Substanciais Avanços na Reunião Ministerial do ASEAN
24 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: avanços substancias, países do sudeste asiático, para enfrentarem os gigantes asiáticos
A necessidade acaba sendo a mãe de muitos entendimentos, e os pequenos países do sudeste asiático, para fazerem frente aos desafios de gigantes como a China, a Índia e o Japão, juntam os seus esforços de cooperação recíproca que extravasa a área comercial e econômica. Os acordos assinados em nível ministerial na reunião realizada no Vietnã, depois de cinco dias de intenso debate, na cidade de Ha Noi, surpreendem como noticiou o jornal Viet Nam News, apoiado por declarações da Secretaria de Estado norte-americana, Hillary Clinton.
Muitos acordos foram firmados envolvendo áreas como a cooperação cultural, conectividade entre os países, direitos humanos. Perseguem a paz, estabilidade e a cooperação, sendo que muitos acordos foram efetuados com países foram deste bloco.
Foram estabelecidos mapas para orientar a cooperação cultural, um master plan para a conectividade entre os países, um plano diretor para direitos humanos, e um tratado de banimento de armamentos atômicos na região.
Com a Rússia e os Estados Unidos foram estabelecidas parcerias para a defesa regional, e uma visão para cooperação com o Canadá e a Turquia. Estabeleceu-se com os Estados Unidos um tratado para navegação sob as leis internacionais, e se combinou para outubro próximo uma reunião conjunta com a China, Coreia do Sul, Japão, Índia, Nova Zelândia, Rússia e Austrália.
O que eles objetivam é algo como a formação da Comunidade Europeia, que apresenta suas dificuldades com a moeda única, o Euro, mas intensificou a consolidação de um bloco regional.
As diferenças entre os países do ASEAN são apreciáveis, mas como são todos relativamente pequenos, não veem alternativa para promoverem a cooperação regional, contando com o respaldo dos grandes países de importância mundial. É preciso considerar que a elevação do salário real que já ocorre na China está forçando empresas de países como o Japão a procurarem o bloco para hospedarem novas unidades industriais.
Na medida em que se consolidam, e estabelecem regras comuns de comércio como uma zona tarifária única, as chances de absorverem uma parcela das atividades econômicas mundiais ficam elevadas. Funciona como um lembrete para o Mercosul e para os países da América Central.