14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: distribuído pelo Project Syndicate, questionamento de Minxin Pei, usando o episódio de Bo Xilai
Certamente, a China atual ainda se encontra num estágio de desenvolvimento político em que as suas próprias autoridades máximas reconhecem que existem reformas a serem efetuadas para dar continuidade ao seu processo, mais destacado do ponto de vista econômico. Um país com a complexidade da China, com longa história e cultura, ampla diversidade étnica e cultural, acentuadas disparidades regionais e pessoais de renda, não poderia ter um quadro muito diferente, e as críticas às suas dificuldades se acentuam nos momentos cruciais de suas mudanças para uma nova geração de dirigentes.
Minxin Pei, professor de governo no Claremont Mc Kenna College, vem se destacando nas críticas, como no artigo distribuído pelo Project Syndicate, informando que o sistema de meritocracia da China era somente um mito, como ficou claro no escândalo envolvendo a queda do Bo Xilai, o antigo chefe do Partido Comunista de Chongqing. Muitas de suas imperfeições foram explicitadas, segundo o autor.
Minxin Pei, professor do Clearemont Mc Kenna College
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14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: acordo de investimentos foi firmado, Japão e Coreia anunciam avanços, jornais da China, livre comércio previsto para o fim do ano
Os principais jornais da China, Japão e Coreia ressaltam a importância da reunião de cúpula realizada neste fim de semana em Beijing, reunindo o premiê chinês Wen Jiabao, o presidente coreano Lee Myung-bak e o premiê japonês Yoshihiko Noda, dando prosseguimento às reuniões onde seus ministros alcançaram importantes acordos. Foram assinados os acordos de investimentos como um passo importante para chegar a um acordo de livre comércio entre os três países ainda este ano, apesar das dificuldades ainda existentes. Também estabeleceram um entendimento que não aceitarão novos testes nucleares da Coreia do Norte.
Tudo indica que estes entendimentos estão se consolidando diante das dificuldades econômicas mundiais, e as pressões norte-americanas em direção a uma Parceria Trans-Pacífica (Trans-Pacific Partnership) envolvendo países de toda bacia do Pacífico. Os indícios são no sentido de evitar problemas como os que estão afetando a Comunidade Europeia, restringindo-se a entendimentos no sentido da formação de um bloco de livre comércio entre os três países.
Lee Myung-bak, Wen Jiabao e Yoshihiko Noda
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14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do China Daily, diferentes dos saquês japoneses, produções tradicionais, vinhos do arroz fermentado
Muito do que é conhecido do Extremo Oriente, constituído pela China, Coreia e Japão, tem raízes no primeiro país, com história e cultura mais antigas. Entre as bebidas alcoólicas derivadas das fermentações de diversos produtos, destacam-se as do arroz que, com variações, são comuns, chamando-se jiu em chinês, saquê em japonês e shu em coreano, mas que utilizam o mesmo ideograma. Um artigo publicado no China Daily refere-se ao Yellow Treasure, referindo-se à produção da bebida produzida com técnicas tradicionais em Shaoxing, na província de Zhejiang, onde se encontra água de boa qualidade.
O mês de abril é o que exige mais trabalho nesta região beneficiada por trinta e seis correntes cristalinas de água provenientes das montanhas que formam um lago, que se torna o coração desta bebida derivada da fermentação do arroz. Seus depósitos ficam repletos de vasilhames destas bebidas. Depois de prensadas as massas de arroz fermentadas num grande tanque de madeira, a bebida escorre através de tubos de bambu para estes vasilhames, deixando um doce aroma no ar.
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14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no O Globo, artigos sobre Taiwan, turismo e outros atrativos
Claudia Samento publica no jornal O Globo artigo que se destina ao fomento do turismo, mas também fornece conhecimentos que são ignorados por muitos. A ilha de Taiwan, que já foi chamada de Formosa, nome dado pelos portugueses no século XVI, conta com 23 milhões de habitantes e hoje atrai as atenções mundiais pelo seu desenvolvimento econômico, com suas riquezas culturais. A China a considera parte do país, e o seu atual presidente eleito democraticamente, Ma Ying-jeou, é a favor de uma ideia futura de unificação, à semelhança de Hong Kong (um país, dois sistemas). Taipé é a sua capital, e é uma respeitável metrópole, muito internacionalizada.
Taiwan fez parte do Império japonês desde 1895 até a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, e em 1949, quando lá se refugiaram os chineses partidários de Chiang Kai-shek, os nacionalistas que foram derrotados pelos que seguiam as orientações de Mao Tse-tung. Eles levaram parte das riquezas culturais acumuladas ao longo dos séculos na China. O artigo afirma que contam com cinco mil templos budistas, confeccionistas (é mais uma filosofia) e taoístas, mas podem se acrescentar que convivem harmoniosamente com seitas cristãs. A íntegra do artigo pode ser acessada pelo http://oglobo.globo.com/boa-viagem/taiwan-formosa-terra-dos-cinco-mil-templos
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14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: crise ofusca a redução da pobreza absoluta, importância do que está acontecendo, The Economist cuida do assunto
É compreensível que todos se preocupem somente com o que acontece ao seu redor, com poucos se importando se a pobreza absoluta está sendo reduzida em todo o mundo, mesmo nestes anos recentes de crise. The Economist, que costuma abordar também o que acontece em todo mundo, publicou um artigo mostrando que, mesmo com a pior crise mundial depois de 1930 e o maior aumento do preço dos alimentos desde 1970, o número de pobres está diminuindo no mundo. A melhor estimativa deste fenômeno, segundo o artigo, vem do Grupo de Pesquisa do Desenvolvimento do Banco Mundial, que atualizou os dados de absoluta pobreza desde 2005.
Os dados se referem à população que vive com menos de US$ 1,25 por dia aos preços de 2005, que caiu em todo o mundo desde que o Banco Mundial começou a coletar estes dados em 1981. O mesmo ocorreu com os que vivem com menos de US$ 2,00, com os dados agrupados para o mundo, Sul da Ásia, África Subsaarana, Leste Asiático e Pacífico e China. Sendo que os dados mais expressivos estão no Sul da Ásia e na África Subsaarana, em que pesem todos os problemas que enfrentam.
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14 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: necessidades de mudanças dos idosos, problemas sérios forçam a reflexão, sucesso apesar da crítica
Existem diversos tipos de humor e os ingleses são dotados de uma capacidade cultural de enfrentar situações difíceis com o famoso “sense of humor” que difere dos norte-americanos (do tipo rico ri à toa). No filme “The Best Exotic Marigold Hotel for the Elderly and Beautiful”, que não agrada a muitos críticos pseudointelectuais que preferem os que conduzem à depressão, trata-se de sérios problemas do envelhecimento, da aposentadoria insuficiente para a continuidade da vida no padrão passado, complexas relações familiares, necessidade de mudanças e tudo que faz parte da vida real de muitos. É um problema universal, baseado na novela “These Foolish Things”, de Deborah Moggach.
Tem como diretor John Madden (entre outros, Shakespeare Apaixonado) e um elenco experiente do mais alto nível encabeçado pela excelente Judi Dench. O filme trata de um grupo heterogêneo de idosos ingleses que, iludidos por uma enganosa propaganda transmitida pela internet, aventuram-se a tentar sobreviver de forma econômica na exótica Jaipur, na Índia, com profundas mudanças nas suas vidas, cada um com seus diferentes problemas. Todos têm as naturais agruras de longos relacionamentos, principalmente com os familiares que vieram suportando, e aspiram mudanças, que nunca são fáceis.
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11 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo de Marli Olmos, observações em Pequim, produção e trânsito, Wuhu e Xangai
Marli Olmos é uma experiente jornalista com longa tradição nos assuntos relacionados com a indústria automobilística em todo o mundo. Acaba de publicar um artigo no suplemento Eu & Fim de Semana do Valor Econômico em função de uma viagem a convite da empresa chinesa Chevy que está se instalando no Brasil, com a primeira fábrica fora da China. Além de conhecer a exposição feita em Pequim, teve a oportunidade de visitar as instalações industriais em Wuhu a 1.200 quilômetros da capital, bem como Xangai, para observar o atual trânsito naquela metrópole. Ela analisa pontos importantes para a avaliação do estágio em que se encontram, mostrando que do ponto de vista industrial se aproximam do que se faz no resto do mundo, com alguns aspectos mais avançados do que o do Brasil, bem como com problemas de trânsito comparáveis aos brasileiros de 20 anos atrás.
As linhas de montagem da Chevy contam com um exército de robôs e procuram aprender com modelos de outras empresas como o Audi, abertamente. Mas contam com laboratórios de “crash test” como os que não se encontram no Brasil para verificar os impactos e os efeitos simulados sobre os seus ocupantes. Como todos sabem, a China já ultrapassou os Estados Unidos na produção de veículos e vai continuar a ampliar as suas produções com novas instalações de grupos chineses e estrangeiros.
Trânsito infernal na China
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11 de maio de 2012
Por: Naomi Doy | Seção: Cultura, Depoimentos, webtown | Tags: English fluency and alligator pits/Amy Chavez-The Japan Times-05/maio/2012, ideologias políticas, xenofobia e chauvinismo.
Nos meios acadêmicos esclarecidos, cada vez mais se reforça a ideia da internacionalização do ensino superior brasileiro. Mas a língua portuguesa ainda barra o intercâmbio de estudantes e professores estrangeiros, pois a maioria das aulas e exames de pós-graduação é ministrada somente em português. O ministro Aloísio Mercadante (ex-Ciência e Tecnologia, hoje Educação) já afirmou que a internacionalização é necessária para troca de experiências entre países e seria positiva para a ciência nacional: “Defendo a ideia de atrairmos pesquisadores de excelência do exterior”, diz. Aulas em inglês, por enquanto, existem por conta de professores e pesquisadores estrangeiros, brasileiros nem as levam em consideração. Para especialistas em direito à educação, é uma postura provinciana, mas tem fundamento, pois ofertas em inglês privilegiaria o acesso dos mais favorecidos.
Na verdade, há um quê de ideológico – para não dizer hipersensível xenofobia e chauvinismo, ou complexo de colonialismo – na resistência ao inglês não só no Brasil, como em Portugal, França, e alhures. Em países bem resolvidos, como Alemanha, Suécia ou Finlândia, cuja língua materna não é a inglesa, mas a maioria dos jovens já é bilíngue, as universidades, desde há muito tempo, têm aulas nesse idioma. Na comunidade europeia começa a procurar-se o domínio de três idiomas.
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10 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: a procura das diversificações de atividades ilícitas, como “bicheiros” estão no noticiário internacional, paralelos no exterior
Lamentavelmente, as atividades ilícitas não são um privilégio brasileiro estando presente nas maiorias das sociedades humanas, em maior ou menor grau. Como o popular jogo do bicho acabou ficando restrito no Brasil depois da popularização de muitas apostas legais como a loteria esportiva, a mega sena e outras que estão controladas pela Caixa Econômica Federal, com parte substancial dos seus resultados voltados para atividades sociais, os seus banqueiros chamados “bicheiros” acabaram migrando para outras atividades ilícitas, como a exploração de máquinas caça níqueis, cassinos clandestinos e envolvendo-se em atividades carnavalescas e nas de obras públicas, que dependem de políticos eleitos.
A matéria do The Economist faz um histórico do seu aparecimento com a instalação de um zoológico no Rio de Janeiro em fins do século XIX e o sorteio para atrair frequentadores. A atração acabou se desvirtuando passando a guardar somente o seu nome relacionado aos animais. Algo similar também aconteceu em Nova Iorque, ambos sobrevivendo com a corrupção de policiais que deveriam coibir estas atividades. No Brasil, mesmo com o governo federal transferindo tipos de apostas para o seu âmbito, controlando seus ganhos, algumas autoridades estaduais acabaram tolerando a atividade de alguns “bicheiros”. Segundo o artigo, para realizarem algo como relações públicas acabaram se imiscuindo com o Carnaval. Atuando numa zona cinzenta, entraram na política, que em qualquer país necessita de muitos recursos, multiplicando os problemas e a sua amplitude, de forma lamentável.
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9 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ampliação dos investimentos, aumento do uso do gás na China, mudança da matriz energética | 2 Comentários »
Um interessante artigo elaborado por Charlie Zhu, de Hong Kong, está sendo distribuído pela Reuters. Ele trata sobre as mudanças que estão sendo observadas na China com relação à utilização do gás. Todos sabem que o uso deste combustível limpo está aumentando no mundo, a ponto desta década estar sendo denominada como deste combustível, mudando a matriz energética. Também é conhecido que a China figura como a principal poluidora no mundo pelo uso do carvão mineral que atender 70% das suas necessidades de energia. A notícia que este quadro tende a se alterar é alvissareira e está promovendo vastos investimentos no setor, inclusive com recursos provenientes do exterior.
O artigo informa que os preços estão se elevando com os fornecimentos provenientes do exterior, na forma de gás liquefeito como de gasodutos dos países vizinhos que estão sendo ampliados. Isto estimula a produção local das reservas já localizadas, como pela utilização do xisto abundante na China. As mudanças estão se processando em muitas frentes, com mais cidades chinesas contando com o fornecimento deste combustível, ao mesmo tempo em que grandes estatais nacionais ampliam seus negócios no setor, como a Sinopec e a PetroChina.
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