o que deverá provocar uma euforia no meio rural, beneficiando toda a economia brasileira.
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24 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo publicado no Project Syndicate, implicações mundiais, importante colocação de Joseph S.Nye
Poucos artigos foram tão felizes como este de Joseph S.Nye, chairman do US National Intelligence Council e professor da Universidade de Harvard, publicado no Project Syndicate, que esclarece a importância da independência energética que está sendo alcançada pelos Estados Unidos, com consequências em todo o mundo. Ele começa se referindo à intenção de Richard Nixon nos primeiros anos 1970 procurando a independência energética daquele país, mas que os diversos mandatários seguintes só conseguiram agravar a dependência do fornecimento externo, a preços 15 vezes mais elevados.
O autor afirma que o choque energético contribui para uma combinação letal da estagnação econômica e inflação, mas ninguém levou o assunto a sério. Os Estados Unidos importavam naquela época um quarto do petróleo necessário, e depois do embargo árabe e a revolução iraniana passaram a importar metade do que necessitavam. Hoje, a US Energy Information Administration estimam que a metade do petróleo bruto necessário seja produzida nos Estados Unidos no final desta década e 82% virá do lado americano do Atlântico.
Joseph S.Nye
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24 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: avanços orientais, interessante artigo de Dominique Moisi no Project Syndicate, novos equilíbrios, reações
Dominique Moisi é fundador do French Institute of International Affairs, professor do Institute d’Etudes Politiques e autor do livro The Geopolitics of Emotion: How Cultures of Fear, Humililiatin, and Hope are Resharping the World. Ele publicou o seu artigo “Como o Ocidente está se restabelecendo” (tradução livre) no Project Syndicate, cujas considerações merecem atenção. Todos sabem que a China, que ganhou notoriedade nas últimas décadas, já teve no final do século XIX e começo do XX um grande prestígio entre os intelectuais europeus, mas também apresenta seus pontos de vista aproveitando a sua arte elaborada no passado.
Já comentamos neste site a influência dos jesuítas na arte japonesa, que perdura até hoje, e o mesmo aconteceu em outras localidades como Macau, na China. Moise refere-se a uma prestigiosa exposição chinesa apresentada em Londres em 2005 na Royal Academy of Arts, que representa o que melhor expressa a cultura chinesa. O principal e gigantesco quadro do evento, de inspiração nas técnicas dos jesuítas, mostrava emissários ocidentais pagando respeito ao imperador chinês.
Dominique Moisi
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24 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigos do China Daily sobre os chineses na América do Sul, investimentos na Argentina, Sany | 2 Comentários »
Demonstrando a intensificação dos investimentos chineses na América do Sul, o China Daily publica dois artigos de Zhou Siyu, o primeiro sobre as atividades da Sany Heavy Industries em São José dos Campos, para a produção de equipamentos pesados de construção que competem com a Komatsu e com a Caterpillar. Ela espera dobrar suas vendas nesta parte do mundo, e já conta com 21 subsidiárias em todo o mundo, e cinco fábricas nos Estados Unidos, Alemanha, Índia, Brasil e Indonésia. Ela é a maior indústria de equipamentos pesados para construção na China, que detém nada menos que 50% da capacidade mundial neste segmento.
Já contam com 30% deste mercado no Brasil, à frente da Komatsu e da Caterpillar, e seus diretores afirmam que os equipamentos necessários no Brasil são similares aos da China. Visam atender obras como a da Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Suas vendas totais no mundo chegam a US$ 7,9 bilhões. Eles esperam melhorar a qualidade dos seus produtos e se tornarem competitivas internacionalmente. Sua base de produção no Brasil visa atender também países vizinhos como a Colômbia, Peru e Equador. Eles adquiriram a Putzmeister, um grande produtor alemão de bombas de concreto, investindo cerca de US$ 640 milhões.
Numa outra matéria, publica-se a foto de um estande brasileiro na Feira de Cantão, informando que, em 2010, US$ 17 bilhões foram investidos pelos chineses no Brasil, tornando-se o maior investidor estrangeiro neste país.
Mas a matéria refere-se ao gigantesco investimento conjunto da Shaanxi Coal & Chemical Industry, Shaanxi Xinyida Investiment e Jinduichang Molibdênio, totalizando US$ 1 bilhão em Rio Grande, na Argentina, para produzir 450 mil toneladas de amônia e 800 mil toneladas de ureia, portanto fertilizantes.
Mas com a crise argentina, as dificuldades começaram a aparecer, com equipamentos de construção proibidos de desembarcar naquele país. Os investimentos não podem ser realizados e o projeto se encontra paralisado.
Como a demanda de fertilizantes como a amônia e a ureia são vitais para o aumento da produção agrícola, não seria um absurdo se negociar a sua relocalização, inclusive para o abastecimento do Mercosul.