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Japonesa Comandante de Destróier

30 de junho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: Japão considerado machista, uma comandante de um destróier japonês | 2 Comentários »

clip_image002Ainda que o Japão disponha de uma marinha para autodefesa que pode ser ampliada para exercer atividades militares com outras finalidades, muitos podem se surpreender com a nomeação de uma comandante de destróier, que conta com 200 tripulantes e se destina a evitar os avanços chineses no Mar Sul da China.

Destróier japonês Yamagiri, que conta com uma comandante e uma tripulação de 200 marinheiros, em foto publicada no Nikkei Asian Review

Ainda que o Japão seja considerado um país machista, poucas marinhas no mundo contam com uma mulher comandando um destróier que, entre outras funções, se destina a coibir o avanço dos chineses no Mar Sul da China, inclusive na ilha Senkaku/Daioyu disputada pelos dois países.

Miho Otani, 45 anos, é uma mãe divorciada, pioneira na marinha japonesa, e comanda 200 tripulantes do destróier, tendo que ficar longos períodos no mar. Sua mãe ajudou a criar a sua filha, que se orgulha do trabalho dela. O destróier está equipado com mísseis e torpedos para proteger os interesses japoneses nos mares onde as tensões são frequentes pelos avanços das iniciativas da China naquela região.

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Miho Otani, comandante do destróier Yamaguri, na foto publicada pelo Nikkei Asian Review.

Apesar da sua missão exigir que ela permaneça no mar até por seis meses, ficando afastada da família, a sua única queixa é a necessidade de estar atenta dia e noite, pois recebe constantes relatórios dos acontecimentos nos arredores do seu destróier.

Para chegar a este cargo, Miho Otani fez um curso de pós-graduação na Academia Nacional de Defesa do Japão, em 1996. Mais de 90% dos componentes do Sistema de Autodefesa do Japão são homens, mas ela afirma nunca ter sentido alguma discriminação. Quando se trata da defesa do Japão, ela entende que o sexo é irrelevante.

O Brasil também tem na sua Marinha a contra-almirante Dalva Maria Carvalho Mendes, mas ela exercia a função de Diretora da Policlínica Naval, pois o país não enfrenta problemas de disputas no mar, como os do Japão.


2 Comentários para “Japonesa Comandante de Destróier”

  1. Joao Souza
    1  escreveu às 12:32 em 18 de fevereiro de 2017:

    Pelas divisas o posto é de Nito Kaisa , equivalente a Capitão de Fragata. Infelizmente no Brasil , a Escola Naval não aceita mulheres, é a única arma que não gradua oficiais. a AMAN e a AFA já aceita mulheres ha muito tempo.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 17:29 em 18 de fevereiro de 2017:

    Caro João Souza,

    Obrigado pelo comentário.

    Paulo Yokota