Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Perspectiva de Energia Renovável no Futuro do Mundo

13 de fevereiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Integração | Tags: artigo no The Japan News, dados internacionais, perseguindo as metas do Acordo de Paris

Um artigo de Shigeru Kurokawa publicado no site do The Japan News informa sobre a possibilidade de em 2040 se produzir 40% de energia renovável e não poluente no mundo, atingindo-se a meta estabelecida no Acordo de Paris.

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Gráfico constante do artigo no site do The Japan News, ainda que tenha um pequeno percentual da energia atômica

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Algumas Comparações Econômicas do Brasil com a China

26 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: algumas comparações entre o Brasil e a China, intercâmbio comercial, trabalho da economista Patrícia Stefani | 2 Comentários »

Um trabalho cuidadoso foi elaborado pela economista Patrícia Stefani, comparando alguns dados do Brasil e da China, bem como o comércio bilateral. Será resumido neste site, somente com os dados mais gerais de interesse dos leigos. O que fica evidente é que o PIB da China vem crescendo nos últimos 15 anos de forma mais estável e robusta que o do Brasil, tanto em termos reais quanto em termos per capita. Muitos reclamam que o comércio bilateral vem sendo danoso para o Brasil, concentrando suas críticas ao câmbio desvalorizado deles, mas o que se constata que existem muitos outros fatores que prejudicam a competitividade brasileira.

Tanto em formação bruta do capital fixo como na poupança doméstica, os chineses apresentam dados bem superiores aos brasileiros, esta última em decorrência de um consumo menor deles. Há uma superioridade também nos ingredientes que são importantes para o desenvolvimento dos negócios: os gastos chineses em pesquisa e desenvolvimento cresceram recentemente, e eles são bem mais eficientes na produção de patentes. A carga tributária chinesa é bem mais baixa, e os serviços alfandegários e de infraestrutura são superiores aos do Brasil, o que resulta num sensível aumento da participação chinesa no comércio internacional, enquanto que a brasileira cresceu pouco, inclusive como proporção do PIB.

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O conteúdo tecnológico, tanto das exportações quanto das importações chinesas, vem aumentando, com a diversificação de sua pauta exportadora sendo comparável a dos países industrializados. No caso do Brasil, o conteúdo tecnológico permaneceu estável nos últimos anos, notando-se uma maior concentração nos produtos primários no período mais recente.

Há indicações, no entanto, que o modelo utilizado pela China, calcado em elevados subsídios para a sua indústria, notadamente voltada para a exportação, tende a se esgotar. O mercado interno deverá ocupar cada vez mais espaço, como já vem dando sinais, com a ampliação dos seus serviços e um crescimento menos vigoroso que o registrado no passado recente.

O país já sente os efeitos das distorções geradas por esse modelo de crescimento e já dá sinais de pressão inflacionária, o que provocará alterações cambiais, ao que tudo indica, de maneira gradual.

Da parte brasileira, não se deve concentrar somente no aspecto cambial, mas num conjunto de medidas que torne a sua indústria competitiva, como a redução da carga tributária, a desoneração dos investimentos e a redução dos custos de transporte e logística.

Nada indica que as mudanças serão rápidas, mas o Brasil precisa se preparar para um período em que a economia chinesa não continuará mais tão vigorosa como no passado recente e ajudando a melhorar os preços dos produtos que exportamos para lá.


Cúpula da APEC no Japão

12 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: APEC – Cooperação dos Países da Ásia e do Pacífico, muitos do G20, tentativas de livre comércio

Mal terminou a reunião de cúpula do G20 – Grupo dos 20 países mais importantes economicamente do mundo, realizado na Coreia do Sul, já começa no Japão a reunião do mesmo nível da APEC que reúne 21 importantes líderes dos países da Ásia e do Pacífico, entre eles os mesmos Estados Unidos, China, Japão, Rússia, Austrália, Canadá, México, Chile, Peru e os do sudeste asiático. Os norte-americanos enfraquecidos, tanto pelas suas dificuldades de ativação de sua economia como das eleições que levaram a oposição ao domínio do Congresso, não conseguiram uma posição clara de condenação da política chinesa no G20. Agora, defrontam-se novamente na APEC, onde o tema principal é o acordo de livre comércio entre os seus membros no Japão, mas que guardam dificuldades idênticas às da reunião na Coreia do Sul.

A diferença é que na APEC aconteceram seis reuniões preparatórias em nível ministerial durante este ano, mas, mesmo assim, as recentes condenações da política norte-americana devem ser novamente levantadas, enquanto às relacionadas à chinesa são controvertidas.

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Resumo das Decisões do G20 em Seul

12 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: câmbio, exame em 2011, FMI, indicadores dos desequilíbrios econômicos, principais decisões, sustentabilidade | 2 Comentários »

A importante reunião de cúpula do Grupo dos 20 em Seul, na qual compareceu o presidente Lula da Silva acompanhado da presidenta eleita Dilma Rousseff, procurou um avanço nos entendimentos possível entre posições divergentes de países relevantes no atual cenário internacional. Não se podia esperar por decisões radicais, mas tudo indica que há uma consciência geral que o mundo passa por uma fase importante, e que todos necessitam envidar esforços para correção dos desequilíbrios que possam ser identificados.

No comunicado conjunto que veio sendo elaborado ao longo de semanas de negociações entre as delegações dos diversos países, anuncia-se um Plano de Ação de Seul que orienta as principais medidas a serem tomadas até a próxima reunião em fins de 2011, a ser realizada na França.

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Líderes mundiais durante encontro do G20, em Seul. Foto AP

Ficou decidido que serão elaborados indicadores dos desequilíbrios econômicos que estejam ocorrendo nas relações entre os diversos países, com a ajuda do FMI – Fundo Monetário Internacional, a fim de permitir a identificação e a correção para a sustentabilidade da economia globalizada, e eles devem ser objetos de decisão na próxima reunião de 2011.

Reafirmou-se que o câmbio entre as diversas moedas deve continuar a ser estabelecido pelo mercado, evitando-se a desvalorização competitiva que está ocorrendo atualmente, mantendo-se a flexibilidade cambial. Na análise da situação mundial, prestigiou-se o papel do FMI, que está sofrendo ajustamentos para acomodar a importância que os países emergentes ganharam no cenário internacional.

Os diversos fóruns específicos, realizados no âmbito das Nações Unidas, foram reconhecidos, como os relacionados com o clima, a biodiversidade, insistindo-se que os esforços de liberalização do comércio devem ter prosseguimento, ainda que as rodadas como a de Doha continuem com dificuldades, estimulando iniciativas de acordos regionais ou bilaterais de livre comércio ou de parcerias econômicas.

Numa análise ainda preliminar, deve-se admitir que esta reunião do G20 acabou sendo de grande utilidade para a colocação franca das posições de muitos países sobre os problemas econômicos internacionais, ainda que não seja possível tomar ações corretivas por ora. Ficou claro, no mínimo, que há um consenso sobre os desconfortos de todos, havendo necessidade da elaboração de indicadores que permitam o estabelecimento de negociações sobre os limites de suas variações, bem como os mecanismos que serão adotados para suas correções.

Seria muito difícil conseguir resultados mais concretos, mas as reafirmações dos chefes de governos e das principais organizações mundiais sobre estes problemas aparentam um avanço, estabelecendo um compromisso com os aperfeiçoamentos necessários, que deverão ser discutidos e negociados durante um ano.


Investimento Público Privado Japonês na Bolívia

9 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: arranjos inéditos, exploração público privado de lítio na Bolívia

O respeitável jornal econômico japonês Nikkei anunciou hoje que um inédito consórcio público privado japonês ganhou a concorrência para um projeto de teste de exploração de lítio na Bolívia, vencendo a China, a Coreia do Sul e outros países. Pelo que se sabe é a primeira vez que um consórcio público privado desta natureza é formado pelo próprio METI – Ministério de Economia, Indústria e Comércio do Japão, Kyoto University, Sumitomo Co., Japan Oil, Gas and Metals, National Institute for Advanced Industry, Science and Technology, Mitsubishi Co. e University of Kitakyushu.

Segundo a notícia, o Japão importa atualmente 86% do lítio do Chile, e este material é estratégico para a produção de baterias de lítio que são utilizadas para veículos elétricos, uso de energia solar e eólica. O projeto será desenvolvido no Salar de Uyuni, imenso antigo lago de sal situado no oeste boliviano e considerado a maior reserva de lítio do mundo. Será estudada a localização mais conveniente de sua exploração, bem como tecnologia do seu enriquecimento e purificação. Deverá ter início em 2011 e será estendida por 18 meses.

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Salar de Yuni, na Bolívia

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Vale em Parceria com a Posco no Ceará

5 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: outros empreendimentos, siderurgias no Brasil, Vale com a Posco coreana

Se havia um comportamento pouco compreensível da Vale que se concentrava na exportação de minérios no Brasil e exploração de jazidas no exterior, depois do presidente Lula da Silva ter manifestado a sua insatisfação ao presidente da Vale, Roger Agnelli, parece que a empresa mudou totalmente de orientação. O jornal O Estado de S.Paulo, num importante artigo da jornalista Mônica Ciarelli, informa que a usina de Pacém, no Ceará, será implementada com a Vale contando com 50% do seu controle, a Dongkuk coreana com 30% e a Posco, a primeira siderurgia coreana e terceira do mundo, com 20%, utilizando a tecnologia e experiência comercial da última.

Não só isto, mas o artigo informa que a Vale tem em seus planos a Companhia Siderúrgica do Atlântico, no Rio de Janeiro, a Companhia Siderúrgica, de Vitória, no Espírito Santo, e a Aços Laminados, do Pará, no Estado do Pará. Dispondo dos melhores minérios do mundo, o mais racional, como imaginado pelo governo, era que a Vale caminhasse celeremente na sua industrialização, acrescentando emprego e valor adicionado no Brasil.

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Sobre os Resultados da COP 10 em Nagóia

30 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: a versão da agência Kyodo com base na leitura japonesa, a versão do site da Globo com base na leitura brasileira, formas de ver os resultados de Nagóia | 4 Comentários »

A imprensa mundial relatou os esforços que representantes de cerca de 200 países realizaram ao longo de 10 dias, procurando chegar a um acordo global sobre a preservação da biodiversidade, bem como os mecanismos para tanto, além das formas de seu financiamento. A versão sobre a reunião que está reproduzida no site da Globo parece refletir o ponto de vista dos países que possuem uma grande biodiversidade, desejam mantê-la e procuram dividir os seus custos com os países desenvolvidos que aproveitam estes recursos para diversas finalidades, como a produção de medicamentos.

O ponto de vista expresso pela agência Kyodo, bastante divergente da primeira, parece refletir o ponto de vista do país sede, o Japão, que, além de colocar alguns recursos para estes programas, deseja que o evento seja considerado um passo positivo para futuros entendimentos.

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Ministro japonês Ryu Matsumoto no telão durante convenção em Nagóia

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Crescentes Atenções Sobre a Índia

28 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: atenções mundiais, elevado crescimento hindu nos últimos 30 anos, eventos para melhor conhecimento na América Latina

O gritante desconhecimento dos latino-americanos sobre a Ásia, e vice-versa, faz com que nosso conceito sobre países como a Índia e também a China seja de países extremamente pobres e populosos. Mas as atenções sobre a Índia estão se atualizando, na medida em que se constata que ela vem registrando nos últimos 30 anos um crescimento médio impressionante de 6,3% ao ano, contando com uma classe média estimada em mais de 600 milhões de consumidores, enquanto no Brasil se conta com cerca de 40 milhões.

O BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento vem tentando suprir este desconhecimento, com elogiáveis iniciativas como a publicação de um Special Report on Integration and Trade, coordenado pelo brasileiro Maurício Mesquita Moreira, com o título “India: Latin America’s Next Big Thing?” Ele concedeu uma entrevista publicada hoje no jornal Valor Econômico.

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Intercâmbio da Índia com o Japão

25 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: assinatura do FTA, outros entendimentos, visita do premiê da Índia ao Japão

Todos sabem que a Índia é um gigantesco e complexo país asiático com mais de um bilhão de habitantes, contando com uma ampla diversidade étnica e religiosa, longa história e cultura respeitáveis, que está crescendo economicamente a cerca de 9% ao ano em 2010. Seu primeiro-ministro Manmohan Singh está visitando o Japão, tendo assinado um FTA – Free Trade Agreement com o primeiro-ministro japonês Naoto Kan, concluindo um importante entendimento bilateral que vinha sendo discutido desde 2007.

A Índia vem estabelecendo diversos acordos de expressivos montantes com o Japão, como o relacionado com a melhoria de um grande eixo que vai de Delhi a Mombei, com a participação de dezenas de grandes empresas japonesas e a retaguarda do governo japonês. Neste eixo, além da melhoria da estrutura ferroviária até o porto, muitos projetos de saneamento bem como melhorias de atendimentos sociais à população estão sendo implantados, com o envolvimento de autoridades das cidades beneficiadas.

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Manmohan Singh e Naoto Kan

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Mudanças Econômicas Brasileiras Assustam Japoneses

22 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: elevações no IOF das aplicações dos estrangeiros, medidas para coibir o ingresso exagerado de recursos de curto prazo

Um artigo publicado no principal jornal econômico japonês, o Nikkei, mostra que as medidas tomadas pelas autoridades brasileiras começam a atingir os seus objetivos. Havia um excesso de ingresso de recursos financeiros de curto prazo, que provocava uma valorização exagerada do câmbio no Brasil. Além de aumentar o IOF sobre estas aplicações que vinham do exterior, provocou-se uma tributação sobre as margens para operações no mercado futuro.

Os investidores japoneses não conseguiam remunerar suas aplicações no Japão e passaram a procurar outros países onde os juros eram mais elevados. O Brasil, considerado como um risco baixo, passou a ser alvo de muitos administradores de fundos. Com as novas tributações, os retornos passaram a ser menores.

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Folhetos para a venda de aplicações e gráfico que mostra crescimento de investimentos no Brasil

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