30 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a demanda chinesa de alimentos, importações crescentes, tendência para continuar subindo
Num extenso artigo publicado pela China Daily, de autoria de Lu Chang, informa-se que a China continuará importando alimentos de forma crescente em suas diversas formas. Mesmo as partes consideradas menos nobres dos animais encontram uma grande demanda, tendo se importado mais de 880 mil toneladas em 2011, mais que 65% do total de suínos. Alem do robusto crescimento econômico, a dieta dos chineses vem melhorando, e todos os produtos relacionados, como as rações estão em alta, principalmente a soja e o milho. O total da importação de produtos agrícolas chegou próximo a US$ 95 bilhões em 2011, comparado com US$ 12 bilhões em 2001, com um crescimento surpreendente.
A China se tornará a maior importadora líquida de produtos agrícolas nos próximos 10 anos, segundo pesquisador sênior Cheng Guoqiang, do Centro de Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Conselho de Estado do país. Já é o maior importador de algodão e soja e se tornou o maior destino das exportações de produtos agrícolas dos Estados Unidos. Importou 19,8 milhões de toneladas de soja do Brasil, que detém 38% do total importado de todos os países.
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30 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: abaixo da necessidade, comparações com outras cidades, metrô em São Paulo, The Economist
Uma notícia sobre o metrô de São Paulo foi publicado no The Economist, que mesmo procurando ser simpática acaba mostrando o quando estamos atrasados no transporte de massa. Informa que o que chama a atenção de qualquer visitante estrangeiro é o problema dos engarrafamentos de trânsito nesta metrópole de 19 milhões de habitantes, que conta somente com 71 quilômetros de metrô. México teria mais de 200 quilômetros, Seul cerca de 400 quilômetros e até Santiago do Chile, com um quarto da dimensão de São Paulo, tem um metrô 40% maior.
O artigo refere-se à ligação entre a Avenida Paulista e a Avenida Faria Lima, dois distritos de negócios da cidade, servido agora pela linha 4 que já está sobrecarregada, transportando mais de 550 mil passageiros diariamente. Na hora do rush, há um congestionamento de passageiros que procuram fugir de outros de veículos, ligando outros tipos de transportes que servem a periferia da cidade. Esta linha terá prosseguimentos para ambos os lados, mas ainda não estão concluídas. Pela Constituição brasileira de 1988, este sistema de transporte ficou a cargo do Estado e da Municipalidade, e os investimentos não são suficientes.
Vista das escadarias do metrô República. (Foto: Divulgação) / Lotação no horário de píco
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30 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: atividades culturais, destaque na atuação de Danilo Santos Miranda, SESC merece um artigo no The New York Times, sociais e esportivas
O SESC – Serviço Social do Comércio de São Paulo tem o seu trabalho reconhecido num artigo publicado no The New York Times, escrito por Larry Rother, e republicado em português no site da UOL. O prestígio que esta instituição conquistou não somente a destaca das suas similares brasileiras como no atual cenário internacional onde organizações voltadas à cultura lutam com dificuldades de doações. O artigo destaca que a integração de tudo, teatro, piscina, biblioteca, restaurante, curso e museu, é muito inteligente, como reconhecido por Nan van Houte, diretor do Netherlands Theater Institute e ex-presidente da Rede Internacional para Artes Performáticas Contemporâneas.
Para quem começou a frequentar o SESC há mais de 50 anos, quando se resumia a algumas poucas atividades, há que se reconhecer a influência do seu diretor regional do Estado de São Paulo, o sociólogo Danilo Santos Miranda, que possui um conhecimento invejável e conseguiu montar uma equipe eficiente que cuida de todas estas atividades, que está no seu comando há mais de 25 anos. Consegue ter uma visão completa das necessidades sociais humanas, promovendo eventos nacionais, regionais e internacionais que qualificam a instituição como uma das mais influentes do Brasil.
Danilo Santos Miranda e unidades do SESC Pinheiros e SESC Pompeia
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30 de março de 2012
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: competência em inglês é vital na China, complexo aprendizado do inglês no Japão, habilidade do brasileiro na fluência em inglês.
Karl Marx já teorizava que aptidão em língua estrangeira é arma para se engajar em luta de classes, mas, em tempos de Guerra Fria, o inglês foi banido da China, taxado como “língua imperialista”. Contudo, a língua da Albion sempre fascinou os chineses. O próprio Mao Tse Tung teria sido ávido aprendiz do inglês. Abertura política iniciada a partir de 1978 por Deng Xiaoping tirou chineses de longo isolamento, permitiu-lhes estudar em universidades estrangeiras. Inglês se tornou janela para o mundo.
Programas de aprendizado da língua inglesa, como o Follow Me, da BBC, viraram ícones no país, milhões de chineses seguiam pela tevê, três vezes por semana. Nos anos 1980, proficiência em inglês se tornou pré-requisito para ensino colegial, a seguir para admissão em universidades. Logo, não falar a língua se tornaria forte obstáculo para obtenção de títulos profissionais. Competência em inglês é tão vital que pais se sacrificam para colocar crianças em escolas bilíngues caras, enquanto jovens e maduros se atropelam em centros de aprimoramento dessa língua. Todavia, se questiona o exagero dado à proficiência do inglês como segunda língua (En route to English, China Daily, 23/março/2012).
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29 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: cobertura da China Daily, Financial Times, pouco destaque na imprensa brasileira
Há um reconhecimento geral de que o BRICS é só um grupamento de países que foram reconhecidos como emergentes, de grandes dimensões geográficas. Eles têm poucos interesses em comum, sendo difícil operacionalizar uma ação coletiva destes cinco países, o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul. A sua última reunião de cúpula realizada em Nova Delhi mereceu pouca cobertura da imprensa brasileira, que acabou se concentrando mais no discurso que a presidente Dilma Rousseff fez quando recebeu da Universidade de Delhi o título de doutora honorária, quando insistiu contra o tsunami monetário como já vem fazendo há algum tempo. E os contatos bilaterais do Brasil com a Índia, cujas dimensões não justificam os atuais volumes de transações comerciais e investimentos diretos recíprocos ainda muito baixos.
O China Daily destacou, naturalmente, os discursos de Hu Jintao que pediam uma maior confiança política entre os países membros apelando por compromissos com desenvolvimentos comuns e promoção da prosperidade dos países membros, intensificando suas cooperações. Não se conseguiu um consenso sobre a ideia de um banco de desenvolvimento cogitado para tanto, onde a China e Índia contam com maiores interesses, concordando-se que este assunto seria estudado mais profundamente.
Dilma Rousseff recebeu o titulo de honoris causa e com os quatro presidentes dos países do Brics
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28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dispêndios externos, opções difíceis, recursos que podem fazer falta
As economias em desenvolvimento, como as emergentes como a do Brasil, tendem a necessitar de divisas para arcar com os compromissos externos decorrentes das importações necessárias de equipamentos com tecnologia avançada, honrar os empréstimos obtidos no passado, bem como seus serviços de juros. Ainda que conte momentaneamente com um forte influxo de recursos de financiamentos externos, acumulando as nossas reservas e tendendo a valorizar o câmbio, a possibilidade de necessitar de poupanças externas para arcar com os investimentos indispensáveis no futuro é bastante grande. Entre os dispêndios que não afetam demasiadamente o processo de desenvolvimento estão os decorrentes do turismo externo e as importações a ele associados.
Quando do término da Segunda Guerra Mundial, o Brasil contava com uma reserva externa razoável que acabou sendo utilizada para a importação de quinquilharias como gomas de mascar e uvas passas, mesmo considerando que deveria ser evitada a elevação da sua tributação. Era ainda um período em que a intervenção governamental era elevada na pauta das importações. Os tributos mais elevados de importação acabam estimulando a substituição das mesmas com produções locais, quando o desejável era o incentivo às produções locais de equipamentos e matérias-primas indispensáveis ao desenvolvimento brasileiro.
Ator Humberto Carrão causa tumulto entre turistas brasileiros na Disney
Turistas brasileiros são um dos que mais gastam em compras no exteior
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28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: boatos, diferenças nos comportamentos dos empresários, fatos, potencialidades
Os comportamentos dos empresários e seus efeitos acabam dependendo dos públicos aos quais eles se voltam, bem como as culturas dominantes em que estão inseridos. No passado, um importante banqueiro brasileiro procurava evitar aparecer na imprensa, procurando manter-se discreto, que ainda é considerado como uma postura adequada em muitas culturas, mesmo obtendo bons resultados nas suas atividades usuais. Outro empresário agrícola queixava-se sempre das condições desfavoráveis para os seus negócios, reclamando dos prejuízos, mas adquiria todo ano uma nova fazenda. Existem também os que alardeiam com rara capacidade seus empreendimentos, que potencialmente podem ser interessantes, conseguindo impressionar muitos analistas e colocar os seus papéis no mercado e junto a grupos investidores, mesmo que os seus resultados obtidos até agora não sejam apreciáveis, até pelo contrário.
É evidente que estes resultados dependem do tempo em que são avaliados (curto, médio ou longo), e as hipóteses que são utilizadas para tanto e o futuro é, infelizmente, sempre incerto envolvendo riscos. Os otimistas podem avaliar que a maioria das condições continuará positiva e os resultados mínimos podem ser satisfatórios, mesmo que não atinjam todos os projetados. Que o otimismo sempre ajuda nos empreendimentos ninguém pode duvidar. Mas, entre um comportamento discreto e o pessimismo, existe uma grande diferença, parecendo sempre conveniente ser um pouco cauteloso quando se trata de negócios.
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28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: manchas mongólicas, pterossauro da China e do Brasil, relacionamento recente | 2 Comentários »
Surpreendendo a muitos que ficam impressionados com os intensos intercâmbios recentes do Brasil com a China, o paleontólogo do Museu Nacional brasileiro, Alexander Keller, junto com os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências, Xiaolin Wang, Shunxing Jiang e Xin Cheng, anunciou a descoberta de restos uma nova espécie de pterossauro, chamada Guicado venator, com características semelhantes as do Brasil como os Ludodactylus sibbich, encontrados no Nordeste do país, na formação chamada Crato. O trabalho destes cientistas será capa da próxima edição de abril da principal revista alemã de ciências naturais, a Naturwissenschatten.
Estes animais tinham uma envergadura de 3 metros e dentes enormes e foi encontrado na China na região de Jiufotang, em Liaoning. A pergunta que se pretende esclarecer é se as espécies brasileiras vieram da China. A semelhança principal é a crista. Os seus enormes dentes ficavam aparentes, mesmo com a boca fechada. A notícia a respeito pode ser encontrada no site: http://araripinanews.blogspot.com.br/2012/03/pterossauro-da-china com todos os detalhes técnicos para quem se interessar pelo assunto.
Pterossauro encontrado na China tem características de espécie brasileira / Divulgação: Maurilio Oliveira
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28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: câmbio no OMC, dificuldades no consenso, reunião dos BRICS
Para sair do atual “imbroglio” em que está envolvido o mundo, vêm sendo realizadas muitas tentativas, mas ainda não se encontrou um mecanismo adequado para a sua superação. No passado, problemas como o do realinhamento cambial eram decididos dentro do G7, onde os Estados Unidos podiam impor, com a ajuda dos mais poderosos parceiros europeus, uma valorização do iene japonês como ocorreu no Acordo de Plaza. O Brasil provocou uma reunião na OMC – Organismo Mundial do Comércio para discutir o efeito dos câmbios nos fluxos comerciais, mas com as acusações generalizadas, principalmente entre os norte-americanos e chineses, sugeriu-se que o assunto fosse discutido no G20, como está noticiado em diversos jornais. Entre eles, o Valor Econômico, num artigo do Assis Moreira, com o título “China defende acordo temporário sobre o câmbio”. Realiza-se a reunião do BRICS, mas não se atinge um consenso sobre a criação de um novo banco de desenvolvimento entre os seus membros, como noticia Sergio Leo no mesmo Valor Econômico.
Os organismos multinacionais como o FMI – Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, e muitos outros que são considerados como componentes das Nações Unidas não conseguem a eficácia nas suas ações para equacionar estes problemas que estão afligindo a todos nesta economia globalizada. Com o desejo legítimo de todos os países participarem das decisões de medidas que os afetam, ainda não se atingiu um novo sistema de governança eficiente em escala global.
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27 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: expectativas, ministro Marco Antonio Raupp na Fiesp, problemas, situação presente do Brasil | 2 Comentários »
O ministro Marco Antonio Raupp, um especialista em ciência e tecnologia já comprovado pelos seus trabalhos no Centro Tecnológico da Aeronáutica, em São José dos Campos – SP, fez uma ótima apresentação na Fiesp – Federação da Indústria do Estado de São Paulo. Mostrou uma situação preocupante do Brasil, onde na última década os investimentos em P& D são extremamente baixos quando comparados com os principais países desenvolvidos e emergentes como a China. Mostrou que as inovações, com os dados mais recentes disponíveis, ainda são baixos nos principais países da América Latina e mesmo dos chamados BRICS, com participação insignificante do setor privado.
Mostrou ainda que dos formados em ciências naturais e engenharia em 2008, o Brasil conta com uma participação insignificante, 3% na primeira especialização, e 2% na segunda, quando os outros concorrentes, principalmente a China, contam com 17% e 34% dos mesmos, e os países asiáticos em bloco, incluindo a Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Coreia, Taiwan e Tailândia, estão com 26% e 17% respectivamente.
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