Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mercado Brasileiro de Medicamentos Atrai Estrangeiros

17 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: Daiichi Sankyo japonesa associada à indiana Ranbaxy, presente em 56 países, segunda no Japão

O mercado brasileiro de medicamentos atrai investimentos estrangeiros como a segunda do Japão, a Daiichi Sankyo, que vem associada com a indiana Ranbaxy para o fornecimento de remédios genéricos para epilepsia. O Brasil é considerado o 6º mercado no mundo, e a Daiichi Sankyo do Brasil já está presente fornecendo medicamentos para a pressão alta. Ainda que a Anvisa já tenha iniciado uma campanha para a redução do sal nos alimentos, os brasileiros ainda consomem mais sódio que a necessário, aumentando os pacientes que sofrem de pressão alta e todas as suas consequências para a saúde humana.

A notícia consta do jornal econômico Nikkei, informando que Daiichi Sankyo está se dispondo a aumentar a sua participação no mercado latino-americano. Como é sabido, a Shimizu que é a maior produtora japonesa de medicamentos já possui 30% do mercado brasileiro, utilizando ainda o das empresas norte-americanas e suíça que adquiriram nos últimos anos. Mas as informações disponíveis é que paulatinamente pretendem usar o seu próprio nome, pois os produtos japoneses costumam contar com elevada credibilidade quanto a sua qualidade, o que se espera seja confirmada com suas produções locais.

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Os produtos farmacêuticos japoneses costumavam ter uma pequena dosagem dos seus princípios ativos, que no Brasil costumam ser exagerados. A orientação geral dos japoneses costuma ser da cura paulatina e com fortes choques de medicamentos, muitas vezes considerados até excessivos.

Evidentemente, os medicamentos costumam provocar reações diferentes tanto entre as pessoas como comprovadamente entre etnias, sendo que as autoridades japonesas costumam exigir pesquisas clínicas sobre japoneses e seus descendentes, mesmo que alguns medicamentos sejam autorizados por entidades rigorosas como a FDA – a norte americano que regulamenta o uso de remédios e alimentos no seu mercado, que costumam ser também aceitos em outros países.

Como é sabido, havia uma espécie de oligopólio com poucos produtores mundiais de medicamentos. Com o mundo globalizado, os asiáticos estão entrando no mercado internacional, com destaque dos indianos nos produtos genéricos, que está tendo uma boa aceitação no Brasil.

Havendo uma competente rede de distribuição destes medicamentos, o aumento da concorrência poderá beneficiar os pacientes que necessitam do seu uso, principalmente aqueles que são contínuos com o avanço da idade, e as baixas exigências no uso de alimentos condimentados, gordurosos e com excesso de açúcares no Brasil.