O Que a Islândia Está Fazendo Com o Peixe
21 de junho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: a pesca e o processamento utilizando robôs, desafios para as competições internacionais, o que o Brasil necessita conhecer para competir neste mercado
Todos entendem que entre os alimentos mais saudáveis hoje figuram os peixes, que fornecem, além de proteínas e outros elementos, o Omega 3, que ajuda muitos na manutenção da sua saúde, eliminando o colesterol inconveniente.
O robô da Marel usa algoritmo para cortar os filés de peixe de forma mais eficiente na Islândia
Muitos já sabem que mais da metade dos peixes oferecidos no mundo são criados e o Brasil é forte candidato para ser um importante fornecedor pela disponibilidade das rações que representam cerca de 70% dos seus custos. Mas é preciso observar o que está sendo feito pelos países do Ártico, como a Islândia, que pesca muito bacalhau entre outros peixes nas suas águas geladas, utilizando tecnologias avançadas com o uso de robôs adotando o algoritmo. Um artigo publicado no site da Bloomberg ( www.bloomberg.com/news/articles/2016-06-20/marel-s-fish-slicing-robot-fillets-by-algorithm ) mostra num vídeo como tudo isto funciona com elevada eficiência para abastecer o mundo.
Muitos conhecem a Noruega como fornecedora do bacalhau seco, mas até no Brasil se dispõe deste peixe fresco em filés, como em outras partes do mundo, muito apreciado. A Islândia é um país extremamente frio e conta com pequena população precisando da ajuda de robôs para efetuar muitas operações. A pesca é uma das atividades econômicas importantes naquele país.
Além da pesca diária, em condições duras, é preciso que o processamento posterior do peixe seja feito com elevada eficiência. Ashlee Vance, do Hello World, mostra no vídeo como isto está se processando, na vila de Grindavik, usando o Flexicut, robôs produzidos pela Marel, que usam raio-X, jatos de água e software para que o peixe seja cortado rapidamente e de forma precisa, aproveitando-se o máximo de suas partes.
A Marel é uma empresa que vende US$ 1 bilhão de equipamentos para cortar carne e avançou também na área dos peixes. O Brasil, cria peixes principalmente os de rios tropicais como o tucunaré, pirarucu, dourado, pacu, tambaqui e muitos outros, além da tilápia africana que se adaptou muito bem neste país. Informa-se que se dispõe no Brasil de 25 mil espécies que ainda podem ser estudados para o fornecimento, inclusive de filés sem espinhas. Há que se pensar em como serão comercializados no mercado internacional de forma eficiente.