14 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: inovações na área da saúde, número de junho de 2012 do Highlighting Japan, outros assuntos culturais
A revista eletrônica Highlighting Japan vem publicando informações variadas e relevantes sobre o Japão, e neste último número concentra sua atenção nas inovações que estão sendo conseguidos na área da medicina, com foco nos problemas japoneses, mas que também são uteis em outros povos. Na nova estratégia para desenvolvimento do Japão estas inovações ganham destaque criando desafios para as suas indústrias, com benefícios para diversas populações. A íntegra da revista, em inglês, encontra-se no http://www.gov-online.go.jp/eng/publicity/book/hlj/index.html .
Os artigos começam com exemplos da medicina no espaço, referem-se aos estudantes que estão trabalhando com o corpo humano, a produção de equipamentos médicos, a medicina voltada para os bebês, enfermagem adaptada das lutas marciais, as pesquisas efetuadas com os finlandeses para serviços relacionados com os idosos e entrevista relacionada às vidas longas e saudáveis.
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13 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: trabalho bilíngue de fôlego, um balanço positivo, um grande relatório especial da Análise
Como nos ensinou a prêmio Nobel de Economia, Elinor Ostrom, no artigo sobre o qual postamos uma nota neste site, a reunião de cúpula das Nações Unidas conhecida como Rio + 20 não pode ser considerada um fracasso devido ao momento desfavorável da economia mundial. Ainda que algumas expectativas sejam consideradas baixas, como num artigo publicado pelo O Estado de S.Paulo, significativos avanços estão ocorrendo na base até da economia brasileira. Um relatório minucioso e precioso acaba de ser publicado pela Análise Editorial, em português e inglês, mostrando o que está se fazendo no Brasil de forma concreta.
O abastecimento de água passou de 96% dos municípios em 1989 para 99% em 2008, a coleta de lixo de 80% em 1992 passou para 98% em 2008, a coleta de esgoto de 47% em 1989 para 55% em 2008, a reciclagem de alumínio de 39% em 1992 para 98% em 2010, o licenciamento ambiental emitido pelo Ibama de 2 em 1992 para 624 em 2011, as áreas verdes protegidas de 67 milhões de hectares para 75 milhões em 2010, gases nocivos à camada de O³ de 8 mil toneladas para 0,4 mil toneladas em 2009, enquanto a população brasileira passou de 147 milhões em 1991 para 192 milhões em 2011. Existem muitas coisas a serem feitas ainda, mas o que vem se conseguindo já parece expressivo.
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13 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: falecida em 12 de junho, seu entendimento sobre o problema da sustentabilidade, última proposta de Elinor Ostrom
A complexa problemática da sustentabilidade, assunto que deverá ser discutido na reunião das Nações Unidas na chamada Rio + 20, foi elaborada num artigo pela prêmio Nobel Elinor Ostrom, que faleceu em no último dia 12 de junho, e foi divulgado pelo Project Syndicate. Ela era a assessora científica chefe da organização Planet Under Pressure e professora de Ciência Política da Universidade de Indiana e, pela circunstância dramática do seu passamento, este artigo deverá merecer a consideração especial de todos que se preocupam com o assunto, apesar da dificuldade de sua compreensão. A autora conta com a autoridade conferida pelo seu título, como pelos trabalhos e considerações ponderadas sobre o desenvolvimento sustentado. O complexo e sofisticado texto integral do seu artigo em inglês pode ser obtido no www.project-syndicate.org/print/green-from-the-grassroots .
Ela apresenta a posição que o assunto deve ser considerado com seriedade por todos os participantes do Rio + 20, mas não recomendou que houvesse uma decisão única sobre um assunto tão complexo que apresenta facetas diversas dos mais variados pontos de vista. Não viu possibilidade de uma solução única de cúpula, mas reconheceu que está havendo um avanço profundo do que ela chamou de “Green from the grassroots”, ou algo como uma consciência base decorrente da opinião pública. Ela entendeu que muitos se dirigem à reunião como se fosse para estabelecer um Plano A para o Planeta Terra para uma decisão singular para um sistema para proteger a vida, prevenindo-a da crise global da humanidade.
Elinor Ostrom
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12 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dificuldades apontadas, sobre a inovação na economia brasileira, suplemento do Valor Econômico | 2 Comentários »
O jornal Valor Econômico tem publicado suplementos especiais de grande importância, como o relacionado com a inovação na economia brasileira, inclusive com algumas traduções para o inglês. É um documento para a XII Conferência ANPEI (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras), que se realiza nestes dias em Joinville – SC, com o apoio do Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
Na sua carta ao leitor, com o título “Esforço conjunto para crescer”, observa que existem iniciativas pioneiras como a recente criação da Visiona Tecnologia Espacial, pela Embraer e Telebrás, mas, apesar de mais de 60 instrumentos para acelerar a produção intensiva de inovações tecnológicas, numa recente pesquisa feita pela GE – General Eletric em 22 países, chamado Barômetro da Inovação Global, o Brasil ficou em 17º lugar. As empresas brasileiras ficam atrás da China, Índia e África do Sul, e segundo os dados da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, aplicando 0,55% do PIB, enquanto a coreanas 2,58%, as alemãs 1,87% e as francesas 1,18%.
Além de um diagnóstico claro da situação, elaborado por Ediane Tiago, com o título “Falta ousadia para atingir um novo patamar”, com dados expressivos, mostra-se as tendências dos dados estatísticos brasileiros, com um consenso entre os cientistas. Apesar de alguns dados mais promissores, o corte do orçamento do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em 22% é considerado um “balde de água fria”. Mesmo que haja tentativas de coordenação da política governamental, procurando dar uma perspectiva de longo prazo, ainda nota-se a falta de clareza na orientação governamental, sem a qual o setor privado não se sente encorajado a promover as inovações.
Mas muitas ideias estão sendo discutidas, tanto para as empresas nacionais, criando-se uma cultura de inovações, como a participação de empresas estrangeiras que desejam atuar no Brasil, muitas em parcerias com instituições públicas de pesquisas.
A carência de recursos humanos é colocada com franqueza, principalmente no setor privado. As estatísticas mostram que as solicitações de patentes em 2010 continuam dominadas pelos Estados Unidos, sendo insignificante no Brasil, havendo um aumento de artigos científicos publicados pelos brasileiros, quando comparado com o passado.
A entrevista com o ministro de Ciências, Tecnologia e Inovações, Marco Antonio Raupp, um especialista no assunto, deixa clara a posição governamental que deve agir em resposta às ações privadas, com os instrumentos já disponíveis, informando que existem recursos em diversas organizações públicas. Mas não parece que ele está ousado suficiente para provocar mudanças significativas no cenário governamental.
O que o suplemento traz de novidade é que, além de cobrir os principais assuntos relacionados com a inovação, apresenta um enfoque de cadeias produtivas em variados setores, de forma que haja uma sinergia adequada dos esforços de muitas empresas e entidades governamentais.
A esperança é que, com discussões como estas, considerando os esforços em andamento, chegue-se a posições mais ousadas e operacionais, transformando em ações objetivas o que ainda parece estar nos discursos. De qualquer forma, os desafios aí estão e, na medida em que haja um amadurecimento da consciência pública e privada de que inovações são as chaves do desenvolvimento, parece que há esperanças para o Brasil.
11 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo publicado no The New York Times, dificuldades em muitos países, republicado na Folha de S.Paulo | 2 Comentários »
Um interessante artigo foi escrito por Jim Yardley e Vikas Bajaj no The New York Times e republicado em português na Folha de S.Paulo com o título “Índia enfrenta crise no próprio país”. Informa que, além dos efeitos da crise mundial, existem disputas internas do grupo comandado pelo premiê Manmohan Singh e pela Sonia Gandhi, uma líder do partido da situação Congresso Nacional Indiano, dificultando a superação do decréscimo do crescimento que também ocorre naquele país.
Todos estão informados que a China também passa por uma desaceleração do crescimento que vinha obtendo nas últimas décadas, havendo necessidade de reformas substanciais em diversos setores para passar da exagerada dependência do mercado externo para o interno. São abundantes os artigos que informam sobre as substanciais dificuldades chinesas. No Brasil, também são constantes as críticas sobre o governo atual, sob a alegação que as medidas tomadas são somente pontuais, sem resolver os mais profundos e estruturais existentes na economia brasileira.
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11 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo sobre o assunto republicado na Folha de S.Paulo, casos no Brasil, exemplos japoneses
Ainda que o mundo esteja globalizado e muitos alunos de diversos países entendam que fazer cursos no exterior seja interessante, acabam ocorrendo algumas dificuldades como as apontadas num artigo de Hiroko Tabuchi, publicado originalmente no The New York Times e republicado em português na Folha de S.Paulo. Refere-se a estudantes japoneses que foram estudar no exterior e acabam encontrando dificuldades para obter empregos nas empresas japonesas, ainda que tenham conhecimentos obtidos no exterior, que são necessários para estas organizações do Japão.
Para se entender estes problemas, que não se resume somente aos cursos que devem ser reconhecidos no Japão, como ocorre no Brasil, parece preciso compreender as tradições japonesas herdadas das influências confucionistas. Como uma sociedade hierarquizada, as suas empresas ainda costumam admitir recém-formados anualmente, para que façam as suas carreiras ao longo de suas vidas, mesmo que isto esteja se alterando recentemente. Ao mesmo tempo, com a tradição peninsular, há uma tendência no Japão para se evitar os que estão fora do padrão básico, mesmo que as atuais autoridades japonesas estejam estimulando estudos complementares no exterior.
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11 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: entrevista no China Daily, Globalização da Sany Group, parceria com a alemã Putzmeister, Sany do Brasil | 6 Comentários »
Muito se conhece sobre os feitos chineses, mas pouco ainda é divulgado sobre a globalização de suas empresas privadas em setores de tecnologia de ponta, como a da construção pesada. Uma entrevista publicada no China Daily, elaborado pelos jornalistas Hu Haiyan e Feng Zhiwei, informa sobre suas atividades, com base na entrevista feita com o seu presidente mundial Xiang Wenbo, 50 anos, sobre as atividades na China e no exterior, que ganham um forte impulso com a parceria estabelecida com a tradicional empresa alemã Putzmeister de equipamentos para a construção pesada. A Sany do Brasil já atua no país, e está construindo uma grande planta em Jacareí, ao longo da rodovia Presidente Dutra, que deverá estar operando plenamente em 2013. Ela já atua com seus equipamentos na construção dos estádios voltados para a Copa do Mundo de 2014 em Brasília, Fortaleza e Cuiabá e ajudou na recente concretagem da Usina de Fukushima Daiichi.
Como todos sabem, a China conta com 50% da capacidade mundial de construção civil, e o volume de suas atividades no setor nas últimas décadas impressiona a todos. Suas edificações estão entre as mais avançadas, suas autoestradas competem com as europeias e o seu sistema de trens rápidos e metrô são construídos com velocidades que não se encontram em outros países. O Grupo Sany iniciou as suas atividades em 1989, formada pelos seus sócios Liang Wengen que é o seu Chairman atual (considerado o maior milionário chinês), Tang Xiuguo, Mao Zhoungwu e Yuan Jinhua. Um dos sócios fundadores é o responsável pelo projeto no Brasil, mostrando que consideram o país um mercado promissor para seus equipamentos, inclusive suas pesquisas para inovações. No seu site abaixo se encontra informações sua atuação no Brasil: http://www.sanygroup.com/abroad/brazil/pt-pt/
Xiang Wenbo, presidente da Sanyy. Sany do Brasil e seus equipamentos
Evento que marcou a parcveria da Sany Group com a alemã Putzmeister
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8 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ceramistas nikkeis no Brasil, conhecimento restrito, diferentes formações | 4 Comentários »
Entre os que acompanham a evolução das artes plásticas no Brasil, nota-se a expressiva contribuição de variados ceramistas de origem japonesa. As produções cerâmicas japonesas que são conhecidas no mundo foram baseadas nos conhecimentos provenientes da China por intermédio dos coreanos, começam no Sul do Japão, com variados estilos. De lá, foram para a Europa e os Estados Unidos, dentro do que é conhecido como “stone ware”, que são as cerâmicas de alta temperatura, e consequentemente mais resistentes.
Mas algumas contribuições vieram diretamente do Japão para o Brasil, com passagens intermediárias diferentes, ganhando características próprias por utilizar matérias-primas locais. Na publicação “Raízes da Arte Koguei no Brasil”, publicado pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, há um destaque na cerâmica, inclusive sobre o uso do “Noborigama”, um tipo de forno de lenha com muitas câmaras com o calor ascendendo por elas. O primeiro teria sido construído por Shoko Suzuki em 1962, que explica num artigo sobre a sua vinda ao país.
Shoko Suzuki / Akinori Nakatani
Megumi Yuasa / Kimi Nii
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8 de junho de 2012
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: alpinismo, desafio a limites do corpo e da idade, mente ágil em corpo são, Tamae Watanabe – 73 anos - Monte Everest 2012
Demonstração de ginástica de expressão corporal por garotada de 10 anos de idade. Impressiona a fácil agilidade e flexibilidade das crianças, a perfeita sincronia de tempo e movimentos. “Eu também era craque em dar cambalhotas nessa idade, mas com as mãos no chão, não essas cambalhotas no ar”, comento. De pronto me corrigem: “Tia, isto não é cambalhota, é salto mortal carpado!” Tá. Claro, salto mortal, duplo, triplo, estilo Daiane dos Santos… Os riscos? Bom, crianças as praticam sobre colchões reforçados. Bonito de se ver, mas dá um frio…
Há alguns anos, em final de campeonato interclubes de tênis, categoria pré-veteranos, o vencedor, após matar a última bola, corre para o cumprimento de praxe, mas em vez de esperar o oponente junto à rede, ensaia pular por cima para ir ao seu encontro no outro lado da quadra. Aos quarenta e poucos anos, talvez se sentisse no auge da forma e fizera isso já outras vezes: afinal estava na moda imitar o irreverente John McEnroe – que, além de pular redes, comemorava vitórias com “cambalhotas no ar”. Aos vinte anos, número um do ranking mundial, ele podia. O nosso pré-veterano foi infeliz, enroscou-se na rede, foi de cara ao chão, felizmente de saibro, saiu apenas com escoriações no nariz e nos joelhos. Ao festejar seus gols, jogadores brasileiros estão proibidos de exibir manifestações mais empolgadas, me contaram, por conta de um infeliz salto mortal que deu errado e quase levou um boleiro a graves sequelas. Aliás, não é linda a alegre coreografia ensaiada e ritmada dos brasileiros no gramado, a cada gol que fazem?
Tamae Watanabe / Monte Everest
Pico do Jaraguá / Corcovado, no Rio de Janeiro / Escadarias da estação do Metrô República
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6 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Carlos Ghosn publicado no Nikkei, diagnóstico claro, dramático quadro da indústria japonesa | 18 Comentários »
Apesar de brasileiro nascido em Rondônia, Carlos Ghosn, com respeitável experiência como empresário de origem francesa, tornou-se um dos líderes empresariais mais considerados no Japão, pelo reerguimento que conseguiu na presidência da Nissan japonesa que estava à beira do colapso em 1999. Tornou-se também o presidente mundial da francesa Renault e sua opinião tem um efeito importante no Japão e no mundo. Num artigo publicado pelo prestigioso jornal econômico japonês Nikkei, ele faz um claro diagnóstico da situação da atual indústria japonesa.
Ele informa que a Nissan recuperou-se, superou a crise de 2008, do terremoto e tsunami no Japão em 2011, e da inundação que ocorreu na Tailândia e a crise de consumo que ocorre na Europa, tendo aprendido a adaptar-se às circunstâncias com rapidez. Conseguiu um lucro próximo de US$ 7 bilhões em 2011, tendo produzido cerca de 4,85 milhões de unidades, 15,8% acima do ano anterior. É considerado um competente “monozukuri” (fabricante de bens de excelência) com uma competência globalizada.
Carlos Ghosn faz um diagnóstico nada promissor para a indústria automobilística japonesa
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