5 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: medidas gerais, muitas publicações, proposições objetivas e empresariais | 2 Comentários »
Tanto em decorrência do Dia do Meio Ambiente, como proximidade da reunião do Rio + 20, muitos jornais e meios de comunicação estão dedicando grandes espaços para os assuntos relacionados com o tema, chegando a mencionar alguns exemplos em andamento. A esperança é que muitas das ideias veiculadas tenham a possibilidade de conscientizar a opinião pública sobre a urgência das medidas que ajudem na preservação do meio ambiente, ainda que as autoridades e as empresas estejam tratando do assunto como se fossem problemas dos outros, comprometendo-se pouco com metas objetivas.
Falar em tese sobre estas posições sempre é simpático, bem como apontar as graves consequências que podem advir das tendências presentes. No entanto, diante dos problemas econômicos que todo o mundo está enfrentando, poucos são os casos de medidas concretas que estejam sendo decididas, aumentando os esforços que levem a inverter a tendência atual.
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4 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Luke Hunt no Asean Beat publicado no The Diplomat, insatisfações políticas | 2 Comentários »
Para quem não conhece, Cingapura é hoje uma cidade-país com cerca de 5 milhões de habitantes, com renda per capita estimada em cerca de US$ 60 mil, considerada a terceira mais alta do mundo. É formada de chineses, hindus, malaios e seus descendentes e até os anos sessenta do século passado era considerado um país pobre. É a mais importante metrópole do Sudeste Asiático, extremamente moderna, o grande centro financeiro da região.
Impressiona hoje pela limpeza e contemporaneidade quando antes era formada por bairros chineses, hindus e malaios imundos. Conquistou a sua total independência da Malásia dois anos depois dos ingleses deixarem aquele país em 1965. O primeiro-ministro Lee Yuan Yew veio governando o país com mão-de-ferro, promovendo o seu rápido desenvolvimento, que lhe deu a denominação de Tigre Asiático. Hoje, o seu filho Lee Hsien Loong detém o poder por intermédio do People’s Action Party – PAP, que começa a ser incomodado pelo WP – Worker’s Party.
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4 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: as mudanças no Brasil e no Japão, aspirações de informações, no quadro de incertezas globais | 2 Comentários »
Todos os analistas admitem que os intercâmbios nipo-brasileiros gerais se encontram em patamares inferiores às potencialidades econômicas de ambos os países, mesmo considerando as limitações existentes e as incertezas que dominam o cenário internacional. Com o Japão enfrentando décadas de um crescimento modesto, muitas das suas atividades produtivas e até muitos dos seus idosos cada vez mais numerosos na sua população necessitam ser transferidos para o exterior. Isto vem ocorrendo e o Brasil, apesar de preencher muitas das condições desejadas e preferenciais para tanto, não tem se beneficiado expressivamente destes fluxos.
Pequenas e médias empresas japonesas estão efetuando suas ampliações, os fornecedores de equipamentos pesados e tecnologias estão interessados, mas não chegam a se interessar por investimentos expressivos que exigem parcerias de longo prazo. Como já enfrentaram problemas no Brasil no passado, desejam contar com as determinações das autoridades brasileiras sobre os objetivos que estão sendo perseguidos para concretizarem suas potencialidades, pensando em escalas globalizadas.
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4 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: imagens que não saem da nossa lembrança, quarenta anos, uma das fotos mais impressionantes da guerra | 2 Comentários »
Muitos jornais do mundo republicam as fotos que se tornaram as das mais impressionantes mostrando os horrores de uma guerra como a do Vietnã. O fotógrafo Huynh Cong “Nick” Ut, até hoje trabalhando na Associated Press, tirou as fabulosas fotos que mereceram o prêmio Pulitzer, o mais consagrador da imprensa internacional. Ele fotografou um grupo de crianças vietnamitas atingido pelos bombardeios incendiários de napalm dos norte-americanos, entre elas a jovem Phan Thi Kim Phuc que teve toda a sua roupa e pele queimadas. Ela, depois de um longo tratamento para restabelecer a sua fisionomia, mora hoje em Toronto no Canadá e dedica-se ao amparo das crianças vítimas da guerra.
As declarações de Kim Phuc são impressionantes, pois ela fugia correndo atrás do seu irmão e só se lembra de ter acordada no hospital cercada por enfermeiras. Passou por um longo tratamento, doloroso, e ficou anos fugindo da imagem da foto. Tinha consciência que ficaria desfigurada e hoje vive com o seu marido e dois filhos, guardando ainda em seus braços as marcas das queimaduras sofridas.
Phan Thi Kim Phuc fotografada no Vietnã, e com o filho e o marido ao fundo (1997). Fotos: AP
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1 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: algumas reflexões, artigo no Valor Econômico sobre o Japão, complexidades
Sem pretender análises mais profundas, as interessantes colocações exploratórias que foram efetuadas no artigo elaborado por Carlos Eduardo Lins da Silva para o Valor Econômico, publicado no suplemento Eu & Fim de Semana com o título “A economia do pós-crescimento”, estimulam algumas reflexões. O autor se baseia na experiência pela qual passou recentemente em Osaka e Tóquio e aventa a possibilidade do Japão estar atravessando por um novo ponto de inflexão na sua evolução, diante dos dilemas energéticos por que passa depois da contaminação provocada por Fukushima Daiichi. Considera o passado histórico do primeiro povo que sofreu bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundia, mantendo este trauma coletivo.
Ele observou a renovação do “Cool Biz” que vem sendo usado desde o período de governo do Junichiro Koizumi, muito antes dos recentes acidentes que atingiram o Nordeste do Japão, como forma de economia de energia. Todos sabem que o verão nas zonas temperadas pode ser mais desagradável que nos trópicos, tanto pelas suas elevadas temperaturas como o grau de umidade, sem uma ventilação adequada. Cheguei a experimentar no Japão o mesmo que enfrentei muitas vezes em Belém, Manaus, Teresina ou Cuiabá, locais conhecidos pelas condições climáticas adversas em determinados verões.
Carlos Eduardo Lins da Silva
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1 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do The Economist, preocupações internas e externas, Ruchir Sharma do Morgan Stanley no Foreign Affairs | 2 Comentários »
Alguns artigos importantes publicados no exterior, como no The Economist e no Fogeign Affairs, este último do Ruchir Sharma, do Morgan Stanley, somam-se às preocupações dos analistas brasileiros sobre a evolução futura da economia brasileira. Todos apontam que o Brasil beneficiou-se do período em que a economia mundial cresceu, mesmo depois de 2008, quando os preços das commodities agrícolas e minerais se mantiveram altos, sem que reformar profundas fossem efetuadas aumentando a sua eficiência e competitividade internacional. Agora, quando a economia mundial sofre uma forte desaceleração, mesmo com a redução dos juros no Brasil, melhoria do seu câmbio e aumento dos créditos, a sua economia não consegue uma aceleração perseguida pelo governo.
Já postamos neste site que a comunicação das autoridades brasileiras para o público no exterior encontra-se deficiente, mesmo sabendo que a crise atual está afetando a todos. Comparando com outras economias emergentes, avançamos tanto no que se refere à consolidação do processo democrático como na melhoria da distribuição de renda, com a ampliação do mercado interno. A política macroeconômica caminha de forma razoável, antecipando-se ao maior aprofundamento da crise no resto do mundo, mas a gestão relacionada com os projetos de infraestrutura, reforma fiscal e outros aspectos estão abaixo do desejável. O crescimento da economia está abaixo do seu potencial.
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1 de junho de 2012
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, Notícias, webtown | Tags: pet fashion, pet sequestros, peticures, Priscilla Chan e o puli Beast, The Japan Times: Dog lovers find a welcome at foot of Skytree / Pampered pets.
Cachorros estão na ordem do dia. Com nomes prosaicos como Zeca e Bella, ou sintomáticos como Flap, Beast ou Bandit, e raças desde fiéis SRD ou irrequietos fox paulistinhas e jack russels, a exóticos pulis, pugs, staffordshire terriers: eles são assuntos – em colunas de jornais, nas redes sociais, em boletins policiais. Nos EUA, Beast, da raça puli, atraiu mais atenção do que os seus donos na badalada cerimônia do casamento surpresa destes, em Palo Alto, Califórnia: no mundo inteiro, o perfil do Beast e imagens dele “levando” a noiva para junto de Mark Zuckerberg foram compartilhados por mais de 600 mil internautas. Sua fofura branca combinou esplendidamente com o vestido da Priscilla Chan, comentaram colunistas sociais.
Enquanto isso, em São Paulo, o belo staffordshire Zeca é resgatado pela polícia: arrolado como “da hora” junto a outros bens sequestrados por ladrões em arrastão a prédio da cidade, Zeca teve fotos postados em rede social pelo dono, na busca angustiada para encontrá-lo. Compartilhado por mais de 6.000 pessoas, Zeca se tornou tamanha celebridade, os bandidos tiveram que largá-lo numa favela. Para felicidade geral da cidade.
Priscilla Chan com Beast / Zeca foi resgatado
Spa para cães no Japão / Serviço de manicure para cães no Japão
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1 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: acordo sobre tecnologia para o pré-sal, entrevista ao Nikkei, ministro Fernando Pimentel no Japão
Algumas empresas japonesas que estão com dúvidas sobre o futuro da economia brasileira depositavam grandes esperanças de esclarecimentos com a visita do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O ministério só divulgou sucintamente que foi assinado um acordo entre o Brasil, representado pelo ministro e o Japão, representado pelo ministro Takeshi Maeda, da Terra, Infraestrutura, Transportes e Turismo, com duração de cinco anos, que parece pouco, como parte do esforço brasileiro para importar e desenvolver tecnologia para o setor da construção naval, visando à exploração do pré-sal.
Um acordo foi assinado entre a empresa brasileira SOG Óleo e Gás e a japonesa Toyo Engineering para formar duas outras que atuarão na área da construção e integração de plataformas marítimas no Brasil. A brasileira foi criada em 2005 e a japonesa conta com 50 anos, sendo conhecida pela sua atuação no Brasil, notadamente junto à Petrobrás.
Fernando Pimentel e Takeshi Maeda
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1 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: aquisições no exterior, artigo do Wall Street Journal, reprodução no Valor Econômico | 11 Comentários »
Na falta de uma perspectiva brilhante no Japão, muitas empresas japonesas estão ampliando suas atividades no exterior, como ressalta o artigo elaborado por Kana Inagaki e Atsuko Fukase, publicado originalmente no The Wall Street Journal, e reproduzido no Valor Econômico. Como muitas empresas no mundo, elas estão com grandes ativos financeiros, e se lançam no processo de aquisições de ativos fixos no exterior, aproveitando o valorizado iene. O artigo cita os casos das aquisições feitas pela trading Marubeni e pela farmacêutica Takeda, já comentadas neste site.
Os jornalistas informam que estas empresas japonesas estão mais cuidadosas que no passado, quando efetuaram péssimos negócios como a aquisição do Rockfeller Center em Nova Iorque e a Universal Studios nos Estados Unidos. Pode ser que seja verdade em muitos casos, mas a aquisição da Schincariol brasileira pela Kirin, segundo o mercado, está sendo considerada que foi efetuado por um valor exagerado, sem o devido cuidado no exame dos complexos problemas fiscais e legais que cercam esta empresa de cervejas.
O que se observa é que os japoneses são afetados pelas condições vigentes no Japão, onde, por falta de espaços, os imóveis sempre tiveram preços mais elevados que no exterior. Não possuem o hábito de utilizarem consultores externos e seus funcionários e dirigentes acabam considerando que os ativos imobiliários em outros países são relativamente baratos.
As empresas japonesas utilizam pouco dos serviços de consultoria jurídica, que só comparecem no final das negociações, quando já existe um consenso dos demais setores da empresa sobre a aquisição. Nos Estados Unidos e em outros países, as negociações começam com a ativa participação dos advogados.
Muitas das condições para um bom processo de aquisição ou fusão não são adequadamente avaliadas pelas suas equipes que possuem maiores experiências dentro das condições japonesas. Tradicionalmente, os japoneses não são bons conhecedores das culturas estrangeiras e tendem a ter um comportamento de manada. Quando outras empresas japonesas consideram que determinado mercado é promissor, existe uma tendência para acompanharem estas avaliações, pois eventuais erros são considerados coletivos.
As informações constantes do artigo mostram que os japoneses estão se aperfeiçoando nestas técnicas, contando com estudos mais aprofundados. No entanto, examinando-se alguns casos concretos, nota-se que ainda continuam presas fáceis de aconselhamentos inadequados, não sendo bons avaliadores das condições objetivas.
No passado, muitas destas operações contavam com a participação de empresas de trading ou bancos, mas agora muitas operam diretamente em países estrangeiros e procuram manter um exagero de segredo nas negociações, que podem conduzir a situações de insuficiência de outras informações que devem subsidiar estas operações de alta complexidade.
Não se pode subavaliar as diferenças das culturas empresariais, e todas as complexidades das condições vigentes em diferentes países. Evoluir de uma economia peninsular para o mercado global pode ser mais complexo do que parece.
31 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: discussões sobre os juros, entraves, os consultores econômicos, suplemento do Valor Econômico
Todos os economistas aprenderam que existem alguns preços que são fundamentais na economia, com os juros que representam a remuneração do capital e os salários que expressam as contrapartidas dos recursos humanos. Existem muitos mitos relacionados com os juros no Brasil, alimentados por verdadeiros lobistas travestidos em consultores econômicos informando que eles não podem ser equivalentes com os praticados no exterior, até por economias que apresentam semelhanças com as brasileiras. Um histórico de elevados processos inflacionários, a necessidade de poupanças externas para financiar os investimentos públicos e privados indispensáveis etc. estão entre os motivos mais alegados.
O fato concreto é que o setor financeiro da economia brasileira se acostumou a manter uma elevada rentabilidade até nos momentos mais recessivos da sua história, deixando de ser o braço auxiliar da produção como é a comercialização. Deveria ajudar a lubrificar o processo que atende aos produtores e aos consumidores com os seus relacionamentos, transferindo os recursos poupados por muitos para os que promovem os investimentos físicos, inclusive o setor público. O setor financeiro passou a gozar no Brasil de uma posição de comando, como pudesse liderar e controlar toda a economia. Infelizmente, as economias dependem no seu desenvolvimento de avanços tecnológicos que aumentam a sua eficiência, e estas estão relacionados com os setores mais pesados da economia voltados à produção.
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