O Problema da Caligrafia com o Uso dos Computadores
28 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, webtown | Tags: a caligrafia hoje, iniciativas chinesas, problema universal
Tudo indica que com a intensificação do uso dos computadores, principalmente entre os jovens, os problemas da escrita manual começam a apresentar problemas adicionais. Como nas escolas já não se ensina caligrafia como no passado, e as facilidades eletrônicas se disseminam rapidamente, observa-se que a escrita manual apresenta problemas adicionais, afetando inclusive os problemas de redação. O site do BBC Brasil noticia o assunto com um artigo com o título “Pela tradição, China terá mais aulas de caligrafia”, mostrando que o problema tende a se observar em variados países.
A caligrafia sempre foi considerada como uma das formas de revelar parte da personalidade das pessoas, e desde os tempos remotos, na Ásia se cultiva a caligrafia, que teria sido cultivada pelos monges que escreviam os ideogramas de forma personalizada. Eram poemas como os que ficaram conhecidos no Japão como haikais, que podiam ser acompanhados por desenhos do tipo zen.
Foto publicada no BBC Brasil
Na Ásia, costuma haver competições nas escolas com a apresentação de escritas gesticulares sobre papéis especiais para tanto, com o uso de um pincel especial para esta finalidade. Na China, as autoridades tomaram a iniciativa de aumentar as aulas destinadas à caligrafia, conforme noticiado pela BBC.
Todos notam que os que enviam mensagens variadas por meios eletrônicos como a Internet, acabam desenvolvendo uma nova linguagem com o uso de letras, números ou sons que representam palavras, ou simples simplificações, sem o uso de regras gramaticais.
Como o uso de palavras estrangeiras, como o inglês, está aumentando em todo o mundo, nota-se a mistura das mesmas nas escritas eletrônicas. E o BBC registra que na China estes meios estão sendo utilizados para disfarçar os conteúdos dos censores do governo.
Mesmo no Ocidente, nota-se que as escritas manuais começam a ficar cada vez mais precárias, havendo necessidade do estudo de algumas medidas para preservar o mínimo, para a comunicação adequada quando não se dispõe dos meios eletrônicos.