Escolas Primárias Internacionais Para Japoneses
22 de setembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: escolas internacionais no Japão, mecanismos alternativos, os problemas dos filhos de expatriados
Um longo artigo publicado no The Japan Times elaborado em conjunto por Teru Clavel e Minori Kawakami informa sobre a disponibilidade de algumas escolas internacionais para os filhos de japoneses no Japão. Estas escolas existem em diversos países, principalmente para atender os filhos de funcionários expatriados, mas também estão sendo utilizados por japoneses que estudaram no exterior e entendem que as escolas japonesas são para seus filhos demasiadamente padronizados, principalmente quando comparadas com as norte-americanas e outras estrangeiras, que permitem maior liberdade para os alunos questionarem inclusive os professores. Este artigo pode ser acessado, em inglês, no: http://www.japantimes.co.jp/community/2014/09/14/issues/all-japanese-families-take-a-chance-on-international-schools/#.VBn4m_9OVLM.
Segundo uma nota explicativa daquele jornal, Teru Clavel é um colaborador regular deles e Minori Kawakami é a mãe de uma aluna do Nishimachi International School, que pretende estudar numa Universidade norte-americana no futuro. Muitos consideram que a sociedade japonesa é exageradamente homogenia comparada com outras e no futuro a tendência será a de maior globalização, optando que seus filhos já tenham estas experiências desde as escolas primárias, ainda que existam muitos problemas de ajustamentos tão complexos. Como esta escola, existem muitas outras no Japão que atendem principalmente os filhos de estrangeiros que trabalham e moram naquele país.
As experiências de brasileiros expatriados, funcionários de empresas ou diplomatas, indicam a conveniência de que seus filhos tenham uma raiz fixa, por exemplo, no Brasil, para adquirirem outras habilidades em países estrangeiros, sem o que podem correr o risco de ficarem desorientados. Se seus pais desejam conhecimentos de línguas estrangeiras ou outras experiências, existem muitos programas como os chamados “home stay”, estágios que os preparam para estudos posteriores no exterior.
A experiência europeia, nos cursos universitários, é de um período final dos cursos serem efetuados em outros países, pois se acaba exigindo, no mínimo, o domínio de três línguas, além outros conhecimentos culturais diferenciados.
Evidentemente, como todas as famílias apresentam necessidades diferentes, a disponibilidade de alternativas é sempre interessante. Mas, também existem crianças com personalidades diferentes que merecem ser respeitadas, evitando-se a sua desorientação com a exagerada exigência dos seus pais.
O conhecimento de culturas diferentes sempre é enriquecedor, principalmente no atual mundo globalizado. No entanto, parece que se deve evitar o exagero, pois todos os seres humanos parecem necessitar de uma pátria, ou onde estão as suas raízes. A partir deste ponto, parece que todas as demais experiências podem ser somadas.