Países em Desenvolvimento Com Melhorias no Bem-Estar
21 de julho de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: nem todos os desenvolvidos conseguem estes resultados, países no início do seu processo de crescimento conseguem melhorias sustentáveis no seu bem-estar, uma tendência para decréscimo dos avanços
Um estudo muito interessante da Boston Consulting está mencionado num artigo de Josh Robinson publicado no site da Bloomberg. Nele, informa-se que a Etiópia está conseguindo converter crescimento em melhoria do bem-estar, como outros países modestos, enquanto a Noruega e países desenvolvidos já não conseguem manter a mesma tendência.
Um dos gráficos publicados no artigo do site da Bloomberg
O estudo efetuado pela Boston Consulting foi relatado no artigo publicado no site da Bloomberg mostrando algo que parece intuitivo. Na medida em que se avança no crescimento econômico, haveria uma tendência de redução da conquista da melhoria sustentável do bem-estar. Os dados comparativos do que acontece na Etiópia e na Noruega foram exemplos mencionados no artigo.
O artigo menciona que, com a atual crise mundial, os países mais desenvolvidos estão trocando o crescimento pela melhoria do bem-estar pretendido pelas suas populações. A chamada SEDA – Sustainable Economic Development Assessment ranqueou 160 países ao longo de 10 áreas, incluindo a estabilidade econômica, a saúde, a governança e o meio ambiente, no período de 2006 a 2014.
Gráfico constante do artigo no site da Bloomberg mostrando que o Brasil está relativamente bem situado, com melhoria do SEDA
O artigo informa que países desenvolvidos como a Suíça, Suécia, Luxemburgo e Cingapura não avançam mais no bem-estar quanto os emergentes da Ásia e da África, nestes dados relacionados com o a melhoria do bem-estar. No gráfico acima, verifica-se que o aumento da renda per capita calculado pelo PPP, ou seja, o poder de compra nos níveis mais elevados, já não provoca melhoria no indicador do SEDA.
Como o SEDA inclui dados relacionados com a preservação do meio ambiente, governança, participação da sociedade civil, melhoria da distribuição de renda, infraestrutura, educação, saúde, além da estabilidade econômica, renda e desemprego no período de 2006 a 2014, o Brasil aparece relativamente bem, como está no gráfico acima.
Entre outras considerações, o estudo da Boston Consulting, que leva o nome “The Private-Sector Opportunity to Improve Well-Being – The 2016 Susteinable Economic Development Assessment”, compreende também a inclusão da população nas atividades financeiras bem como dados estatísticos, merecendo uma análise mais completa de todos os interessados, para mostrar que nem tudo está tão negativo.
Muitos dados exclusivamente econômicos indicam as pioras nas distribuições dos benefícios do desenvolvimento, mas os indicadores mais amplos relacionados ao bem-estar sustentável mostram que também os países menos favorecidos fazem esforços para melhorar o mundo.