Culinária Libanesa nos Estados Unidos e no Mundo
4 de maio de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Gastronomia | Tags: artigo no The Wall Street Journal, disseminação pelo mundo, diversidade, problemas no Oriente Médio
Todos sabem que a culinária de origem árabe é bem diversificada, indo de Marrocos no noroeste da África ao Oriente Médio, com nuances locais diferenciadas, como na Turquia. Com a emigração de sírios e libaneses em decorrência dos conflitos armados, suas novas versões estão sendo novamente disseminadas em muitas partes do mundo.
Foto constante de um artigo publicado no The Wall Street Journal
As esquinas de Nova Iorque contavam no passado com muitos lugares que serviam excelentes “hot dogs”, nos últimos anos passaram a oferecer também muitos pratos de rua, alguns de origem árabe. São Paulo, que sempre contou com a culinária árabe trazida pelos imigrantes de antes da Segunda Guerra Mundial, passou a contar com novos imigrantes fugidos dos riscos dos novos conflitos armados, trazendo versões atualizadas destas culinárias, tanto as da Síria como as do Líbano.
Os que viajam pelo Mediterrâneo encontram versões da culinária árabe, desde o cuscuz marroquino de elevada qualidade em Paris como em Istambul, que tem suas características próprias, por ter sido a sede do Império Otomano por muitos séculos. Esta diversidade atrai muitos apreciadores da boa cozinha.
O artigo publicado por Brook Anderson no The Wall Street Journal refere-se à empresária Christine Sfeir, que levou para o Líbano uma cadeia norte-americana de fast food e agora cogita de uma rede de restaurantes de culinária árabe nos Estados Unidos. Realmente, tudo indica que existem condições favoráveis para tal projeto.
No Brasil, até agora, são estabelecimentos familiares que estão se multiplicando com estes novos imigrantes, quer os que praticavam esta cozinha na sua terra de origem como os que apreciavam o que eram preparados por outros, mas conhecem o sabor e os ingredientes utilizados, que podem ser adaptados às disponibilidades locais. Muitos consomem estes produtos para lanches rápidos, menos em almoços e jantares completos.
Tudo indica que algo semelhante também está acontecendo na Europa. Na Ásia, notadamente no Japão, onde até há alguns anos não existiam restaurantes árabes, eles estão aumentando, pois os japoneses que viajaram por outros países passaram a conhecê-los.
No atual mundo globalizado, tudo o que é bom e prático acaba sendo adotado, ainda que também sofram novas adaptações locais.