13 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apreciadores de cafés finos, diversos tipos de consumo, nas redes internacionais
O empresário Horácio Sabino Coimbra, fundador da Cacique de Café Solúvel, foi o pioneiro brasileiro que visitou a China antes do restabelecimento das relações diplomáticas do Brasil com aquele país em 1976. Impressionado com a China, ele afirmava que se cada chinês tomasse uma xícara de café por dia o Brasil estaria salvo. Num artigo publicado pelo China Daily, o jornalista Gan Tian informa que, entre 1950 a 1970, a bebida era considerada um “produto capitalista”, e informa que hoje está mais popular que nunca.
O artigo informa que até 1970, o café só era encontrado no Beijing Diaoyutai State Guest House e Shanghai Peace Hotel utilizados pelos diplomatas estrangeiros. Foi na década de 1980 que o café solúvel se tornou conhecido, rompendo o mito que os consumidores de chá tivessem dificuldade com o consumo do café. E na década de 1990 que a Starbuck chegou à China, começando a popularizar o seu consumo, tendo os estudantes chineses adquiridos o hábito no exterior.
Bolan Coffee Academy. Foto: China Daily
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12 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: grafite brasileiro de qualidade, os famosos Os Gêmeos, prestígio internacional, Titi Freak em Miyagi | 2 Comentários »
Quando o grafite brasileiro é de grande qualidade, acaba recebendo reconhecimento internacional. A revista eletrônica Highlighting Japan deste mês de março traz uma reportagem sobre o que foi pintado por Tite Freak, um artista nipo-brasileiro, num abrigo temporário em Ishinomaki, na prefeitura de Miyagi, com o suporte da Japan Foundation e da Embaixada do Brasil.
Segundo a reportagem de Osamu Sawaji, que escreveu originalmente para o The Japan Journal, o trabalho elaborado por Tite Freak, que foi convidado pela Japan Foundation, foi pintado para os que estavam em grande necessidade de ajuda e atenção, com a assistência às vitimas do triplo desastre da região de Tohoku, no Japão. Muitos acompanharam o seu trabalho, oferecendo lanches e bebidas durante a execução do grafite.
Grafite em Ishinomaki e o artista Tite Freak
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12 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: faixas preferenciais, japoneses investindo na China, tecnologias avançadas em alimentos
Muitos são os que reclamam da China, mas continuam efetuando investimentos naquele país visando atender uma parte do seu mercado que continua crescendo, mesmo num ritmo menos acelerado que nas últimas décadas. Muitas empresas japonesas não possuem alternativas, pois o mercado nipônico continua crescendo modestamente, e precisam ampliar suas atividades no exterior, com preferência nos seus vizinhos asiáticos. O jornal Nikkei publicou um artigo a respeito.
Segundo a informação, as empresas japonesas que possuem alta tecnologia neste setor de alimentos visam preferencialmente os consumidores de padrão mais elevado da China. Existe uma demanda por alimentos mais seguros e mais saborosos entre os segmentos de consumidores de média e alta renda. Uma pesquisa mostrou que esta demanda é grande, e os japoneses já estão atendendo via exportações.
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12 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: análise profunda sobre a China, dificuldades acima das notícias, Michael Pettis do Financial Times
Michael Pettis é considerado um dos mais credenciados analistas da China onde reside e seus artigos são publicados em diversos meios de comunicação, principalmente pelo Financial Times, pois ele é muito experiente e tem acesso a muitas informações. No seu currículo aparece como professor nos Estados Unidos e na China, em universidades de alto padrão. Ao contrário de artigos superficiais, ele entende que a China não está mudando a sua política para o mercado interno, até porque sempre esteve nesta posição. E os empréstimos feitos naquele país vão acabar sendo rolados, pois muitos tomadores não possuem capacidade para liquidá-los. O que pode ser considerado inadequado, mas é o que acaba acontecendo.
O problema na China é diferente dos Estados Unidos ou da Europa, segundo o autor, mas parece que isto também está acontecendo em muitos países europeus, com os prejuízos transferidos para os bancos e seus acionistas. Muitos dos empréstimos efetuados não serão honrados, transformando-se em transferências do governo central para o local, o que vai desacelerar o seu ritmo de crescimento, como já vem ocorrendo. Mesmo com a ajuda do relatório do Banco Mundial, como já postado neste site, há dúvidas sobre a eficácia de suas recomendações no sentido de maior privatização, e reformas de variados tipos.
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12 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: novidades interessantes, sistemas integrados, TVs e jornais na multimídia
Nota-se um interessante processo de aumento da concorrência nos meios de comunicações no Brasil e no exterior. O The New York Times informou que registrou um aumento de tiragem nos seus jornais impressos na medida em que passou a utilizar a internet para o fornecimento de suas edições completas para os seus assinantes. A Folha de S.Paulo, que já tinha com uma forte participação no site da UOL, passou a contar com um novo programa domingueiro na TV Cultura de São Paulo, no horário nobre das 20 horas. A rádio Jovem Pan também possui uma versão eletrônica que permite a veiculação de imagens para o mundo todo pela internet.
Entre os itens mais interessantes, o programa da Folha de S.Paulo na TV Cultura apresentou uma jornalista brasileira que contou com um painel de correspondentes estrangeiros em São Paulo, da agência de notícias norte-americana Reuters, do jornal argentino Clarin, do jornal francês Libération e da revista norte-americana Time. A discussão entre estes jornalistas completava um rápido noticiário sobre os assuntos de destaque da semana, como o problema do terremoto e tsunami no Japão.
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12 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Depoimentos, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: dificuldades com o pequeno mercado interno, mudanças que estão ocorrendo na Coreia, relações com os coreanos
Meus relacionamentos pessoais com os coreanos começaram na infância quando, na igreja que frequentava, uma família chamada Mita também era muito ativa. Ela tinha vindo do Japão, quando a Coreia ainda era colônia daquele país, no início do século XX. Mais tarde, tive a oportunidade de ajudar na vinda da primeira leva de imigrantes coreanos depois da Guerra da Coreia, como membro do Advisory Committee on Technical Service do World Churches Council, em colaboração com a entidade especializada nos refugiados das Nações Unidas. Finalmente, em torno de 1986, trabalhei numa empresa brasileira supervisionando os escritórios que tínhamos na Ásia, inclusive em Seul, na Coreia.
Nesta época, Seul ainda estava se consolidando como um dos mais ativos Tigres Asiáticos, mas cujo nível de desenvolvimento era ainda modesto. Os coreanos procuravam copiar o que o Japão tinha conseguido, consolidando os primeiros chaebols, e o gerente-geral que tínhamos naquele país, Mr. Sun, tinha uma longa experiência internacional numa delas. Eles já contavam com muitos recursos humanos dedicados a conquistar os mercados externos. A minha semelhança física com um ex-ditador coreano, que ainda estava na ativa, provocava alguns constrangimentos, como o afastamento voluntário da massa popular da minha proximidade quando percorria uma estação de metrô, com meus amigos, em Seul.
Visão geral da cidade de seu e de seu porto
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11 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, webtown | Tags: advertências sobre usos de componentes cancerígenos, brincando com a saúde da população, força dos lobbies
Muitos produtos considerados cientificamente como de alto risco para a saúde, notadamente cancerígenos, continuam sendo autorizados para a venda, desde que tenham nas suas embalagens advertências sobre estas inconveniências. É completamente incompreensível que as autoridades cedam para as pressões dos lobbies, colocando em risco a saúde da população. Mesmo sabendo que o uso exagerado destes produtos, e por longo tempo é que provocam estes danos, as existências de alternativas saudáveis deveriam recomendar a sua proibição, até porque bebidas de alto consumo mundial e viciantes estão mudando suas fórmulas para não serem atingidas pelas propagandas negativas.
No Brasil, que costuma acompanhar as restrições impostas no exterior com alguma defasagem, manteve-se o uso, por exemplo, do amianto por décadas, mesmo sabendo que os trabalhadores que trabalhavam com este minério e os usuários de produtos que o tinha como componente traziam danos irreparáveis para todos que os utilizavam. As empresas que produzem estes produtos estão agora sendo condenadas às indenizações. Não se compreende como a simples advertência nas embalagens de adoçantes artificiais e químicos permitem a continuidade de seus usos, quando alternativas de origem vegetal estão disponíveis, sem as mesmas inconveniências.
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11 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a Canção da Terra de Gustav Mahler, a volta na virada para o século XXI, Jorge de Almeida escreve na Revista da Osesp, o orientalismo na virada para o século XX
Nos próximos dias 22 a 24 de março, na Sala São Paulo, a Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo estará tocando uma composição recente do brasileiro José Antônio de Almeida Prado, falecido em 2010, e outra peça do consagrado Gustav Mahler, de 1908, chamada A Canção da Terra. Na Revista OSESP deste mês, o professor Jorge de Almeida, do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo, explica o clima em que este compositor austríaco criou esta peça, bem como o que foi utilizado.
Segundo Jorge de Almeida, o consagrado escritor e poeta alemão Johann Wolfgang von Goeth explicou a um seu aluno quando estava com um romance chinês e foi questionado se o mesmo era muito estranho: “Nem tanto, os personagens pensam, agem e sentem quase como nós, e logo nos sentimos como seus iguais, embora com eles tudo se passe de maneira mais clara, pura e comedida”. Com isto, ele introduzia, segundo o professor, um conceito de literatura mundial, um bem comum de toda a humanidade. Goeth escreveu o Divã Ocidental-Oriental. Jorge de Almeida cita ainda o ascetismo budista do filósofo alemão Arthur Schopenhauer e menciona que Franz Kafka transformou a construção da muralha da China em alegoria crítica.
Johann Wolfgang von Goeth e Gustav Mahler
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11 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: materiais para serem experimentados, Tokyu Hands, uma inovação na lanchonete
Uma das lojas mais criativas no mundo encontra-se em Tóquio, no bairro elegante de Shibuya, e se chama Tokyu Hands, que é de uma rede e conta com outras unidades. É um prédio todo, de muitos andares, onde se encontram materiais para todos os tipos de trabalhos que podem ser executados pelos clientes, interessados em criatividade. Algumas lojas mais simples e similares no Brasil são do tipo “pegue e faça”, onde se vendem produtos que podem ser utilizados pelos consumidores para trabalhos manuais com madeiras e outros materiais. Agora, o Tokyu Hands inaugurou uma lanchonete onde muitos materiais ficam à disposição dos clientes para serem manipulados lá mesmo.
Desde jovens estudantes até idosos utilizam estes tipos de lojas, que contam com materiais para serem manipulados com criatividade. Desde sofisticados equipamentos eletrônicos até simples materiais como tecidos, madeiras, papéis e tudo que se possa imaginar, com amplas variedades para a feitura de criativos produtos, normalmente manuais. Encontram-se muitos que estimulam os clientes, e nas viagens à Tóquio sempre eu faço visitas a esta loja, que frequento há décadas, desde quando lá morei, e sempre encontro novos produtos que servem de bons presentes para serem usados pelos que me são gratos, com muita originalidade.
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9 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigos sobre problemas criados por Fukushima Daiichi
Yukiya Amano, diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica, e Martin Freer, que é professor de Física Nuclear da Universidade de Birmingham entre outras ocupações, escreveram artigos divulgados pelo Project Syndicate, organismo que divulga trabalhos de grande relevância. O primeiro afirma que este tipo de energia tornou-se mais segura depois dos acidentes de Fukushima Daiichi e se tornará mais confiável nos próximos anos. Ele admite que os problemas que ocorreram foram devidos ao terremoto e o tsunami, mas também falhas humanas contribuíram para o desastre.
As regulamentações japonesas não eram suficientemente independentes e a supervisão sobre a operadora era fraca, segundo ele. A energia alternativa para a usina não estava devidamente protegida, e a resposta para o acidente não estava treinada adequadamente. Isto não ocorre só lá e serviu de alerta para os outros. Uma revisão está sendo efetuada em todo o mundo, para os novos padrões exigidos. A usina resistiu ao terremoto, mas não estava projetada para o tsunami. O uso da energia nuclear vai continuar crescendo nos próximos 20 anos, segundo o autor. A Agência Internacional prevê pelo menos 90 usinas adicionais aos 437 existentes, até 2030.
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