Evolução da Criação de Atum no Japão por Grandes Empresas
21 de outubro de 2016
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Nikkei Asian Review, grandes empresas japonesas envolvidas na criação do atum, tarefa difícil em estágios finais | 2 Comentários »
Artigo de Takuya Imai publicado no site do Nikkei Asian Review informa que os projetos das grandes empresas japonesas para a criação do atum está caminhando bem, entrando já na sua fase final.
Esquema constante do artigo publicado no site do Nikkei Asian Review
Como é sabido, o aumento do consumo de atum rabilho (hon maguro em japonês, bluefin tuna em inglês) no Japão e no mundo compromete o estoque deste espécime de peixe na natureza e as grandes empresas japonesas voltadas à produção de espécie marinha estão na fase final para a sua criação. Entre as mais destacadas estão a Maruha Nichiro, Kyokuyo e Nippon Suisan Kaisha, apesar dos cuidados indispensáveis.
Num trabalho de sete dias por semana, o processo começa da sua ova e se tudo correr bem este atum estará nos supermercados no próximo ano. A Maruha Nichiro escolheu as águas subtropicais em torno da ilha Amari Oshima, na prefeitura de Kagoshima, pela temperatura adequada. Um conjunto de criadouros de 80 por 40 metros está localizada a cerca de 500 metros da ilha. Quando a ração é lançada por um pequeno barco, os atuns provocam um tumulto para a refeição. São peixes de um metro de comprimento, pesando mais de 50 quilos.
Atualmente, existem atuns de 2 a três anos de idade. Há criadouros com atuns de 5 a 11 anos de idade para a produção de ovas. Outros contam com atual jovem de cerca de 10 centímetros, chamados fry, que serão transferidos para outros criadouros, necessitando ser alimentados oito vezes por dia. Outras técnicas tradicionais de cultivo caçam os fry no mar, mas nestas novas técnicas japonesas começa-se pelas ovas.
O cultivo do atum iniciou na Kindai University, do Japão, com sucesso em torno de 2002, o que vem sendo desenvolvido e refinado, com custos mais baixos para atender os consumidores. A concorrente Nippon Suisan espera estar fornecendo no inverno de 2017. Outra concorrente é a Kyokuro, também começando a vender na mesma época.
Eles não temem a espionagem para as suas tecnologias, pois os processos são complexos, sendo que a água necessita estar entre 20 a 30ºC. Temperatura mais baixas ou mais altas provoca a morte dos peixes ou reduzem os ganhos de peso. Achar um local que não esteja sujeito aos tufões é importante.
Evidentemente, existem muitos outros detalhes que foram sendo aperfeiçoados ao longo de muitos anos, mas os trabalhos têm sido persistentes, havendo um empenho de longo prazo, dentro da cultura empresarial do Japão. Também os sabores do atum estão na preocupação. Os apreciadores do bom atum podem consumi-los sem problemas de consciência.
Os japoneses deveriam parar de pescar atuns,baleias e golfinhos. São criminosos. Defendo o boicote aos produtos japoneses.
Cara Simone Aparecida,
Parece que seria conveniente leituras mais cuidadosas. Pelo que sei, a maioria do atum hoje já é cultivado, as pescas da baleia estão condenadas (V. sabia que o Brasil pescava baleia para usar a sua gordura na construção de paredes?), e pelo que eu saiba os japoneses não pescam golfinhos. Acredito que suas preocupações ecológicas deveriam ser menos emocionais, para ter efeitos práticos.
Paulo Yokota