Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

As Pesquisas Científicas no Brasil

16 de julho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: 27º lugar no mundo, ainda modesto, mas melhorando, o Brasil no Nature Publishing Index 2012

A revista científica Nature publica regularmente um índice que mostra a quantidade de artigos científicos que foram produzidos nos diversos países e publicados na mesma, onde o Brasil chegou em 27ª posição, avançando sete lugares comparado com 2008. Em primeiro lugar, aparece os Estados Unidos, seguidos do Reino Unido e da Alemanha. Do total de 3.560 artigos publicados, entre os países emergentes a China chegou a 8,5% dos autores e 303 artigos, enquanto o Brasil conseguiu somente 39 artigos, ainda numa posição modesta.

As cinco instituições mais destacadas neste índice figuram a Universidade Federal do Rio de Janeiro, seguido pela Universidade de São Paulo, pelo Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (de Campinas), Universidade de Campinas e pela Universidade Estadual do Norte Fluminense. Mas a nota especial sobre o Brasil que acompanha esta publicação observa que ainda não se conseguiu publicações de grande impacto na comunidade científica internacional, que por ora consegue quantidade, mas não qualidade.

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A nota destaca que estão sendo feitos esforços no Brasil, com destaque para a Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, e o programa federal Ciência Sem Fronteiras, que vem priorizando parcerias externas, onde predomina as instituições dos Estados Unidos. Também observa que instituições não ligadas às Universidades estão em funcionamento, como o citado Laboratório Nacional de Luz Sincrotron e a Fundação Oswaldo Cruz.

Destaca-se ainda que não existe um forte compromisso com a pesquisa nos últimos anos, sendo que houve somente um aumento de recursos federais de 1% do PIB para 1,2%, enquanto o Estado de São Paulo aumentou de 1,5% para 1,66%.

A nota informa que os brasileiros como os chineses e japoneses, e de forma diferente dos europeus, não participam de muitas colaborações com grupos estrangeiros, possivelmente diante das dificuldades dos idiomas.

Outro aspecto que chama a atenção dos especialistas é que no Brasil a colaboração dos cientistas com o setor privado é baixo, e o governo federal procurar corrigir esta distorção, oferecendo novos recursos para a finalidade.

Na realidade, ainda que existam pesquisas científicas de base, se não forem transformados em conhecimentos aplicáveis para as atividades econômicas, a possibilidade de aproveitamento dentro do país acaba ficando baixa.